Brasileiros contam como está a situação em Ishikawa e em Toyama dois dias após o grande terremoto de magnitude 7,6

Enquanto os trabalhos de resgate e auxílio aos desalojados continuam na região mais atingida pelo terremoto do dia 1º de janeiro, a comunidade estrangeira se prepara para retomar a rotina e voltar ao trabalho.

Segundo dados do governo japonês, um total de cerca de 3.800 brasileiros vive nas províncias de Ishikawa e de Toyama. Conversamos com o jovem Macsael Oda, um comunicador e influenciador digital que mora em Takaoka, na província de Toyama. Ele celebrava com a família o Ano-Novo quando aconteceu o tremor mais forte, de magnitude 7,6.

O jovem, bastante ativo na comunidade local, foi conferir a situação dos conterrâneos em alguns abrigos e nas cidades de Himi e Anamizu. “Até hoje a terra não para de tremer, mas estamos mais tranquilos”, conta.

Já em Hakusan, na província de Ishikawa, falamos com o empresário e produtor musical Robert Regonati. Ele conta que a terra tremeu forte por lá e, por precaução, toda a família seguiu em direção às montanhas. “Estávamos tranquilos em casa, quando começou a balançar muito forte. Ficamos paralisados e quando parou um pouco, conseguimos ligar a tevê e ver que o epicentro foi aqui na província”, relembra.

O brasileiro comanda um grupo de cerca de 50 funcionários estrangeiros, a grande maioria do sudeste asiático. “Muitos estão no Japão pela primeira vez e ficaram apavorados com o terremoto e queriam voltar para seus países, mas consegui acalmá-los”, relata. Robert lembra que existe um protocolo de segurança bastante divulgado e, inclusive treinado nas escolas japonesas, para casos de desastres naturais. “Aconselho a todos a conhecer e estudar essas medidas de prevenção porque quando você sabe o que fazer tem muito mais habilidade na hora de lidar com essas situações e não se apavora”, sugere.

Confira a seguir as entrevistas com os dois brasileiros feitas pelo jornalista Ewerthon Tobace.