Mas isso, desde que eles façam parte de um pacote turístico acompanhado por um guia, diz o primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio.
Em 26 de maio, Kishida anunciou, em Tóquio, o tão esperado plano para o setor de turismo.
De acordo com as regras revisadas, viajantes de 98 países e territórios, incluindo os Estados Unidos, Coreia do Sul, China e Brasil, poderão visitar o Japão.
Autoridades afirmam que, por permitir somente a entrada de grupos de pacotes de viagem, poderiam controlar de forma mais eficiente uma possível disseminação do coronavírus.
Kishida anunciou também um plano de reiniciar, até o final de junho, a operação de voos internacionais no Novo Aeroporto de Chitose, em Hokkaido, e no Aeroporto de Naha, em Okinawa. Ambos servem como entrada para principais áreas turísticas do país.
Para promover o retorno de turistas às localidades japonesas, o governo aumentará o teto diário de chegadas do exterior para 20.000 a partir do dia 1º de junho. Atualmente, o limite é de 10.000 por dia.
O Japão é o único membro do G7 que ainda restringe o número de visitantes, embora Kishida tenha deixado isso em aberto: "Continuaremos monitorando a situação dos casos de infecção e planejamos aceitar, em fases, os turistas no mesmo patamar de antes".
Maioria das medidas de quarentena deve ser suspensa
As autoridades dividiram os países e regiões em três grupos, dependendo do risco de contágio. Os visitantes do grupo de menor risco estarão isentos de testes para Covid-19 e quarentena, mesmo que não tenham sido vacinados.
Com base nesse sistema, estima-se que 80% dos viajantes não precisem ficar em quarentena ao chegar ao Japão.
Teste na chegada e quarentena domiciliar não são necessários para os seguintes países e regiões: Afeganistão, Argélia, Argentina, Armênia, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Bélgica, Benim, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Bulgária, Camboja, Camarões, Canadá, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Costa do Marfim, Croácia, República Tcheca, Dinamarca, Djibuti, República Dominicana, Equador, El Salvador, Estônia, Etiópia, Finlândia, França, Alemanha, Gana, Grécia, Guatemala, Hong Kong, Hungria, Islândia, Indonésia, Irã, Iraque, Irlanda, Israel, Itália, Jamaica, Jordânia, Quênia, Quirguistão, Laos, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Madagascar, Malawi, Malásia, México, Mônaco, Mongólia, Montenegro, Marrocos, Moçambique, Mianmar, Holanda, Nova Zelândia, Nigéria, Noruega, Palau, Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai, Filipinas, Polônia, Catar, Coreia do Sul, Romênia, Rússia, Ruanda, Sérvia, Cingapura, Eslováquia, Eslovênia, África do Sul, Sudão do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Taiwan, Tanzânia, Tailândia, Timor-Leste, Uganda, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Estados Unidos, Zâmbia (1º de junho de 2022）
Tours em caráter experimental
Para se ter uma ideia de como o novo arranjo irá funcionar, o governo decidiu realizar um turismo de teste em grupos a partir de 24 de maio.
Por meio desta iniciativa, pequenos grupos dos Estados Unidos, Austrália, Tailândia e Cingapura visitam pontos turísticos em todo o Japão.
Através de informações obtidas com os visitantes ao longo do processo, as autoridades pretendem analisar como poderão garantir uma experiência segura e agradável para os grupos que estão por vir.
Suporte da indústria
As empresas que lidam com viajantes provenientes de outros países vêm solicitando que as medidas de controle de fronteira sejam amenizadas, em uma tentativa de reavivar a economia japonesa atingida pela pandemia.
O presidente da companhia aérea All Nippon Airways, Inoue Shinichi, diz que os turistas do exterior estão ansiosos para vir novamente ao país.
"O iene fraco tem contribuído para aumentar a demanda por viagens ao Japão. Espero que os controles de fronteira sejam afrouxados no mesmo ritmo que em outros países do G7 para revitalizar a economia local."
