Um alto funcionário governamental da Coreia do Sul afirmou que Seul vai decidir sua posição sobre o plano do Japão de lançar no mar a água tratada e diluída da usina nuclear Fukushima 1 depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) emitir sua avaliação.
O Japão planeja liberar a água tratada depois de diluí-la até reduzir os níveis de trítio para um sétimo dos padrões de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a água potável. A AIEA deve emitir sua avaliação a respeito do plano até junho.
Quando perguntado sobre o que aconteceria se a Agência Internacional de Energia Atômica não pudesse garantir a segurança da água tratada, o chefe do Gabinete presidencial da Coreia do Sul, Kim Dae-ki, declarou no Parlamento, na quarta-feira, que o país também não pode fazer concessões. Mas ele observou que o ministro das Relações Exteriores do governo anterior era a favor do cumprimento dos padrões da AIEA. Questionado sobre se o atual governo respeitará as descobertas da entidade, Kim respondeu que sim, porque elas poderiam ser verificadas cientificamente.
O governo sul-coreano também deve consultar um relatório de sua equipe de especialistas, que visitará o Japão até sexta-feira para avaliar o plano de liberação.
Kim Dae-ki afirmou que não vê nenhum impacto do acidente nuclear de 2011, em Fukushima, nas águas ou nos frutos do mar da Coreia do Sul. No entanto, ele acrescentou que suspender a proibição da importação de frutos do mar da província de Fukushima é uma questão à parte.