O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, saudou a cúpula do Grupo dos Sete deste ano em Hiroshima, afirmando que o evento foi um sucesso.
Kishida, que presidiu a cúpula, disse que os líderes deixaram clara sua determinação em proteger a ordem internacional e, com a aparição dramática do presidente Volodymyr Zelenskyy, anunciaram sua solidariedade à Ucrânia.
Em seu discurso de encerramento da cúpula no domingo, Kishida disse: “Acho significativo que tenhamos convidado o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy para o Japão, mostrado solidariedade inabalável entre o G7 e a Ucrânia, confirmado a importância de uma ordem internacional livre e aberta baseada no estado de direito e demonstrado fortemente ao mundo que renovamos nosso compromisso de protegê-la”.
Durante a reunião de três dias, os líderes do G7 anunciaram novas sanções e controles de exportação sobre a Rússia.
Eles prometeram oferecer milhões em nova ajuda militar, incluindo o treinamento de pilotos ucranianos em caças F-16.
Eles prometeram almejar um mundo sem armas nucleares e manter a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan.
Além disto, aprofundaram os laços com as nações emergentes convidadas para a cúpula, incluindo a Índia, que tem laços próximos com a Rússia.
Em um discurso pós-cúpula, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy pediu por um apoio que tornaria a Rússia a última nação a invadir outro país.
Ele disse: “Embora o inimigo não esteja usando armas nucleares, nossas cidades que foram totalmente destruídas por bombas e artilharia russas ficaram parecidas com Hiroshima nas fotos após o bombardeio atômico”.
Houve forte reação do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, segundo o qual as declarações dos dirigentes do G7 estavam repletas de linguagem “anti-russa e anti-chinesa”.
A Rússia diz que convidar Zelenskyy para a cúpula transformou a reunião em um “show de propaganda”.
Já o Ministério das Relações Exteriores da China afirma ter convocado o embaixador do Japão no país após comentários relacionados a Pequim terem sido feitos na cúpula. Segundo a pasta, o Japão se uniu a outros países para difamar e atacar a China e interferiu grosseiramente em seus assuntos internos.