A Anistia Internacional diz que o número mundial de execuções em 2022 é o maior dos últimos cinco anos, sendo de, no mínimo, 883.
Na terça-feira (16), a organização divulgou seu relatório anual de 2022 sobre pena de morte, baseado em dados de países que divulgam tais números, assim como em dados de grupos de direitos humanos.
Pelo menos 576 pessoas foram executadas no Irã, seguido da Arábia Saudita, com 196 execuções e Egito, com 24. Combinados, os três países efetuaram cerca de 90% das execuções.
Os números do Irã cresceram 83% em relação ao ano anterior.
O relatório diz que “as autoridades iranianas continuaram a usar a pena de morte como instrumento de repressão política e a executar membros de minorias étnicas de forma desproporcional”. Ele destaca que isso faz “parte de uma longa e enraizada discriminação e repressão contra esses grupos”.
Nos Estados Unidos, 18 pessoas foram executadas em 6 estados e uma pessoa no Japão.
Com relação à China, o relatório diz que o país não publica qualquer número, e as informações disponíveis indicam que todos os anos milhares de pessoas são executadas.
A Anistia Internacional reiterou seu pedido às autoridades chinesas para que publiquem informações sobre a aplicação da pena de morte.