Questão do teto da dívida dos EUA pode levar Biden a cancelar viagem ao Japão para cúpula do G7

Foi adiado para a próxima semana um encontro que estava programado para esta sexta-feira entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e líderes do Congresso a respeito do teto de endividamento do governo federal.

Observadores se indagam se Biden conseguirá viajar para o Japão e comparecer à reunião de cúpula do Grupo dos Sete, com início marcado para sexta-feira da próxima semana, em Hiroshima.

O Departamento do Tesouro anunciou que, se o teto não for aumentado, o governo americano poderá suspender o pagamento da dívida pública já no dia 1º de junho.

A aprovação do Congresso é necessária para aumentar o teto. Filiado ao Partido Democrata, o presidente dos Estados Unidos está solicitando uma elevação do teto, mas parlamentares do Partido Republicano exigem, como condição, a realização de grandes cortes nos gastos.

Em entrevista a jornalistas na quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Kevin McCarthy, comunicou o provável adiamento do encontro entre Biden e líderes do Congresso programado para esta sexta-feira.

McCarthy disse não ter havido grande avanço em esforços para reunir novamente os líderes congressistas e o Executivo. No encontro, os parlamentares pretendiam dar seguimento a uma conferência que foi realizada terça-feira. O objetivo havia sido evitar o risco de suspensão do pagamento da dívida pública.

Biden já aventou a possibilidade de participar da cúpula do G7 por teleconferência, em vez de viajar para Hiroshima.

Na quinta-feira, o principal vice-assessor de imprensa do Departamento de Estado, Vedant Patel, disse acreditar que ainda esteja em pé o plano do presidente americano de viajar para a cidade japonesa. Acrescentou que o governo dos Estados Unidos continua a se comunicar com as autoridades do Japão às vésperas da reunião de cúpula.