Especialistas dos Estados Unidos e do Japão pediram aos líderes do G7 que tratem, na cúpula da semana que vem em Hiroshima, de questões relacionadas à segurança nuclear em meio à invasão russa à Ucrânia.
Rafael Grossi, presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, havia alertado, no sábado, que a situação ao redor da usina nuclear de Zaporíjia, ocupada pela Rússia, é imprevisível e apresenta perigos em potencial.
Especialistas se reuniram em Tóquio na quinta-feira para debater como países podem proteger suas instalações nucleares de serem alvos de ataques por parte de outras nações. As ações da Rússia foram condenadas, já que, segundo especialistas, poderiam resultar em uma situação devastadora.
Scott Roecker, da organização Iniciativa de Ameaça Nuclear, disse: “O risco mais significativo com o qual estamos preocupados não se trata de uma detonação nuclear, ou de uma explosão nuclear com nuvem de cogumelo. Trata-se do risco de significativo vazamento de radiação associado a um ataque à usina nuclear de Zaporíjia”.
A questão nuclear é um dos assuntos mais importantes a ser discutido na cúpula do G7. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy está marcado para comparecer online ao evento. A expectativa é de que ele peça que haja debates sobre segurança nuclear.
Roecker afirmou: “Os líderes do G7 têm uma oportunidade única em Hiroshima para falar sobre o que está acontecendo a respeito da situação nuclear na Ucrânia. É necessário que sejam feitos mais esforços para fortalecer a estrutura jurídica global e as regras internacionais em relação a instalações nucleares, que precisam ser mais bem protegidas em tempos de conflito. Ademais, elas não devem ser alvos em meio a conflitos militares”.