O superávit em transações correntes do Japão caiu mais de 50% na segunda metade do último ano fiscal, com a desvalorização da moeda japonesa e a acentuada elevação do valor das importações de energia. O balanço de transações correntes é um indicador importante do comércio com outros países e dos investimentos pelo mundo afora.
O Ministério das Finanças informa que, no ano fiscal de 2022, encerrado em março, o superávit foi de 9,2 trilhões de ienes — o equivalente a 69 bilhões de dólares. Em relação ao exercício anterior, a redução foi de 10,9 trilhões de ienes — o equivalente a 80 bilhões de dólares.
A acelerada desvalorização do iene encareceu muito as importações. O déficit da balança comercial foi o maior já registrado, ficando em 18 trilhões de ienes — o equivalente a 134 bilhões de dólares.
Simultaneamente, empresas japonesas que investem no exterior obtiveram rentabilidade bem maior em juros e dividendos. Ocorreu, assim, um salto no superávit em renda primária, que atingiu o valor recorde de 35,5 trilhões de ienes — o equivalente a 265 bilhões de dólares.
As principais companhias trading do Japão registraram fortes lucros graças à elevação dos preços de energia e de recursos naturais.