A detenção do ex-primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, na terça-feira, provocou protestos em todo o país.
Investigadores dizem que o ex-premiê foi preso por suspeita de corrupção. A mídia local informa que se supõe que Khan tenha recebido ilegalmente terras de um magnata do setor imobiliário em troca de um favor quando ele era primeiro-ministro.
Segundo relatos, Khan foi detido enquanto estava em um tribunal na capital do país, Islamabad, em um caso à parte.
A prisão de Khan ocorre em um momento em que o Paquistão passa por uma crise econômica devido à inflação e ao enfraquecimento da moeda causados pela crise ucraniana e outros fatores.
Khan se mantém popular entre as pessoas que não estão satisfeitas com o atual governo do primeiro-ministro Shehbaz Sharif, incluindo paquistaneses da geração mais jovem e os de baixa renda.
Os protestos estão se espalhando em Rawalpindi, nas proximidades de Islamabad, assim como em Karachi, a cidade mais populosa do país. A polícia local afirma que dez pessoas, incluindo seis policiais, ficaram feridas em confrontos entre a polícia e os manifestantes na cidade de Quetta, no sudoeste do Paquistão.
Khan foi forçado a renunciar ao cargo de líder em abril do ano passado, após perder uma moção de voto de não confiança. Desde então, ele tem estado em desacordo com Sharif, pedindo a dissolução antecipada do parlamento e uma eleição geral.