As Nações Unidas afirmaram que armazéns de alimentos e instalações humanitárias foram saqueados no Sudão, em meio aos confrontos entre as Forças Armadas sudanesas e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido.
O conflito, que teve início em meados de abril, deixou muitos mortos e feridos. Escritórios e instalações que recebem assistência foram saqueados, fazendo com que aumentem as preocupações com a crise humanitária.
Na segunda-feira, o vice-porta-voz do secretário-geral da ONU, Farhan Haq, declarou à imprensa que cerca de 17.000 toneladas de alimentos, no valor de no mínimo 13 milhões de dólares, foram levadas de armazéns onde o Programa Mundial de Alimentos tinha estocado suprimentos alimentícios para fins de ajuda humanitária.
O vice-porta-voz salientou ainda que os escritórios principais do Programa Mundial de Alimentos, situados na capital, Cartum, foram saqueados no final de semana, e que atividades humanitárias foram impactadas. Ele disse que os saques foram realizados por pessoas não identificadas.
Por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, emitiu uma declaração na qual condena veementemente os saques. Ele disse: “As necessidades do povo sudanês, que está envolvido em uma catástrofe humanitária, devem ter prioridade.” Guterres ressaltou a necessidade de as partes envolvidas protegerem e respeitarem os trabalhadores e as instalações humanitários.