Dois parentes de cidadãos japoneses sequestrados pela Coreia do Norte afirmam que obtiveram a compreensão e o apoio de autoridades dos Estados Unidos acerca de seu posicionamento em lutar pelo retorno mais breve possível daqueles que permanecem sequestrados.
Yokota Takuya e Iizuka Koichiro falaram no domingo após retornarem ao Japão. Eles se encontraram com personalidades norte-americanas em uma série de reuniões realizadas em Washington.
Yokota lidera o grupo de familiares de sequestrados japoneses. Ele é também o irmão mais novo da sequestrada Yokota Megumi. Iizuka é filho do sequestrado Taguchi Yaeko.
Ambos se encontraram com autoridades de alto escalão dos Estados Unidos, como o Coordenador do Conselho de Segurança Nacional para o Indo-Pacífico, Kurt Campbell, e a vice-secretária de Estado, Wendy Sherman. Além disso, reuniram-se também com membros do Congresso americano.
Yokota e Iizuka revelaram que passaram boa parte do tempo explicando ao lado americano que o grupo não fará objeção ao governo japonês oferecer assistência humanitária à Coreia do Norte, desde que todos os sequestrados remanescentes sejam repatriados de volta ao Japão enquanto seus pais ainda estiverem vivos.
Dentre os sequestrados remanescentes, somente dois ainda têm pais vivos, sendo eles o pai de Arimoto Keiko e a mãe de Yokota Megumi. O pai de Arimoto já está na casa dos 90 anos de idade, enquanto que a mãe de Yokota está no final da casa dos 80 anos.
Yokota e Iizuka também revelaram que Sherman expressou intenção de trabalhar junto ao governo japonês para realizar uma reunião oficial sobre o histórico de direitos humanos da Coreia do Norte, no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Yokota disse que o lado americano não se opôs ao posicionamento do grupo de colocar a questão da resolução dos sequestros como prioridade, ao mesmo tempo em que permite que o assunto seja tratado de forma separada das questões relacionadas aos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.