A NHK responde a perguntas sobre redução de riscos em desastres. Na série em que tratamos de lições tiradas dos fortes terremotos de abril de 2016 na província de Kumamoto por meio de 11 expressões-chave, falamos hoje sobre padrões reconhecidos internacionalmente para o fornecimento de assistência humanitária, incluindo abrigos de emergência.
Dois anos depois dos terremotos de Kumamoto, a NHK realizou uma pesquisa sobre as 211 pessoas cujas mortes não foram diretamente causadas pelos sismos, mas que morreram posteriormente em decorrência de problemas de saúde e outras causas, relacionados ao desastre.
Segundo informações fornecidas pelas municipalidades, pelo menos 95 pessoas tinham dormido em centros de evacuação ou em seus carros.
Alguns sobreviventes dos terremotos de Kumamoto disseram que os centros de evacuação estavam com a lotação máxima ultrapassada, forçando as pessoas a dormirem próximas umas das outras. Eles descreveram a situação como um inferno de moradia.
Na verdade, os padrões para o fornecimento de abrigos de emergência são descritos nos “Padrões Sphere”, criados pela Cruz Vermelha e ONGs há mais de 20 anos, depois da crise de refugiados em Ruanda.
Por exemplo, segundo esses padrões, abrigos deveriam garantir um espaço de habitação mínimo de 3,5 metros quadrados por pessoa. No tocante ao acesso aos banheiros, o padrão reza que deve haver no mínimo um banheiro para cada 20 pessoas, e que para cada banheiro masculino deve haver três femininos, para compensar pelo tempo mais longo que as mulheres precisam para usar um banheiro.
Os esforços para tornar os abrigos de emergência mais confortáveis, com base nesses padrões, vão ajudar a salvar vidas no caso de desastres.
Esta informação é do dia 5 de maio.