As Forças Armadas de Mianmar perdoaram mais de 2.000 prisioneiros políticos, mas a deposta líder de fato do país, Aung San Suu Kyi, não estaria entre eles.
Por meio da imprensa estatal do país, a junta de Mianmar anunciou que planejava conceder perdão a 2.153 prisioneiros políticos na quarta-feira, dia em que é comemorado um importante feriado budista. Esses prisioneiros políticos seriam pessoas consideradas culpadas de divulgar informações falsas e de colocar os militares em perigo desde o golpe de 2021.
A NHK apurou que pelo menos cinco jornalistas estão entre os que foram anistiados.
Um ativista pró-democracia libertado em Yangon, a maior cidade de Mianmar, declarou à NHK que sairia da cadeia nesta quinta-feira após cumprir toda a sentença. Ele chamou o perdão de uma farsa.
Aung San Suu Kyi foi condenada a uma pena combinada de 33 anos de prisão. Ela não deve ter sido perdoada, pois não foi condenada pelas mesmas acusações daqueles que foram libertados.
Aparentemente, os militares de Mianmar adotaram o gesto de clemência em relação aos prisioneiros políticos como uma forma de refutar as críticas internacionais por terem realizado investidas aéreas contra civis, entre outras medidas.