A NHK responde a perguntas relacionadas à mitigação de desastres. Em 14 e 16 de abril de 2016, fortes terremotos atingiram a província de Kumamoto, no sudoeste do Japão. Eles destruíram ou danificaram cerca de 200.000 casas e provocaram 276 mortes, incluindo as vinculadas ao desastre. Nesta nova série, vamos relembrar as lições aprendidas com os sismos de Kumamoto através de 11 expressões-chave. Desta vez, focamos em estruturas erguidas de acordo com antigos padrões antissísmicos.
A cidade de Mashiki, na província de Kumamoto, foi atingida duas vezes por violentos sacolejos medindo 7 na escala sísmica japonesa que vai de 0 a 7. No centro da cidade, 30% das casas desabadas tinham sido construídas atendendo aos antigos padrões antissísmicos, adotados até a revisão ocorrida em 1981. Os padrões foram estabelecidos por lei para assegurar que estruturas são construídas para resistir a certos terremotos.
Cinquenta pessoas perderam a vida diretamente por causa dos sismos. O professor Ushiyama Motoyuki, da Universidade de Shizuoka, realizou um estudo a respeito dessas mortes. O levantamento descobriu que pelo menos 13 pessoas teriam sido evacuadas em 14 de abril – dia em que ocorreu o primeiro terremoto, mas elas voltaram para suas casas e acabaram morrendo dois dias depois, quando houve o segundo sismo.
Caso resida em construções antigas de madeira, não volte para casa depois de um forte terremoto. Procure buscar abrigo em outro lugar. É possível checar o grau de resistência a sismos de sua residência, caso ela passe por um teste antiterremoto. Muitas municipalidades oferecem subsídios para a realização de tais testes e também para obras de renovação antissísmica.
Estas informações são do dia 2 de maio. Elas estão disponíveis no site do serviço em português da NHK WORLD-JAPAN na internet e na página oficial da NHK no Facebook.