O primeiro-ministro japonês, Suga Yoshihide, afirmou que apesar de o aumento de casos de coronavírus não ter chegado ao patamar de uma quarta onda em nível nacional, ainda é necessário exercer extrema cautela contra o vírus.
Suga fez o comentário em resposta a um parlamentar da oposição, em uma sessão do comitê de auditoria da Câmara Alta, na segunda-feira (5).
Koga Yukihito, do Partido Democrático Constitucional, perguntou a opinião de Suga sobre a possibilidade de uma quarta onda de infecções. Também questionou se não teria sido precipitada a decisão de encerrar o estado de emergência para as províncias de Osaka e Hyogo no final de fevereiro.
Suga disse que as infecções estão se intensificando novamente nas duas províncias no oeste do país. Também afirmou que a circulação de pessoas tem expandido acentuadamente em Tóquio e em três províncias vizinhas, ressaltando a preocupação de que o número de casos na região também pode vir a aumentar mais uma vez.
O premiê acrescentou que ambas as províncias de Osaka e Hyogo passaram nos critérios para que o estado de emergência fosse encerrado.
O chefe do painel consultivo do governo sobre a resposta ao coronavírus, Omi Shigeru, apontou as crescentes dificuldades em tomar medidas antivírus. Segundo ele, tem sido cada vez mais trabalhoso obter a cooperação da população para mudanças de comportamento com o objetivo de conter o vírus. Ressaltou que houve um aumento notável na circulação de pessoas.
Omi também citou que uma outra dificuldade é o aumento gradual no número de casos de variantes do vírus, incluindo exemplos em Tóquio. De acordo com o especialista, o efeito do aumento da circulação de pessoas após o encerramento do estado de emergência na Grande Tóquio começará a ser observado dentro de uma ou duas semanas.
Omi Shigeru afirmou que a circunstância na capital japonesa pode chegar a ser similar à de Osaka. Disse que é hora de considerar seriamente que tipo de contramedidas eficazes podem ser tomadas para conter a situação.