Um tribunal dos Estados Unidos deu permissão para que dois homens sejam extraditados ao Japão para serem julgados por terem, alegadamente, ajudado o ex-presidente do Conselho Administrativo da Nissan Motor, Carlos Ghosn, a fugir para o Líbano.
A corte distrital federal do estado de Massachusetts, rejeitou na quinta-feira um pedido para impedir que os Estados Unidos extraditassem o veterano das Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos, Michael Taylor, e seu filho Peter.
Autoridades dos Estados Unidos haviam apreendido os dois em maio do ano passado a pedido do Japão, sob suspeita de transportar Carlos Ghosn para fora do país enquanto o mesmo se encontrava em liberdade sob fiança num caso de fraude financeira.
O Japão pediu a extradição dos dois cidadãos estadunidenses de acordo com um tratado bilateral. O Departamento de Estado dos Estados Unidos havia aprovado o envio em outubro, mas a corte distrital federal de Massachusetts havia suspendido a extradição atendendo a um pedido dos dois contra a decisão do Departamento.
Conforme a decisão tomada na quinta-feira, a juíza Indira Talwani rejeitou a alegação de que os dois cidadãos poderiam ser sujeitos a inesgotáveis interrogações e tortura no Japão. Segundo Talwani, “embora as condições nas prisões do Japão possam ser deploráveis” isto não seria suficiente para impedir a extradição. Talwani disse ainda que as autoridades dos Estados Unidos haviam estabelecido que suas alegadas ações seriam um “delito suficiente para extradição”.
Os advogados de Michael e Peter Taylor vão apelar da sentença.