Parentes de japoneses sequestrados pela Coreia do Norte afirmam ter obtido a compreensão dos EUA com visita ao país

Familiares de cidadãos japoneses sequestrados pela Coreia do Norte retornaram ao Japão após visita aos Estados Unidos. Eles declararam ter conseguido obter a compreensão de autoridades do governo americano e de parlamentares do país visando a resolução da questão dos sequestros.

Os familiares visitaram Washington na segunda-feira em busca de apoio americano para trazer de volta ao Japão todos os sequestrados restantes.

O grupo incluía Yokota Takuya, cuja irmã Megumi foi sequestrada em 1977 aos 13 anos, e Iizuka Koichiro, cuja mãe Taguchi Yaeko foi sequestrada quando ele tinha um ano de idade.

O grupo também conclamou o governo japonês a não abandonar a exigência de trazer para casa em conjunto os sequestrados restantes.

Durante a estada em Washington, o grupo se reuniu com autoridades do alto escalão do governo americano, incluindo Mira Rapp-Hooper, do Conselho de Segurança Nacional, e Uzra Zeya, subsecretária do Departamento de Estado para Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos. Os familiares se reuniram também com membros de ambas as câmaras do Congresso.

Em fevereiro, o grupo havia decidido que não vai se opor que o Japão suspenda suas próprias sanções à Coreia do Norte, desde que Pyongyang devolva todos os sequestrados enquanto seus pais estiverem vivos.

O grupo declarou ter explicado esta postura ao lado americano e que obteve sua compreensão.

Yokota comentou no sábado com repórteres no Aeroporto de Haneda, em Tóquio, que muitas pessoas com quem se reuniram haviam demonstrado compreensão em relação à agonia dos familiares e haviam dito que os Estados Unidos os apoiam.

Também segundo Yokota, o grupo conseguiu transmitir a mensagem de que a questão dos sequestros é um problema de direitos humanos que tem um limite de tempo para ser resolvido.

Yokota exortou o líder norte-coreano, Kim Jong Un, a agir decididamente para resolver a questão.