Informações sobre Desastres

Prevenção de danos em desastres: Escala de alerta de chuvas intensas e dicas sobre saída de áreas de risco

Níveis de alerta

A Agência de Meteorologia do Japão faz alertas e alertas preventivos sempre que antecipa intensas chuvas, cabendo às prefeituras ordenar à população que se afaste de áreas de risco.

Em 2019, o Japão começou a usar uma nova escala de alerta de chuvas intensas, inundações e deslizamentos de terra. Adotada para facilitar aos moradores o conhecimento da ocasião adequada para abandonar áreas de risco, a escala foi revisada em maio de 2021. A agência também divulga informações em outros idiomas, como o português, além do japonês.

Esta é a primeira edição da nova série que explica os níveis de alerta e apresenta dicas sobre o abandono de áreas de risco. Nas próximas edições, vamos explicar o grau de perigo correspondente a cada nível de alerta e medidas que as autoridades recomendam à população em áreas afetadas.

Estas informações são do dia 19 de maio de 2022.

Níveis 1 e 2

Na segunda parte da série, vamos entender os dois primeiros níveis, e saber o que devemos fazer caso esses alertas sejam emitidos.

Quando o nível 1, o mais baixo, é emitido, os residentes das respectivas regiões são aconselhados a seguir as últimas informações meteorológicas.

A Agência de Meteorologia do Japão faz alertas e alertas preventivos no seu site na internet. Isto é para avisar as pessoas sobre a probabilidade de alertas relacionados ao tempo serem emitidos durante vários dias. No nível 1, fique de olho nas atualizações sobre o tempo, entrando, por exemplo, no site da agência.

Se o nível 2 for emitido, solicita-se à população que se informe sobre como e onde devem ir no caso de um desastre.

Até este ponto, a agência provavelmente terá emitido um alerta preventivo sobre chuvas torrenciais e inundações. Se você estiver em uma das regiões designadas, faça uma revisão dos passos a serem tomados se você precisar sair de sua casa em busca de abrigo. Confira no mapa de desastres para saber que tipo pode ocorrer na região onde você mora, bem como o abrigo de emergência mais próximo e o caminho para chegar lá.

Estas informações são do dia 20 de maio de 2022.

Níveis 3 e 4

Na terceira parte da série, apresentamos os níveis de alerta 3 e 4.

No nível 3, idosos e pessoas com deficiência são aconselhados a buscar lugar seguro para se abrigar.

Governos locais emitem um “alerta de evacuação” para pessoas idosas e outros residentes. Em tais circunstâncias, é provável que a Agência de Meteorologia do Japão tenha designado um alerta para chuva torrencial e inundações. É possível que autoridades tenham colocado alerta para transbordamento de rios.

Idosos e pessoas com deficiência devem começar as providências para encontrar abrigo em local seguro. Demais residentes devem verificar os locais onde há abrigos nas áreas de risco e começar a preparar os itens de desejam levar consigo para, então, voluntariamente deixar suas moradias se sentirem que estão em perigo.

O nível 4 de alerta é para que todos que estejam em áreas de risco deixem o local e busquem abrigo.

Os governos locais são os responsáveis por emitir a ordem de evacuação. Trata-se de uma situação em que chuvas torrenciais tenham aumentado o risco de deslizamentos de terra. As autoridades competentes provavelmente terão emitido alertas contra deslizamentos, bem como alertas sobre o risco de transbordamento de rios com o aumento do nível das águas.

Todas as pessoas em áreas de risco, não apenas idosos, devem se deslocar para um lugar seguro para se proteger. Abrigos designados não são os únicos locais onde as pessoas podem se abrigar. Um edifício de construção robusta na vizinhança também pode servir como um lugar seguro. É necessário verificar, com antecedência, a localização de prédios dessa envergadura e de abrigos, com o uso de mapas de risco preparados pelos governos locais.

Estas informações são do dia 23 de maio de 2022.

Não espere pelo nível 5

Esta é a quarta parte de uma série sobre os cinco níveis de alerta do Japão para chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos de terra. Hoje vamos entender o nível 5, a mais alta advertência.

O alerta de nível 5 é um pedido urgente aos residentes para que façam qualquer coisa que seja necessária para salvar suas próprias vidas.

Governos regionais dão ordens às pessoas para que garantam imediatamente sua segurança. É altamente provável que um desastre é iminente ou já aconteceu. As autoridades provavelmente já divulgaram informações sobre locais onde rios romperam suas margens. A Agência de Meteorologia provavelmente emitiu sua advertência máxima de emergência. Pode ser que seja tarde demais para procurar um local de evacuação.

Devemos ter em mente que as ordens emitidas por governos regionais para “garantir a segurança” podem não chegar a tempo. Há um risco que talvez não seja mais possível garantir a segurança em tal situação. A evacuação deve ser feita após a emissão do alerta de nível 4. Não espere até o nível 5. O alerta de nível 5 deve ser visto como um pedido às pessoas que ainda não foram evacuadas para que elas tomem a segunda melhor providência para salvar suas vidas. Não suponha que você ainda tem tempo porque o alerta de nível mais alto ainda não foi emitido. Vá para o local de evacuação quando tal ordem for emitida.

Estas informações são do dia 24 de maio de 2022.

Quando encontra dificuldades para evacuar?

Nesta edição, vamos focar nas opções que as pessoas têm quando encontram dificuldades para evacuar.

A situação pode se alterar de forma repentina em caso de chuvas fortes que persistem por várias horas. Em tais casos, pode ocorrer das chamadas para evacuação de pessoas idosas e aquelas com deficiências físicas, assim como as ordens de evacuação, não serem emitidas a tempo. As pessoas podem ter dificuldades em se deslocar para locais de evacuação distantes se uma inundação estiver ocorrendo em sua vizinhança. Uma das opções a se tomar nessas circunstâncias é evacuar para um local ou edifício seguro próximo.

Se as pessoas não puderem se arriscar a sair de onde estão, devem subir para o andar superior de suas casas, ou se deslocar para o lado oposto do edifício que apresente perigos em potencial, como uma encosta próxima.

Rios de pequeno e médio porte podem transbordar em áreas montanhosas. A magnitude dos danos causados às comunidades varia dependendo da distância que elas têm dos rios e da diferença de altitude entre as localidades e os rios.

Nas áreas nas margens de rios ou em região que fique muito alagada em caso de inundação, há locais onde algumas casas têm grande risco de desabamento ou serem levadas pelas águas.

O governo e outras autoridades designam esses locais como áreas de possível inundação com risco de que construções venham a desabar. Nessas áreas designadas, a evacuação para o segundo andar de um edifício pode não ser suficiente para salvar sua vida. As pessoas são aconselhadas a buscar locais mais seguros.

Estas informações são do dia 1º de junho de 2022.

Desenvolvimento de ‘chave própria’

Nesta edição, falamos sobre a necessidade de desenvolvimento de uma “chave própria” para afastamento de áreas de risco pela população.

Órgãos públicos de gestão de desastres e governos regionais emitem diferentes tipos de alertas. Quando desastres são iminentes, as prefeituras não conseguem dar atenção adequada a todos os moradores das localidades. É crucial, assim, que a população desenvolva sua “chave própria” para decidir antecipadamente qual a ocasião propícia para afastamento de áreas de risco.

As pessoas também precisam se familiarizar com os riscos de desastres presentes na comunidade e estar prontas para agir com urgência sempre que seja elevado o risco de desastre.

O mais importante é que a população entre em ação antes de um agravamento da situação. Quando chuvas intensas aumentam o nível das águas dos rios, veículos podem facilmente ser levados pela correnteza. Se uma ordem de afastamento de áreas de risco for dada pela prefeitura, os moradores destas áreas deverão imediatamente abandoná-las.

Pessoas que levem mais tempo para se deslocar — por exemplo, idosos e indivíduos com deficiência — devem começar a se afastar tão logo seja emitido o alerta de nível 3.

Estas informações são do dia 2 de junho de 2022.

Evacuação a pé

Nesta edição, vamos oferecer dicas quando tem de deixar áreas de risco a pé.

É aconselhável usar roupas que proporcionam mobilidade, como calças, para evacuação. Escolha trajes de manga comprida e calças compridas, mesmo no verão, para evitar ferimentos.

Em termos de calçados, um tênis confortável que costuma usar seria apropriado. Botas não são recomendáveis, uma vez que podem se tornar pesadas quando molhadas, dificultando a caminhada. Evite chinelos, pois podem sair dos pés facilmente.

Deixe preparada com antecedência uma sacola de emergência, contendo itens essenciais em quantidade mínima, para deixá-la leve e facilitar o carregamento. É aconselhável levar uma mochila para evitar queda e deixar as mãos livres. É recomendável levar uma capa de chuva, em vez de guarda-chuva, para manter sua segurança.

Estas informações são do dia 3 de junho de 2022.

Evite agir sozinho

Continuamos com as dicas para quando é necessário deixar áreas de risco a pé: evite agir sozinho.

Faça o possível para não se deslocar sozinho e se mantenha em grupos de duas ou mais pessoas o máximo possível quando for sair de uma área de risco. Evite áreas inundadas. Quando o nível das águas subir para mais de 50 centímetros ou acima dos joelhos, a pressão da água faz com que caminhar se torne difícil, mesmo para homens adultos. Se a água tiver correnteza, uma pessoa pode perder seu equilíbrio e ser carregada pelas águas, mesmo em partes rasas.

No caso de ruas alagadas, é difícil ver o chão, o que aumenta as chances de tropeçar em algo. Uma pessoa caminhando também corre o risco de cair em um bueiro aberto, sarjetas, ou canais e ser levada embora.

Quando você não tiver outra opção que não atravessar uma área inundada, tenha os seguintes cuidados: Evite locais com alagamentos profundos e com correntezas; Use uma sombrinha ou um galho longo para checar se o chão à frente é seguro antes de pisar e siga com cautela.

As informações são do dia 6 de junho de 2022.

Carros nem sempre são a maneira mais segura de escapar

Hoje o nosso foco serão dicas para a evacuação em automóveis.

Não presuma que fugir de carro é sempre uma opção segura. Durante o tufão Hagibis, em outubro de 2019, de todas as vítimas que morreram fora de edifícios, 40% perderam sua vida enquanto fugiam num carro. Alguns veículos foram levados pelas águas com seus motoristas. Outros morreram quando seus veículos caíram num buraco em uma rua afundada.

Os especialistas aconselham as pessoas a não tentar ir para casa ou para o trabalho às pressas, acreditando que estarão mais seguras se usarem um carro, especialmente em regiões que já estão sendo atingidas por chuvas torrenciais e ventos fortes.

Não devemos dirigir em ruas ao longo de rios ou de arrozais. Quando rios e arrozais transbordam, é difícil saber onde fica a divisa entre a rua e a água. É fácil deixar o carro despencar para o rio ou para o arrozal. Em tufões e tempestades passadas, algumas pessoas morreram por isso. Durante chuvas torrenciais, certifique-se de que a rua que está usando é segura, mesmo se for uma rua que você conhece bem.

Estas informações são do dia 7 de junho de 2022.

Carros podem ser facilmente levados pelas águas

Hoje, continuamos com o tópico de evacuação em automóveis, e focamos no fato dos carros poderem ser facilmente levados pelas águas de enchentes.

Dirigir em ruas inundadas é perigoso. Mesmo que aparentemente o alagamento não pareça ser grave, a profundidade das águas pode ser na realidade grande. Existe o risco de seu carro parar ou ser carregado pela correnteza. Além disso, quando a rua está coberta de água e não é possível ver a sua superfície, existe o risco de o automóvel cair dentro de bueiros, valas ou canais de irrigação despercebidos.

Evite entrar em ruas alagadas e procure outra rota. Quando tiver de dirigir por uma rua inundada, dirija devagar e mantenha distância suficiente entre seu carro e o veículo que vai à sua frente. Isso se deve ao risco dos espirros de águas do automóvel que vai à frente poderem bloquear totalmente a sua visão, causando risco de colisão caso o outro carro venha a brecar repentinamente. Além disso, dirigir em alta velocidade cria ondas grandes que podem fazer que as águas infiltrem no motor e causar danos.

Em ruas alagadas, o motor do carro para de funcionar quando a água atinge cerca de 30 centímetros de profundidade. Quando o nível das águas atinge 50 centímetros ou mais, seu veículo pode começar a flutuar e ser levado pela correnteza. Em caso de veículo de passeio, certifique-se que a água esteja abaixo do nível das portas ou do assoalho de seu carro, mas esteja ciente de que os automóveis podem ser facilmente levados mesmo em águas rasas se houver correnteza forte, como em caso de enchentes de rios.

Estas informações são do dia 8 de junho de 2022.

Cuidado ao dirigir por passagens sob vias férreas e rodovias

Neste segmento da nossa série sobre a escala japonesa de cinco níveis para chuvas intensas, inundações e deslizamentos de terra, focamos em pontos específicos de cuidados durante a evacuação. Desta vez, na última parte, fornecemos conselhos para que as pessoas dirijam com cuidado por passagens sob vias férreas e rodovias.

Esses tipos de passagens são especialmente vulneráveis a enchentes. Os percursos encontram-se em níveis inferiores aos terrenos em seu entorno e, desse modo, a água da chuva se acumula rapidamente. Acidentes fatais ocorreram no passado porque motoristas entraram em tais passagens sem se dar conta de enchentes. Portanto, aconselhamos o ouvinte a evitar essas passagens durante a evacuação. Procure optar por outra rota quando for possível. Caso não tenha outra escolha, dirija devagar e cheque o nível d’água da rodovia à medida que avança.

Quando um carro é invadido pela água, é difícil abrir as portas do lado de dentro devido à pressão do líquido. Quanto maior o tamanho da porta, maior é a pressão exercida, dificultando ainda mais a saída de veículos com portas grandes ou corrediças. É aconselhável deixar guardado no carro um instrumento para quebrar a janela em caso de emergência. Caso não disponha de nenhum instrumento, remova o encosto de cabeça do seu assento, coloque uma das duas varas de metal conectadas a ele entre a moldura da porta e o vidro, puxando a vara para a frente para quebrar a janela.

Lembre-se que, mesmo no pior dos casos, é possível abrir a porta do carro quando uma enorme quantidade de água invade o seu interior e os níveis d’água dentro e fora do veículo são os mesmos.

Estas informações são do dia 9 de junho de 2022.