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Relatório da ONU denuncia trabalho forçado na Coreia do Norte

Um relatório da ONU afirma que o trabalho forçado de cidadãos se tornou fortemente institucionalizado na Coreia do Norte e expõe uma ampla gama de preocupações com os direitos humanos no país.

O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos divulgou o relatório na terça-feira (16). O relatório foi baseado em variadas fontes de informação, incluindo entrevistas, realizadas de 2015 a 2023 com 183 desertores norte-coreanos na Coreia do Sul.

O relatório denuncia que a Coreia do Norte designa todo cidadão a um local de trabalho assim que conclui a escola ou o serviço militar, além de determinar onde as pessoas devem morar. Ainda expõe que a disseminação do trabalho forçado nas prisões do país pode, em alguns casos, praticamente atingir uma situação de propriedade sobre indivíduos, o que caracteriza escravidão, que é um crime contra a humanidade.

Uma vítima relatou no documento que trabalhadores de fábrica sofreram agressões e tiveram a alimentação negada caso não cumprissem suas cotas diárias de produção.

A ONU exorta o governo norte-coreano a abolir o uso de trabalho forçado e acabar com qualquer forma de escravidão.

O relatório diz que a comunidade internacional pode colaborar com o fim do trabalho forçado na Coreia do Norte monitorando rigorosamente as cadeias de distribuição do país. Também solicita que o Conselho de Segurança da ONU encaminhe a situação ao Tribunal Penal Internacional.
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