NHK responde às dúvidas sobre o novo coronavírus

Especialistas da NHK respondem às dúvidas que muitas pessoas têm em relação ao novo coronavírus.

558. As últimas descobertas sobre a Covid longa (9)

Desta vez, vamos saber quais são os desafios para a criação de um sistema de tratamento.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão divulgou um manual pedindo àqueles que suspeitam ter sintomas da Covid longa que visitem instituições médico-hospitalares locais ou façam consultas com os médicos que eles normalmente visitam. Contudo, parece que algumas clínicas comunitárias hesitam em atender tais pacientes, ou dizem que isto é sua imaginação, e os mandam para casa.

O doutor Morioka Shinichiro, do Centro Nacional para Saúde e Medicina Globais, salienta ser importante estabelecer um sistema onde as pessoas que dizem estar sofrendo de Covid longa possam ser tratadas.

Segundo Morioka, sua pesquisa mostra que cerca de uma em cada quatro pessoas que contraíram o vírus ainda sofrem algum tipo de sintoma, mesmo 18 meses depois do contágio inicial. Levando isto em consideração, o professor diz que mais instalações serão necessárias para aceitá-los. Ele explica que as consultas com tais pacientes podem levar mais tempo que o normal para ouvir sobre seus sintomas e outros detalhes. Ele diz que como algumas instituições médicas podem acabar tendo menos pacientes, será importante que esforços sejam feitos levando em conta os honorários médicos e outros fatores.

O ministério da saúde está pedindo a todas as províncias do Japão que apresentem uma lista das instituições médicas que podem tratar pacientes com Covid longa, e que esta lista seja divulgada até o dia 28 de abril.

Estas informações são do dia 14 de abril de 2023.

557. As últimas descobertas sobre a Covid longa (8)

Desta vez, vamos observar como as instituições médico-hospitalares realizam o tratamento da doença.

O Hospital e Instituto de Pesquisas Médicas Kitano, da cidade de Osaka, no oeste do Japão, é uma das instituições médico-hospitalares que possuem uma unidade ambulatorial especializada na Covid longa. Os médicos da unidade determinam se os sintomas dos pacientes estão vinculados à Covid-19 ou se são causados por outras doenças. Para essa finalidade, eles fazem perguntas detalhadas aos pacientes a respeito de suas condições de saúde.

O médico Marumo Satoshi, que trabalha no Hospital e Instituto de Pesquisas Médicas Kitano, afirma que é importante decidir primeiramente se os pacientes estão sofrendo de sequelas da Covid-19 ou de outras enfermidades. Isso porque doenças crônicas, como a artrite reumatoide, podem piorar devido à infecção pelo coronavírus. Marumo diz que diagnósticos precisos permitem que pacientes recebam tratamento em uma unidade especializada em suas condições de saúde.

Ainda de acordo com o médico, algumas pessoas que dizem sofrer de Covid longa se tornam deprimidas devido à profunda ansiedade provocada pelos contínuos problemas de saúde. Marumo Satoshi diz que, em alguns casos, sintomas são causados pela ansiedade sobre possíveis sequelas. Segundo ele, cerca de 60% das pessoas ativas na faixa etária dos 40 aos 50 anos que foram tratadas no Hospital e Instituto de Pesquisas Médicas Kitano devido à infecção pelo coronavírus não conseguem retornar ao trabalho logo após terem se recuperado.

Estas informações são do dia 13 de abril de 2023.

556. As últimas descobertas sobre a Covid longa (7)

Desta vez, vamos observar como é realizado o tratamento da doença.

O professor Kutsuna Satoshi, da Universidade de Osaka, afirma que o problema é que, até o momento, nenhum tratamento provou ser eficaz para lidar com as sequelas. Ele diz que, caso alguém queira evitar o risco de sofrer de Covid longa, se torna ainda mais importante adotar medidas para não se infectar ou, então, é preciso ser vacinado.

Já o médico Morioka Shinichiro, do Centro Nacional de Saúde e Medicina Global, afirma que diversos tratamentos estão passando por estudos clínicos. Os resultados desses estudos apresentam potencial, como no caso da oxigenoterapia hiperbárica, que trabalha nos sintomas neurológicos, e no do medicamento oral Paxlovid, da Pfizer.

Além disso, o laboratório japonês Shionogi estuda se seu novo remédio oral, o Xocova, é capaz de aliviar alguns dos sintomas das sequelas da Covid-19. Até o momento, os resultados mostram que 14,5% dos pacientes tratados com o Xocova disseram ter sofrido pelo menos um dos 14 sintomas associados à Covid longa, tais como tosse ou fadiga passados seis meses. Isso representa um número menor do que os 26,3% registrados entre os pacientes que receberam placebos. Segundo a Shionogi, o risco de sofrer com sequelas é 45% menor entre os pacientes tratados com o Xocova.

Enquanto isso, também no Japão, diversos relatos dão conta de que a terapia abrasiva epifaríngea, que envolve um cotonete sendo esfregado fortemente dentro do nariz, tem ajudado a aliviar vários dos sintomas associados à Covid longa. A eficácia deste tratamento ainda está em fase de verificação científica. No entanto, algumas instituições médico-hospitalares utilizam esta terapia para tratar pacientes de Covid longa.

Não existe um tratamento estabelecido, já que todos eles estão em fase de investigação. Alguns dos tratamentos, porém, se mostram promissores como um possível método futuro para o tratamento da Covid longa.

Estas informações são do dia 12 de abril de 2023.

555. As últimas descobertas sobre a Covid longa (6)

O episódio de hoje é a respeito de um estudo sobre como diagnosticar um paciente para saber se ele está sofrendo as sequelas da Covid-19.

A professora Iwasaki Akiko, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, é uma especialista em imunologia que vem estudando a Covid longa. Iwasaki e sua equipe estão analisando que tipo de testes podem determinar se um paciente tem ou não a Covid longa. Eles estão tentando descobrir se há substâncias específicas no sangue de pacientes com Covid longa ou se os pacientes têm altos níveis de determinados hormônios. Isto é para estabelecer um método para diagnosticar a doença através de um exame de sangue.

O atual foco da equipe é o nível de um hormônio esteroide chamado cortisona, cuja função é suprimir o sistema imunológico e reduzir inflamações. Sabe-se que o teor de cortisona no sangue de uma pessoa sobe quando ela acorda pela manhã. Isto aumenta o nível de açúcar no sangue e a pressão sanguínea, permitindo que a pessoa fique ativa.

A pesquisa de Iwasaki e sua equipe revelou que o nível de cortisona no sangue em pessoas com a Covid longa ao despertar tende a ser muito mais baixo do que nas pessoas sem esta condição. O estudo revelou partes das características da Covid longa, mas ainda falta explorar muito mais o seu mecanismo.

Estas informações são do dia 11 de abril de 2023.

554. As últimas descobertas sobre a Covid longa (5)

No episódio de hoje, falaremos sobre as hipóteses em voga atualmente para explicar o mecanismo da Covid longa.

Os mecanismos dos efeitos a longo prazo da Covid-19 ainda não foram completamente explicados. A professora da Universidade de Yale e especialista em imunologia Iwasaki Akiko vem estudando os efeitos da Covid-longa e desenvolveu a seguinte hipótese sobre os mecanismos da doença:
— Mesmo após os sintomas iniciais, como tosse e febre, terem desaparecido, o vírus ou fragmentos do vírus permanecem no corpo, causando inflamações por um longo período;
— O sistema imune, o qual normalmente protege o corpo, começa a atacar o organismo após uma infecção;
— Órgãos que foram danificados por uma infecção levam mais tempo para se recuperarem;
— Outros vírus que estavam dormentes no corpo, como, por exemplo, o vírus da herpes, são ativados por infecções pela Covid.
Iwasaki afirma que “conforme passamos a entender que antígenos do vírus (que são partes do vírus) ou RNA do vírus (composição genética do coronavírus) persistem em várias partes do corpo — mesmo meses depois de uma infecção —, a hipótese de que infecções pelo vírus continuam por um período longo de tempo está chamando muita atenção. Nosso laboratório planeja conduzir uma pesquisa sobre o tratamento para problemas persistentes utilizando medicações para a Covid”.

Estas informações são do dia 10 de abril de 2023.

553. As últimas descobertas sobre a Covid longa (4)

Na série que dá destaque aos efeitos de médio e longo prazos da chamada Covid longa, vamos falar hoje a respeito de um estudo sobre a taxa de pessoas que continuam a sofrer as sequelas da Covid-19 em alguns momentos após sua recuperação.

Segundo um estudo realizado no Japão, a taxa de pessoas que apresentam sequelas da Covid-19 varia conforme o tempo que se passou após elas terem se recuperado da doença.

A pesquisa foi realizada em conjunto por Kutsuna Satoshi, professor da Universidade de Osaka, e a cidade de Toyonaka, na província de Osaka. Foram contactados cerca de 26.000 moradores daquela cidade que contraíram o vírus até o final de março de 2022 pelo correio e através de aplicativos. Mais de 4 mil pessoas responderam à enquete.

Destes, 47,7 % disseram que ainda tinham sintomas após dez dias de autoisolamento, 5,2% disseram ter algumas sequelas um mês depois de terem desenvolvido os primeiros sintomas, e 3,7% dois meses depois.

O estudo revelou também que pessoas com sintomas graves estão mais propensas a sofrer sequelas, enquanto o número de pessoas que tomaram vacinas tende a ser menor.

Segundo Kutsuna, devemos levar em consideração o momento em que as pessoas que têm sequelas estão mais propensas a responder a um estudo deste tipo. Contudo, a pesquisa feita em Toyonaka mostrou resultados parecidos com aquele realizados por pesquisadores no exterior, como os resultados relacionados a pessoas que tiveram sintomas graves e aquelas que foram vacinadas. Em muitos casos, os sintomas desaparecem com a passagem do tempo, mas algumas pessoas sofrem por um longo período.

Estas informações são do dia 7 de abril de 2023.

552. As últimas descobertas sobre a Covid longa (3)

Hoje, vamos observar como tem sido a incidência no Japão dessa condição após uma infecção por coronavírus.

Uma equipe liderada por Morioka Shinichiro, do Hospital Central do Centro Nacional para Medicina e Saúde Global, conduziu um levantamento para descobrir os sintomas que aparecem após a Covid. Os participantes foram 502 pessoas, com idades entre 20 e 79 anos, que foram infectadas pelo vírus, incluindo indivíduos que buscaram tratamento médico entre fevereiro de 2020 e novembro de 2021.

Dentre os respondentes, 32,3% afirmaram que apresentaram sintomas mesmo seis meses após a recuperação. A taxa caiu para 30,5% para período de um ano após a recuperação de uma infecção. Já no período de 18 meses, 25,8% dos pacientes apresentaram sintomas após a recuperação. Trata-se de cerca de uma a cada quatro pessoas.

A equipe também perguntou que tipo de sintomas as pessoas apresentaram no período de até um ano após terem se recuperado. Do total, 11,7% afirmaram ter tido perda de memória, 11,4% reportaram dificuldade em se concentrar, 10,3% tiveram problemas de olfato e 9,1% apresentaram fadiga mental ou uma certa sensação de que não conseguiam pensar tão claramente quanto antes. Ademais, 7,5% se sentiram deprimidos, 5,9% tiveram problema de paladar, 5,6% apresentaram falta de ar, 3,8% sentiram exaustão e 3,5% reportaram perda capilar. A equipe descobriu que problemas relacionados a paladar, perda de cabelo e dificuldade em se concentrar foram mais prováveis de se tornar persistentes em mulheres. Por outro lado, falta de ar, tosse e sensação de exaustão duraram mais em pacientes que tiveram sintomas de moderados a grave da Covid-19.

Estas informações são do dia 6 de abril de 2023.

551. As últimas descobertas sobre a Covid longa (2)

Nesta edição, vamos observar como tem sido a incidência no Japão dessa condição após uma infecção por coronavírus.

Uma equipe liderada por Morioka Shinichiro, do Hospital Central do Centro Nacional para Medicina e Saúde Global, conduziu um levantamento para descobrir os sintomas que aparecem após a Covid. Os participantes foram 502 pessoas, com idades entre 20 e 79 anos, que foram infectadas pelo vírus, incluindo indivíduos que buscaram tratamento médico entre fevereiro de 2020 e novembro de 2021.

Dentre os respondentes, 32,3% afirmaram que apresentaram sintomas mesmo seis meses após a recuperação. A taxa caiu para 30,5% para período de um ano após a recuperação de uma infecção. Já no período de 18 meses, 25,8% dos pacientes apresentaram sintomas após a recuperação. Trata-se de cerca de uma a cada quatro pessoas.

A equipe também perguntou que tipo de sintomas as pessoas apresentaram no período de até um ano após terem se recuperado. Do total, 11,7% afirmaram ter tido perda de memória, 11,4% reportaram dificuldade em se concentrar, 10,3% tiveram problemas de olfato e 9,1% apresentaram fadiga mental ou uma certa sensação de que não conseguiam pensar tão claramente quanto antes. Ademais, 7,5% se sentiram deprimidos, 5,9% tiveram problema de paladar, 5,6% apresentaram falta de ar, 3,8% sentiram exaustão e 3,5% reportaram perda capilar. A equipe descobriu que problemas relacionados a paladar, perda de cabelo e dificuldade em se concentrar foram mais prováveis de se tornar persistentes em mulheres. Por outro lado, falta de ar, tosse e sensação de exaustão duraram mais em pacientes que tiveram sintomas de moderados a grave da Covid-19.

Estas informações são do dia 5 de abril de 2023.

550. As últimas descobertas sobre a Covid longa (1)

Muitos países passaram a tratar a Covid-19 como uma doença infecciosa comum. No entanto, eles continuam a combater os efeitos de médio e longo prazo conhecidos como Covid longa. Nesta série, vamos trazer as últimas descobertas sobre as condições pós-Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define as condições pós-Covid-19 da seguinte maneira: sintomas da Covid longa aparecem normalmente dentro de três meses desde o surgimento da Covid-19. Eles duram pelo menos dois meses. Os sintomas não podem ser explicados como aqueles causados por outras doenças. Quando os sintomas correspondem a todas essas definições, eles são considerados como Covid longa. Especificamente, os sintomas da Covid longa incluem fadiga, falta de ar, distúrbio de memória, dificuldade de concentração, e problemas com o sentido do olfato e do paladar.

Contudo, existe uma pesquisa que encontrou até 50 tipos de sintomas relatados por pacientes. A frequência com que essas condições da Covid longa se desenvolvem ainda não é conhecida. Caso um paciente manifeste alguns sintomas após contrair o coronavírus, é muito difícil determinar se eles estão vinculados à infecção ou se são decorrentes de alguma outra causa.

O médico assistente Morioka Shinichiro, do Centro Hospitalar do Centro Nacional de Saúde e Medicina Global, afirma que, atualmente, ainda não está clara a razão de os sintomas de longa duração surgirem após alguém contrair o coronavirus e o mecanismo de como eles se desenvolvem. Morioka diz que é necessário examinar pacientes de maneira aprofundada para determinar se os sintomas dos quais eles reclamam estão mesmo relacionados à infecção pelo coronavírus e, desse modo, encontrar meios de tratá-los.

Estas informações são do dia 4 de abril de 2023.

549. Mudanças nas despesas e instalações médico-hospitalares com a reclassificação da Covid-19 (7)

Hoje apresentamos a visão de um especialista sobre os possíveis impactos da mudança.

O professor Tateda Kazuhiro, da Universidade Toho, é membro do conselho consultivo do governo japonês sobre o coronavírus. Ele acredita que o fim da testagem gratuita para o vírus e a diminuição da cobertura dos valores pagos por pacientes não deve impedir que pessoas visitem consultórios médicos quando suspeitarem de estar infectadas. Afirma que o motivo é que o pagamento direto feito pelo paciente será praticamente o mesmo do de quando uma pessoa com suspeita de influenza visita um consultório médico. Contudo, ele afirma que pode ser custoso para que pacientes arquem com os preços de medicamentos contra o coronavírus e com as taxas de hospitalização. Assim, diz que o governo deve oferecer apoio suficiente por um determinado tempo e implementar as mudanças gradualmente.

O governo tem a expectativa de que mais clínicas e hospitais passem a tratar pacientes de coronavírus após a reclassificação. Nesse sentido, Tateda alerta que pode haver confusão, caso instituições médico-hospitalares que não tratavam pacientes de coronavírus até agora passem a, repentinamente, ser solicitadas a fazê-lo. Afirma que as instituições médicas devem ser solicitadas a cooperar na medida do possível, sem gerar uma sobrecarga de trabalho. Ele ressalta que a maioria das instituições já trata pacientes de influenza. Tateda explica que é importante aumentar de forma gradual o número de instituições que aceitam pacientes de coronavírus, solicitando que tornem ligeiramente mais rígidas as medidas anti-infecção que já utilizam ao lidar com pacientes da gripe sazonal ou influenza. Segundo ele, isso inclui garantir certo distanciamento entre os pacientes e ventilação adequada.

Estas informações são do dia 3 de abril de 2023.

548. Mudanças nas despesas e instalações médico-hospitalares com a reclassificação da Covid-19 (6)

Hoje, vamos ver como os hospitais pretendem lidar com as mudanças, usando como exemplo uma clínica em Tóquio.

Algumas instituições médico-hospitalares que não puderam aceitar pacientes com a Covid-19, agora estão considerando recebê-los, porque poderão fazê-lo após a reclassificação da doença. Kijima Fujio é médico e diretor da Kijima Clinic, no distrito de Shinjuku, em Tóquio. Quando o contágio de coronavírus começou a se alastrar no Japão, Kijima pensou em aceitar pacientes que tivessem testado positivo para a Covid-19, mas para a segurança dos outros pacientes, ele decidiu não fazer isto, já que sua clínica não tinha sido construída para isolar pacientes infectados com o vírus.

Contudo, a planejada mudança na classificação o levou a considerar como ele poderá começar a atender pacientes com Covid-19. Para permitir que isto aconteça, um paciente com suspeita de contágio deverá fazer uma reserva por telefone durante um horário em que não houver outros pacientes. Os funcionários da clínica terão de ventilar e desinfetar as salas depois que o paciente for embora.

Mesmo tomando tais precauções, eles não podem eliminar por completo o risco de infecção, já que os pacientes contagiados terão de compartilhar o mesmo espaço que os outros. Funcionários do setor não deixam de estar um pouco apreensivos a esse respeito.

Segundo Kijima, os funcionários da clínica podem estar preparados contra possíveis contágios, mas não os pacientes. Por isso, ele disse que precisará tomar medidas cuidadosas para minimizar o risco de infecção de pacientes, principalmente aqueles com comorbidades.

Estas informações são do dia 31 de março de 2023.

547. Mudanças nas despesas e instalações médico-hospitalares com a reclassificação da Covid-19 (5)

Desta vez, vamos explicar as mudanças a respeito de que quem são os responsáveis na busca por hospitais que admitirão pacientes de coronavírus.

Atualmente, instituições como centros de saúde públicos coordenam as admissões hospitalares de pessoas infectadas pelo coronavírus. No entanto, o governo diz que, após a recategorização, a responsabilidade passará gradualmente para os hospitais, em princípio. Eles passarão a se organizar entre si para ver quais deles receberão pacientes – inicialmente somente aqueles acometidos por sintomas leves. Após o meio do ano, buscar hospitais para pacientes com sintomas graves também passará a ser de sua responsabilidade.

Para essa finalidade, hospitais são encorajados a fazer bom uso da tecnologia da informação, para que possam compartilhar com rapidez informações sobre a disponibilidade de leitos hospitalares. Ao mesmo tempo, governos provinciais poderiam manter sistemas existentes, como, por exemplo, uma força-tarefa para a alocação de pacientes em hospitais dependendo de suas situações visando assegurar uma transição sem problemas.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social vai solicitar aos governos provinciais que elaborem um plano de transição até o final de abril, com o objetivo de assegurar a expansão da prestação de serviços de saúde e uma coordenação tranquila entre hospitais. O plano cobrirá um período que vai até o final de setembro, antes que passe a esfriar – o que poderia causar um novo aumento nos casos de Covid-19. Depois desse período, o ministério planeja realizar revisões necessárias com base no progresso dos planos em cada província.

Estas informações são do dia 24 de março de 2023.

546. Mudanças nas despesas e instalações médico-hospitalares com a reclassificação da Covid-19 (4)

Hoje vamos explicar as mudanças nas instituições médico-hospitalares que atendem pacientes de coronavírus.

O governo pretende implantar um sistema no qual as pessoas que apresentem sintomas de coronavírus possam ser atendidas num maior número de instituições médicas. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social diz que fará isso em estágios até abril de 2024. Atualmente, cerca de 42 mil instituições em todo o país atendem pacientes ambulatoriais de Covid-19. Após a reclassificação da Covid-19, as autoridades pretendem aumentar esse número para 64 mil. O ministério planeja exortar as instituições médicas a aceitar novos pacientes, não se restringindo apenas a seus pacientes regulares. Ele diz que os governos provinciais vão continuar a divulgar o nome de instituições médicas que aceitam pacientes de coronavírus.

Quanto à hospitalização de pacientes de coronavírus, o governo tem até agora garantido leitos em cerca de 3 mil instituições médicas. Após a reclassificação, as autoridades pretendem ter um sistema no qual pacientes de coronavírus possam ser internados em todos os cerca de 8,2 mil hospitais ao longo do Japão. Eles planejam dar apoio principalmente para enfermarias hospitalares que prestam serviços de reabilitação a pacientes idosos de modo que elas possam aceitar pacientes de coronavírus.

O governo planeja dar apoio de modo que as instituições possam revisar suas diretrizes e adquirir equipamentos necessários para prevenir infecções hospitalares. Isso será feito para aumentar o número de instituições médicas que aceitem pacientes de coronavírus.

Estas informações são do dia 29 de março de 2023.

545. Mudanças nas despesas e instalações médico-hospitalares com a reclassificação da Covid-19 (3)

Hoje vamos explicar as mudanças das despesas que pacientes deverão pagar ao ser hospitalizados por causa da Covid-19 ou quando optarem por se recuperar em instalações de acomodação organizadas por governos locais.

Os custos de hospitalização para pacientes de Covid-19 são atualmente cobertos na íntegra por fundos públicos, mas o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar Social do Japão informa que, após a reclassificação da doença, pacientes terão de arcar com as despesas médicas e pagar por refeições de hospitais. As despesas de hospitalização por Covid-19 são passíveis de benefícios para despesas médicas de alto custo. Contudo, para evitar um súbito aumento de contas médicas extras e para lidar com um possível aumento das infecções no verão japonês, o ministério diz que vai fornecer benefícios adicionais de até 20.000 ienes, ou cerca de 150 dólares, até o fim de setembro.

O ministério da Saúde fornece um custo estimado de hospitalização para pessoas com 75 ou mais anos de idade. Uma pessoa que esteja pagando imposto residencial para uma renda anual de até 3,83 milhões de ienes, ou cerca de 29 mil dólares, e for hospitalizada por 10 dias com sintomas moderados terá de pagar 37.600 ienes, ou cerca de 290 dólares, para o tratamento médico, e 13.800 ienes, ou cerca de 105 dólares, para as refeições do hospital.

O ministério vai encerrar o sistema segundo o qual pacientes de Covid-19 com sintomas leves precisam se autoisolar ou se recuperar em hotéis ou outras instalações de acomodação quando não podem fazê-lo em casa ou quando há uma falta de leitos de hospitais. Contudo, o ministério disse que governos regionais poderão continuar operando tais instalações de acomodação para pacientes idosos ou mulheres grávidas até o fim de setembro, sob a premissa de que esses pacientes vão pagar estes custos por sua própria conta.

Para lidar um possível ressurgimento de infecções no verão, o ministério da Saúde vai continuar cobrindo os custos de remédios para a Covid-19 e criar medidas para aliviar os custos de hospitalização. O ministério disse que, no final de setembro, irá considerar se vai ou não continuar fornecendo as medidas de apoio, levando em consideração a equiparação com outras doenças.

Estas informações são do dia 28 de março de 2023.

544. Mudanças nas despesas e instalações médico-hospitalares com a reclassificação da Covid-19 (2)

No episódio de hoje, iremos explicar as mudanças nas taxas que serão pagas pelos pacientes que receberem tratamento ambulatorial e testes para Covid-19.

Atualmente, todas as despesas médicas derivadas de tratamento ambulatorial para Covid-19 após confirmação da doença por teste são cobertas por fundos públicos. Após a entrada em vigor da reclassificação, no entanto, pacientes terão que arcar com partes dos custos do tratamento.

Pessoas abaixo de 70 anos de idade cuja taxa de coparticipação em despesas médicas esteja estabelecida em 30% do total irão pagar um valor máximo de 4.170 ienes (cerca de 31 dólares) no caso de prescrição de antipiréticos e remédios para o coronavírus. O valor é quase o mesmo pago por pacientes com gripe, estabelecido em 4.450 ienes no máximo (cerca de 33 dólares) quando o antiviral Tamiflu e antipiréticos são prescrevidos.

Já pessoas com 75 anos ou mais que possuem coparticipação de 10% dos custos médicos terão um teto estabelecido em 1.390 ienes (cerca de 10 dólares). O valor também é semelhante ao que a mesma faixa etária paga para tratamentos para a gripe sazonal — no máximo 1.480 ienes, ou cerca de 11 dólares.

O governo irá suspender a cobertura para testes tendo em vista a grande disponibilidade de kits de autoteste para Covid como também o que seria mais justo para pacientes com outras doenças.

Estas informações são do dia 27 de março de 2023.

543. Mudanças nas despesas e instalações médico-hospitalares com a reclassificação da Covid-19 (1)

Em 8 de maio, o governo japonês vai rebaixar a Covid-19 para a categoria cinco, a mesma classe de doenças infecciosas como a gripe sazonal. Nesta série, vemos como esta mudança irá alterar o ônus dos pacientes em relação às despesas médicas e as instituições médico-hospitalares que eles poderão frequentar. Na primeira parte, vamos explicar a política do governo e os custos de remédios.

Os pacientes vão acabar pagando mais pelos custos relacionados à Covid-19. No dia 10 de março, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão decidiu revisar a política do governo e basicamente eliminar os testes de coronavírus e tratamentos gratuitos em ambulatórios. Atualmente, os pacientes não precisam pagar nada, já que, em princípio, fundos públicos estão sendo utilizados para ajudar a cobrir esses custos. O apoio será reduzido quando a Covid-19 for rebaixada para a categoria cinco, sob o ponto de vista de equiparação com outras doenças. Contudo, o governo pretende continuar usando alguns fundos públicos em medidas cujo objetivo é evitar um aumento abrupto nas despesas de pacientes.

Fundos públicos serão utilizados até o fim de setembro para cobrir remédios caros para o coronavírus, já que o número de infecções poderá aumentar no verão japonês. As autoridades pretendem avaliar a disseminação de infecções ou outras doenças e o estoque de medicamentos do governo em preparação para como reagir a possíveis surtos no inverno.

Por exemplo, se terminarem os fundos públicos destinados a medicamentos para o tratamento de coronavírus, um paciente ambulatorial poderá ter de pagar até 32,470 ienes, ou cerca de 250 dólares, pelo medicamento oral Lagevrio.

Estas informações são do dia 24 de março de 2023.

542. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (8)

Nesta parte, vemos como esta mudança irá alterar o modo com que enfrentamos a doença.

No dia 25 de janeiro, um painel do ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social, que propôs novas medidas anti-infecciosas, disse: “Indivíduos e grupos devem decidir por conta própria suas opções sobre quais medidas a tomar dependendo da situação do surto e riscos, ao invés de obedecer a medidas uniformes baseadas em pedidos do governo”.

Acrescentou que: “Parece haver casos onde medidas de controle de infecção excessivas ou com efeitos duvidosos continuam a ser aplicadas. Isso é problemático pois elas impõem grandes restrições a atividades socioeconômicas e educacionais, assim como no cotidiano das crianças”.

Também aponta que: “É aconselhável discutir sobre as medidas de controle de infecção no local de trabalho ou grupos e se ter um consenso. Ninguém deve ser forçado a tomar ou deixar de tomar medidas, e deve-se respeitar as opções individuais”.

Disse que: “Em locais com aglomeração, todos não devem se esquecer que há pessoas com risco de ficarem gravemente doentes e pessoas saudáveis que querem evitar a infecção. Medidas de bom senso devem ser tomadas para que essas pessoas possam se sentir seguras. Continua sendo importante prevenir que o vírus venha a infectar em hospitais e instituições voltadas para idosos, onde a infecção pode se disseminar com facilidade e causar consequências graves”.

O painel disse que apresentará num futuro próximo medidas anti-infecciosas específicas.

Estas informações são do dia 15 de fevereiro de 2023.

541. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (7)

Desta vez, vamos apresentar como as instituições médicas encaram a mudança.

Uma instituição médica na cidade de Kasukabe, na província de Saitama, montou uma clínica ao ar livre para monitorar pacientes com sintomas tais como febre, ao mesmo tempo em que continuava a oferecer atendimento médico regular, incluindo tratamento para diabetes e asma.

Atualmente, quando pacientes de Covid-19 precisam ser hospitalizados, centros de saúde pública são responsáveis por encontrar uma instituição que os aceite. Mas para pacientes com outras enfermidades que não a Covid-19, médicos e enfermeiros precisam fazer os preparativos para as hospitalizações. Com frequência, há certa dificuldade em encontrar um hospital, por motivos tais como escassez de leitos disponíveis. Às vezes, eles precisam oferecer cuidados a pacientes – como por exemplo, ministrar suplementação de oxigênio e aplicação de soro por via intravenosa – por um longo período, até que seja possível encontrar um hospital que os aceite.

Um médico na instituição em Kasukabe disse que quando a Covid-19 for rebaixada para categoria cinco e os funcionários precisarem fazer os preparativos para a hospitalização de pacientes de coronavírus, eles poderão ficar sobrecarregados com muito trabalho. O médico expressou esperança de que estes preparativos, feitos por centros de saúde pública até o momento, sejam transferidos de responsabilidade gradualmente, e não interrompidos de forma abrupta.

Outra instituição médica, que até agora não montou uma clínica de febre, afirmou que não tem a capacidade de atender pacientes de Covid-19 imediatamente, já que necessita de tempo para implementar medidas anti-infecção. Acrescentou que, se os pacientes acharem que poderão ser admitidos em qualquer instituição médica, poderá haver certa confusão. Funcionários esperam que o governo dê continuidade à reclassificação ao mesmo tempo em que considera de forma cuidadosa o que isso pode acarretar para instituições médicas.

Estas informações são do dia 14 de fevereiro de 2023.

540. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (6)

No episódio de hoje, apresentaremos a opinião de especialistas sobre os possíveis impactos da reclassificação.

Membros do painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social manifestaram preocupação de que o rebaixamento pode fazer com que fique mais difícil para governos locais intervirem para evitar uma sobrecarga do sistema de saúde durante um eventual aumento no número de infecções. Atualmente, autoridades locais são capazes de coordenar com outros municípios para que pacientes possam ser hospitalizados em instituições onde podem receber o atendimento necessário.

Também apontaram que há uma possibilidade de que as pessoas infectadas não sejam capazes ou evitem fazer testes ou receber tratamento caso o governo suspenda a ajuda de custos oferecida atualmente.

Quando a Covid-19 for rebaixada para categoria 5, a doença deixará de ser regulada por uma legislação especial que permite que o governo imponha medidas rígidas antivírus. Especialistas do painel governamental afirmam temerem que as pessoas deixem de observar tais medidas da mesma forma que costumavam fazer, fazendo com que governadores provinciais não tenham mais um embasamento legal para pedir que as pessoas obedeçam. Temem que as pessoas passem a entender que a pandemia praticamente acabou.

Uma outra preocupação exposta pelos especialistas tem relação com a capacidade de responder rapidamente a novas cepas de mutações do coronavírus que sejam altamente transmissíveis ou patogênicas, ou ambas as coisas. Existe um temor de que dissolver as forças-tarefa para a Covid-19 dos governos locais e nacional possa dificultar tal resposta. Também estão preocupados de que haja um possível declínio na taxa de imunização caso o governo diminua os esforços de vacinação.

Estas informações são do dia 13 de fevereiro de 2023.

539. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (5)

Nesta edição, vamos conhecer as diferenças entre a Covid-19 e a influenza, e alguns remédios para tratar da infecção com o coronavírus.

Especialistas em doenças contagiosas dizem que é difícil lidar com a Covid-19 porque a extensão e o momento das infecções são imprevisíveis, já que o coronavírus se espalha em qualquer temporada, ao contrário do da influenza, que geralmente se propaga durante os meses do inverno. Eles dizem também que as mutações ocorrem num ritmo mais rápido que o da gripe, o que leva ao risco do surgimento de cepas completamente novas.

Remédios administrados oralmente são usados no tratamento da Covid-19, mas segundos os especialistas, o procedimento para sua utilização é mais complicado do que para o uso de medicamentos antivirais como o Tamiflu, contra a influenza. Além disso, é necessário ter cautela ao utilizar os medicamentos para a Covid em pessoas com comorbidades, por isso pode não ser fácil tratá-las com remédios.

Mais instituições médico-hospitalares podem agora examinar pacientes de Covid desde que medidas de prevenção de contágio sejam tomadas. Mas o número de tais instituições continua sendo limitado em comparação ao daqueles que recebem pessoas para o tratamento de influenza.

Segundo os especialistas, vai levar mais tempo para a Covid-19 ser tratada da mesma forma que a influenza. Eles dizem que as medidas de prevenção ao contágio devem continuar sendo tomadas mesmo depois que a Covid-19 for rebaixada para a categoria 5.

Estas informações são do dia 10 de fevereiro de 2023.

538. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (4)

Nesta edição, as mudanças que a medida trará para a vacinação.

Atualmente o governo nacional oferece a vacinação gratuitamente, com base na Lei de Imunização. Há receios, contudo, de que a adesão à campanha de vacinação venha a diminuir caso se torne necessário pagar pelas vacinas.

Uma comissão de especialistas que assessora o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social discute agora a forma mais adequada de cobertura das despesas. A expectativa é de que a comissão apresente conclusões a respeito de várias questões, como a própria possibilidade de dar continuidade à vacinação grátis após o mês de abril e, neste caso, quem seria contemplado.

O governo tem dito que qualquer pessoa com necessidade de vacinação deve ser capaz de receber a vacina gratuitamente.

Estas informações são do dia 9 de fevereiro de 2023.

537. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (3)

Desta vez, vamos destacar que mudanças a reclassificação acarretará sobre o uso de máscaras.

O uso de máscara tem sido recomendado em ambientes internos, quando é difícil manter uma distância suficiente de outras pessoas. No caso de conversas em ambientes fechados, usar a máscara é recomendado a qualquer distância.

Em uma reunião da força-tarefa do coronavírus realizada em 27 de janeiro, o governo japonês afirmou que vai revisar a política de uso de máscaras faciais para que a decisão de usá-las ou não fique a critério do indivíduo, tanto em ambientes fechados como em áreas abertas. O governo disse que vai estudar o momento específico sobre quando revisar a política.

Membros do painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão expressaram opinião de que mesmo após a reclassificação da Covid, pessoas que estiverem em ambientes de alto risco devem continuar a usar máscaras para evitar uma possível disseminação do vírus.

Especialistas afirmam que pessoas que tenham testado positivo para o vírus ou que apresentem sintomas, bem como aqueles que tiverem contato próximo com pessoas infectadas ou tenham estado em ambientes de alto risco, devem usar a máscara e evitar sair para se encontrar com outras pessoas.

Afirmam que o público em geral deve tomar medidas de precaução conforme a situação de surto do vírus e os ambientes que frequenta, incluindo garantir que haja ventilação suficiente. O painel recomenda que as pessoas usem máscaras em locais tais como casas de cuidado para idosos.

Estas informações são do dia 8 de fevereiro de 2023.

536. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (2)

Na segunda parte desta série, vamos observar que tipo de mudanças isso trará para a sociedade quanto à circulação de pessoas ou outras regras.

O rebaixamento da Covid-19 para a Categoria 5 tornará impossível impor restrições à circulação de pessoas, como havia sido implementado anteriormente pelos governos central e regionais. Declarar estado de emergência, emitir recomendações ou instruções para internação hospitalar, instar pessoas infectadas e seus contatos próximos a permanecer em casa, entre outras medidas, não serão mais possíveis após o rebaixamento.

As medidas de controle fronteiriço adotadas pelo governo até agora incluem, por exemplo, exigir que pessoas recém-chegadas do exterior provem ter tomado pelo menos três doses de vacina. Em princípio, tal exigência será suprimida.

A aceitação e o tratamento de pacientes de coronavírus têm se limitado a um subgrupo de instituições médico-hospitalares, tais como organizações médicas designadas e clínicas para tratamento de pacientes com febre. As autoridades planejam aumentar, em fases, o número de instituições médico-hospitalares capazes de tratar pacientes de Covid-19.

Todas as despesas para internações hospitalares e realização de testes têm sido arcadas pelo governo. Após o rebaixamento, os pacientes terão de desembolsar parte dos custos, em princípio. Em meio às preocupações de que tal medida possa desencorajar algumas pessoas de procurar um médico, as autoridades planejam rever suas políticas em etapas, enquanto fornecem apoio financeiro por ora.

Até o momento, instituições médico-hospitalares e centros de saúde regionais são obrigados a reportar todos os números de casos. O rebaixamento marcará uma mudança para um esquema de verificação de amostragem no qual os números são reportados somente por hospitais de grande porte.

Estas informações são do dia 7 de fevereiro de 2023.

535. O que muda com a reclassificação da Covid-19? (1)

O governo japonês decidiu oficialmente pelo rebaixamento da classificação da Covid-19, que passará a estar na mesma categoria de doenças infecciosas como a gripe sazonal, a partir de 8 de maio. Nesta nova série que se inicia hoje, vamos explicar que mudanças serão trazidas pela reclassificação para categoria cinco.

Por que a data da reclassificação está marcada para 8 de maio?
O governo japonês havia informado que pretendia designar uma data no final de abril ou início de maio. Fontes do Ministério da Saúde deram os seguintes motivos para explicar o porquê de o governo ter estabelecido esta data.

Municípios e instituições de cuidados de saúde explicaram a necessidade de haver um período de preparação. Um painel de especialistas do Ministério da Saúde enviou opiniões por escrito sobre o assunto em 27 de janeiro. O documento diz: “A reclassificação trará grandes impactos no estilo de vida das pessoas, bem como na de empresas e de instituições médicas. Portanto, é necessário um período de cerca de três meses para que se prepararem para as mudanças”.

Em seguida, foram realizados debates sobre se a reclassificação deveria acontecer antes ou depois do período de férias de primavera no Japão, entre o fim de abril e início de maio. Havia preocupação de que fazer a alteração antes das férias poderia levar a um aumento na circulação de pessoas e gerar disseminação do vírus, que por sua vez colocaria um pesado fardo sobre as instituições médicas ao longo das férias de primavera. Assim, após os debates, o governo japonês fixou a data da mudança para 8 de maio.

Estas informações são do dia 6 de fevereiro de 2023.

534. Últimas informações sobre a subvariante XBB.1.5 da ômicron (5)

Na quinta e última parte da série, perguntamos aos especialistas sobre a possibilidade do ressurgimento de casos de coronavírus dominados pela XBB.1.5.

Esta subvariante vai se propagar mais pelo Japão? Nishiura Hiroshi, professor da Universidade de Kyoto, insiste que fiquemos alertas, já que a XBB.1.5 parece ter a capacidade de driblar a imunidade. Ele diz que, embora o número recente de novas infecções tenha caído no Japão, há o risco da XBB.1.5 causar um novo aumento neste número.

Por outro lado, Hamada Atsuo, professor do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, que está analisando a situação do coronavírus fora do Japão, diz que a XBB.1.5 poderá prolongar a atual oitava onda da pandemia se a subvariante se espalhar em grande escala, ou então, a XBB.1.5 poderá gerar uma nona onda de contágio.

Hamada diz que depois que o número de infecções cair, devemos de certa maneira estar preparados para lidar com um novo aumento. Ele diz que como tomar a vacina é eficaz até certo ponto, é importante reforçar nossa imunidade tomando uma dose voltada ao combate das variantes da ômicron.

Segundo um relatório divulgado no dia 25 de janeiro pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, vacinas contra as variantes da òmicron são eficazes até certo ponto na prevenção do desenvolvimento de sintomas das subvariantes XBB da ômicron, incluindo a XBB.1.5.

Estas informações são do dia 3 de fevereiro de 2023.

533. Últimas informações sobre subvariante XBB.1.5 da ômicron (4)

Desta vez, na quarta parte, vamos observar a situação dos novos casos da XBB.1.5.

À parte dos Estados Unidos, o número de novos casos da subvariante XBB.1.5 não tem se disseminado tão rapidamente em todo o mundo. No Japão e na maioria dos outros países, novas infecções pelo coronavírus não são dominadas por alguma variante específica no momento.

Segundo o governo metropolitano de Tóquio, os novos casos da XBB.1.5 na capital japonesa não tiveram um aumento tão significativo. Até o dia 19 de janeiro, 22 novos casos haviam sido reportados, perfazendo somente 0,3% do total do número de casos de Covid-19 registrados na semana até 2 de janeiro.

Já outras mutações reportadas durante o mesmo período também foram da ômicron. Desde o verão de 2022, o número de novos casos de coronavírus tem sido formado pela BA.5, com 50,6%; seguido pela BQ.1.1, com 16,2%; pela BF.7, com 14,2%; e pela BN.1, com 10,4%.

Takeuchi Hiroaki, professor associado da Universidade de Medicina e Odontologia de Tóquio, conduz uma análise genética de variantes da Covid-19. Ele diz que, embora a XBB.1.5 não vá se alastrar imediatamente, não se sabe qual variante se tornará dominante durante outro surto no Japão. Segundo Takeuchi, a situação de ter diferentes tipos de variantes entre as novas infecções provavelmente continuará por mais algum tempo.

Estas informações são do dia 2 de fevereiro de 2023.

532. Últimas informações sobre subvariante XBB.1.5 da ômicron (3)

No terceiro episódio, falaremos exatamente sobre esta habilidade de evadir o sistema imunológico.

Uma equipe de pesquisa chamada G2P-Japan, liderada pelo professor Sato Kei do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Tóquio, publicou um artigo com resultados de sua investigação sobre como a imunidade do corpo reage contra a XBB.1.5. A pesquisa, a qual ainda não passou pelo processo formal de revisão por pares, foi feita através do estudo de amostras sanguíneas de pessoas que foram infectadas com a BA.5 após já terem sido vacinadas.

De acordo com o estudo, os anticorpos neutralizantes apresentaram uma potência de apenas um décimo contra a XBB.1.5 se comparada à sua ação contra a BA.5. O resultado demonstra claramente a resistência da subvariante ao sistema imune.

Em adição, mutações em sua proteína spike fazem com que a XBB.1.5 seja 4,3 vezes mais contagiosa do que outras variantes devido a sua habilidade de se prender a células humanas.

Diferentemente de variantes anteriores do vírus, a XBB.1.5 é capaz de combinar estas duas habilidades: uma de evadir anticorpos neutralizantes e outra de se fixar fortemente às proteínas das células humanas.

No entanto, ainda pouco se sabe sobre a virulência desta mutação ou sua capacidade de causar sintomas graves.

Estas informações são do dia 1º de fevereiro de 2023.

531. Últimas informações sobre subvariante XBB.1.5 da ômicron (2)

Neste segundo episódio da série, vamos saber qual é a avaliação de risco.

Em 11 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou sua avaliação de risco da XBB.1.5, afirmando que a subvariante mostrou uma vantagem de expansão relativamente alta nos Estados Unidos. A organização afirmou que mais análises são necessárias.

Foi dito que a capacidade da subvariante de evadir anticorpos de contágios anteriores com a Covid ou vacinas é mais alta que a de outras variantes, de acordo com dados de testes preliminares.

Foi dito que ainda não há dado clínico algum sobre a taxa de desenvolvimento grave da doença após o contágio. A OMS acrescentou que ainda não havia confirmado mutações da XBB.1.5 que estariam associadas a uma mudança potencial de sua gravidade.

A OMS disse: “A XBB.1.5 pode contribuir para aumentos na incidência global de casos”, embora tenha apenas dados limitados por enquanto.

Estas informações são de 31 de janeiro de 2023.

530. Últimas informações sobre subvariante XBB.1.5 da ômicron (1)

Uma nova subvariante da ômicron, chamada XBB.1.5, está se espalhando rapidamente pelos Estados Unidos desde o final de dezembro. Especialistas temem que esta seja a cepa mais desenvolvida de todas as variantes do coronavírus em termos de evasão do sistema imune. No primeiro episódio de nossa nova série sobre a XBB.1.5, falaremos sobre como a subvariante está se disseminando pelos EUA e pelo mundo.

A XBB.1.5 é uma ramificação da XBB, que por sua vez é uma cepa híbrida, carregando dados genéticos de duas mutações diferentes da subvariante BA.2 da ômicron que se fundiram. A BA.2 vem se disseminando por todo o mundo desde a primavera de 2022 no hemisfério norte.

Nos Estados Unidos, a taxa de pessoas infectadas pela XBB.1.5, dentre as que tiveram a infecção pelo coronavírus confirmada por testes, tem aumentado desde dezembro de 2022 em Nova York e outros estados da costa leste. Ela já se tornou a subvariante predominante no país. O CDC, Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, afirma que sua estimativa é de que 49,1% de todos os casos de Covid no país na semana de 15 a 21 de janeiro sejam da XBB.1.5.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, com base nos dados de 11 de janeiro, 38 países haviam reportado casos de Covid pela variante XBB.1.5. O Japão está na lista de países que já identificaram infecção pela subvariante. Ao mesmo tempo em que os dados sobre a nova mutação são limitados, um relatório publicado pela OMS em 19 de janeiro mostra que a cepa XBB (incluindo suas subvariantes) foi responsável por 8,36% dos casos de Covid reportados em todo o mundo na última semana de 2022.

As informações são do dia 30 de janeiro de 2023.

529. Três anos desde o primeiro caso de coronavírus no Japão (5)

Hoje, na última parte da série, conversamos com Omi Shigeru, chefe do painel de aconselhamento do governo do Japão, sobre como devemos enfrentar o coronavírus.

Omi disse: “a Covid-19 é um tipo de doença contagiosa que aparece uma vez em um século. Em 2003, a Síndrome Respiratória Aguda Grave, que ficou conhecida como SARS nas iniciais em inglês, se espalhou pelo mundo. Ela foi classificada como a primeira pandemia do século XXI e considerada uma ameaça extremamente séria à saúde pública. Mesmo assim, a doença foi contida dentro de apenas seis meses. Contudo, o novo coronavírus continua ativo três anos após ter surgido. Além disso, apareceram também novas variantes capazes de driblar a imunidade. Uma boa notícia é que os jovens raramente ficam com sintomas graves, mas algumas pessoas estão ainda sofrendo de sequelas persistentes. Há menos casos graves de pneumonia causados diretamente pelo vírus, mas vêm surgindo novas evidências de que ele afeta os órgãos cardiovasculares.”

Omi Shigeru prossegue: “todos nós deveríamos entender bem as características da Covid-19 e pensar nas medidas que devemos tomar com base nesse conhecimento. O importante é que precisamos manter a economia e a sociedade funcionando ao mesmo tempo em que cuidamos do sistema médico-hospitalar. Debates com profundidade serão necessários para encontrarmos a melhor maneira de lidar com a situação.”

Estas informações são de 27 de janeiro de 2023.

528. Três anos desde o primeiro caso de coronavírus no Japão (4)

Desde o início da propagação do vírus, centros de saúde pública vêm enfrentando o problema, sempre sobrecarregados de trabalho.

Os centros de saúde pública do país têm o encargo de realizar diversas tarefas, como a contabilização do total de novos casos, a monitoração das condições de cada paciente e a coordenação das hospitalizações.

No início da propagação do vírus, funcionários de um centro do distrito de Kita, na capital japonesa, cumpriram diferentes tarefas, como o atendimento de ligações telefônicas em busca de orientação diante de febre ou outros sintomas e o encaminhamento laboratorial de amostras coletadas de pessoas com suspeita de infecção.

Em setembro do ano passado, o governo nacional simplificou o registro centralizado de novos casos e, assim, caiu em cerca de 70% a carga de trabalho que recai sobre os centros de saúde neste procedimento. Funcionários do centro atestam uma diminuição da sobrecarga, mas, na oitava onda, ora em curso no Japão, cabe a eles coordenar hospitalizações e telefonar ou fazer visitas domiciliares a pacientes. Dizem, portanto, que vêm aumentando as suas tarefas de monitoração de pacientes. Explicam que alguns funcionários se obrigam a trabalhar também nos fins de semana.

O centro de saúde considera a sobrecarga tão grande a ponto de descrever seus encargos como em colapso por causa do número exponencial de casos de infecção. Acrescenta que, em tais circunstâncias, passou a terceirizar parte do trabalho, o que veio a lhe permitir uma distribuição eficaz de encargos. O centro enfatiza que seu pessoal vem trabalhando continuamente, sem descanso, nos últimos três anos, situação que só considera possível descrever como extremamente crítica.

Estas informações são de 26 de janeiro de 2023.

527. Três anos desde o primeiro caso de coronavírus no Japão (3)

Três anos se passaram desde a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Japão. Hospitais que aceitam pacientes infectados com o vírus desde o início da pandemia acabaram sobrecarregados toda vez que se deparavam com uma nova onda.

O Hospital Minamitama, na cidade de Hachioji, no oeste de Tóquio, tem admitido pacientes de coronavírus desde fevereiro de 2020, quando um foco de infecção foi detectado a bordo de um navio de cruzeiro no Porto de Yokohama.

Desde então, o hospital passou a disponibilizar 23 leitos, 14% de seu total de 170, para pacientes com casos leves ou moderados de Covid-19. A instituição já recebeu quase mil pacientes de coronavírus até agora.

Desde a sexta onda no início do ano passado, em que se observou a disseminação da variante ômicron, houve declínio no número de pacientes que desenvolveram pneumonia ou se tornaram gravemente enfermos.

No entanto, a quantidade de indivíduos hospitalizados com Covid excedeu o limite máximo de leitos, pressionando os sistemas da instituição e afetando o tratamento de outros pacientes.

Ao longo da atual oitava onda de infecções, todos os leitos para pacientes com coronavírus estão cheios desde o início de dezembro. O hospital fechou parte de outras alas para oferecer mais leitos para infectados pela Covid-19. Isso dificultou a admissão de emergência de pacientes com outras enfermidades.

O hospital normalmente atende mais de 90% dos pacientes que necessitam de cuidados de emergência. No entanto, o número caiu para cerca de 50% desde o início deste ano.

Um funcionário do hospital afirma que a situação difícil persiste, já que as instituições se sobrecarregam cada vez que surge uma nova onda. Segundo ele, o hospital precisa continuar tomando medidas anti-infecção, mas afirma que há a necessidade de criar formas de modificar as medidas de controle máximo contra o vírus, para que seja possível aceitar mais pacientes.

Estas informações são de 25 de janeiro de 2023.

526. Três anos desde o primeiro caso de coronavírus no Japão (2)

Três anos se passaram desde a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Japão. Novas variantes e subvariantes do vírus têm surgido repetidamente durante o período.

A primeira cepa do coronavírus confirmado no Japão foi o tipo detectado em Wuhan, na China, no início da pandemia. Depois que diversas variantes passaram a surgir no segundo trimestre de 2020, os tipos que se tornaram predominantes na Europa também se disseminaram no Japão.

Desde o começo de 2022, a variante ômicron tem sido a predominante no Japão. Como esta variante é altamente contagiosa, um número maior de pessoas acabou se infectando e, por conseguinte, aumentando o número de mortes. Diversas subvariantes da ômicron já surgiram, elevando a capacidade do vírus de contornar a imunidade. A subvariante BQ.1, por sua vez, tem aumentado sua presença na atual oitava onda de infecções no Japão.

Já a subvariante XBB.1.5 também foi detectada no país. Este tipo está se alastrando atualmente nos Estados Unidos e teme-se que seja muito mais contagioso.

Sato Kei, especialista em vírus e professor do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Tóquio, afirma que novas subvariantes surgem uma após a outra para contornar a imunidade conquistada através da vacinação. Segundo Sato, anticorpos neutralizantes são menos eficazes contra subvariantes XBB do que quaisquer outras cepas.

O especialista diz sentir que a luta contra variantes do coronavírus entrou em uma nova fase. Sato Kei acrescentou que é necessário, agora, discutir o método para permitir que a pandemia continue, em vez de esperar o seu fim.

Estas informações são de 24 de dezembro de 2022.

525. Três anos desde o primeiro caso de coronavírus no Japão (1)

Três anos se passaram desde a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Japão. Nesta mais recente série, vamos analisar como as infecções por coronavírus mudaram ao longo desse período.

De acordo com dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, até 20 de janeiro deste ano, o número cumulativo de casos de Covid-19 em todo o mundo era de mais de 668 milhões, e de mais de 6,7 milhões de mortes.

O primeiro caso de Covid no Japão foi reportado três anos atrás, em 15 de janeiro. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social afirma que, segundo dados de até 20 de janeiro, o total cumulativo de casos no país era de cerca de 32 milhões, com a confirmação de mais de 64 mil mortes.

O número de casos de Covid no Japão aumentou drasticamente, em particular ao longo do último ano, desde o início da disseminação da variante ômicron em janeiro de 2022. O total de casos de Covid-19 somente ao longo do último ano representa quase 95% do número cumulativo de infecções registradas nos últimos três anos.

A taxa de mortalidade entre pacientes de Covid no Japão caiu consideravelmente ao longo dos últimos três anos devido ao desenvolvimento de tratamentos e vacinas.

As taxas de mortalidade durante a primeira onda de infecções em janeiro de 2020 eram de 5,34%. Desde o início do alastramento da ômicron em janeiro de 2022, as taxas de mortalidade a partir da sexta onda até a atual oitava onda tiveram declínio acentuado para a faixa de 0,1%.

Estas informações são de 23 de janeiro de 2023.

524. Discussões para reclassificação da Covid-19 na legislação japonesa sobre doenças infecciosas (7)

Hoje vamos falar sobre as previsões dos debates.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão disse não ter um cronograma específico para a conclusão das discussões sobre a revisão da classificação.

Com base em estudos feitos por especialistas, como as pesquisas sobre a patogenicidade do vírus, mais discussões concretas deverão ser realizadas, incluindo a cobertura de gastos médicos. Atualmente, a Covid-19 é considerada equivalente a uma doença de nível 2, e fundos públicos cobrem completamente seus gastos médicos.

Deverão ser realizados também debates sobre a continuação dos programas de vacinação gratuita, cobertos completamente pelo dinheiro público.

Para mudar a classificação da Covid-19 para uma doença de categoria 5, a questão precisa ser exposta a um painel de especialistas do ministério da saúde, e revisões precisam ser feitas através de portarias da pasta. Mesmo se a Covid-19 for classificada como uma enfermidade da categoria 5, o governo tomaria medidas para continuar cobrindo as despesas médicas com fundos públicos.

Se uma nova categoria for criada para a Covid-19, a lei de controle de doenças infecciosas precisa ser alterada, algo que requereria debate no Parlamento.

Estas informações são de 23 de dezembro de 2022.

523. Discussões para reclassificação da Covid-19 na legislação japonesa sobre doenças infecciosas (6)

Desta vez, vamos observar quais tipos de remédios e de tratamento médico-hospitalar estão atualmente disponíveis no Japão, além das preocupações manifestadas por especialistas.

No Japão, dois remédios de combate à Covid-19 — o Lagevrio e o Paxlovid — têm sido empregados para o tratamento de pacientes com risco de desenvolver sintomas graves. Em novembro, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social aprovou o uso emergencial do medicamento oral Xocova — o primeiro do gênero no Japão que pode ser receitado a qualquer paciente independentemente do nível de risco. A companhia farmacêutica japonesa Shionogi foi a responsável pelo desenvolvimento do remédio.

Quanto ao tratamento médico-hospitalar, atualmente, muitas instituições no Japão aceitam receber pacientes de coronavírus, desde que medidas anti-infecção suficientes possam ser tomadas. O número de clínicas e hospitais que aceitam pacientes de Covid-19 tem aumentado.

Por outro lado, alguns especialistas manifestam preocupação. Em outubro, os professores Oshitani Hitoshi, da Universidade de Tohoku, e Nishiura Hiroshi, da Universidade de Kyoto, além de outros especialistas, enviaram um relatório sobre perspectivas da pandemia de coronavírus a um painel do Ministério da Saúde. Eles pediam cautela quanto a um alastramento súbito e explosivo da infecção devido a novas variantes do coronavírus, além da possibilidade de um novo aumento no índice de óbitos ou no índice de pacientes que desenvolvem sintomas graves caso a vacinação não avance conforme o esperado.

Em 30 de novembro, o chefe do painel de especialistas, Wakita Takaji, declarou à imprensa que é preciso ficar de olho nas mudanças que os problemas da Covid-19 provocam no organismo humano. Ele disse que infecções pelo coronavírus tendiam a agravar doenças respiratórias; mas que, recentemente, médicos têm constatado mais complicações envolvendo doenças cardiovasculares. De acordo com Wakita, isso pode significar que a Covid-19 se torne uma doença do sistema circulatório.

Estas informações são de 22 de dezembro de 2022.

522. Discussões para reclassificação da Covid-19 na legislação japonesa sobre doenças infecciosas (5)

Hoje, vamos ver a taxa de vacinação no Japão, um fator que deve ser considerado durante a revisão.

Omi Shigeru, chefe do subcomitê do governo para medidas contra o coronavírus, tem sugerido que são necessárias algumas condições para a reclassificação da Covid-19, com a pré-condição de que as medidas antivírus sejam aplicadas sem causar prejuízo às medidas socioeconômicas. O especialista comentou em uma entrevista à NHK em julho passado que vacinações generalizadas; disponibilidade de medicamentos a baixos preços e de fácil acesso; e mais instituições médicas para o tratamento de pacientes são algumas dessas condições.

Primeiro, taxas de vacinação. Conforme o website do gabinete do primeiro-ministro, em 20 de dezembro, 81,4% da população do país tinha sido vacinada com a primeira dose para Covid-19, 80,4% tinha recebido a segunda dose e 67,5% a terceira. No entanto, somente 30,6% da população tinha sido inoculada com a vacina que tem como alvo a variante ômicron. O governo planeja aplicar essas vacinas às pessoas que desejem ser inoculadas com ela até o final do ano.

Estas informações são de 21 de dezembro de 2022.

521. Discussões para reclassificação da Covid-19 na legislação japonesa sobre doenças infecciosas (4)

Nesta edição, vamos ver como a taxa de mortalidade mudou ao longo da pandemia, já que esta é uma questão vital que vai influenciar as discussões.

Depois de o vírus ser detectado pela primeira vez no Japão, em janeiro de 2020, durante a primeira onda de infecções do coronavírus que se seguiu, a taxa de mortalidade era de 5,34%. Esta taxa caiu para 0,93% no verão japonês daquele mesmo ano, durante a segunda onda de infecções, graças, em parte, ao progresso no tratamento de pacientes com sintomas graves.

A taxa de mortalidade voltou a subir para 1,82% no início de 2021, durante a terceira onda, quando as instalações médico-hospitalares começaram a ficar sobrecarregadas devido à rápida propagação do vírus. Durante a quarta onda, alguns meses depois, ela subiu ainda mais para 1,88%, com a propagação da variante alfa, a primeira mutação significativa do coronavírus. Em meados de 2021, no segundo verão japonês, a taxa de mortalidade caiu para 0,32% com o surto da variante delta, que resultou na quinta onda. A queda se deve ao aumento do número de pessoas sem sintomas, ou com sintomas leves.

Durante a sexta onda, a taxa de mortalidade caiu ainda mais, apesar da propagação da variante ômicron, que é altamente contagiosa, no início de 2022. O número de mortes em si aumentou, mas a taxa de mortalidade caiu, porque o número de pessoas infectadas subiu para um número sem precedentes.

Na sexta onda a taxa de mortalidade foi de 0,17%, caindo ainda mais para 0,11% no verão japonês deste ano, durante a sétima onda. Apesar do declínio na taxa de óbitos, o número de pessoas que morreram por causa do coronavírus neste ano atingiu 31.000, o mais alto já registrado, devido à propagação da altamente contagiosa variante ômicron. Estas mortes representam cerca de 60% de todas as mortes por conta do vírus registradas no Japão nos quase três anos desde o início da pandemia.

Estas informações são de 20 de dezembro de 2022.

520. Discussões para reclassificação da Covid-19 na legislação japonesa sobre doenças infecciosas (3)

Hoje, falamos sobre quais mudanças podem ocorrer caso a classificação atual seja rebaixada para categoria 5.

Atualmente, apenas instituições médicas designadas para o tratamento de doenças infecciosas podem internar pacientes infectados com o coronavírus. No entanto, caso a Covid-19 seja reclassificada como doença de categoria 5, todos os hospitais poderão internar tais pacientes. A expectativa é de que a medida aumente o número de leitos hospitalares disponíveis para pessoas com coronavírus, aliviando o ônus sobre o sistema médico do país no caso de uma maior disseminação de doenças infecciosas no futuro.

Existe, no entanto, uma preocupação de que alguns hospitais não serão capazes de aceitar pacientes com Covid-19 por outros motivos, como medidas anti-infecção insuficientes.

Também existe uma preocupação sobre os custos dos tratamentos. Atualmente, todos os custos — incluindo testes e hospitalizações — são arcados pelo governo. Caso a reclassificação seja aprovada, as pessoas serão obrigadas a pagar por parte das despesas médicas, já que elas não estariam mais cobertas pelo seguro de saúde público. Tal mudança pode levar as pessoas a evitarem ou adiarem a ida ao médico — o que pode resultar em um retardo no diagnóstico da doença.

Além disso, não seria mais possível impor restrições sobre a movimentação de pessoas que tenham a infecção por Covid confirmada. Com a mudança, tudo o que o governo poderá fazer é pedir que tais pessoas ajam de maneira responsável.

Kamayachi Satoshi, membro do conselho executivo da Associação Médica do Japão, disse que ele se opõe ao plano de corte drástico do gasto público com o coronavírus em um momento em que a perspectiva para o futuro da doença continua incerta. Afirmou que, ao invés de rebaixar a Covid-19 para a categoria 5, seria mais interessante criar uma nova medida para lidar com a situação.

Estas informações são de 19 de dezembro de 2022.

519. Discussões para reclassificação da Covid-19 na legislação japonesa sobre doenças infecciosas (2)

Começaram a ser realizados no Japão debates sobre a revisão da classificação atribuída ao coronavírus na legislação sobre doenças contagiosas do Japão. Nesta série, falamos sobre as possíveis mudanças, incluindo restrições a atividades sociais e o fardo das despesas médico-hospitalares.

Em fevereiro de 2020, o Japão revisou suas leis a respeito de novos tipos de influenza, classificando a Covid-19 como uma “influenza de pandemia (nova influenza ou influenza reemergente)”. A classe é considerada basicamente igual à categoria 2 da legislação sobre doenças contagiosas, conforme o risco de desenvolvimento de sintomas graves e outras especificações. Contudo, diferentemente do surto de infecções da categoria 2, o governo tem permissão para tomar medidas mais sérias de combate ao contágio, como recomendar que as pessoas fiquem em casa ou declarar um estado de emergência.

Desde então, descobrimos que a variante ômicron do coronavírus, que foi a prevalente durante a sexta e a sétima ondas de contágio neste ano, apresenta um risco mais baixo dos pacientes ficarem gravemente doentes. O Japão também começou a vacinar a população usando novas vacinas que têm como alvo a variante ômicron. Isto levou o governo japonês a encurtar o período de quarentena para pessoas que testaram positivo, simplificar o sistema de registro de infecções com o coronavírus e relaxar as restrições de fronteira.

No dia 2 de dezembro, o Parlamento do Japão aprovou mais uma revisão das leis sobre doenças contagiosas. Uma cláusula adicional à revisão urge o governo a discutir o quanto antes a reclassificação legal da Covid-19. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social anunciou que vai discutir a revisão das classificações da Covid, indicando estar considerando a possibilidade de rebaixar a doença para a categoria 5, o mesmo nível da influenza sazonal.

Estas informações são de 16 de dezembro de 2022.

518. Discussões para reclassificação da Covid-19 na legislação japonesa sobre doenças infecciosas (1)

Discussões são feitas para alterar a classificação atribuída à Covid-19 na legislação sobre doenças infecciosas do Japão. Nesta série, falamos sobre várias mudanças possíveis, incluindo restrições a atividades sociais e o fardo das despesas médico-hospitalares.

Na legislação do Japão, doenças infecciosas são classificadas em cinco categorias, conforme o seu nível de contágio e os riscos que apresentam de grave adoecimento. A lei determina medidas que podem ser tomadas pelos governos nacional, provinciais ou municipais. A categoria 1 abrange diversas enfermidades, como a praga e a ebola, doenças extremamente perigosas, que podem ser fatais para os infectados.

Na categoria 2, estão diferentes males, como a tuberculose e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que são altamente contagiosos e podem deixar os pacientes gravemente enfermos. Atualmente a Covid-19 é tida como correspondente à categoria 2.

Quando pessoas são infectadas por doenças desta categoria, estabelecimentos médico-hospitalares devem comunicar o número total de casos a autoridades sanitárias da respectiva localidade. Governos municipais podem recomendar às pessoas infectadas que limitem a carga de trabalho ou que obtenham baixa em hospital. Verbas públicas cobrem a totalidade das despesas médico-hospitalares.

A categoria 5 abrange doenças diversas, como a gripe sazonal e a sífilis. Governos municipais não podem solicitar a pessoas infectadas que limitem a carga de trabalho ou que obtenham baixa em hospital. Os infectados devem pagar do próprio bolso uma parcela das despesas médico-hospitalares. Em geral, clínicas e hospitais podem internar pessoas com enfermidades da categoria 5. Nem todos os estabelecimentos médico-hospitalares são obrigados a comunicar o número total de casos. A exigência desta comunicação difere de acordo com cada doença.

Estas informações são de 15 de dezembro de 2022.

517. Eficácia e características do medicamento Xocova (7)

Nesta última parte, vamos explicar o novo sistema de aprovação do medicamento.

No Japão, receber a autorização para o uso de um novo medicamento ou vacina é um processo que leva muito tempo, e geralmente exige um ano para ser revisado e então aprovado. Especialistas têm apontado que este longo processo é a principal razão pela qual a aprovação da vacina no Japão ficou bem atrás em relação a países do exterior.

Para melhorar a situação, o Japão apresentou um novo sistema de aprovação em maio de 2022 que pode ser utilizado sob a condição de que exista uma situação emergencial, tais como o surto de uma doença contagiosa, ou quando não exista vacina ou outros possíveis tratamentos.

O Ministério da Saúde decidiu que a aprovação do Xocova deveria ser analisada sob este novo sistema. Um painel de especialistas revisou o novo medicamento de uso oral. No entanto, especialistas não conseguiram chegar a uma decisão final por duas vezes seguidas sobre a aprovação, destacando a necessidade de um debate cuidadoso sobre sua eficácia. A droga finalmente foi aprovada na terceira rodada de discussões, realizadas em novembro.

Ono Shunsuke, professor da Universidade de Tóquio, que é bem versado sobre o sistema de aprovação de medicamentos, afirmou que especialistas e autoridades não conseguiram concordar sobre o quanto de informação sobre eficácia e segurança deve ser fornecida sob o novo sistema de aprovação emergencial.

Ele teve a sensação de que o debate parecia confuso, e que a opinião dos especialistas parecia ser conservadora e presa aos detalhes. Como o processo de revisão acabou sendo praticamente o mesmo que os realizados sob o sistema anterior, Ono ressaltou a necessidade de encontrar um equilíbrio entre os dois objetivos: o de “como acelerar a aprovação” e o de “como confirmar a eficácia e segurança de uma nova droga ou tratamento”.

Estas informações são de 14 de dezembro de 2022.

516. Eficácia e características do medicamento Xocova (6)

Desta vez, vamos conhecer o ponto de vista de um especialista a respeito do que podemos esperar quanto à aprovação do Xocova.

O professor Morishima Tsuneo, da Universidade de Medicina de Aichi, é bem versado no tratamento da Covid-19. Ele diz: “Como é muito difícil prever se uma pessoa infectada desenvolverá somente sintomas leves ou ficará gravemente enferma, um medicamento que possa ser administrado em pacientes com um risco pequeno de desenvolver sintomas graves era muito aguardado pelos profissionais da saúde que atuam na linha de frente.

A respeito da eficácia do Xocova, Morishima diz: “Os resultados de testes clínicos mostram que o medicamento é capaz de reduzir o período necessário para aliviar sintomas como tosse e febre em um dia. Trata-se do mesmo nível de eficácia de remédios contra a influenza e pensa-se que é suficientemente bom. Como o Xocova é capaz de reduzir a quantidade de vírus no organismo, espera-se que ele previna o desenvolvimento de sintomas graves. Ao ser empregado em casas de repouso, asilos de idosos e hospitais, onde muitas pessoas correm o sério risco de ficarem gravemente enfermas, o Xocova vai ajudar a prevenir que os sintomas piorem, conter o alastramento de infecções e contribuir para evitar falhas funcionais de instituições médico-hospitalares.”

Quanto a questões a serem superadas, o especialista explica o seguinte: “Fala-se que o Xocova é mais eficaz caso seja tomado dentro de três dias a partir do desenvolvimento de sintomas. É crucial que os governos municipais e nacional montem uma estrutura que permita diagnósticos rápidos e pronta entrega do medicamento a quem o necessite. É essencial ainda continuar monitorando depois que o Xocova seja amplamente empregado para saber se ele causa efeitos colaterais graves inesperados ou se surgem novas variantes resistentes ao tratamento.”

Estas informações são de 13 de dezembro de 2022.

515. Eficácia e características do medicamento Xocova (5)

No dia 22 de novembro, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão aprovou de forma emergencial o uso de um novo medicamento via oral chamado Xocova contra a Covid-19. Trata-se da primeira droga de uso oral desenvolvida por uma farmacêutica japonesa. O diferencial em relação a outros medicamentos é que o Xocova pode ser usado por pacientes com sintomas leves, que têm pouca probabilidade de evoluir para quadro grave. Hoje vamos analisar como a aprovação da nova droga modifica as medidas que devemos tomar contra o vírus.

Faz quase três anos desde o começo da disseminação do coronavírus. Vacinas e medicamentos têm sido considerados os dois pilares na luta contra o vírus desde os dias iniciais. Muitas pessoas foram vacinadas, mas o importante é não permitir que o vírus cause sintomas graves em infectados. Remédios que possam ser usados nos estágios iniciais da infecção podem reduzir o número de pessoas que se tornam gravemente enfermas.

É essencial que um medicamento de via oral, que é mais fácil de ser ministrado, tenha se tornado disponível, já que ainda temos que conviver com o coronavírus.

No entanto, mesmo com as vacinas e com um remédio que é fácil de usar, isso não significa que ninguém mais venha a desenvolver sintomas graves ao se infectar. Especialistas aconselham a continuar tomando medidas básicas de cuidado, tais como usar máscaras quando considerado necessário e evitar multidões e locais fechados. Também ressaltam a importância de ser vacinado.

Estas informações são de 12 de dezembro de 2022.

514. NHK Responde: Eficácia e características do medicamento Xocova (4)

Hoje, vamos ver qual é o cronograma para a distribuição do remédio às instituições médico-hospitalares.

O ministério da Saúde assinou um contrato com a Shionogi, a companhia farmacêutica japonesa que desenvolveu o Xocova, de doses suficientes para o tratamento de um milhão de pacientes. Inicialmente, o ministério tinha planejado começar a distribuição abrangente do remédio às instituições médico-hospitalares no princípio de dezembro, mas a data foi adiantada para o dia 28 de novembro.

Contudo, o remédio não pode ser tomado por mulheres grávidas, ou que possam estar grávidas, e alguns pacientes que estão tomando remédios específicos poderão ter o medicamento negado. Em vista de tantas restrições, o ministério pretende, como medida de segurança, limitar a distribuição do remédio apenas a instituições médico-hospitalares e farmácias que já receitaram Paxlovid, o medicamento oral desenvolvido pelo laboratório Pfizer, dos Estados Unidos, que funciona do mesmo jeito que o Xocova, pelas duas primeiras semanas, aproximadamente.

Segundo o ministério, depois deste período, não há condições específicas para o suprimento do Xocova. O ministério vai estabelecer um sistema sob o qual os comprimidos serão receitados ou preparados por instituições médico-hospitalares e farmácias designadas pelos governos provinciais. O ministério disse que as listas das instalações designadas serão divulgadas em sites de tais governos, entre outros.

Estas informações são de 9 de dezembro de 2022.

513. Eficácia e características do medicamento Xocova (3)

Desta vez, vamos saber como funciona esse remédio.

Quando pacientes contraem a Covid-19, o vírus se multiplica ao penetrar na célula e reproduzir seu RNA genômico. Já o novo medicamento de uso oral Xocova suprime o processo de reprodução ao inibir o uso de uma enzima, que é essencial para que o vírus se reproduza.

Esse processo funciona da mesma maneira que o Paxlovid, o remédio oral desenvolvido pela companhia farmacêutica Pfizer, dos Estados Unidos. Pacientes que participaram de testes clínicos receberam o Xocova uma vez ao dia no período de cinco dias. No quarto dia, o vírus caiu para cerca de um trigésimo da quantidade inicial e não apresentou efeitos colaterais graves.

O Xocova foi igualmente considerado altamente eficaz em relação à subvariante BA.5 da ômicron — que continua sendo dominante — além de outras subvariantes.

Por outro lado, experimentos com animais mostraram que, como o Xocova afeta o feto, mulheres grávidas e aquelas com possibilidade de engravidar não podem usar o medicamento. O Ministério da Saúde também insta os portadores de doenças crônicas que tenham cautela ao ingerirem o Xocova, pois existe a possibilidade da ocorrência de efeitos colaterais quando administrado com outros remédios.

Estas informações são de 8 de dezembro de 2022.

512. Eficácia e características do medicamento Xocova (2)

No dia 22 de novembro, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão aprovou emergencialmente o medicamento de uso oral contra a Covid-19 chamado Xocova. O destaque é que a medicação pode ser usada por pacientes com sintomas leves, cujo risco de desenvolver o quadro grave da doença é baixo. Trata-se da primeira medicação oral desenvolvida por uma farmacêutica japonesa. Hoje, vamos analisar a eficácia do Xocova em tratar sintomas relacionados à Covid-19.

A farmacêutica Shionogi anunciou no final de setembro que a eficácia do Xocova foi confirmada na última fase de testes clínicos. A empresa afirma que a droga é eficaz em aliviar sintomas relacionados à Covid, por encurtar o período em que se apresentam os sintomas, tais como febre.

A farmacêutica conduziu testes clínicos no Japão e em outros dois países entre fevereiro e meados de julho deste ano. Os testes envolveram 1.821 pessoas com idades entre 12 e 69 anos e com sintomas leves a moderados. O estudo também contou com participantes com baixo risco de evoluir para enfermidade grave e pessoas vacinadas.

No grupo de pacientes que começaram a tomar Xocova dentro de três dias desde o primeiro sintoma, todos os cinco sintomas característicos da variante ômicron – tosse, dor de garganta, coriza e nariz trancado, fadiga, febre e sensação febril – desapareceram em cerca de 7 dias. Isso significa que o período em que os pacientes sofreram com sintomas ficou um dia mais curto.

Estas informações são de 7 de dezembro de 2022.

511. Eficácia e características do medicamento Xocova (1)

No dia 22 de novembro, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão concedeu uma aprovação de emergência para o uso de Xocova, um novo medicamento de uso oral para o tratamento da Covid-19. Nesta série estamos falando sobre as características e a eficácia do Xocova.

O comprimido para uso oral foi desenvolvido pelo laboratório japonês Shionogi. Ele pode ser usado para o tratamento de pacientes com sintomas leves. Até agora, medicamentos da Covid-19 eram voltados a pacientes com alto risco de sintomas graves, mas o Xocova pode ser tomado até mesmo por pacientes com baixo risco.

Até agora o Japão já aprovou nove medicamentos para o tratamento da Covid-19, incluindo comprimidos e soros intravenosos. Alguns deles podem ser usados no tratamento de pacientes com sintomas leves ou moderados, mas seu uso é limitado a pacientes com alto risco de desenvolver sintomas graves, como pessoas com diabetes, doenças respiratórias e obesidade. Testes clínicos não eram realizados em pacientes de baixo risco de desenvolver sintomas graves e suprimentos de medicamentos também eram limitados.

O Xocova pode ser usado amplamente, de forma similar ao Tamiflu no tratamento da influenza sazonal. Ele pode ser usado em pacientes com 12 anos ou mais de idade, inclusive aqueles com baixo risco de desenvolver sintomas graves.

O painel de especialistas do ministério da saúde aprovou o uso de Xocova no dia 22 de novembro. O painel concluiu que o medicamento é considerado eficaz, analisando dados clínicos mostrando que o remédio funciona contra a febre e outros sintomas do coronavírus. O Xocova é o primeiro medicamento em forma de comprimidos orais para o tratamento da Covid-19 desenvolvido domesticamente que foi aprovado no Japão. Espera-se que esta aprovação resulte no suprimento estável de medicamentos para o tratamento da Covid-19 a instituições médico-hospitalares.

Estas informações são de 6 de dezembro de 2022.

510. O pico da oitava onda de contágio pelo coronavírus (7)

Um painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão está pedindo que pessoas com 12 anos de idade ou mais que já tenham recebido pelo menos as duas primeiras doses de uma vacina contra o coronavírus que se imunizem para a variante ômicron até o final do ano, evitando assim que instituições médicas fiquem sobrecarregadas.

O painel está pedindo ainda que bebês e crianças também sejam vacinados.

O professor Hamada Atsuo, do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, afirma que algumas pessoas podem estar sob a impressão de que as vacinas não seriam eficazes contra as novas variantes após terem ouvido que elas são capazes de escapar do sistema imunológico — mas que isso não é verdade.

De acordo com Hamada, é muito provável que as vacinas que focam na subvariante ômicron sejam eficazes contra as subvariantes BQ.1 e XBB, que podem se disseminar nos próximos meses. Ele pede que as pessoas tomem a nova dose até o final do ano para se prepararem para a oitava onda chegando com o inverno japonês.

Hamada também recomenda que as pessoas continuem tomando medidas preventivas, como utilizar máscaras, lavar as mãos e evitar aglomeração de pessoas.

O professor adiciona que muitas pessoas participam de festas ou visitam sua cidade-natal para as celebrações de Ano Novo, mas que é possível que seus planos tenham de ser cancelados dependendo da situação das infecções. Afirmou que é importante se manter alerta para a situação e agir de acordo.

Estas informações são de 5 de dezembro de 2022.

509. O pico da oitava onda de contágio pelo coronavírus (6)

Segundo alguns especialistas, as preparações deveriam estar sendo feitas para uma epidemia dupla, de coronavírus e de influenza, com a aproximação do inverno no hemisfério norte.

O número de pacientes de influenza no Japão atualmente permanece mais baixo que os níveis registrados antes da pandemia de coronavírus. Uma epidemia nacional de influenza é declarada quando certas instituições médico-hospitalares registram uma média de mais de um paciente por semana. Nos sete dias antes do dia 20 de novembro, esta cifra estava em 0,11.

Casos de influenza dispararam nos meses de maio e junho na Austrália, quando o país entrava no inverno do hemisfério sul.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os números de casos de influenza subiram nos Estados Unidos e no Canadá nas últimas semanas, e embora eles permaneçam baixos na Europa, a tendência é de aumentar naquele continente.

O professor Nishiura Hiroshi, da Universidade de Kyoto, disse que a influenza está se espalhando num ritmo lento no Japão, por isso o auge no número de casos não deverá chegar antes do reinício das aulas depois das férias de inverno. Ele disse que, por isso, não espera que haja uma superposição dos casos de coronavírus e de influenza.

Estas informações são de 2 de dezembro de 2022.

508. O pico da oitava onda de contágio pelo coronavírus (5)

Com a aproximação das festas da passagem de ano, estão previstas mais oportunidades de interação entre as pessoas.

Hamada Atsuo, professor do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, tem enfatizado a necessidade de ficar atento à situação das infecções fora do país, agora que o Japão afrouxou medidas de controle de fronteiras.

Em meados de novembro, houve uma propagação do vírus tanto no Japão como em diversos países do leste e do sudeste da Ásia, como a Coréia do Sul, a Indonésia e a Malásia. Hamada alerta para a possibilidade de haver um repique no número de casos nos Estados Unidos, que celebra no fim do mês o Dia de Ação de Graças, e também para os efeitos da Copa do Mundo de futebol, em realização no Catar.

O professor lembra que nos Estados Unidos já houve anteriormente um aumento no número de novos casos nas imediações do Dia de Ação de Graças, período em que um grande número de pessoas se reúne para compartilhar a ceia em família. Ele calcula que a Copa do Mundo atraia em torno de 1,2 milhão de pessoas de várias partes do Planeta. A Copa é realizada com restrições bem mais relaxadas do que, por exemplo, as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio e de Pequim. Hamada identifica a possibilidade de propagação do contágio do coronavírus no período do certame. Não descarta o risco de que torcedores sejam infectados pelo vírus na nação do Oriente Médio, que o levem para seu próprio país e que daí venha a haver um contágio da população local.

Estas informações são de 1º de dezembro de 2022.

507. O pico da oitava onda de contágio pelo coronavírus (4)

O professor Hirata Akimasa, do Instituto de Tecnologia de Nagoya, fez uma previsão junto de sua equipe sobre o futuro das infecções através do uso de inteligência artificial. O prognóstico foi feito sob a hipótese de que a BQ.1 e algumas outras novas variantes irão se disseminar, além de ter sido embasado em dados sobre a eficácia das vacinas e no movimento das pessoas.

Quando assume-se que a BQ.1 e outras variantes são 20% mais contagiosas do que a BA.5, e que a imunidade adquirida através de infecções por outras variantes não fortalece nosso sistema imunológico contra as novas cepas, a projeção da média semanal de infecções em Tóquio é de 30 mil novos casos diários em meados de dezembro, chegando a 36 mil em meados de janeiro — número mais alto do que o registrado no pico da sétima onda. Sob tal cenário, o número de mortes em Tóquio seria de 20 ou mais por dia de meados de janeiro até o início de fevereiro.

No cenário em que a BQ.1 e outras variantes são tão contagiosas quanto as cepas anteriores e infecções passadas fortalecem a resposta imunológica até certo ponto, o número de novas infecções em Tóquio chegaria a um pico de 25 mil casos em meados de janeiro.

O professor Hirata afirma que, quando levamos em consideração os possíveis efeitos da BQ.1 e outras variantes, o número de novos casos pode começar a se elevar rapidamente. Ele afirma que, agora que as atividades econômicas e sociais foram retomadas e a temperatura está caindo, não existe praticamente nenhum fator contribuindo para conter o aumento no número de infecções. Segundo o professor, caso novas variantes sejam altamente contagiosas e consigam evadir a resposta imune, a chance de que o número de novos casos aumente exponencialmente até o final do ano é extremamente alta.

Estas informações são de 30 de novembro de 2022.

506. O pico da 8ª onda de contágio pelo coronavírus (3)

O possível aumento de subvariantes da ômicron, como, por exemplo, a BQ.1, é uma grande preocupação. Segundo especialistas, é altamente provável que essas subvariantes burlem a imunidade do organismo conquistada por meio de infecções e vacinações passadas. Nos Estados Unidos, as novas subvariantes da ômicron começam a tomar o lugar da subvariante BA.5.

Dados divulgados em 24 de novembro pelo governo metropolitano de Tóquio mostram que a BA.5 era dominante no mês em questão, constituindo 80,1%. No entanto, outras subvariantes passaram gradualmente a registrar aumento, como a BQ.1.1, com 6,2%; a BN.1, com 4,2%; a BF.7, a BA.2.75 e a BQ.1, no patamar de 2%; a BA.2 e a XBB, com cerca de 1% cada; e a BQ.4.6, com 0,3%.

O professor Hamada Atsuo, do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, afirma que, atualmente, as atenções estão voltadas para as subvariantes XBB e BQ.1 da ômicron. Ele diz que a XBB não se alastrou amplamente em todo o mundo. Nos Estados Unidos e em nações europeias, a BQ.1 está assumindo o lugar da BA.5.

De acordo com Hamada, até meados de novembro, os Estados Unidos e nações europeias não registravam um aumento acentuado no número de casos de coronavírus. Contudo, ele diz que o pico da oitava onda no Japão pode ser alto, caso muitas das novas subvariantes acabem ingressando no país. O especialista adverte que o Japão precisa continuar a monitorar as infecções, já que pode enfrentar tal situação em dezembro.

Estas informações são de 29 de novembro de 2022.

505. O pico da 8ª onda de contágio pelo coronavírus (2)

O número de novos casos voltou a subir recentemente. Será que o Japão já se encontra na oitava onda de infecções? Nesta série, nós trazemos informações a respeito das perspectivas futuras das infecções e sobre quais medidas preventivas podemos adotar.

Na primeira parte desta série, abordamos o último alastramento de infecções no Japão envolvendo a subvariante BA.5 da ômicron. A Europa testemunhou um novo aumento nos casos da BA.5 em outubro. Segundo a Our World in Data, uma publicação científica online mantida por uma equipe de pesquisa baseada na Universidade de Oxford, no Reino Unido, a média contínua de sete dias de novos casos diários por população de um milhão de habitantes atingiu em torno de 1.300 na Alemanha, em meados de outubro. O número excede o pico das infecções anteriores em julho. Na França, no mesmo período, o número foi de cerca de 840 – o maior desde julho.

Em 17 de novembro, o professor Wakita Takaji, que chefia o painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, afirmou que o atual alastramento de infecções pela subvariante BA.5 pode atingir o pico antes do final do ano.

Já o professor Nishiura Hiroshi, da Universidade de Kyoto, é membro do painel do Ministério da Saúde e especialista em epidemiologia matemática. Ele disse que, depois que as infecções tenham alcançado o pico, o declínio deve ser lento e gradual, pois as infecções têm se disseminado por cada região, como no caso de Hokkaido, no norte do Japão.

Estas informações são de 28 de novembro de 2022.

504. O pico da 8ª onda de contágio pelo coronavírus (1)

Recentemente, o número de novos casos de coronavírus voltou a subir. No dia 15 de novembro, o total ultrapassou os 100.000 casos pela primeira vez em cerca de dois meses. Será que o Japão já se encontra na oitava onda de infecções? Hoje damos início a uma nova série sobre as previsões e medidas preventivas.

Por que o número de novos casos voltou a subir agora? Segundo especialistas, uma pista para responder a essa pergunta é o fato de os aumentos de casos estarem começando em áreas fora dos grandes centros urbanos. Até recentemente, as explosões de casos geralmente começavam na populosa Região Metropolitana de Tóquio e se espalhavam pelo país através de pessoas que viajavam pela área. Desta vez, contudo, aumentos no número de casos têm começado em locais como Hokkaido e a região de Tohoku, bem longe de Tóquio.

Durante uma reunião realizada no dia 17 de novembro, o painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão deu sua opinião a respeito. Segundo os especialistas, proporções altas de moradores já adquiriram imunidade em áreas onde muitas pessoas pegaram a BA.5 durante a sétima onda. Eles explicam que o contágio está se expandindo agora para regiões onde poucas pessoas pegaram a BA.5 e, por isso, têm uma proporção baixa de moradores que adquiriram a imunidade.

O professor Hamada Atsuo do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, disse que o atual aumento pode ser visto como um efeito persistente da sétima onda. Ele disse que as grandes cidades também estão presenciando um aumento nos casos, mas a tendência não é tão evidente como em cidades menores. Hamada acrescenta que a “chama restante” da sétima onda voltou a aumentar em regiões onde ela havia afetado relativamente poucas pessoas, e onde muitos residentes não têm imunidade.

Estas informações são de 25 de novembro de 2022.

503. Novas subvariantes da ômicron (5)

A NHK responde a perguntas sobre o coronavírus. Há registros de infecções por novas subvariantes da ômicron, como a BQ1.1 e a XBB. Hoje, na última parte desta série, vamos observar a possibilidade de as novas variantes terem efeito no esperado próximo aumento de infecções no Japão através da opinião de especialistas em doenças infecciosas.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão afirmam que não há evidências até o momento de que a XBB ou a BQ.1.1 possam causar casos graves de Covid-19. Mesmo assim, eles dizem que existem alguns estudos apontando para a habilidade das subvariantes de burlar o sistema imunológico. Os especialistas disseram que continuarão a monitorá-las.

No Japão, a média semanal de novos casos foi em torno de 26.000 no dia 11 de outubro. Esse número aumentou gradualmente até atingir cerca de 88.000 em 22 de novembro.

O professor Hamada Atsuo, do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, afirma que a sublinhagem da BQ.1 é tida como mais hábil para burlar o sistema imunológico que a BA.5 e mesmo que uma pessoa já tenha sido infectada ou vacinada, ela está mais vulnerável à reinfecção. Desse modo, caso a subvariante se propague no inverno, existe a possibilidade de que o número de casos dispare. Segundo Hamada, as vacinas que têm como alvo a variante ômicron encontram-se disponíveis atualmente. Por isso, ele quer que as pessoas sejam imunizadas. O especialista diz que, como as subvariantes BA.5, BQ.1 e XBB pertencem à variante ômicron, espera-se que as pessoas se protejam contra elas. Isso, de acordo com Hamada Atsuo, ajudará a reduzir o número de casos graves neste inverno.

Estas informações são de 24 de novembro de 2022.

502. Novas subvariantes da ômicron (4)

Há registros de infecções por novas subvariantes da ômicron, como a BQ.1, a BQ.1.1 e a XBB. Terá continuidade o aparecimento subsequente de novas subvariantes? Esta edição traz informações a respeito e a opinião de um especialista.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou, em 26 de outubro, um interessante fenômeno observado com as novas subvariantes: elas apresentam mutações comuns entre si, embora surjam em locais e períodos distintos. Trata-se da “evolução convergente”, pela qual diferentes organismos, que se desenvolvem de forma independente, acabam compartilhando várias características entre si. A OMS explica que as mutações presentes nas novas subvariantes ocorrem em partes consideradas necessárias à sua adaptação aos seres humanos e que deverão ocorrer novas mutações.

Furuse Yuki, professor da Universidade de Nagasaki especializado em virologia, diz que, com metade da população mundial já infectada pela variante ômicron, as diferentes subvariantes podem ter adquirido mutações em comum para escapar da ampla imunização geral. Ele conclui que o coronavírus já passou por suficientes mutações, sem que se saiba, no entanto, se o vírus virá a se adaptar aos seres humanos ou se continuará a sofrer mutações.

Estas informações são de 23 de novembro de 2022.

501. Novas subvariantes da ômicron (3)

Novas subvariantes da ômicron estão se espalhando pelo mundo. Hoje vamos falar sobre a subvariante XBB, que está se propagando em Singapura e outros lugares.

O número de casos de coronavírus causados pela XBB está aumentando em Singapura e na Índia. O Ministério da Saúde de Singapura diz que a XBB foi responsável por 54% dos casos locais durante a semana até o dia 9 de outubro, comparados com 22% na semana anterior, tornando-se a causa dominante dos contágios.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no final de outubro a XBB havia sido detectada em 35 países. Segundo um grupo de especialistas da OMS, embora o risco mais alto de infecção da XBB tenha sido apontado, não se pode dizer se a subvariante tem uma proporção mais alta de gravidade da doença ou de escape do sistema imunológico, em comparação com outras subvariantes da ômicron que se encontram em circulação. O grupo disse ainda que casos de reincidência da infecção ficaram, a princípio, limitados àqueles que tiveram a infecção inicial no período anterior à ômicron, e que não há dados que apoiem o escape de respostas ao sistema imunológico induzidas por outras subvariantes da ômicron.

Em Singapura, o número de casos da XBB está em declínio após ter atingido seu ponto mais alto em meados de outubro. O Professor Hamada Atsuo, do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, diz que não houve nenhuma expansão significativa de casos da XBB de Singapura para países vizinhos. Hamada diz ainda que a subvariante também foi detectada no Japão, mas que o número de casos permanece baixo, e por isso o nível de preocupação sobre sua propagação não é tão alto como antes.

Estas informações são de 22 de novembro de 2022.

500. Novas subvariantes da ômicron (2)

Subvariantes da ômicron estão se espalhando progressivamente ao redor do mundo. Hoje, falaremos sobre as novas subvariantes BQ.1 e BQ.1.1, que estão se disseminando nos EUA e outras partes.

Neste verão, o Japão foi atingido por uma onda de infecções por covid, principalmente devido à disseminação da subvariante BA.5. A BQ.1 é uma subvariante da BA.5 com mutações na proteína spike e a BQ.1.1 possui uma mutação adicional na mesma proteína. Nos Estados Unidos, a BQ.1 foi responsável por cerca de 14% das novas infecções confirmadas na semana que terminou no dia 29 de outubro, enquanto a BQ.1.1 causou 13,1% dos novos casos.

A Organização Mundial da Saúde informou que a BQ.1 e suas subvariantes já haviam sido reportadas em 65 países até o início de outubro.

Um grupo de especialistas da OMS afirma que a proporção de novas subvariantes está aumentando e que é provável que suas mutações adicionais as tenham concedido uma vantagem sobre as outras mutações da ômicron no que se refere a sua capacidade de se esquivar do sistema imune. Mas o grupo disse que, até o momento, não existem dados sugerindo um aumento na severidade da doença ou do escape à resposta imune.

Segundo especialistas no geral, tal vantagem significa uma probabilidade maior de infecção mesmo após vacinação ou um maior risco de reinfecção — mas que a questão precisa ser investigada em maior profundidade. Afirmam ainda que a proteção contra infecções concedida pelas vacinas — sejam elas as originais ou as desenvolvidas especialmente para a ômicron — pode ter sido reduzida, mas que não foi identificado nenhum impacto significativo na proteção contra o desenvolvimento de um quadro grave da doença.

Estas informações são de 21 de novembro de 2022.

499. Novas subvariantes da ômicron (1)

A NHK responde a perguntas sobre o coronavírus. Subvariantes da ômicron estão se espalhando progressivamente ao redor do mundo. Nesta nova série, vamos conhecer os riscos de ficar com sintomas graves devido às subvariantes, e a eficácia das atuais vacinas.

Neste verão do hemisfério norte, o Japão foi atingido pela sétima onda de infecções da Covid-19 devido à subvariante BA.5 da ômicron. Esta variante tem sido dominante em todo o mundo por algum tempo, mas a proporção total está gradualmente diminuindo. Enquanto isto, o número de casos de coronavírus causados por subvariantes da ômicron, como a BQ.1, BQ.1.1 e XBB, estão se espalhando ao redor do mundo.

Hamada Atsuo, professor do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, que é um especialista em doenças contagiosas, disse que embora ainda não esteja claro qual será a subvariante dominante no futuro, todas as novas variantes mostram a mesma capacidade de se acoplar a células humanas e ao mesmo tempo tornar-se mais hábeis para escapar de nossa reação imunológica. Segundo Hamada, mesmo que novas variantes apareçam, é importante monitorar cuidadosamente sua capacidade de escapar de nossa resposta imunológica, e o quão transmissíveis e patogênicas elas são.

Estas informações são de 18 de novembro de 2022.

498. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (8)

Hoje, na última parte desta série, vamos conhecer a opinião de especialistas a respeito da vacinação para crianças pequenas.

Conversamos com dois especialistas sobre como devemos considerar as vacinações para as crianças.

O professor Saitoh Akihiko, da Universidade de Niigata, afirma que é difícil adotar medidas preventivas para crianças pequenas, como, por exemplo, usar máscaras e lavar as mãos. Ele diz que, para este grupo etário, a vacinação é o único meio de prevenir ativamente o surgimento da Covid-19 e evitar a possibilidade de adoecer gravemente.

Já o professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, afirma que efeitos colaterais são um dos aspectos negativos da vacinação. Contudo, ele acrescenta que, caso não seja imunizada, uma pessoa pode acabar desenvolvendo complicações que levam à morte. Exemplos de complicações incluem uma doença do cérebro chamada encefalopatia aguda e a miocardite, que é a inflamação do músculo que envolve o coração. Nakayama pede às pessoas que pesem os riscos versus benefícios e tomem uma decisão com base em evidências cientificamente comprovadas.

A Sociedade Japonesa de Pediatria, por sua vez, recomenda vacinações para crianças com idades entre 6 meses até 4 anos. De acordo com a entidade, os benefícios de prevenir o surgimento da Covid-19 superam os riscos de efeitos colaterais.

Estas informações são de 14 de novembro de 2022.

497. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (7)

Na edição de hoje, vamos falar sobre a vacinação de crianças que já contraíram o vírus, e sobre a segurança das vacinações múltiplas.

Os especialistas recomendam a vacinação contra a Covid-19, mesmo para crianças que já tiverem contraído o vírus.

Saito Akihiko, professor da Universidade de Niigata, diz que mesmo se uma pessoa pegar o vírus, isso não quer necessariamente dizer que ela tenha desenvolvido um nível de imunidade alto o suficiente, se seus sintomas tiverem sido leves. Ele diz ainda que já se sabe que a quantidade de anticorpos contra o novo coronavírus diminui com o tempo. Segundo o professor, se você tomar a vacina após ter contraído o vírus, isso vai garantir que seu corpo terá um nível de imunidade suficiente. Sobre quando tomar a vacina, Saito diz que já se pode tomá-la quando os sintomas tiverem passado e as crianças tiverem voltado ao seu estado normal de saúde.

As vacinas contra a Covid-19 também podem ser tomadas por crianças juntamente com outras vacinas. Não há problema em tomar as vacinas contra a Covid e contra a influenza no mesmo dia. Já outras vacinas precisam, em princípio, de um espaço de pelo menos duas semanas antes ou depois da vacina da Covid.

Sobre quais vacinas deveriam receber prioridade para as crianças, o professor Saito, da Universidade de Niigata, diz que a vacinação de rotina deve ser seguida normalmente. Ele recomenda aos pais que, basicamente, sigam o cronograma e planejem a vacinação contra a Covid duas semanas antes ou depois das outras.

Estas informações são de 11 de novembro de 2022.

496. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (6)

Desta vez, vamos observar a situação de crianças que desenvolveram sintomas graves após se infectarem pelo coronavírus, como referência para julgar a necessidade de vacinar crianças pequenas.

Segundo a Sociedade Japonesa de Pediatria, mais de 95% das crianças que se infectaram pelo coronavírus desenvolveram somente sintomas leves. Contudo, como o número de crianças infectadas aumentou depois do surto da variante ômicron, a quantidade de mortes e de casos graves entre crianças também cresceu.

Já o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas realizou um estudo sobre 41 jovens com menos de 20 anos de idade que morreram após terem se infectado pelo coronavírus entre janeiro e agosto deste ano, quando a maior parte dos casos envolvia a variante ômicron. A entidade conseguiu examinar minuciosamente 29 dessas mortes e descobriu que 14 crianças de até 4 anos tinham perdido a vida, das quais seis não tinham condições subjacentes.

Não existem dados sobre casos graves exclusivamente entre crianças de 6 meses a 4 anos de idade. No entanto, a Sociedade Japonesa de Medicina Intensiva colheu dados, incluindo idades e sintomas, de pacientes de coronavírus com menos de 20 anos de idade que foram tratados em hospitais com leitos infantis em todo o Japão, no período de março a agosto deste ano.

De acordo com a entidade, um total de 220 pessoas foram listadas como tendo sofrido sintomas moderados a graves. Isso significa que elas precisaram de administração de oxigênio ou de suporte com ventilador pulmonar. Crianças de até 6 anos, em idade pré-escolar, perfaziam 58,6% dos casos. A Sociedade Japonesa de Medicina Intensiva diz que muitas daquelas que desenvolveram sintomas graves sofreram de encefalopatia aguda, uma condição em que o cérebro fica inchado e pode causar perda de consciência. A ocorrência de pneumonia e de convulsões também foi alta.

Estas informações são de 10 de novembro de 2022.

495. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (5)

Hoje, vamos ver se a vacinação tem algum impacto nas funções reprodutivas humanas.

A vacina para coronavírus desenvolvida pela empresa farmacêutica norte-americana Pfizer está sendo usada no Japão para a inoculação de crianças. A vacina é de um novo tipo, chamada de vacina mRNA. O mRNA funciona como um “modelo” para sintetizar proteínas. Quando uma pessoa é inoculada com a vacina mRNA, parte da proteína do coronavírus é produzida dentro das células do corpo da pessoa. A proteína ativa a função do sistema imunológico do corpo para produzir anticorpos.

O ministério da Saúde do Japão diz que o mRNA se desagrega e é eliminado do corpo num período que vai de minutos a vários dias. O ministério também diz que o mRNA na vacina não se combinará com as informações genéticas do DNA humano.
O corpo humano produz seu próprio mRNA a partir do DNA, onde o fluxo das informações genéticas é unidirecional, ou seja, não é possível produzir DNA a partir de mRNA.

Desse modo, os especialistas acreditam que quando uma pessoa recebe uma dose da vacina mRNA, não há risco das informações genéticas do mRNA permanecerem no corpo por um período prolongado, ou que as informações sejam passadas para o código genético do esperma ou do óvulo.

Estas informações são de 9 de novembro de 2022.

494. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (4)

Desta vez, vamos observar o risco de efeitos colaterais graves da vacinação.

Médicos reportaram a inflamação do músculo ou da membrana que envolve o coração entre jovens do sexo masculino – adolescentes e homens na faixa etária dos 20 anos – como um exemplo raro e grave de efeitos colaterais decorrentes de vacinas contra a Covid-19.

Os médicos ainda não têm em mãos dados suficientes a respeito do risco de tais condições cardíacas entre crianças de 6 meses e 4 anos de idade. Por outro lado, segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, tais condições não foram reportadas em cerca de 600 mil crianças com idades entre 6 meses e 4 anos que receberam doses da vacina da Pfizer nos Estados Unidos até o final de agosto.

No caso do Japão, dados sobre crianças com 5 a 11 anos de idade mostram que dois a três casos suspeitos dessas condições cardíacas foram reportados a cada um milhão de vacinações.

Nós conversamos com o professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, que é especialista em vacinas. Ele diz que crianças pequenas têm baixo risco de desenvolver tais condições cardíacas após serem vacinadas, em comparação com pessoas do sexo masculino na adolescência e na faixa etária dos 20 anos. De acordo com o especialista, mesmo que crianças pequenas desenvolvam tais condições, a maior parte delas teria somente sintomas leves e se recuperaria completamente.

Contudo, o professor Nakayama afirma que, caso as crianças aparentem ter dificuldade de respiração ou reclamem de dor no peito – ambos sintomas suspeitos de inflamação do músculo ou da membrana que envolve o coração – passados poucos dias da vacinação, os pais ou responsáveis devem levá-las ao médico imediatamente.

Estas informações são de 8 de novembro de 2022.

493. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (3)

Hoje, falaremos sobre os efeitos colaterais das vacinas.

Especialistas afirmam que a maioria dos efeitos colaterais são de grau leve a moderado, além de serem temporários — o que significa que não causam preocupações graves em termos de segurança.

Em seus testes clínicos, a Pfizer monitorou crianças vacinadas durante uma semana para observar efeitos colaterais. A empresa descobriu que, entre crianças com idades de 2 a 4 anos, 5,1% desenvolveram febre de pelo menos 38º em uma média das três doses, 26,6% reclamaram de cansaço, 2,7% vomitaram e 6,5% tiveram diarreia. Entre as crianças com 6 meses até 1 ano, 7,1% desenvolveram febre de 38º ou mais, 21,5% apresentaram sinais de perda de apetite e 47,4% apresentaram alterações de humor.

O professor Saito Akihiko, da Universidade de Niigata, é especialista em vacinações. Ele disse que, apesar de uma comparação exata ser difícil, efeitos colaterais são menos comuns em crianças de seis meses a quatro anos de idade do que em adultos. Também afirma que a frequência de efeitos colaterais nesta faixa etária é mais baixa ou igual quando comparada à de crianças nas faixas etárias de 5 a 11 anos e de 12 a 15 anos de idade.

Estas informações são de 7 de novembro de 2022.

492. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (2)

Na edição de hoje, vamos analisar a eficácia das inoculações para crianças nesta faixa etária.

A expectativa é de que a vacinação de crianças pequenas seja eficaz na prevenção do desenvolvimento de sintomas. O laboratório Pfizer, dos Estados Unidos, realizou testes clínicos com crianças entre 6 meses e 4 anos de idade, e descobriu que quando foram administradas três doses, o nível de seus anticorpos era o mesmo verificado em testes clínicos realizados em crianças com mais idade e adultos.

A companhia realizou testes também em mais de 1.100 crianças com idades entre 6 meses e 4 anos nos Estados Unidos e na Europa quando a variante ômicron era a dominante. As crianças receberam vacinas ou placebos com soluções salinas fisiológicas inofensivas.

Ao comparar os níveis de contágio, o laboratório descobriu que, até 17 de junho de 2022, 13 das 794 crianças que receberam as vacinas tinham sido infectadas, enquanto 21 das 351 crianças que receberam placebos contraíram o vírus. A Pfizer informa que, depois de três doses, a vacina foi 73,2% eficaz na prevenção de sintomas.

As autoridades afirmam que não houve um número suficiente de crianças infectadas para analisar até que ponto a vacina preveniu doenças sérias.

O professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, que é um especialista em vacinas, disse esperar que elas sejam eficazes o suficiente para evitar sintomas sérios, já que previnem o desenvolvimento de sintomas. Ele disse que os dados variam de acordo com a pesquisa, mas segundo relatos, as vacinas são entre 40% a 80% eficazes na prevenção de doenças graves em crianças entre 5 e 11 anos.

Estas informações são de 4 de novembro de 2022.

491. Vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (1)

Foi iniciada em outubro de 2022, no Japão, a vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos de idade. Na série sobre eficácia da vacinação para crianças pequenas e efeitos colaterais, explicamos nesta edição detalhes a respeito.

A fabricante da vacina é o laboratório americano Pfizer. O volume de ingredientes ativos em cada dose corresponde a um décimo do volume presente na vacina para adultos e a um terço do volume presente na vacina para crianças de 5 a 11 anos de idade. Não há componentes derivados da variante ômicron no seu preparo, que se baseia em variantes convencionais.

A vacinação, gratuita, é inteiramente financiada por verbas públicas. A aplicação de três doses completa a vacinação. A primeira dose é seguida da segunda, passadas três semanas, e a aplicação da terceira dose é feita no mínimo oito semanas depois.

Em princípio, cada criança receberá do governo da localidade em que reside um cupom de vacinação para a aplicação de uma dose em clínica pediátrica ou em posto de vacinação estabelecido por algumas prefeituras ou governos provinciais, entre outros locais.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão pede urgência na vacinação de crianças entre 6 meses e 4 anos. As razões apresentadas são o número crescente de infecções e casos graves entre crianças, além da eficácia e da segurança comprovadas da vacina em meio à propagação da variante ômicron. Não há obrigatoriedade ou punições por falta de vacinação. Cabe a crianças e pais a decisão de recebimento da vacina.

Estas informações são de 3 de novembro de 2022.

490. Surto duplo de coronavírus e influenza (7)

Hoje, na sétima e última edição desta série sobre um surto duplo, vamos analisar o que deve ser levado em conta para evitar esta opção.

Tanto o coronavírus quanto a influenza são doenças infecciosas que afetam principalmente o sistema respiratório. As rotas de infecção também são similares. Assim, não há muita diferença nas medidas preventivas que devem ser tomadas contra ambas as doenças.

Primeiramente, é aconselhável desinfetar suas mãos e dedos, bem como usar máscaras em situações em que esteja em ambientes fechados e tenha que conversar com outras pessoas a curta distância. Manter esses ambientes, tais como bares e restaurantes, bem ventilados também é muito importante.

Em segundo lugar, deve-se evitar ir à escola ou ao trabalho, e recomenda-se evitar o contato com outras pessoas caso esteja sentindo febre ou demais possíveis sintomas. Também é muito importante estar bem descansado.

Especialistas pedem que as pessoas continuem a tomar essas medidas básicas de cuidado, como parte de esforços em conter a disseminação de infecções em caso de um surto simultâneo de coronavírus e influenza.

Estas informações são de 2 de novembro de 2022.

489. Surto duplo de coronavírus e influenza (6)

Desta vez, vamos trazer a visão de especialistas sobre como podemos nos proteger contra o surto duplo através da vacinação.

As vacinas tanto contra o coronavírus como contra a influenza são eficazes até certo ponto na prevenção de infecções. Mesmo que a pessoa inoculada seja infectada, os imunizantes reduzem consideravelmente o risco de desenvolvimento de sintomas graves.

Nós conversamos com o professor Osaka Ken, da Universidade de Tohoku, que é membro do painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social. Ele nos disse que não há problema em ser vacinado ao mesmo tempo contra o coronavírus e a influenza. Segundo Osaka, algumas instituições médico-hospitalares proporcionam doses duplas e que o importante é receber as duas antes da chegada do inverno. O professor instou as pessoas a receberem a terceira ou quarta dose de reforço contra o coronavírus e que também sejam imunizadas contra a influenza.

Por sua vez, Wakita Takaji, que chefia o painel do Ministério da Saúde, afirmou que é muito importante fazer avançar a campanha de inoculação com vacinas contra o coronavírus tendo como o alvo a variante ômicron, como também o imunizante contra a influenza. Desse modo, segundo o especialista, seremos capazes de minimizar o alastramento de infecções e limitar o número de pacientes que desenvolvem sintomas graves.

Estas informações são de 1º de novembro de 2022.

488. Surto duplo de coronavírus e influenza (5)

Na edição de hoje, vamos falar sobre o que fazer caso comece a apresentar febre em meio ao surto duplo.

Em 13 de outubro, o governo japonês criou uma série de recomendações sobre o que deve ser feito quando não se sentir bem e começar, por exemplo, a apresentar febre. Uma visita imediata a uma clínica designada ou a seu médico de confiança é recomendada a pessoas com alto risco de desenvolver sintomas graves, tais como crianças abaixo dos 12 anos de idade, gestantes, pessoas com condições preexistentes de saúde e idosos. Indivíduos que se encaixem nesses grupos são encorajados a fazer o teste para o coronavírus e para influenza, e em seguida, receber o tratamento adequado dependendo dos resultados, o que pode incluir a prescrição de medicamentos.

Já pessoas com baixo risco de desenvolver sintomas graves, tais como jovens, são aconselhadas a primeiro confirmar se estão infectadas com o coronavírus, seja em casa ou em outros locais, por meio do uso de kits de teste de antígeno autorizados pelo governo. Se o resultado for negativo, é recomendável que busquem se consultar com um médico por telefone ou por meio de serviços online, ou também com seu médico de confiança, e obtenham receita para remédios antigripais, caso necessário.

Se o teste der resultado positivo, é recomendado que a pessoa reporte ao centro de saúde que acompanha o caso e se recupere em casa. Mas caso os sintomas sejam fortes e deseje se consultar com um médico, é aconselhável primeiro visitar uma clínica designada para verificar a febre ou falar com seu médico de confiança.

Especialistas recomendam ter kits de testes de antígeno e antipiréticos à disposição em casa, para que seja possível que o indivíduo abaixe e administre a febre por conta própria.

Estas informações são de 31 de outubro de 2022.

487. Surto duplo de coronavírus e influenza (4)

Preocupações sobre um possível surto simultâneo de coronavírus e influenza têm aumentado no Japão. Hoje vamos falar sobre o tipo de situação que podemos esperar caso isso aconteça.

O Japão teve sua sétima onda de contágio entre julho e setembro deste ano. A onda foi a maior até agora, com quase 12 milhões de pacientes e cerca de 13.500 mortes. Enquanto isto, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas estima que houve aproximadamente 12 milhões de pacientes de influenza entre o outono de 2018 e a primavera de 2019.

Durante a sétima onda de contágio do coronavírus, instituições médico-hospitalares com ambulatórios que aceitavam pacientes com febre ficaram lotadas. Isto dificultou o contato do público com instituições médico-hospitalares e centros de saúde pública. Em muitas regiões, ficou difícil para pacientes conseguirem ser internados em hospitais. Mesmo pessoas sob o risco de ficarem gravemente doentes tiveram dificuldade para obter transporte de emergência para os hospitais.

Especialistas temem que, se houver um surto duplo, uma situação parecida ou até pior possa acontecer.

A Covid-19 e a influenza apresentam sintomas parecidos, como febre alta, tosse e dores de garganta e nas juntas, por isso dizem que é difícil saber qual é qual sem testar os pacientes. Pessoas com febre poderão lotar os ambulatórios em busca de um diagnóstico e sobrecarregar os serviços médico-hospitalares.

O professor Tateda Kazuhiro, da Universidade Toho, é um membro do painel de aconselhamento do governo sobre o coronavírus. Ele disse que as autoridades deveriam se preparar para o pior, prevendo que os ambulatórios fiquem ainda mais sobrecarregados do que estiveram durante a sétima onda.

Estas informações são de 28 de outubro de 2022.

486. Surto duplo de coronavírus e influenza (3)

Preocupações com um surto simultâneo de coronavírus e influenza têm aumentado. Desta vez, vamos explicar como ele pode ocorrer.

Especialistas em doenças infecciosas que preveem a ocorrência do primeiro surto de influenza no Japão em três anos citam as seguintes razões.

Primeiramente, os Estados Unidos, a Europa e muitos outros países passaram a se reabrir e a flexibilizar restrições contra a Covid-19 a partir da primavera até o verão, em 2022. Como resultado, viagens internacionais se tornaram cada vez mais frequentes.

Como o Japão também passou a flexibilizar significativamente as restrições para a entrada de viajantes no país, em 11 de outubro, um fluxo cada vez maior de pessoas deve facilitar a propagação tanto do coronavírus como da influenza.

Em segundo lugar, o Japão não registrou uma epidemia de influenza de grandes proporções nas duas últimas temporadas. Isso significa que a maioria das pessoas não adquiriu imunidade contra o vírus. Um documento divulgado por especialistas adverte que pessoas com baixos níveis de anticorpos podem levar a um sério surto de influenza.

Por essas razões, a influenza pode assolar o país neste inverno, combinada com uma possível oitava onda de infecções pela Covid-19.

Por outro lado, contatos pessoais próximos não voltaram aos níveis pré-pandemia no Japão. Desse modo, é possível que a situação, no que se refere à influenza, não se torne tão ruim como em algumas temporadas anteriores.

Estas informações são de 27 de outubro de 2022.

485. Surto duplo de coronavírus e influenza (2)

Especialistas em doenças infecciosas têm manifestado preocupação sobre a potencial ocorrência de surto simultâneo de coronavírus e influenza no Japão durante esta temporada de inverno.

Durante os dois últimos invernos desde que a pandemia começou, não houve relatos de surto duplo de Covid-19 e influenza. Hoje, vamos examinar o porquê disso.

Antes da ocorrência da pandemia de coronavírus, o Japão costumava ter surtos sazonais de influenza todos os invernos. Autoridades de saúde estimam que 10 a 20 milhões de pessoas eram infectadas anualmente, mas o número caiu bruscamente depois que o coronavírus começou a se propagar. O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão diz que o número foi de cerca de 14 mil no inverno de 2020 até o início de 2021, e de cerca de 3 mil no inverno seguinte, baseado nos relatórios de cerca de 5.000 instituições médicas de todo o país.

No Japão, a influenza se torna predominante no inverno, mas é observada durante todo o ano em áreas densamente povoadas em países do sudoeste asiático e africanos tropicais e subtropicais.

Considera-se que o vírus se desloque para outros países junto com o movimento de pessoas entre as fronteiras, e causa surto no inverno do Japão devido às condições sazonais que facilitam a sua propagação.

Especialistas dizem que provavelmente não ocorreu surto de influenza nos últimos dois anos graças às restrições impostas devido ao coronavírus, como controle de fronteiras e distanciamento social.

Estas informações são de 26 de outubro de 2022.

484. Surto duplo de coronavírus e influenza (1)

No Japão, o número de casos diários de coronavírus tem diminuído no segundo semestre. No dia 11 de outubro, restrições de fronteiras de combate ao vírus foram significativamente afrouxadas. Um programa de subsídio de viagens do governo para promover o turismo em todo o país também entrou em vigor. Contudo, especialistas em doenças contagiosas estão manifestando preocupações sobre o potencial de um surto simultâneo de coronavírus e influenza durante este inverno japonês. Nesta série, trazemos informações sobre a situação esperada e como lidar com ela, assim como sobre as medidas do governo para o seu controle.

Durante os dois últimos invernos, desde que a pandemia começou, não houve relatos sobre um surto duplo de Covid-19 e influenza. Então qual é a diferença entre a temporada de frio de 2022 e a de anos anteriores?

No dia 5 de outubro, vários especialistas que estão liderando os esforços para lidar com a pandemia, apresentaram conjuntamente ao painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão um documento com a previsão de contágios, segundo o qual é altamente possível que as infecções com o coronavírus se expandam simultaneamente com o surto de influenza sazonal durante os seis meses entre outubro deste ano e março de 2023.

Em resposta, o painel de especialistas indicou que eles precisam criar medidas para lidar com um possível surto simultâneo.

No dia 13 de outubro, o painel de aconselhamento sobre coronavírus do governo japonês compilou uma série de medidas de preparação para um potencial surto duplo com a influenza. As medidas têm base na suposição que o número diário de casos de coronavírus chegue a 450.000 e o número de pessoas contraindo influenza suba para 300.000 por dia, com um total máximo combinado de 750.000 casos diários.

Estas informações são de 25 de outubro de 2022.

483. Dois tipos de vacinas contra subvariantes da ômicron (3)

Em outubro, o Japão começou a inocular sua população com uma vacina contra o coronavírus que tem como foco a subvariante BA.5 da ômicron. Ao mesmo tempo, o governo continua disponibilizando doses da vacina que tem como foco a subvariante BA.1. Nesta série, nós trazemos informações sobre a inoculação com esses dois tipos diferentes de vacina. No episódio de hoje — o terceiro e último da série —, abordaremos o cronograma de vacinação.

Todas as pessoas com 12 anos de idade ou mais que já receberam duas doses da vacina convencional há pelo menos 3 meses atrás estão aptas a receber as vacinas desenvolvidas especialmente para combater as subvariantes da ômicron. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social estima que cerca de 100 milhões de pessoas estarão habilitadas a receber um dos dois novos tipos de vacina até o final deste ano.

O ministério planeja distribuir um total de 99 milhões de doses a municípios em todo o país até o final de novembro. Entre elas, estarão as vacinas da Pfizer que tem como alvo as subvariantes BA.1 e BA.5, além da vacina da Moderna que foca na variante BA.1.

Além destas, 5 milhões de doses da vacina da Moderna contra a subvariante BA.1 foram reservadas para inoculações realizadas por empresas. Em preparação para uma possível arremetida de uma oitava onda de infecções próxima às festas de fim de ano, o ministério afirmou que irá garantir que todas as pessoas que desejam receber a vacina sejam inoculadas sem falta.

Estas informações são de 24 de outubro de 2022.

482. Dois tipos de vacinas contra subvariantes da ômicron (2)

Em outubro, o Japão começou a vacinar a população contra a subvariante BA.5 da ômicron, enquanto prossegue a imunização contra a BA.1. Esta série traz informações sobre a imunização utilizando esses dois tipos de vacinas.

Que vacina você deveria tomar: contra a BA.5 ou contra a BA.1? Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, ambas as vacinas contêm componentes da variante ômicron, e são bem mais eficazes contra as subvariantes do que as vacinas anteriores. Acredita-se que essas vacinas mais recentes serão eficazes também contra futuras variantes. O ministério acrescenta que, já que atualmente não há dados comparando a eficácia das duas vacinas, o público deveria tomar aquela que estiver disponível o quanto antes.

O professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, é um especialista em vacinas. Ele disse: “As mais recentes vacinas são mais eficazes na prevenção do contágio com a subvariante BA.5, que é o atual vírus prevalente, assim como na supressão de sintomas entre pessoas infectadas. A diferença entre as subvariantes BA.5 e BA.1 não é tão significativa quanto a diferença entre o vírus convencional e as variantes anteriores. Uma vacina contra a subvariante BA.1 deverá ser eficaz também na prevenção do desenvolvimento de sintomas graves. Se alguém já tiver feito a reserva para receber a vacina contra a subvariante BA.1 eu acredito que essa pessoa deve ir adiante e ser inoculada.”

Estas informações são de 21 de outubro de 2022.

481. Dois tipos de vacinas contra subvariantes da Ômicron (1)

O Japão iniciou em outubro de 2022 a aplicação de vacina contra a subvariante BA.5 da ômicron. Alternativamente, interessados podem receber uma vacina contra a subvariante BA.1. Esta série traz informações sobre a aplicação dos dois tipos de vacinas.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão vem solicitando às prefeituras e aos governos provinciais encarregados da aplicação das injeções que deem prioridade ao uso de vacinas com data de expiração mais próxima. Vamos supor que um posto de vacinação receba vacinas contra a subvariante BA.5, mas ainda tenha em estoque vacinas contra a subvariante BA.1. Neste caso, para evitar desperdício, os médicos devem usar prioritariamente estas últimas vacinas, com data de expiração mais próxima.

A questão é saber se os interessados podem escolher a vacinar a tomar. A pasta tem orientado as prefeituras e os governos provinciais sobre a necessidade de comunicar aos solicitantes o tipo de vacina que vão receber. O ministério enfatiza, porém, que, conforme o plano de vacinação, cada prefeitura ou governo provincial receberá vacinas em quantidade suficiente para a inoculação da população local e que a quantidade total estará dividida em doses contra a subvariante BA.1 e doses contra a subvariante BA.5.

Estas informações são de 20 de outubro de 2022.

480. Sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus (7)

Nesta edição analisamos de forma mais detalhada a postura do governo em relação à mudança.

O ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, Kato Katsunobu, falou sobre as vantagens e desvantagens do sistema simplificado de registros de casos de coronavírus. Ele disse: “as municipalidades que adotaram o sistema mais cedo registraram um ônus menor sobre seus sistemas médico-hospitalares. Por outro lado, o novo sistema aboliu a necessidade de reunir informações sobre as condições de saúde e os números de contato daqueles que testaram positivo. Sem esses dados, pode levar mais tempo para fornecer tratamento adequado ou para realizar internações se as condições dos pacientes piorarem.” Kato disse ainda que seu ministério vai trabalhar com governos municipais e melhorar o sistema se for necessário para a fácil implementação de medidas relacionadas ao coronavírus.

Yamagiwa Daishiro, ministro encarregado das medidas contra o coronavírus, disse que o Japão poderá ser atingido pela oitava onda de contágio durante o outono e o inverno do Japão. Ele advertiu que, durante este período, pode haver também casos paralelos de contágio com o coronavírus e o vírus da influenza. Ele pediu que sejam feitos preparativos detalhados para lidar de forma adequada com tais situações, caso elas aconteçam. Ele disse: “É preciso debater detalhadamente o que deverá ser feito e apresentar planos concretos.” Yamagiwa disse ainda que vai consultar especialistas e considerar o impacto social durante o avanço dos preparativos.

Estas informações são de 7 de outubro de 2022.

479. Sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus (6)

Na série sobre mudanças no sistema de registro e preocupações relacionadas, falamos nesta edição de receios expressos por um especialista de que as mudanças venham a dificultar uma análise detalhada das infecções.

Antes da mudança, eram registradas na base de dados Her-Sys, do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, informações sobre todas as pessoas diagnosticadas com a enfermidade, incluindo local de moradia, data de surgimento de sintomas e possíveis rotas de contágio. Especialistas usam os dados para a análise de diversos aspectos, como áreas com maior número de infecções, rotas de contágio e velocidade de propagação do vírus em cada região. Com base na análise, o governo nacional tem decidido medidas a tomar.

Ocorre que, em províncias nas quais o sistema de registro simplificado foi adotado antes da sua ampliação para todo o país, o número de casos da Covid-19 registrados na base de dados tem sido bem menor do que o número real de indivíduos diagnosticados com a enfermidade.

Nishiura Hiroshi, professor da Universidade de Kyoto, tem analisado dados sobre o coronavírus. Para ele, será impossível definir imediatamente o índice de reprodução do coronavírus, que mostra a quantidade de indivíduos infectados por cada pessoa originalmente infectada pelo vírus. O professor acredita que não será mais capaz de analisar a eficácia de medidas anti-infecciosas e de que modo mudanças na circulação de pessoas afetam o contágio.

Além disso, Nishiura assinala que o histórico de vacinação das pessoas infectadas não será mais registrado no sistema simplificado. Sem o histórico, conclui ele, será impossível estudar a eficácia das vacinas e a proporção de indivíduos imunizados contra o vírus, a ponto de afetar talvez decisões sobre ocasiões apropriadas para vacinações de reforço.

Nishiura destaca a necessidade de coleta de dados em múltiplos níveis e da discussão dos tipos possíveis de avaliação de risco a partir daí.

Estas informações são de 6 de outubro de 2022.

478. Sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus (5)

No episódio de hoje, vamos verificar como a resposta do governo japonês à pandemia passou por transições ao longo do tempo.

O governo japonês alterou sua forma de lidar com a pandemia de coronavírus de acordo com mudanças nas variantes predominantes e suas características, bem como a progressão da vacinação. Alguns exemplos são a modificação na regra de que pessoas sem sintomas podem se recuperar em casa, bem como a revisão das restrições relacionadas à circulação de pessoas e atividades empresariais, quando a situação do vírus mudou.

Quando a variante ômicron do vírus se tornou predominante no Japão, o governo decidiu não impor novas restrições. Isso se deve ao fato de especialistas terem descoberto que, com esta variante, pessoas jovens têm baixo risco de desenvolver sintomas graves, e que as infecções se disseminavam principalmente em casa, em escolas e instituições de cuidados para idosos, e não em bares e restaurantes. Assim, o governo optou pela política de prevenir a disseminação das infecções ao mesmo tempo em que manteve as atividades sociais e econômicas.

Desde então, o Japão começou a inocular a população com vacinas que têm como alvo a variante ômicron. Muitos países ao redor do mundo têm retomado gradualmente as atividades sociais e econômicas aos níveis anteriores à pandemia. Essa movimentação levou o governo japonês a simplificar o sistema de notificação de casos e passar a focar em recursos médicos para idosos e outras pessoas em grupos de alto risco. Ademais, passou também a diminuir o período de isolamento de infectados e a afrouxar as restrições de entrada para visitantes do exterior.

O governo afirma que pretende dar continuidade ao atual nível de atividades sociais e econômicas, ao mesmo tempo em que mantém o funcionamento das instalações médicas e de saúde pública do país, mesmo que haja um novo aumento no número de infecções. O governo japonês reitera que continuará revisando as regras de combate a infecção rumo à transição para uma era de coexistência com o coronavírus, observando a opinião de especialistas e a situação das infecções em todo o mundo.

Estas informações são de 5 de outubro de 2022.

477. Sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus (4)

Desta vez, perguntamos ao chefe de um posto de saúde público em Tóquio se o novo sistema vai aliviar ou não o ônus de instituições médico-hospitalares e de postos de saúde públicos.

Maeda Hideo chefia o posto de saúde público do distrito de Kita, em Tóquio. Ele também é membro de um painel de especialistas do governo sobre o coronavírus. Maeda afirma que, na sétima onda de infecções, muitas pessoas se infectaram porque nem todos puderam consultar um médico. Segundo ele, um dos méritos de simplificar o sistema de notificação é que idosos e aqueles com condições médicas subjacentes poderão se dirigir até clínicas e hospitais com mais facilidade.

Quanto ao ônus de postos de saúde públicos, Maeda Hideo afirma que a quantidade de trabalho simples será drasticamente reduzida. No entanto, ele observa que, como pormenores de pessoas com sintomas leves não são mais registrados, os postos serão obrigados a realizar tarefas complicadas para checar as informações quando o estado de uma pessoa piorar e requerer suporte. Portanto, de acordo com Maeda, não se pode dizer que o volume de trabalho foi realmente reduzido.

Sob o sistema simplificado, pessoas cujos casos não são reportados em detalhes podem ser registradas junto a “postos de acompanhamento de saúde”. Caso haja piora em suas condições, elas podem contatar e se consultar junto a um posto e serem direcionadas até uma instituição médico-hospitalar.

Em Tóquio, pessoas com 64 anos ou menos de idade que testaram positivo para o coronavírus também podem se cadastrar online no sistema do governo metropolitano para receber suporte. Contudo, Maeda Hideo afirma que pessoas que acham difícil se comunicar pela internet não devem hesitar em contatar e se dirigir até instituições médico-hospitalares e clínicas que aceitam pacientes com febre.

Estas informações são de 4 de outubro de 2022.

476. Sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus (3)

Hoje vamos ver como as autoridades pretendem rastrear os infectados com sintomas leves ou assintomáticos.

Sob o novo sistema simplificado, pessoas com sintomas leves ou assintomáticas que receberam resultado positivo em autotestes poderão se registrar junto aos “centros de acompanhamento de saúde” e dar início à recuperação em casa, sem necessidade de se consultar em uma instituição médica.

Pessoas nessas condições podem receber auxílios tais como acomodação fora de casa e entrega de comida. Caso a condição de um infectado piore enquanto se recupera em casa será possível contatar ou se consultar com o centro de acompanhamento. O indivíduo pode então ser encaminhado a uma instituição médica.

Como os centros de saúde pública não serão mais capazes de monitorar as condições dos infectados como da forma anterior, autoridades vão reforçar as medidas para que haja uma rápida transferência do paciente a instituições médicas, caso a condição se deteriore em casa.

Autoridades enfrentam o desafio de disseminar informações tais como contatos para os centros de acompanhamento de saúde e de promover medidas de prevenção contra a infecção, como pedir que as pessoas sigam o autoisolamento.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social ressalta que o afrouxamento das exigências dos registros detalhados deve dificultar a identificação de focos de infecção. A pasta pede que as províncias continuem trabalhando para prevenir a disseminação do vírus em instalações de cuidados aos idosos e outras instituições de alto risco.

Estas informações são de 3 de outubro de 2022.

475. Sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus (2)

Um sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus entrou em vigor no dia 26 de setembro.

Nesta série, vamos mostrar como o sistema mudou e quais são as preocupações existentes. Hoje vamos ver como as autoridades pretendem monitorar novas infecções.

Para reduzir o ônus de instituições médico-hospitalares e concentrar-se em cuidados médicos voltados aos idosos e outros pacientes de alto risco, o governo central criou um sistema simplificado para notificar novos casos de coronavírus, em meio à propagação da variante ômicron.

As instituições médico-hospitalares usam um sistema estatal conhecido como “HER-SYS”, para informar aos centros de saúde públicos os nomes de todos os pacientes e outros detalhes tais como quando os sintomas apareceram e como os pacientes podem ser contactados. Sob o novo sistema, essas instituições só terão de relatar pacientes considerados de alto risco, como pessoas com 65 anos ou mais de idade, assim como aqueles que precisam ser hospitalizados.

O sistema “HER-SYS” vai continuar a monitorar o número total de pessoas infectadas de acordo com sua faixa etária, incluindo aqueles que não são considerados de alto risco.

Ao mesmo tempo, várias medidas foram criadas para ajudar na recuperação domiciliar. Por exemplo, foi abolida a proibição de vendas pela internet de kits de teste de antígeno do coronavírus.

Os governos das províncias lançaram centros de apoio à saúde, e começaram o processo de vacinação contra a variante ômicron. As autoridades esperam que essas medidas ajudem a evitar uma nova disseminação do vírus.

Estas informações são de 30 de setembro de 2022.

474. Sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus (1)

Sob um sistema simplificado de notificação de infecção por coronavírus que passou a vigorar em 26 de setembro, o governo do Japão exige, agora, que instituições médico-hospitalares em todo o país notifiquem somente os dados de pacientes com alto risco de ficarem gravemente enfermos.

Nesta série, vamos mostrar como o sistema mudou e quais são as preocupações existentes. Desta vez, observamos como o sistema foi simplificado.

Para reduzir o ônus de instituições médico-hospitalares, o governo central limitou os requerimentos de notificação da seguinte maneira:
- Pessoas com 65 anos ou mais de idade
- Indivíduos que precisam ser hospitalizados
- Mulheres grávidas e outras pessoas com alto risco de ficarem gravemente enfermas

Para portadores do vírus fora dessas categorias, as instituições médico-hospitalares só precisam notificar seus números totais e grupos etários a que eles pertencem.

O sistema de notificação convencional exigia que as instituições registrassem os dados de todos os infectados que elas haviam identificado em uma rede de computadores mantida pelo Estado. Segundo províncias que adotaram o sistema simplificado, o ônus de suas instituições médico-hospitalares foi reduzido. No entanto, médicos e outros especialistas apontam a necessidade de preparar redes para que pacientes com sintomas leves possam ser atendidos rapidamente caso suas condições piorem.

O governo central insta autoridades provinciais a realizar tais preparativos e pedir a pacientes que se autoisolem por determinados períodos, mesmo no caso daqueles com sintomas leves.

Estas informações são de 29 de setembro de 2022.

473. Períodos menores de isolamento domiciliar ― Riscos e necessidade de cautela (5)

Hoje, vamos tratar do que deve ser feito para reduzir os riscos de transmissão.

Wakita Takaji, que chefia o painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, disse que é importante avisar o público sobre os riscos de transmissão existentes após o encurtamento dos períodos de autoisolamento. O médico virologista disse que cada um de nós deve tomar medidas contra o vírus por iniciativa própria e agir de modo que se possa reduzir os riscos.

Participantes interessados da reunião enfatizaram que pessoas infectadas com o coronavírus podem transmiti-lo por até 10 dias a contar do dia de aparecimento de sintomas. Eles chamam a atenção para a necessidade de tomar medidas preventivas de infecção quando se sai de casa. Os especialistas pedem por maior cautela àqueles que tenham contato diário com pessoas de alto risco, incluindo trabalhadores dos serviços de saúde e funcionários de instituições para idosos, e disseram que essas pessoas devem se assegurar que tenham resultado de teste negativo antes de voltar a trabalhar.

O ministério da Saúde também exorta os governos municipais de todo o país a pedir aos seus residentes infectados com o vírus para que não baixem a guarda até o décimo dia. Devem ser tomadas medidas que incluem checar as condições de saúde como por exemplo medir a temperatura corporal e usar máscara facial, evitar o contato com pessoas de alto risco como idosos assim como visitas desnecessárias a instituições que tratem deles, e evitar locais ou encontros de alto risco que envolvam consumo de alimentos.

Os períodos de autoisolamento foram encurtados, mas isso não tem nenhuma relação com as características do coronavírus. Temos de agir tendo em mente que o risco de transmissão do vírus continua mesmo depois do sétimo dia.

Estas informações são de 28 de setembro de 2022.

472. Períodos menores de isolamento domiciliar ― Riscos e necessidade de cautela (4)

Pessoas infectadas que apresentarem sintomas agora precisam ficar em quarentena por 7 dias, em vez dos 10 dias requeridos anteriormente. O foco desta série é a base científica e a segurança relacionadas a esta decisão. Hoje vamos conhecer as opiniões dos especialistas.

Em uma reunião de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social realizada no dia 7 de setembro, as opiniões sobre o encurtamento do período de isolamento ficaram divididas. Os que o aprovaram, disseram que o vírus é mais contagioso durante o período de sete dias a partir do início dos sintomas. Eles disseram também que a medida é necessária para que sejam mantidas as funções médicas e sociais.

Por outro lado, os que se opuseram à mudança disseram que não foram realizadas discussões com base na avaliação de riscos. Eles acrescentaram que a decisão de abolir períodos de isolamento quando o risco de infecção é superior a 10% excede o escopo que pode ser cientificamente aprovado.

Segundo alguns especialistas, o período de isolamento em hospitais e instalações de cuidados para idosos não deveria ser encurtado.

O professor Nishiura Hiroshi, da Universidade de Kyoto, manifestou preocupação. Ele disse que a situação vai mudar muito, dependendo do rigor com o qual as medidas de combate à infecção forem observadas a partir do oitavo dia, e que por isso é difícil apresentar uma descrição numérica dos efeitos sobre a situação de contágio.

Contudo, Nishiura disse que, no mínimo, a taxa de reprodução, que indica o número de pessoas que um paciente pode infectar, vai subir. O professor afirma que, como resultado, quando uma futura onda chegar, o número de pacientes vai aumentar mais rapidamente do que antes, o que poderá prejudicar os serviços médicos ou dificultar a disponibilidade de ambulâncias.

Estas informações são de 27 de setembro de 2022.

471. Períodos menores de isolamento domiciliar ― Riscos e necessidade de cautela (3)

Nesta série sobre dados que embasaram a decisão, falamos hoje do risco de contágio a partir do oitavo dia.

Uma pesquisa feita entre novembro de 2021 e janeiro de 2022 pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, abordada também na edição anterior, examinou por quanto tempo o coronavírus foi detectado em indivíduos que apresentaram sintomas.

Considerando-se que o surgimento dos sintomas tenha sido no dia zero, o vírus foi detectado em 96,3% das pessoas no primeiro dia; em 60,3% no quarto dia; e em 23,9% no sétimo dia. A proporção caiu para 16% no oitavo dia; para 10,2% no nono dia; e para 6,2% no décimo dia. A queda prosseguiu, passando a ser de 3,6% no 11º dia; de 2% no 12º dia; de 1,1% no 13º dia; e de 0,6% no 14º dia.

Dito de outro modo, o vírus foi encontrado em mais de 10% dos pacientes no oitavo dia, quando o seu período de isolamento domiciliar havia se encerrado pela nova regra.

Em reunião de especialistas realizada em 7 de setembro, o professor Nishiura Hiroshi, da Universidade de Kyoto, expôs os resultados de um estudo a cargo de uma equipe, em que também estava representada a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Os resultados mostram que o vírus estava presente em mais de 50% dos pacientes no quinto dia e em 25% no oitavo dia. Nishiura alerta para o risco de transmissão do vírus mesmo depois de transcorrer certo tempo a partir da apresentação dos sintomas.

Estas informações são de 26 de setembro de 2022.

470. Períodos menores de isolamento domiciliar ― Riscos e necessidade de cautela (2)

Nesta série, vamos falar da base científica que fundamenta a garantia de segurança.

Em que tipo de dados foi baseada a decisão de encurtar o período de isolamento domiciliar de 10 para 7 dias?

No dia 7 de setembro, dados sobre o vírus de 59 pacientes com sintomas foram apresentados durante uma reunião de um painel de especialistas do Ministério da Saúde.

O dia em que aparecem os sintomas é denominado “dia 0”. Foi observado que a carga viral entre o sétimo e o décimo terceiro dia foi cerca de 1/6 daquela registrada até terceiro dia. Os dados foram baseados num estudo feito pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão realizado entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, quando a variante ômicron BA.1 estava se alastrando.

Segundo os pesquisadores, embora os pacientes continuem liberando vírus depois do sétimo dia, o risco de transmitir a doença para outras pessoas fica provavelmente reduzido.

Estas informações são de 23 de setembro de 2022.

469. Períodos menores de isolamento domiciliar ― Riscos e necessidade de cautela (1)

Em 7 de setembro, o governo do Japão passou a adotar medidas menos restritivas para pessoas que contraíram a Covid-19, inclusive encurtando os períodos de isolamento domiciliar. Indivíduos que apresentem os sintomas da enfermidade precisam agora ficar em isolamento domiciliar por sete dias, em vez dos dez dias estabelecidos anteriormente. Nesta série, vamos falar da base científica que fundamenta a garantia de segurança e apresentar opiniões de especialistas sobre as novas regras.

Desde o dia 7, as regras de isolamento domiciliar passaram a ser as seguintes:

Pessoas com sintomas — o período de isolamento termina no oitavo dia após o surgimento dos sintomas, uma vez que tenha transcorrido um período mínimo de 24 horas desde a melhora do estado de saúde.

Pessoas sem sintomas — o período de isolamento termina no sexto dia após o exame inicial, caso um resultado negativo seja obtido no quinto dia. Contudo, indivíduos que entrem em contato com idosos ou que façam refeições em companhia de outras pessoas devem tomar medidas rigorosas para prevenir infecção. Pessoas sintomáticas podem contagiar outras por dez dias depois de apresentar sintomas e as assintomáticas, por sete dias.

Pacientes hospitalizados e idosos em casas de repouso — não há mudanças. O período de isolamento termina no 11º dia após o surgimento dos sintomas, uma vez que tenha transcorrido um período mínimo de 72 horas desde a melhora do estado de saúde.

Estas informações são de 22 de setembro de 2022.

468. Medicamentos para o coronavírus (5)

Na série sobre medicamentos e tratamentos mais recentes para a Covid-19 e sua eficácia, falamos hoje de remédios desenvolvidos originalmente para tratar outras enfermidades.

A droga antiviral Remdesivir foi desenvolvida inicialmente para o tratamento da doença ebola. Em maio de 2020, tornou-se o primeiro medicamento a receber homologação para prescrição emergencial a pacientes da Covid-19 no Japão. No início era prescrito a pacientes que tivessem contraído a doença em condições de moderada a grave. Em março de 2022, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social estendeu o seu uso a pacientes com sintomas de leves a moderados, desde que enfrentassem o risco de adoecer gravemente.

Em julho de 2020, a pasta promoveu o uso da droga Dexamethasone, que contém corticoide, no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. Até então, o medicamento era prescrito principalmente a pacientes com reumatismo ou pneumonia grave. Passou a ser ministrado a pacientes com sintomas da Covid-19 de moderados a graves que tenham contraído pneumonia e que precisem de inalação suplementar de oxigênio.

A droga anti-inflamatória Baricitinib, homologada em abril de 2021, também é ministrada a pacientes que tenham sintomas moderados ou relativamente graves. Originalmente eram drágeas de ingestão oral para pessoas afligidas por artrite reumatoide. No Japão, onde o seu uso é restrito, o medicamento só pode ser ministrado quando em combinação com o Remdesivir.

A droga contra artrite reumatoide Actemra, também chamada de Tocilizumab, foi homologada no país em janeiro de 2022 para o tratamento da Covid-19. Deve ser usada juntamente com corticoides no tratamento de pacientes com sintomas moderados ou graves da enfermidade.

Estas informações são de 2 de setembro.

467. Medicamentos para o coronavírus (4)

Na série sobre medicamentos mais recentes para a Covid-19 e sua eficácia, falamos hoje de tratamento com anticorpos.

Anticorpos sintéticos presentes em medicamentos do gênero se ligam com proteínas spike na superfície do coronavírus e impedem a penetração do vírus em células humanas. Em julho de 2021, o coquetel de anticorpos para tratamento da enfermidade Ronapreve foi aprovado pela comissão de especialistas que orienta o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social a respeito da crise viral. O medicamento foi o primeiro a ser homologado no Japão para prescrição a pacientes com sintomas leves da Covid-19. Combina dois anticorpos neutralizantes de vírus — casirivimab e indevimab —, que são ministráveis por injeção ou aplicação intravenosa. Em setembro do ano passado, a mesma comissão autorizou o uso de outro medicamento com anticorpo — o Xevudy —, conhecido em geral como sotrovimab. A droga, composta de um tipo de anticorpo, é ministrada a pacientes por aplicação intravenosa.

A indicação nos dois casos é para idosos ou pacientes com comorbidades que tenham sintomas leves ou moderados, incluindo pneumonia, mas sem risco de agravamento da enfermidade. Recebem o medicamento uma única vez, no prazo de sete dias a partir dos sintomas iniciais da Covid-19. A comissão de especialistas também aprovou o uso preventivo dos mesmos medicamentos. Nesta modalidade, os anticorpos são prescritos para indivíduos em contato com pessoas infectadas que corram o risco de adoecer gravemente caso contraiam a enfermidade, por causa de seu sistema imunológico debilitado.

Resultados de um teste clínico mostraram que pacientes aos quais foi ministrado o Ronapreve tiveram risco de hospitalização ou óbito cerca de 70% menor. O risco constatado foi aproximadamente 85% menor entre pessoas que receberam o Xevudy.

Os medicamentos com anticorpos apresentam, porém, deficiências. São, em geral, menos eficazes contra novas variantes de vírus mutantes. Há relatos de que medicamentos com anticorpos existentes tenham eficácia significativamente menor contra as subvariantes da ômicron que são responsáveis pelo mais recente pico de infecções no Japão. Em sua última versão, as diretrizes para tratamento da Covid-19 da pasta recomendam aos médicos que cogitem o seu uso somente quando não houver alternativas.

Em 30 de agosto de 2022, o governo do Japão também homologou a nova droga para tratamento com anticorpos Evusheld, que foi desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca. É um medicamento ministrado principalmente a pessoas com sistema imunológico debilitado para prevenir adoecimento grave ou sintomas graves.

Estas informações são de 1º de setembro.

466. Medicamentos para o coronavírus (3)

Nesta série, abordamos as novidades sobre medicamentos para a Covid-19, inclusive sua eficácia. Hoje, focamos no Xocova.

A empresa farmacêutica Shionogi solicitou aprovação para seu medicamento Xocova, que pode ser usado por pacientes de Covid-19 com sintomas leves, mesmo que tenham pouco risco de ficarem gravemente doentes. O medicamento age inibindo a capacidade de uma enzima responsável pela replicação de RNA, que age como uma cópia do vírus.

Em abril deste ano, a empresa divulgou os resultados de um estudo clínico realizado de janeiro a fevereiro, envolvendo 428 pacientes com idades entre 12 e 70 anos com sintomas leves a moderados.

A companhia disse que os pacientes receberam uma dose por dia, e que após o terceiro dia foram observadas melhoras no grupo que recebeu a medicação para cinco sintomas incluindo tosse, garganta inflamada, escorrimento de nariz e febre, em comparação com o grupo de controle que recebeu placebo. A Shionogi também disse que a proporção de pacientes com carga viral infecciosa diminuiu em 90% em comparação com o grupo de controle.

No entanto, a empresa disse que não foi observada diferença significante na comparação com o grupo que recebeu placebo em 12 sintomas incluindo diarreia e vômitos.

Um painel do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social se reuniu em junho e julho para avaliar a eficácia e segurança do medicamento. Embora alguns membros do painel tenham dito que pode se esperar que o medicamento seja eficaz para prevenir o agravamento da doença, houve dúvidas se ele é realmente eficaz para os sintomas da variante ômicron. O painel adiou a decisão sobre a aprovação do medicamento e concordou em continuar com a avaliação.

A Shionogi disse que irá divulgar dados clínicos da fase final do estudo até o final de setembro.

Estas informações são de 31 de agosto.

465. Medicamentos para o coronavírus (2)

Até agora, o governo japonês aprovou dois medicamentos orais para o tratamento de pacientes de coronavírus, incluindo aqueles que apresentam sintomas moderados. Um desses remédios é o Lagevrio, desenvolvido pelo grande laboratório americano Merck. Já o outro é o Paxlovid, da Pfizer, também dos Estados Unidos. Os dois medicamentos são voltados para pacientes com risco de desenvolver sintomas graves e são eficazes para impedir a multiplicação do vírus nas células.

Segundo a Pfizer, a análise de seus testes clínicos mostrou que o Paxlovid reduziu o risco de hospitalização ou morte em 89% em pacientes tratados dentro de três dias após o início dos sintomas e em 88% ao ser administrado dentro de cinco dias após o início dos sintomas. A companhia farmacêutica diz ainda que eventos adversos emergentes do tratamento foram comparáveis entre o Paxlovid e o placebo e que a maior parte deles foi moderada em termos de intensidade.

A bula constante na caixa informa que o medicamento é empregado para o tratamento de sintomas moderados de Covid-19 em adultos e crianças com 12 anos ou mais de idade que enfrentam o risco de desenvolver sintomas graves, sendo que ele deve ser administrado duas vezes por dia no período de cinco dias.

O Paxlovid não tem sido amplamente utilizado, pois existem cerca de 40 tipos de remédios proibidos de serem administrados conjuntamente com ele. O ajuste da dosagem também é necessário em certos pacientes com insuficiência renal. De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, foram asseguradas doses suficientes para dois milhões de pessoas, sendo que o medicamento havia sido administrado em 17.600 pessoas até 26 de julho.

Acredita-se que o Paxlovid, assim como o Lagevrio, seja eficaz contra o vírus mutante, sem ser afetado em grande parte.

Estas informações são de 30 de agosto.

464. Medicamentos para o coronavírus (1)

A NHK responde a perguntas sobre o coronavírus. Hoje, nós damos início a uma nova série sobre medicamentos para o coronavírus. Neste primeiro episódio, trazemos as novidades sobre os remédios que foram aprovados no Japão, inclusive sua eficácia.

Até o momento, o governo japonês já aprovou dois medicamentos de via oral para o tratamento de pacientes com coronavírus, incluindo nos casos de sintomas leves. Um destes é o Lagevrio, desenvolvido pela Merck, gigante farmacêutica dos EUA, enquanto o outro é o Paxlovid da Pfizer, também americana. Ambos os remédios são ministrados para pacientes que apresentam risco de desenvolver sintomas graves.

O Lagevrio, cujo nome genérico é Molnupiravir, recebeu aprovação extraordinária emergencial do governo japonês no dia 24 de dezembro de 2021. A droga impede que o vírus se propague dentro do corpo humano ao inibir a ação de uma enzima responsável por copiar o RNA — que serve como um modelo de reprodução para o vírus.

De acordo com diversas informações sobre o medicamento, incluindo sua bula, a droga tem como principal público pacientes com sintomas leves a moderados, com 18 anos de idade ou mais e que apresentam o risco de desenvolverem sintomas graves. Entre estes, estão inclusos idosos e pessoas obesas ou diabéticas. O medicamento possui dosagem recomendada de duas pílulas ao dia por cinco dias, tendo seu uso iniciado dentro de cinco dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. No entanto, ele não deve ser prescrito para mulheres grávidas ou sob suspeita de gravidez devido a possíveis efeitos colaterais para o feto. Acredita-se que o Lagevrio diminua o risco de hospitalização e morte em cerca de 30% quando administrado a pacientes de alto risco. A frequência de sintomas adversos foi a mesma quando comparada ao do grupo de controle, que recebeu placebo ao invés da droga durante a fase de testes.

O Lagevrio já foi prescrito para mais de 380 mil pessoas até o momento no Japão. A sua fabricante afirma que será capaz de manter um fornecimento estável do medicamento agora que implementou um sistema de produção. O governo japonês está cobrindo todos os custos da droga, o que significa que pacientes não arcam com nenhum ônus financeiro ao receber o tratamento.

Estas informações são de 29 de agosto.

463. Imunizantes contra subvariantes da ômicron (5)

Falamos nesta edição sobre dados compilados no Japão a respeito da eficácia de uma quarta dose de vacinas atualmente disponíveis.

O Instituto Metropolitano de Tóquio de Ciências Médicas publicou, em julho, dados sobre os níveis de anticorpos neutralizantes nas amostras de sangue coletadas de profissionais de saúde, que tinham recebido a quarta dose.

A análise de amostras dessas pessoas na casa dos 60 e 70 anos mostrou que a média de níveis de anticorpos neutralizantes, que era de 855 quatro meses após a terceira dose, subiu para 3.942 depois da quarta aplicação.

Em média, os níveis de anticorpos neutralizantes têm se mantido relativamente altos nas pessoas que receberam a terceira dose, em relação aos números após a segunda aplicação, apesar de haver grande variação entre indivíduos. Entretanto, depois da quarta dose, todos apresentaram aumento no número de anticorpos até níveis considerados elevados.

O professor da Universidade Toho, Tateda Kazuhiro, que faz parte de um painel de especialistas do governo que lida com a pandemia, diz que uma variante diferente da ômicron poderá ser a próxima cepa predominante. Ele afirma que é importante que as pessoas que ainda não se submeteram à terceira dose e também aquelas que receberam um cupom de vacinação para a quarta dose sejam vacinadas o mais cedo possível para conter a atual disseminação do vírus.

Acredita-se que a aplicação de várias doses dos imunizantes atualmente disponíveis seja eficaz para evitar que pacientes com Covid-19 tenham agravamento do quadro, e também para prevenir até certo ponto o contágio. Especialistas em imunologia, virologia e doenças infecciosas concordam que as pessoas devem considerar a possibilidade de receber sua devida dose e não se preocupar em demasiado sobre o tipo de imunizante que será aplicado.

Estas informações são de 26 de agosto.

462. Imunizantes contra subvariantes da ômicron (4)

Na série sobre vacinas contra subvariantes da ômicron, falamos nesta edição de dados compilados em Israel e nos Estados Unidos a respeito da eficácia de uma quarta dose.

Relatos de diferentes partes do mundo atestam a alta eficácia de uma quarta dose de vacinação na redução do risco de hospitalização e óbito.

Uma equipe de pesquisadores de Israel analisou a eficácia da aplicação de uma quarta injeção em mais de 29 mil profissionais da saúde. Os resultados foram divulgados no dia 2 pelo periódico de medicina JAMA Network Open. O artigo mostra que, de um total superior a 5.300 profissionais da saúde que receberam a quarta dose em janeiro, quando as subvariantes da ômicron se propagavam com rapidez, 368 indivíduos foram infectados posteriormente pelo vírus. No entanto, dentre mais de 24 mil indivíduos vacinados três vezes, 4.802 viriam a ser infectados pelo vírus. Em resumo, o índice de infecção entre os vacinados três vezes foi de 19,8%. Já entre os que receberam uma quarta dose, o índice foi de 6,9% — portanto menor.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, avaliaram a eficácia das vacinas do tipo mRNA contra a Covid-19 entre adultos de dez estados americanos em meio à disseminação das subvariantes da ômicron, incluindo a BA.2. As constatações, publicadas em julho, mostram que, entre pessoas com 50 anos de idade ou mais, a eficácia das vacinas na prevenção de hospitalização foi de 55% mais de quatro meses após a terceira dose. O índice subiu para 80% mais de uma semana após uma quarta dose. Os centros pedem à população que não tarde em receber a dose adicional, sempre que for recomendável a sua aplicação.

Estas informações são de 25 de agosto.

461. Imunizantes contra subvariantes da ômicron (3)

Nesta série sobre vacinas que têm como alvo as subvariantes da ômicron, hoje vamos nos focar sobre o momento para receber a próxima dose.

O governo do Japão espera começar a disponibilizar vacinas contra as subvariantes da ômicron já em meados de outubro. Assim, pessoas que ainda não tiveram sua terceira ou quarta doses podem estar em dúvida se devem esperar por esta nova vacina, ou receber a dose disponível agora.

O website do gabinete do primeiro-ministro diz que até o dia 22 de agosto, cerca de 81,01 milhões de pessoas, ou 64% da população, já recebeu a terceira dose. Diz ainda que a quarta dose, recomendada principalmente para idosos, foi administrada em 21,54 milhões de pessoas.

O diretor geral do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, Wakita Takaji, lidera o painel de especialistas em vacinações do Ministério da Saúde. Wakita disse a repórteres no dia 10 de agosto que mesmo que vacinas que tem como alvo as subvariantes da ômicron estejam disponíveis em meados de outubro, não se sabe se haverá quantidade suficiente para que todos possam receber a dose imediatamente. Disse que as vacinas existentes são eficazes para prevenção do agravamento de doença causada por infecções da ômicron. Assim, as pessoas devem, se puderem, considerar receber sua terceira ou quarta doses prontamente.

Estas informações são do dia 24 de agosto.

460. Imunizantes contra subvariantes da ômicron (2)

Desta vez, vamos focar na eficácia dos imunizantes.

O laboratório Pfizer, dos Estados Unidos, reportou em testes clínicos com mais de 1.200 participantes, com 56 anos ou mais de idade, que a vacina adaptada à variante ômicron empregada como quarta dose registrou aumento de anticorpos neutralizantes contra a subvariante BA.1 em 1,56 vez em comparação com seu atual imunizante. A companhia farmacêutica afirmou que a nova vacina não apresenta riscos de segurança.

Já um relatório divulgado pela companhia farmacêutica Moderna, antes que o mesmo fosse revisado por especialistas, apontou que testes clínicos nos Estados Unidos mostraram que seu imunizante adaptado à ômicron empregado como quarta dose elevou a quantidade de anticorpos neutralizantes contra a BA.1 em 1,75 vez em comparação com sua atual vacina.

A Moderna declarou que efeitos colaterais decorrentes dessas doses foram, na maioria, de suaves a moderados. Setenta e sete por cento tiveram desconforto no braço em torno da área vacinada; 55% tiveram fadiga e 44% tiveram dor de cabeça.

Acredita-se que os imunizantes aumentam os anticorpos neutralizantes contra a subvariante BA.5 da ômicron, que é responsável pela atual onda de infecções.

Estas informações são do dia 23 de agosto.

459. Imunizantes contra subvariantes da ômicron (1)

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão decidiu começar a oferecer, o mais breve possível em meados de outubro, novas vacinas contra o coronavírus que têm como alvo subvariantes da ômicron. Nesta série, vamos conhecer mais sobre os mecanismos das novas vacinas, sua eficácia e quanto tempo de intervalo é necessário após uma inoculação anterior. Na edição de hoje, damos enfoque em como as novas vacinas funcionam.

As vacinas estão sendo desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna. Chamadas de vacinas bilvalentes, elas combinam ingredientes já usados nas doses contra o coronavírus com outros que são derivados da subvariante BA.1 da ômicron.

As vacinas atualmente em uso desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna fazem com que o organismo produza “proteínas spike”. Em seguida, o sistema imune cria inúmeros anticorpos contra essas proteínas e eles ficam prontos para o ataque caso o vírus de verdade entre no organismo.

Mas como o coronavírus está em constante mutação, o formato das proteínas spike mudou. Isso tem levado a uma queda na eficácia das vacinas contra subvariantes da ômicron em evitar infecções e o aparecimento de sintomas.

Acredita-se que a atualização das vacinas com o uso de informações genéticas da variante ômicron para o ajuste de proteínas spike venha a melhorar a eficácia dos imunizantes.

Estas informações são de 22 de agosto.

458. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (9)

Na série sobre “contatos próximos” com pessoas infectadas pelo vírus, tratamos hoje do que é necessário cuidar especialmente com o repique da Covid-19 no Japão.

Afirma-se que a ômicron segue as mesmas rotas de infecção que as demais variantes do coronavírus. A ômicron é transmissível por meio de perdigotos, partículas suspensas no ar ou minúsculas gotículas, de modo particular em ambientes pouco ventilados.

Podemos prevenir a contaminação com a observação de rigorosas medidas anti-infecção. Sabe-se que a variante ômicron causa mais infecções entre pessoas que convivem sob o mesmo teto. É importante, assim, tomar medidas rigorosas no próprio lar.

Desde que a variante passou a predominar, houve no Japão um relaxamento das restrições para indivíduos em contato próximo com pessoas infectadas. No entanto, é essencial que todos ponham em prática continuamente as medidas anti-infecção.

Em entrevista à NHK, o presidente da comissão de especialistas que orienta o governo japonês sobre a crise viral definiu como inalteradas as circunstâncias e as situações nas quais a população se expõe a risco elevado de infecção. Omi Shigeru pediu à população que evite aglomerações ou locais nos quais as pessoas tenham a tendência de conversar em voz alta. Outra recomendação é se submeter a exame do coronavírus antes de qualquer contato pessoal com idosos. Ele conclui que cada indivíduo deve tomar medidas para prevenir infecções com base nos conhecimentos acumulados ao vivenciar a propagação do vírus.

Estas informações são de 19 de agosto.

457. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (8)

Desta vez, focamos sobre o que fazer caso você tenha tido contato com uma pessoa que foi designada como “contato próximo”.

O que acontece se uma pessoa da família se tornar um “contato próximo” de um paciente de coronavírus? Funcionários de um departamento encarregado de medidas contra doenças infecciosas do governo metropolitano de Tóquio afirmam que não existem regras no tocante a “contatos próximos de contatos próximos”. Eles dizem que o governo metropolitano não impõe quaisquer restrições ao movimento de familiares, com exceção da pessoa designada como um “contato próximo”.

Contudo, os funcionários afirmam que pessoas devem checar junto aos seus empregadores e suas escolas porque alguns locais têm regras próprias a respeito de “contatos próximos”.

Eles dizem querer que familiares de “contatos próximos” adotem as seguintes precauções se a pessoa tiver sido infectada, mas ainda não tiver apresentado sintomas:
- Evitar compartilhar toalhas e fazer as refeições separadamente, além de tentar separar os espaços de convivência entre familiares na medida do possível;
- Usar máscaras dentro de casa e lavar e desinfectar cuidadosamente as mãos;
- Desinfectar superfícies que são tocadas com frequência, tais como maçanetas e controles remotos de aparelhos eletroeletrônicos;
- Ventilar regularmente os ambientes.

Somos tentados a baixar a guarda, pois fala-se que o risco de ficar gravemente enfermo é menor no caso da variante ômicron, em comparação com outras cepas. No entanto, é preciso ter cuidado se houver idosos ou pessoas com condições de saúde pré-existentes na família.

Estas informações são do dia 18 de agosto.

456. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (7)

Hoje, focamos sobre o que essas pessoas devem ou não devem fazer durante o período de auto isolamento.

Elas devem evitar o quanto for possível sair desnecessariamente de casa. Caso seja necessário sair, devem tomar medidas anti-infecciosas tais como o uso de máscaras faciais e lavagem das mãos, assim como evitar o contato com outras pessoas. Elas não devem ir ao trabalho ou à escola durante o período de isolamento.

As diretrizes do Governo Metropolitano de Tóquio dizem:
- Devem evitar sair desnecessariamente, ir ao trabalho ou à escola, e devem permanecer em casa.
- Devem verificar sua temperatura corporal todos os dias de manhã e ao final da tarde.
- Caso tenham sintomas como febre ou tosse, devem consultar o médico de costume ou instituições médicas que realizem testes e prestem cuidados médicos para coronavírus.
- Devem evitar fazer uso do transporte público tanto quanto for possível.

Sakamoto Fumie, especialista em doenças infecciosas no St Luke’s International Hospital em Tóquio, aconselha estar preparado com os seguintes itens. Ela diz que eles podem ser úteis porque existe a possibilidade de não ser possível consultar médicos imediatamente devido ao aumento do número de infecções.
- Antipiréticos e analgésicos disponíveis nas farmácias sem necessidade de receita médica
- Bebidas isotônicas para hidratação
- Comidas práticas como alimentos gelatinosos
- Estoque extra de produtos de uso diário
- Doses extra de medicamentos para tratamento em caso de doenças preexistentes

Sakamoto também pede às pessoas para que se vacinem e tomem nota do contato das autoridades de saúde que possam vir a precisar consultar durante o período de isolamento.

As informações são do dia 17 de agosto.

455. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (6)

Hoje, vamos falar sobre como lidar com casos de contágio em locais de trabalho.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão declarou que se alguém no local de trabalho se infectar com o vírus, colegas desta pessoa infectada não terão de se isolar em casa ou em outros locais, em princípio. Contudo, pessoas que tiveram contato com o colega infectado deverão evitar atividades de alto risco, como visitar idosos ou asilos para idosos, comer ou beber com muitas pessoas e participar de eventos de grande escala durante cerca de sete dias a partir do último dia do contato próximo com a pessoa infectada.

Se alguém jantar com a pessoa infectada no local de trabalho sem tomar medidas de prevenção contra o vírus, como usar uma máscara, esta pessoa é incentivada a realizar esforços para prevenir a propagação da infecção, como isolar-se por cinco dias e fazer testes voluntariamente.

No entanto, cuidados extras são necessários se for confirmada a infecção entre indivíduos em locais onde se reúnem pessoas com alto risco de terem sintomas graves, como instituições médicas ou instalações para idosos. Nesses casos, contatos próximos devem se isolar por cinco dias. Se os testes de antígenos ficarem negativos no segundo e no terceiro dias, os contatos próximos podem interromper o isolamento no terceiro dia, como em casos de contatos próximos entre familiares. Estas orientações valem para todas as pessoas, e não apenas trabalhadores essenciais.

O ministério acrescenta que trabalhadores sanitários e cuidadores podem ir ao trabalho mesmo se tiverem sido designados como contatos próximos, se fizerem testes todos os dias e os resultados forem negativos.

As informações são do dia 16 de agosto.

454. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (5)

Nesta série, explicamos a definição e diretrizes para “contatos próximos”. Hoje, falaremos sobre o que acontece após o fim do período de auto isolamento.

Aqueles designados como “contato próximo” são obrigados a se auto isolarem. No entanto, após a restrição ser concluída, as pessoas têm permissão para voltarem às suas rotinas.

Em um relatório de 13 de janeiro, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas disse que, quando as pessoas são infectadas com a variante ômicron, as chances delas desenvolverem sintomas dentro de três dias é de 53,05%. O número sobe para 82,65% quando o período é estendido para cinco dias, e chega a 94,53% dentro de uma semana.

Isto significa que o atual período de auto isolamento de cinco dias pode não ser longo o suficiente para garantir que a pessoa não teria sido infectada.

Portanto, é aconselhável que as pessoas designadas como “contato próximo” monitorem cuidadosamente sua temperatura e condição de saúde, tomando medidas minuciosas de combate a infecções — como evitar locais de alto risco e não participar de refeições fora em grupos — até que se passem sete dias desde o contato. É evidente que, mesmo após o fim deste período, as pessoas devem continuar a adotar medidas de combate à disseminação do vírus.

As informações são do dia 15 de agosto.

453. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (4)

Nesta edição, falaremos sobre o que fazer quando um outro membro da família é infectado pelo vírus após um familiar ter sido diagnosticado com Covid-19.

As diretrizes do governo japonês citam que, se um segundo caso de contágio for identificado dentro da família, a contagem do período de isolamento de outros familiares tem de ser reiniciada. Vamos supor que uma criança, que foi infectada, se recupera em casa com sintomas leves. Segundo as diretrizes:

- Mesmo que não tenham saído os resultados do teste, o dia em que a criança começou a apresentar sintomas é contado como o Dia Zero, desde que medidas contra o contágio tenham sido adotadas em casa a partir daquela data. O resto da família deve ficar em isolamento até o quinto dia;

- Se medidas anti-infecção não tiverem sido adotadas até a confirmação do contágio, o dia em que sair o resultado positivo é considerado como o Dia Zero. Os familiares devem ficar em isolamento por 5 dias após essa data;

- O período de recuperação da criança infectada será encerrado, mesmo sem teste, após 10 dias, a partir do dia seguinte à data de apresentação dos sintomas pela primeira vez. Contudo, para encerrar o período de isolamento, pelo menos 72 horas devem ter se passado desde o desaparecimento dos sintomas. Se houver deterioração do quadro clínico, os pais devem entrar em contato com autoridades sanitárias para obter conselhos;

- Se a criança não apresentar sintomas, o dia em que amostras forem coletadas é considerado como o Dia Zero, e seu período de recuperação irá até o sétimo dia. Entretanto, é importante ressaltar que, se nenhuma medida contra o contágio tiver sido adotada até o dia da confirmação da infecção, esse dia é considerado como o Dia Zero no cálculo do período de isolamento para o resto da família.

Estas informações são do dia 12 de agosto.

452. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (3)

Falamos nesta edição sobre o período de isolamento necessário para indivíduos em contato com pessoas infectadas na família.

Quando um membro da família é diagnosticado com o coronavírus e seus familiares são considerados “contatos próximos”, os familiares são solicitados a ficar em isolamento domiciliar. Anteriormente pessoas nesta condição de proximidade ficavam em isolamento domiciliar por sete dias, em princípio. No entanto, desde 22 de julho, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão encurtou para cinco dias o período, com o objetivo de não prejudicar as atividades sociais e econômicas do país.

Qualquer um dos seguintes dias é considerado véspera imediata do dia inicial do período de cinco dias: o dia em que o infectado apresente sintomas; o dia em que forem colhidas amostras para o exame do coronavírus se o infectado não tiver sintomas; ou o dia em que tenham sido tomadas medidas anti-infecção após o resultado positivo do exame.

Pessoas que estiveram em contato com o infectado precisam ficar em isolamento até o quinto dia. No dia seguinte estarão dispensadas do isolamento. Contudo, já no terceiro dia também estará dispensado quem, tendo tido contato com o infectado, vier a obter, no segundo e no terceiro dia do isolamento, resultado negativo em exame de antígenos autorizado pelo governo nacional.

Entendem-se por medidas anti-infecção o uso de máscara, a lavagem das mãos e a ventilação frequente dos recintos.

Familiares não precisam obrigatoriamente eliminar todo tipo de contato com o infectado por meio, digamos, do uso de quartos separados.

Se for difícil o uso de máscara por crianças pequenas, convém tomar outras medidas — por exemplo, lavar as suas mãos adequadamente e evitar o compartilhamento de toalhas. Além disso, outras medidas anti-infecção básicas devem ser tomadas, como a ventilação de recintos e a prevenção de contato sempre que possível.

Estas informações são do dia 11 de agosto.

451. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (2)

Nesta série, vamos explicar quem é considerado “contato próximo” e hoje detalhamos como eles são determinados.

Quando uma nova onda do vírus se espalha, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social permite que os municípios determinem de forma flexível se um indivíduo é considerado contato próximo de uma pessoa infectada. De acordo com a pasta, o tipo de ação a ser tomada dependerá de onde a infecção teve origem.

Se a pessoa infectada for membro de um domicílio com mais residentes, autoridades sanitárias vão designar quem são os contatos próximos e pedir para que estas pessoas restrinjam suas atividades, já que moradores de uma mesma casa estão sujeitos a um risco maior de contágio. No entanto, autoridades de saúde não conduzirão entrevistas com cada indivíduo.

Enquanto isso, acredita-se que o risco de infecção no ambiente de trabalho seja menor se comparado ao de um domicílio e, portanto, autoridades sanitárias não precisam identificar todos os contatos próximos nesses locais. Caso o indivíduo seja infectado pela Covid-19 no local de trabalho, deve-se determinar por conta própria quem são considerados contatos próximos.

Por outro lado, autoridades sanitárias estão incumbidas de rapidamente definir contatos próximos em instalações médico-hospitalares, bem como em instituições para idosos e para pessoas com deficiência, já que muitos indivíduos desses grupos podem estar sob alto risco de adoecer de forma grave.

O Ministério da Saúde afirma que municipalidades e comissões educacionais devem decidir sobre as políticas a serem adotadas em creches, jardins de infância, e em escolas do ensino fundamental. Certas medidas, como o uso de máscara, podem ser diferentes entre crianças da pré-escola e alunos em idade escolar.

Estas informações são do dia 10 de agosto.

450. Contatos próximos a pessoas infectadas com o coronavírus (1)

Com a disseminação do vírus, qualquer pessoa pode contraí-lo, por mais que cuidados sejam tomados. As autoridades sanitárias do Japão modificaram as exigências para pessoas classificadas como contatos próximos, para minimizar o impacto em suas atividades socioeconômicas. Nesta série, explicamos quem é considerado um contato próximo, e o que tais pessoas devem fazer. Hoje vamos nos concentrar em sua definição.

Um contato próximo é uma pessoa que esteve perto de alguém infectado com o vírus ou que passou algum tempo na presença de tal pessoa. Acredita-se que um contato próximo foi exposto ao vírus e, portanto, pode estar infectado.

Há alguns critérios para determinar se você é um contato próximo.

- Você esteve bem perto de alguém infectado com o vírus entre dois dias antes e dez dias depois dos sintomas aparecerem. Contudo, se os sintomas não desaparecerem sete dias após seu início, o período é prorrogado para três dias depois dos sintomas sumirem. Se o paciente for assintomático, o período começa dois dias antes e termina sete dia depois de ter sido testado.

- Você não estava usando uma máscara ao tocar num paciente ou num objeto contendo fluídos corporais do paciente. Permanecer numa distância que permite tocar o paciente por mais de 15 minutos também pode significar que você seja um contato próximo.

- Você não será necessariamente considerado um contato próximo, mesmo que tiver um paciente em sua família, ou se estiver tomando conta de um paciente. Você pode evitar ser considerado um contato próximo tomando medidas tão detalhadas como as que são tomadas em instituições médicas ou asilos.

- Você não será necessariamente considerado um contato próximo mesmo se passar mais de 15 minutos perto de alguém infectado. A decisão é feita levando-se em consideração fatores como se você estava ou não conversando, se o quarto estava bem ventilado e se você estava ou não usando uma máscara.

Estas informações são do dia 9 de agosto.

449. O que é a subvariante BA.5 da ômicron? (6)

Na sexta parte de nossa série sobre a subvariante BA.5 da ômicron, vamos ver outras subvariantes da ômicron de preocupação.

No dia 12 de julho, a cidade de Kobe, no oeste do Japão, relatou o primeiro caso de infecção doméstica pela variante BA.2.75 da ômicron, à exceção dos casos detectados nos locais de quarentena nos pontos de entrada no país. A subvariante foi encontrada no Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos depois de ter sido reportada pela primeira vez na Índia em junho.

A subvariante alegadamente tem capacidade de escapar da resposta imune humana, tal como a BA.5. Os relatos mostram que ela se disseminou mais rápido do que a BA.5 na Índia.

Professor Hamada Atsuo, da Universidade de Medicina de Tóquio, diz que a subvariante BA.2.75 tem maior capacidade de escapar do sistema imunológico humano do que a BA.2. Diz que isso significa que as pessoas que adquiriram imunidade têm maior risco de serem contaminadas. A Organização Mundial de Saúde a tem designado como linhagem de variantes de preocupação sob monitoramento (VOC-LUM na sigla em inglês). O professor diz que as autoridades sanitárias no Japão devem estar atentas às características desta nova variante.

Estas informações são do dia 20 de julho.

448. O que é a subvariante BA.5 da ômicron? (5)

Na quinta parte de nossa série sobre a subvariante BA.5 da ômicron, vamos falar sobre a eficácia das vacinas contra o coronavírus.

Num relatório emitido pelas autoridades sanitárias do Reino Unido no dia 24 de junho, a análise dos dados de pessoas que foram contagiadas com o coronavírus durante um mês até o fim de maio mostrou pouca diferença significante na eficácia da vacina entre pessoas que foram infectadas com as subvariantes BA.5 e BA.2.

Por outro lado, a administração de alimentos e drogas dos EUA (FDA), anunciou no dia 30 de junho uma recomendação para que as companhias farmacêuticas incluam proteínas spike adicionais voltadas a combater as subvariantes BA.4 e BA.5 em suas vacinas de reforço. Contudo, a FDA não está pedindo que as vacinas atuais sejam modificadas, já que elas funcionam como uma base na prevenção de sintomas sérios em pacientes infectados.

O professor Hamada Atsuo, da Universidade de Medicina de Tóquio, advertiu que o Japão poderá ver uma onda ainda maior de contágio a partir deste outono japonês, e está pedindo ao governo que avance as discussões sobre a criação de um programa de vacinação para o segundo semestre, e tome as medidas necessárias para assegurar a quantidade suficiente de vacinas.

Estas informações são do dia 19 de julho.

447. O que é a subvariante BA.5 da ômicron? (4)

Esta quarta edição da série sobre a subvariante BA.5 da ômicron esclarece se ela é mais patogênica e se tem maior probabilidade de causar enfermidade.

Uma equipe denominada G2P-Japan, chefiada por Sato Kei, professor do Instituto de Ciência Médica, da Universidade de Tóquio, divulgou suas constatações na internet previamente à publicação de um artigo.

Os pesquisadores criaram artificialmente um vírus com as mesmas características da subvariante BA.5 e outro vírus com as características da subvariante BA.2.

Infectaram, então, células cultivadas em laboratório com cada uma das subvariantes para examinar a intensidade de desenvolvimento dos vírus.

Eles constataram que, passadas 24 horas, os níveis de vírus nas células infectadas pela BA.5 eram 34 vezes maiores do que nas células infectadas pela BA.2.

Além disso, o grupo relata ter constatado, em experimentos feitos com o uso de hamsters, que animais inoculados com a subvariante BA.2 tiveram apenas ligeira perda de peso, enquanto, os inoculados com a subvariante BA.5 tiveram perda de peso aproximada de 10%.

Segundo o grupo, o nível de inflamação pulmonar observado na infecção pela subvariante BA.5 foi expressivamente maior do que na infecção pela subvariante BA.2.

O grupo conclui que, embora seja necessário realizar mais estudos sobre sintomas em seres humanos, seus experimentos indicam a existência de um caráter mais patogênico na BA.5 do que na BA.2.

O professor Sato afirma que a toxidade viral nem sempre se enfraquece. Adverte que é preciso se manter alerta porque o vírus apresenta constante mutação.

Estas informações são do dia 18 de julho.

446. O que é a subvariante BA.5 da ômicron? (3)

Nesta terceira edição da série sobre a subvariante BA.5 da ômicron, falamos sobre a possibilidade de ter sintomas graves.

Falando a esse respeito, em seu relatório semanal do dia 6 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que não há evidência que a BA.5 tenha mudado significativamente em relação à BA.2. Contudo, a organização disse que o número de casos tem aumentado em vários países, assim como o número de hospitalizações e de tratamento em unidades de terapia intensiva (UTI) e o número de mortes.

Além disso, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças afirmou, em seu relatório do dia 13 de junho, que embora os dados sejam limitados, não há evidência de que a subvariante resulte num número maior de pessoas com sintomas graves. Ao mesmo tempo, acrescentou que há a possibilidade de mais mortes e mais hospitalizações, se o número de infecções aumentar.

O professor Hamada Atsuo, da Universidade de Medicina de Tóquio, que é um especialista em infecções no exterior, diz que a BA.5 é ligeiramente mais contagiosa que subvariantes anteriores, e pode até mesmo infectar pessoas que têm imunidade. Não apenas a BA.2 está sendo substituída, como também um aumento no número de contágios é inevitável. Ele disse que devemos permanecer alertas, já que o número de casos de pessoas com sintomas graves vai aumentar se mais pessoas forem contagiadas.

Esta informação é do dia 15 de julho.

445. O que é a subvariante BA.5 da ômicron? (2)

Nesta segunda edição da série sobre a subvariante BA.5 da ômicron, falamos sobre suas características.

A BA.5 contém a mutação L452R e outras alterações em proteínas spike. As proteínas spike, na superfície do vírus, desempenham importante papel no processo que desencadeia a infecção de células hospedeiras. Sabe-se que a mutação L452R ajuda o vírus a escapar da reação imunizante. Um informe atualizado da Organização Mundial da Saúde, publicado no início de julho, mostra que a BA.5 reduz mais de sete vezes a eficácia de anticorpos neutralizantes em comparação com a BA.1.

Além disso, especialistas suspeitam que tenha diminuído com a passagem do tempo a capacidade de imunização proporcionada por vacinações, fator que teria contribuído para a recente disseminação das infecções.

No Japão, dados indicadores de um declínio na proporção de indivíduos imunes à variante ômicron foram apresentados por Nishiura Hiroshi, professor da Universidade de Kyoto, em reunião de 30 de junho da comissão de especialistas que orienta o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão. Os dados indicam que, no final de junho, estavam imunes 44,6% das pessoas na faixa dos 20 anos de idade. Entre indivíduos na faixa dos 70 anos, a proporção era de 37,4%.

Esta insformações são do dia 14 de julho.

444. O que é a subvariante BA.5 da ômicron? (1)

Hoje iniciamos nossa série sobre a subvariante BA.5 da ômicron. Nesta primeira parte, vamos ver o vírus mutante que está se tornando predominante nos Estados Unidos e em países europeus, e que também está se disseminando no Japão.

A BA.5 é uma subvariante da ômicron, e foi confirmada pela primeira vez na África do Sul em fevereiro de 2022. Começou a se disseminar principalmente nos Estados Unidos e na Europa a partir de maio. A Organização Mundial da Saúde diz que em meados de junho, a BA.5 representava cerca de 40% de todos os novos casos de coronavírus detectados em todo o mundo.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA disseram em seus relatórios semanais que, até 2 de julho, a BA.5 representava 53,6% dos novos casos no país. A subvariante é considerada como parcialmente responsável pelo aumento recente no número de casos.

Autoridades sanitárias britânicas anunciaram dia 24 de junho que a BA.5 está se disseminando 35,1% mais rápido do que a subvariante BA.2, até então a variante dominante.

A equipe de especialistas do governo metropolitano de Tóquio que avalia a situação do coronavírus diz que considera que 33,4% dos casos na capital japonesa da semana até 27 de junho tenham sido causados pela subvariante BA.5.

Esta informação é do dia 13 de julho.

443. Covid longa (8)

Na última parte da nossa série sobre a Covid longa, vamos observar a importância de oferecer cuidados adequados para pacientes com sintomas persistentes.

Embora ainda haja muito a ser compreendido a respeito da Covid longa em termos do âmbito dos sintomas que se desenvolvem como efeitos secundários e a causa desses sintomas, dois especialistas que têm tratado pacientes de Covid longa ressaltam a importância de cuidar de pessoas que sofrem de tais condições.
O professor Yokoyama Akihito, da Universidade de Kochi, afirma que independentemente da causa dos sintomas, é fato que existem pessoas que continuam a sofrer com sintomas após terem contraído o vírus. Ele ressaltou a necessidade de corresponder adequadamente a esses pacientes.

Já o professor Shimohata Takayoshi, da Universidade de Gifu, diz que, enquanto alguns pacientes apresentam uma inflamação em suas células cerebrais, outros podem se tornar mentalmente instáveis por ter de lidar com seus sintomas persistentes que podem acabar piorando. Ele afirma que médicos devem apoiar totalmente os pacientes independentemente da causa de seus sintomas. Shimohata ressaltou que, visando oferecer o suporte médico necessário aos pacientes e educar a população a respeito desta situação, o governo deve investir exaustivamente em pesquisa e montar um centro médico especializado no tratamento da Covid longa.

Estas informações são do dia 12 de julho.

443. Covid longa (8)

Na última parte da nossa série sobre a Covid longa, vamos observar a importância de oferecer cuidados adequados para pacientes com sintomas persistentes.

Embora ainda haja muito a ser compreendido a respeito da Covid longa em termos do âmbito dos sintomas que se desenvolvem como efeitos secundários e a causa desses sintomas, dois especialistas que têm tratado pacientes de Covid longa ressaltam a importância de cuidar de pessoas que sofrem de tais condições.
O professor Yokoyama Akihito, da Universidade de Kochi, afirma que independentemente da causa dos sintomas, é fato que existem pessoas que continuam a sofrer com sintomas após terem contraído o vírus. Ele ressaltou a necessidade de corresponder adequadamente a esses pacientes.

Já o professor Shimohata Takayoshi, da Universidade de Gifu, diz que, enquanto alguns pacientes apresentam uma inflamação em suas células cerebrais, outros podem se tornar mentalmente instáveis por ter de lidar com seus sintomas persistentes que podem acabar piorando. Ele afirma que médicos devem apoiar totalmente os pacientes independentemente da causa de seus sintomas. Shimohata ressaltou que, visando oferecer o suporte médico necessário aos pacientes e educar a população a respeito desta situação, o governo deve investir exaustivamente em pesquisa e montar um centro médico especializado no tratamento da Covid longa.

Estas informações são do dia 12 de julho.

442. Covid longa (7)

Em nossa mais recente série, focamos nos efeitos a médio e longo prazo conhecidos como condição pós-Covid ou síndrome da Covid longa. No episódio de hoje, abordamos os sintomas de pós-Covid depois de uma infecção pela variante ômicron.

O governo metropolitano de Tóquio compilou uma lista de sintomas de Covid longa reportados por mais de 2.000 pacientes que haviam sido infectados pela variante ômicron ao longo de um período de quatro meses que terminou em abril. A lista mostra que 38,6% dos pacientes reclamavam de tosse e 34% de fadiga, enquanto 10,6% reclamavam de problemas no paladar e 9,5% de problemas no olfato.

Especialistas que analisaram os dados afirmam ter encontrado um número significativamente menor de reclamações sobre problemas com olfato e paladar e queda de cabelo após infecção pela ômicron se comparado aos casos de infecções pela delta e outras variantes. Um grupo de pesquisadores do Centro Nacional de Saúde Global e Medicina do Japão também divulgou os resultados de sua pesquisa, que compara pacientes infectados pela variante ômicron a infectados por variantes anteriores, com grupos de controle separados por idade, sexo e status de vacinação.

Os resultados mostraram que os pacientes infectados pela variante ômicron apresentavam apenas um décimo dos sintomas que se acreditam compor a Covid longa quando comparados com as outras variantes.

No entanto, os especialistas alertam que, já que o número de infecções pela ômicron é significativamente mais alto do que por outras variantes, é provável que o número de pacientes sofrendo com Covid longa venha a aumentar.

Dados divulgados pelo governo do Reino Unido mostram que, entre as pessoas que receberam duas doses da vacina, a frequência de pacientes que reportaram sintomas de Covid longa após uma infecção pela ômicron foi de cerca de 50% menor do que os que reportaram tais sintomas após infecção pela delta.

Até o momento, não há relatos de que a Covid longa causada pela ômicron tenha maior duração do que a causada pelas demais variantes.

As informações são do dia 11 de julho.

441. Covid longa (6)

Desta vez, vamos falar sobre "névoa cerebral".

A "névoa cerebral", um dos sintomas mais comuns da Covid longa, se refere a uma condição em que as pessoas sentem que o cérebro não está funcionando adequadamente, como se estivesse em um nevoeiro. O professor Shimohata Takayoshi, da Universidade de Gifu, é um neurologista cerebral que participou da elaboração do manual de tratamento relacionado à Covid longa, do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão. Ele diz que a "névoa cerebral" é difícil de ser diagnosticada, uma vez que teste de ressonância magnética e exame de sangue não costumam revelar anormalidade nos resultados.

Ele acrescenta, entretanto, que pesquisa sobre a causa da condição tem mostrado avanço. Shimohata afirma que, no exterior, testes em animais indicaram que substâncias, como autoanticorpos e citocinas, são geradas como resultado da inflamação do corpo inteiro, desencadeada por infecção viral. Autoanticorpos atacam o próprio corpo, enquanto citocinas causam inflamação. Shimohata diz que se acredita, amplamente, que tais substâncias chegam ao cérebro por meio da corrente sanguínea e provocam inflamação no local.

Ele acrescenta que não há, no momento, cura para tal condição, e os médicos só conseguem lidar com os sintomas. Ele enfatiza a importância de compreender como ocorre esta condição e encontrar uma melhor maneira de tratar o sintoma.

Estas informações são do dia 8 de julho.

440. Covid longa (5)

Desta vez, vamos observar os riscos de desenvolver esta condição.

A professora de imunobiologia Iwasaki Akiko, da Universidade Yale, nos Estados Unidos, expressou preocupação de que o desenvolvimento de sequelas não se limita a aqueles que sofreram com um quadro clínico grave de coronavírus. Um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que 75% daqueles que sofreram depois com a condição pós-Covid-19 não precisaram ser hospitalizados ao se infectarem pelo vírus. Pesquisadores acreditam que pessoas que não apresentaram sintomas ou que tiveram sintomas muito leves podem ainda sofrer de Covid longa.

Segundo Iwasaki, a explicação mais provável para isso é que o coronavírus está latente em algum lugar dentro do corpo causando uma inflamação que, posteriormente, desencadeia sintomas em outros órgãos. A especialista afirma que há casos de pessoas assintomáticas que passam a apresentar sinais do que parece ser Covid longa dois ou três meses após sua infecção. Há relatos que mostram uma baixa percentagem de casos de Covid longa entre pessoas que foram imunizadas, mas a percentagem varia dependendo do relato. Iwasaki Akiko diz que não podemos nos sentir seguros só porque fomos vacinados.

Estas informações são do dia 7 de julho.

439. Covid Longa (4)

O tema de hoje é “como ocorrem os sintomas da condição pós-Covid?”

Até onde sabemos sobre como ocorrem os sintomas da condição pós-Covid? Iwasaki Akiko, professora de imunobiologia na Universidade de Yale nos Estados Unidos, propõe quatro hipóteses.

1) Fragmentos virais causarem inflamação durante um longo tempo mesmo depois dos sintomas iniciais como tosse ou febre alta terem desaparecido.
2) O sistema imunológico que deveria proteger o corpo passa a atacá-lo.
3) Os órgãos danificados pela infecção demoram para se recuperar.
4) Os vírus que já estavam no corpo antes do início da Covid-19, como o vírus do herpes, revitalizam.

Iwasaki diz ser possível que vários tipos de sintomas da Covid longa são causados pela combinação desses fatores.

Estas informações são do dia 6 de julho.

438. Covid longa (3)

O tema desta edição é “como se define a condição pós-Covid-19?”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a condição pós-Covid-19 como uma doença que se manifesta em pessoas que têm um histórico de infecção provável ou confirmada de coronavírus, geralmente dentro de três meses após o início da Covid-19, com sintomas e efeitos que duram por um mínimo de dois meses. A OMS diz também que os sintomas e efeitos da condição não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo.

Contudo, há vários tipos de sintomas que se enquadram dentro da definição da OMS, e alguns especialistas estão questionando se todos eles são realmente causados pelo contágio com o coronavírus.

Yokoyama Akihito, professor da Universidade de Kochi que lidera uma equipe de pesquisa do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, explica que: “em nossa pesquisa ficou muito difícil determinar se os sintomas são ou não sequelas da infecção com o coronavírus, já que não temos dados sobre pacientes que não têm um histórico de infecção, mas também reclamam desses sintomas. É bem provável que os pacientes estejam sofrendo com sequelas do vírus se uma imagem de seus pulmões mostrar anormalidades e eles tiverem dificuldade para respirar.

Contudo, é difícil saber se sintomas como distúrbio do sono ou problemas de saúde mental são ou não causados por infecções de coronavírus. É possível que tais sintomas sejam causados por outras razões, e os pacientes poderão ter problemas se não forem diagnosticados corretamente. Alguns dos sintomas definidos como condição pós-Covid-19 podem na verdade ter sido causados por outras doenças que podem ser curadas.

Eu acho que, no futuro, será necessário entender corretamente a Covid longa através da comparação de sintomas de pacientes que foram infectados com o coronavírus e de pessoas saudáveis ou que tiveram pneumonia que não foi causada pelo coronavírus.”

Esta informação é do dia 5 de julho.

437. Covid longa (2)

Neste segundo episódio, vamos falar sobre um levantamento conduzido pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão.

Uma equipe de pesquisa do Ministério da Saúde liderada pelo professor Fukunaga Koichi, da Universidade Keio, conduziu um levantamento com mais de 1.000 pacientes que desenvolveram sintomas leves a graves de Covid-19. Os pesquisadores perguntaram a eles a respeito dos sintomas desenvolvidos no período de um ano após o diagnóstico.

Os pesquisadores apuraram que 12,8% dos pacientes continuaram a sentir fadiga um ano após a infecção; 8,6% sentiram dificuldade para respirar; 7,5% reclamaram de diminuição da força muscular e concentração; 7,2%, de déficits de memória; 7% mencionaram distúrbios do sono; 6,4% tiveram dores nas articulações; 5,5% citaram dores musculares; 5,4% reportaram problemas no olfato; 5,2% tiveram fleuma; 5,1% mencionaram queda de cabelo; 5% reclamaram de dor de cabeça; 4,7% reportaram problemas no paladar; 4,6% tiveram tosse; 3,9% mencionaram dormência em seus membros e 3,6% tiveram problemas nos olhos. Pessoas que tiveram algum tipo de sintoma perfizeram 33% do total.

Como no caso do levantamento que abordamos anteriormente, os pesquisadores não realizaram uma pesquisa comparativa com pessoas que não foram infectadas pelo vírus. Desse modo, segundo os pesquisadores, é impossível afirmar que cada um dos sintomas é um efeito de longo prazo da Covid-19. Vários remédios têm sido ministrados para tentar lidar com esses sintomas, mas todos eles são tratamentos sintomáticos em vez de tratamentos específicos.

Estas informações são do dia 4 de julho.

436. Covid longa (1)

A NHK está respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o coronavírus. Até o final de junho de 2022, mais de 9,3 milhões de casos de contágio com o coronavírus haviam sido registrados no Japão. Um número desses pacientes continuou a ter problemas depois da recuperação. Essas condições são consideradas o que os especialistas acreditam ser sintomas prolongados do coronavírus, ou a Covid longa.

A partir de hoje, vamos apresentar detalhes sobre o que aprendemos até agora sobre os sintomas conhecidos como Covid longa, e como esses sintomas se desenvolvem.

Uma equipe de pesquisas do Ministério da Saúde do Japão, liderada por Yokoyama Akihito, professor da universidade de Kochi, realizou uma pesquisa com mais de mil pacientes que foram hospitalizados em todo o Japão com sintomas moderados ou graves durante um período de doze meses, até setembro de 2021. Os pesquisadores averiguaram os sintomas desses pacientes a cada três meses, com base nos relatórios dos médicos e das respostas de pacientes a questionários.

Três meses após o contágio, cerca de 50% dos pacientes pesquisados relataram fraqueza nos músculos; 30% disseram ter dificuldade para respirar, 25% relataram fadiga; mais de 20% reclamaram ter dificuldade para dormir; e cerca de 18% disseram ter dificuldade para se concentrar, dores nos músculos ou tosse. Alguns relataram ter vários sintomas.

Os números de pacientes reclamando de tais sintomas tenderam a cair com o tempo. Um ano após o contágio, 10,1% disseram ter dificuldade para dormir; 9,3% reclamaram de fraqueza nos músculos; 6% disseram ter dificuldade para respirar; 5,3% disseram ter dificuldade para se concentrar; 5% disseram ter tosse; 4,9% reclamaram de fadiga; e 4,6% relataram ter dores nos músculos.

A porcentagem de pessoas que registraram algum tipo de sintoma chegou a 13,6% do total.

Os pesquisadores disseram que pessoas que tiveram sintomas respiratórios sérios tendem a apresentar sintomas mais graves de Covid longa do que aqueles que não os tiveram.

Esta informação é do dia 1º de julho.

435. O uso de máscaras e medidas para evitar insolação (3)

Desta vez, vamos falar sobre considerações a fazer ao se decidir usar ou não máscaras em determinadas situações.

Conversamos com o professor Hirata Akimasa, do Instituto de Tecnologia de Nagoya e membro de uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estuda riscos de insolação. Ele nos diz que necessitamos ter cautela regularmente contra a insolação, especialmente nesta época do ano, em que tanto a temperatura como a umidade são altas.

Hirata adverte que pessoas tendem a se esquecer de como estão com sede quando utilizam máscaras, o que pode ocasionar uma ingestão reduzida de líquidos. Segundo o especialista, fala-se que a insolação ocorre quando o corpo humano perde água e a temperatura corpórea sobe. Ele adverte as pessoas a ingerir bastante líquidos de maneira consciente, já que existe risco elevado de insolação quando não se consome a quantidade suficiente de líquidos e se está à beira da desidratação.

Sobre como lidar com a utilização de máscaras, Hirata afirma que não há problema de retirá-las, caso haja distância suficiente em relação a outras pessoas. Por outro lado, as pessoas devem utilizar máscaras em ambientes em que haja alto risco de infecção. Ele diz que o mais importante é tomar uma decisão dependendo do lugar e da situação.

Estas informações são do dia 14 de junho.

434. O uso de máscaras e medidas para evitar insolação (2)

Hoje abordamos a questão se o uso da máscara aumenta o risco de insolação.

Quem responde é Hirata Akimasa, professor do Instituto de Tecnologia de Nagoya e membro de uma equipe da Organização Mundial da Saúde que avalia riscos de insolação. Hirata afirma que o uso de máscaras tem pouco efeito sobre a temperatura corporal, a não ser nas áreas cobertas pela máscara ou partes bem próximas. Ele explica que o usuário de uma máscara pode ter sua temperatura corporal central elevada de 0,06 a 0,08 graus centígrados, o que está bem abaixo da marca de 1 grau centrígrado, uma indicação aproximada de elevação que representa risco de insolação.

Hirata diz que isso indica que usar uma máscara de proteção provavelmente não levará a um aumento significativo no risco de insolação. Ele diz, no entanto, que o indivíduo pode enfrentar risco mais elevado caso utilize uma máscara enquanto pratica exercícios físicos intensos.

Também explica que há poucos dados referentes crianças pequenas quanto ao risco de insolação devido ao uso de máscaras. Ele pede por reforço da cautela por parte dos responsáveis para avaliar os riscos de insolação de acordo com as diretrizes governamentais.

Estas informações são do dia 13 de junho.

433. O uso de máscaras e medidas para evitar insolação (1)

Usar uma máscara é parte das medidas para evitar o contágio com o vírus. Contudo, em dias quentes, usar máscara pode nos deixar com calor e dificuldade de respirar. Nesta série trazemos informações sobre como utilizar máscaras de maneira eficaz e, ao mesmo tempo, evitar a insolação com a subida da temperatura.

No dia 23 de maio, o governo japonês modificou sua política básica de resposta ao coronavírus.

Segundo as autoridades, usar máscaras ainda é uma parte muito importante das medidas de combate ao vírus, mas é aceitável tirá-las em certas condições.

Ao ar livre, máscaras podem ser retiradas se for possível manter uma distância de dois metros ou mais de outras pessoas. E mesmo se houver gente por perto, não é necessário usar máscara se não for conversar. O governo recomenda tirar as máscaras, principalmente durante os meses de verão, para evitar a insolação.

No interior de edifícios, as máscaras podem ser removidas se uma distância de dois metros ou mais puder ser mantida entre as pessoas, e se quase não houver conversa.

Nas escolas, as máscaras podem ser removidas durante as aulas de educação física. Esta diretriz serve também para atividades de clubes depois das aulas.

Para competições esportivas que envolvem contato físico, deverão ser obedecidas as diretrizes preparadas por associações desportivas.

Máscaras não são indicadas para crianças com menos de dois anos de idade. Para crianças com dois anos ou mais em pré-escola, o uso da máscara não é necessário no pré-primário nem no maternal, independentemente da distância.

Estas informações são do dia 10 de junho.

432. Vacinação infantil (9)

Em nossa mais recente série, oferecemos informações, incluindo novos dados, para ajudar crianças e seus responsáveis a decidir se devem ou não se imunizar contra a Covid-19. Neste último episódio, mostramos a visão de especialistas sobre a vacinação.

O professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, é um pediatra bem versado em vacinações. Ele compartilhou suas opiniões com a NHK. Nakayama explica que, apesar de recomendar que crianças portadoras de doenças preexistentes, tais como asma, tomem a vacina, ele aconselha que as famílias de crianças sem qualquer problema de saúde tomem a decisão com base no estilo de vida e da situação domiciliar.

Nakayama recomenda a vacinação para crianças que vão com frequência a lugares onde muitas pessoas se reúnem, tais como clubes extracurriculares ou na prática de esportes. Também recomenda a vacinação de crianças que residem com seus avós, para que ofereçam mais proteção a seus entes queridos.

O professor diz que vacinas em geral há anos nos ajudam a viver vidas saudáveis. No caso do sarampo, por exemplo, somente um em cada mil infectados desenvolve sintomas graves como encefalite. Apesar disso, as pessoas ainda se vacinam e raramente contraem a doença.

Ele explica que devemos considerar a vacina contra o coronavírus como qualquer outra vacina, e ressalta a importância de as pessoas se conscientizarem sobre inoculações e doenças infecciosas.

As informações são do dia 18 de maio.

431. Vacinação infantil (8)

Desta vez, vamos falar se devemos ficar preocupados ou não com o imunizante porque ele emprega uma nova tecnologia.

A vacina contra o coronavírus emprega a tecnologia de RNA mensageiro pela primeira vez no mundo. Ela foi estudada por mais de 30 anos para uma possível aplicação no tratamento de uma doença. O RNA mensageiro é uma substância que se desintegra facilmente. Ela se rompe e desaparece poucos dias depois que a vacina é aplicada.

Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, a substância não permanecerá no organismo e nem terá um impacto adverso. A pasta acrescenta que é altamente improvável que o imunizante seja a causa de uma doença passados muitos anos da inoculação.

Estas informações são do dia 17 de maio.

430. Vacinação infantil (7)

Nesta edição, iremos falar sobre a possibilidade de aparecimento de efeitos colaterais sérios após a inoculação.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão afirma que foram documentados em raras ocasiões após a inoculação casos de inflamação que afeta as funções do músculo do coração. Até 1º de abril, 534 mil doses haviam sido ministradas a crianças na faixa etária de 5 a 11 anos no Japão. Destas, apenas uma criança desenvolveu tais sintomas no coração.

Os Estados Unidos iniciaram seu programa de vacinação a crianças antes do Japão, portanto mais análises foram conduzidas nos EUA sobre efeitos colaterais. De acordo com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), o número de casos deste efeito colateral específico ao coração após a primeira dose da vacina em meninos foi de zero em 1 milhão, subindo para 4,3 em 1 milhão após a segunda dose.

Para meninas, dados após a primeira inoculação foram insuficientes. Após a segunda dose, foram registrados 2 casos deste efeito colateral em cada 1 milhão de vacinações. Em todos os casos, os sintomas foram leves e as crianças se recuperaram.

Os dados dos EUA revelam que duas crianças morreram após terem recebido a vacina. No entanto, ambas possuíam doenças preexistentes e se encontravam em um estado de saúde precário mesmo antes de serem inoculadas. Em adição, não existe nenhum dado que conecte as duas mortes com a vacina.

As informações são do dia 16 de maio.

429. Vacinação infantil (6)

Nesta edição, vamos falar sobre os possíveis efeitos colaterais da inoculação.

Vacinação pode causar efeitos adversos. Após imunização, as pessoas podem apresentar febre ou sentir dores no local em que foi aplicado o imunizante. Isso acontece como resposta do nosso sistema imunológico à vacina, ou seja, o sistema "aprende" a identificar o coronavírus. Quais são esses sintomas específicos?

Segundo um estudo realizado pela farmacêutica americana Pfizer envolvendo crianças que foram vacinadas, dor na região de aplicação da injeção foi relatada em 74% dos casos após a primeira dose, e em 71% depois da segunda dose. Fadiga foi mencionada em 34% dos casos após a primeira dose, e em 39% depois da segunda aplicação. Febre de 38 graus ou superior foi citada em 3% dos casos após a primeira dose, e em 7% depois da segunda.

Os resultados da pesquisa mostram que crianças entre 5 e 11 anos são menos propensas a ter efeitos colaterais em comparação com adultos. A maioria das crianças apresenta sintomas leves, como dores musculares e dificuldade em movimentar o braço, mas eles costumam desaparecer em um ou dois dias.

Estas informações são do dia 13 de maio.

428. Vacinação infantil (5)

Nesta edição, vamos focar na eficácia da vacinação para prevenir a infecção entre crianças.

Em 2021, a companhia farmacêutica Pfizer, dos Estados Unidos, realizou testes clínicos com sua vacina em crianças de 5 a 11 anos. Segundo ela, os resultados mostraram que o imunizante era 90,7% eficaz na prevenção de infecções sintomáticas em crianças passados sete ou mais dias da aplicação da segunda dose. No entanto, sabe-se que a vacina é menos eficaz contra a ômicron, que é a variante do coronavírus que está atualmente se disseminando no Japão e em outras partes do mundo.

De acordo com um relatório divulgado em 11 de março deste ano, pesquisadores americanos disseram que seu estudo mostrou que duas doses da vacina da Pfizer reduziram o risco de infecção pela ômicron em 31% em crianças de 5 a 11 anos.

Em um estudo publicado em 30 de março, pesquisadores americanos afirmaram que a eficácia do imunizante contra a hospitalização entre crianças de 5 a 11 anos durante o período da ômicron foi de 68%. O documento disse que quase todas as crianças que desenvolveram sintomas graves não eram vacinadas.

Esses dados mostram que, embora a imunização não seja capaz de prevenir totalmente a infecção, ela é eficaz para prevenir que crianças desenvolvam sintomas graves que requerem internação hospitalar.

Estas informações são do dia 12 de maio.

427. Vacinação infantil (4)

Nesta edição, vamos fornecer dados sobre sintomas de coronavírus em crianças.

Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, 314.370 novos casos de infecção pelo coronavírus foram registrados em todo o país no período de sete dias até 19 de abril. Crianças com menos de 10 anos perfizeram 47.659, ou 15,2% dos casos, a percentagem mais alta entre todos os grupos etários.

Nos últimos dois anos, desde o início da pandemia, 959.662 crianças com menos de 10 anos foram infectadas pelo vírus. Quatro delas morreram.

No período de sete dias até 19 de abril, quatro crianças se encontravam em estado grave.

A maior parte dos pacientes infantis apresentam sintomas leves, embora às vezes esses sintomas possam incluir febre alta, vômito e dificuldade de respiração devido à garganta inflamada. A Sociedade Japonesa de Pediatria diz que crianças com doenças cardíacas ou pulmonares têm alto risco de desenvolver sintomas graves. Mesmo casos sem sintomas podem provocar sequelas, tais como tosse e dificuldade de respiração.

Estas informações são do dia 11 de maio.

426. Vacinação infantil (3)

Nesta série, estamos dando informações, como novos dados, para ajudar as crianças e seus pais ou responsáveis a decidirem juntos se devem ou não tomar a vacina. Hoje gostaríamos de discutir a questão: “As crianças deveriam ser vacinadas?”

Cada família enfrenta diferentes circunstâncias e tem seu próprio modo de pensar. Assim, o que deve ser levado em consideração ao decidir se as crianças devem ou não ser vacinadas? O importante é colocar num lado da balança os esperados benefícios, e no outro os possíveis riscos para quem toma a vacina.

Estre os benefícios estão: evitar que as próprias crianças contraiam o vírus e fiquem seriamente doentes; evitar a propagação do vírus a outrém; e sentir-se mais à vontade na escola e em outros lugares. Já os riscos incluem a ameaça de efeitos colaterais, que são as reações não desejáveis à vacina.

Segundo especialistas, outros pontos a serem considerados são o fato de a infecção do coronavírus estar se propagando bastante entre crianças, e que os casos de crianças infectadas ficarem com sintomas graves têm sido raros no Japão. Eles dizem que outro ponto a ser levado em consideração é que as vacinas estão se tornando menos eficazes para evitar o contágio com a ômicron, que se tornou dominante no Japão e ao redor do mundo.

A vacinação contra o coronavírus é gratuita para crianças com idades entre 5 e 11 anos, assim como para outras faixas etárias. Contudo, ao contrário da vacinação contra doenças como o sarampo, a catapora e a encefalite japonesa, ela não está sujeita a uma disposição jurídica que requer que pais ou responsáveis se esforcem para vacinar seus filhos.

É importante que as famílias considerem cuidadosamente o que fazer com as crianças. Na próxima parte, vamos fornecer dados para ajudar as pessoas a tomarem decisões.

As informações são do dia 10 de maio.

425. Vacinação infantil (2)

Na atual série, oferecemos informações, incluindo novos dados, para ajudar crianças e seus responsáveis a decidir sobre a imunização contra a Covid-19. No segmento de hoje, vamos explicar como as vacinas funcionam.

Vacinas oferecem proteção contra o vírus ao gerar uma resposta do sistema imunológico em nosso corpo. O sistema imune ataca invasores externos, tais como vírus e bactérias. O vírus da Covid-19 possui proteínas spike que são como protuberâncias em sua superfície. Vacinas contra o coronavírus contêm RNA mensageiro, uma substância que carrega instruções sobre como produzir as proteínas spike.

Quando a vacina é injetada, proteínas spike são geradas em nosso corpo com base nas instruções do RNA mensageiro. Proteínas spike fazem parte do coronavírus e nosso sistema imunológico as reconhece como algo que não deveria estar ali e, assim, produz uma substância chamada anticorpo, que serve como arma para atacar o vírus. Desta forma, nosso corpo aprende como combater uma infecção caso o vírus de verdade venha a entrar em nosso corpo.

Ao se infectar pelo coronavírus sem ter recebido a vacina, nosso sistema imune tenta combater o invasor por meio da produção de anticorpos que se adequem à forma do coronavírus que adentrou o indivíduo. Mas pode ser que nosso corpo não seja capaz de produzir anticorpos tão rapidamente, ou que o vírus seja muito forte para ser combatido por nossas defesas.

É assim que o infectado passa a apresentar sintomas, tais como tosse ou fadiga extrema e, eventualmente, evolui para quadro grave da doença.

Ao nos vacinarmos, permitimos que nosso corpo produza antecipadamente os anticorpos que combatem o vírus. E ao prepararmos nosso corpo para um ataque do vírus, há chances maiores de evitar o contágio, prevenir aparecimento de sintomas ou que a doença evolua para quadro grave da Covid-19.

As informações são do dia 9 de maio.

424. Vacinação infantil (1)

A vacinação de crianças de 5 a 11 anos teve início no Japão há mais de dois meses. Cerca de 9% delas receberam duas doses. Apesar de ser pouco provável o agravamento dos sintomas entre as crianças, é preocupante o fato de que o número de casos de Covid-19 entre elas não tenha caído. Será que as vantagens da vacinação superam os riscos, mesmo para as crianças? Nesta nova série, oferecemos informações, incluindo novos dados, para ajudar as crianças e seus responsáveis a decidirem sobre a imunização contra a Covid-19.

A vacinação de crianças de 5 a 11 anos teve início no Japão em fevereiro de 2022. É utilizado o imunizante desenvolvido pela farmacêutica americana Pfizer. Duas doses são aplicadas às crianças em um intervalo de três semanas. A dosagem corresponde a um terço das substâncias efetivas aplicadas em adultos.

Até 2 de maio de 2022, mais de 998 mil crianças de 5 a 11 anos receberam ao menos uma dose. O número equivale a cerca de 13,5% de um total de 7.410.000 crianças desta faixa etária no país. Quase 660 mil, ou 8,9%, se submeteram a duas aplicações.

Alguns países começaram a vacinação infantil mais cedo que o Japão. Nos Estados Unidos, 28,3% das crianças foram imunizadas duas vezes até 20 de abril. No Canadá, o número chega a 40,7%, segundo dados de 10 de abril.

As informações são do dia 6 de maio.

423. O que são as subvariantes BA.2 e XE? (6)

Nesta série, abordamos as novas variantes do coronavírus e as medidas que devem ser adotadas. No sexto e último episódio, focamos nas medidas anti-infecção diárias.

Além das subvariantes e recombinações que abordamos em episódios anteriores, existem as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron, descobertas na África do Sul e em outros lugares. Os especialistas ainda precisam determinar o quão infeccioso ou mortal elas são.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que ainda enfrentamos um alto risco de novas variantes do coronavírus emergindo de uma combinação de múltiplas cepas. Segundo funcionários da OMS, por causa disso, devemos continuar realizando análises genéticas do coronavírus e compartilhamento de dados.

O professor Hamada Atsuro, do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio, afirma que a BA.4 e a BA.5 são subvariantes da ômicron, como a BA.2. De acordo com Hamada, todas elas foram produzidas quando a variante ômicron do coronavírus passou por mutações no processo de infecção e multiplicação. O especialista diz que é importante que observemos toda cepa emergente, mesmo antes de sabermos se ela será uma grande ameaça ou não.

Hamada Atsuro afirma que, embora especialistas suspeitem que a cepa XE seja provavelmente a mais infecciosa entre as recombinações, não é possível dizer ainda se ela desencadearia outra grande onda de infecções. Ele diz que devemos ficar de olho na possibilidade de surgimento de um tipo totalmente diferente de variante. Segundo Hamada, é por isso que precisamos manter o sistema de vigilância e continuar realizando análises genômicas do vírus.

Já o professor Wada Koji, da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar, afirma que as variantes do coronavírus detectadas até o momento não têm mutações que estejam além da nossa imaginação. Ele diz que, enquanto fica de olho em mais progressos, não espera por uma grande mudança em nossas medidas para lidar com a infecção.

Wada diz que, atualmente, a BA.2 é a cepa predominante por trás das infecções e que pode mudar para a XE. Contudo, para ele, transformações nas cepas não provocarão mudanças nas medidas anti-infecção que devemos adotar no cotidiano, nem reduzirão a necessidade de receber doses de reforço contra a Covid-19.

Estas informações são do dia 28 de abril.

422. O que são as subvariantes BA.2 e XE? (5)

Neste episódio, focamos nas variantes que são a combinação de várias variantes.

No episódio anterior, focamos na recombinação XE, uma combinação das subvariantes BA.1 e BA.2 da ômicron. Mas a XE não é a única variante por recombinação.

As cepas XD e XF são ambas combinações da variante delta, dominante durante a quinta onda que atingiu o Japão no verão de 2021, e da subvariante BA.1 da ômicron.

A XD é em sua maior parte a variante delta, mas com proteínas spike da BA.1. Documentos da autoridade regulamentadora britânica de saúde diz que foi detectada pela primeira vez no dia 13 de dezembro de 2021. Os documentos dizem que até o dia 1º de abril de 2022, 66 casos da XD foram reportados na França, 8 na Dinamarca e um caso na Bélgica.

A Organização Mundial de Saúde listou a XD como uma das variantes sob monitoramento, VUM na sigla em inglês. As VUM são definidas como sendo variantes da Covid-19 cujos impactos, tais como gravidade dos sintomas causados e disponibilidade de vacinas efetivas, não são claros. A OMS diz que a disseminação da XD é limitada.

A XF é em sua maior parte a BA.1, inclusive as proteínas spike, com alguns elementos da Delta. A autoridade regulamentadora britânica diz que 39 casos de XF foram descobertos no Reino Unido desde o dia 7 de janeiro deste ano, mas não tem sido reportado nenhum caso desde 14 de fevereiro.

As informações são do dia 27 de abril.

421. O que são as subvariantes BA.2 e XE? (4)

No episódio de hoje, vamos conhecer a cepa “XE” da variante ômicron.

Casos da subvariante XE, uma combinação de múltiplas variantes, foram registrados no Reino Unido e em outros países. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão anunciou no dia 11 de abril que o primeiro caso de XE no país havia sido detectado num aeroporto.

Os vírus adquirem novas características ao repetir pequenas mutações, mas novas variantes recombinantes ocorrem quando variantes diferentes contagiam a mesma pessoa e combinam seu material genético.

A XE é uma recombinante das subvariantes da ômicron “BA.1” e “BA.2”. A maioria das partes da XE, inclusive as proteínas spike na superfície do vírus, que desempenham um papel importante na infecção de células humanas, são parecidas com as da “BA.2, enquanto as restantes são similares às da “BA.1”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a XE é um tipo de ômicron. As autoridades do setor de Saúde do Reino Unido disseram num relatório que desde a primeira detecção da subvariante XE em 19 de janeiro de 2022, até o dia 5 de abril, 1.179 casos da variante recombinante foram registrados no país. Houve pequenos aglomerados de infecções, mas a subvariante totalizou menos de 1% dos casos que foram analisados no país.

Autoridades sanitárias do Reino Unido realizaram uma análise usando um modelo matemático com base em dados de 30 de março, e estimaram que a taxa de infecção da subvariante XE era 12,6% mais rápida do que a da BA.2.

Esta informação é do dia 26 de abril.

420. O que são as subvariantes BA.2 e XE? (3)

Na nossa atual série, abordamos as novas variantes do coronavírus e as medidas que precisam ser adotadas. No episódio de hoje, falaremos sobre a possível futura disseminação da subvariante da ômicron BA.2 no Japão.

Suzuki Motoi é o chefe do Centro de Pesquisa Epidemiológica, Imunização e Vigilância do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas. Ele disse que a BA.2 deve se tornar a cepa dominante na sétima onda de infecções. Afirmou que, devido ao fato da BA.2 ser considerada um pouco mais transmissível do que a BA.1, serão necessárias preparações para fortalecer o sistema de saúde que levem em consideração a possibilidade de que uma sétima onda possa ser ainda mais forte que a sua antecessora.

Quando a variante da ômicron BA.1 começou a se espalhar na sexta onda, a percepção foi de que o público se tornou menos cauteloso. Isto se deve ao fato de que havia sido dito que a ômicron apresentava um risco mais baixo de causar casos graves se comparada à variante delta. O número de infecções na sexta onda, no entanto, foi significativamente mais alto do que nas ondas anteriores, o que resultou em um maior número de mortos. Existem preocupações de que o mesmo venha a ocorrer com a BA.2.

O professor do Hospital da Universidade de Medicina de Tóquio Hamada Atsuo disse que se acredita que a cepa BA.2 deva substituir outras variantes como a principal fonte de infecções na maioria dos países de todo o mundo. Ele mencionou que ela já é responsável por mais de 90% dos casos em alguns países europeus. O professor afirmou que é importante que o Japão tome medidas um pouco mais severas para conter a disseminação das infecções — reduzindo o contato entre pessoas e promovendo a vacinação com as doses de reforço. Adicionou que, conforme o número de casos aumenta especialmente entre jovens na casa dos 20 anos de idade, medidas que tenham como foco esta faixa etária serão a chave para reduzir o recrudescimento das infecções.

As informações são do dia 25 de abril.

419. O que são as subvariantes BA.2 e XE? (2)

Nesta série, falamos sobre as novas variantes do coronavírus e medidas necessárias para prevenir contágio e disseminação. Na edição de hoje, apresentamos as características da BA.2, uma subvariante da ômicron, que é mais contagiosa, assim como a eficácia das vacinas.

A Organização Mundial da Saúde diz que a BA.2 é mais infecciosa do que a BA.1, que se tornou predominante em todo o mundo na última onda de contágio. Uma análise de dados da Dinamarca mostra que o tempo necessário para a propagação da BA.2 é 15% menor do que a BA.1, e que a taxa de reprodução efetiva, que é a média de pessoas que podem ser infectadas por um portador do vírus, deve ser 26% maior do que a BA.1.

Por outro lado, o risco de desenvolver sintomas graves parece ser baixo. A OMS cita uma análise do Reino Unido, que mostra que não há diferença nas taxas de hospitalização entre as pessoas contagiadas com a BA.1 e aquelas com a BA.2. Acrescenta que as pessoas que foram infectadas pela BA.1 podem ainda ser contagiadas com BA.2.

Pesquisa realizada no Reino Unido mostra que as pessoas infectadas pela BA.1, uma semana após receber uma dose de reforço, não desenvolveram sintomas em 71,3% dos casos. O número aumenta ligeiramente para 72,2% em relação à BA.2. A eficácia da vacina cai para 45,5% no caso de BA.1, e 48,4% para BA.2, 15 semanas após a aplicação da terceira dose.

As informações são do dia 22 de abril.

418. O que são as subvariantes BA.2 e XE? (1)

A BA.2 é a subvariante mais contagiosa da ômicron até agora. Em 11 de abril o Japão registrou o primeiro caso da XE, ainda outra subvariante da ômicron, em uma mulher que havia chegado dos Estados Unidos. Esta é a primeira edição da série sobre novas mutações do coronavírus e medidas de prevenção de infecção e propagação.

O coronavírus passa por frequentes mutações à medida que se espalha pelo mundo. Hoje predomina globalmente a subvariante da ômicron BA.2, que se transmudou da BA.1. Uma mutação foi detectada em parte do material genético das proteínas spike localizadas na superfície do vírus. As proteínas spike desempenham um papel fundamental quando o vírus infecta células humanas.

Vem aumentando a proporção de pessoas infectadas com a BA.2. Autoridades sanitárias britânicas informaram que os infectados com esta subvariante correspondiam a 93,9% de todos os diagnosticados com o coronavírus no Reino Unido no período de sete dias encerrado em 27 de março. Já os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos calculam que no período de sete dias encerrado em 2 de abril, a proporção dos infectados com a BA.2 em território americano tenha sido de 72,2%.

Estimativa feita pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão com base em dados coletados por empresas de testagem privadas indica que, em meados de março, as infecções com a subvariante BA.2 correspondiam a cerca de 30% dos casos de coronavírus registrados no país. Entretanto, o instituto prevê que, na primeira semana de maio, haverá um salto para 93% do total e, na primeira semana de junho, para quase 100%.

A transmissão comunitária da BA.2 foi registrada pela primeira vez no Japão no final de dezembro de 2021. Poucas semanas depois, em meados de janeiro, a subvariante havia praticamente substituído a variante delta como predominante no país. A transmissão comunitária da BA.2 foi registrada pela primeira vez em Tóquio em meados de fevereiro. O seu avanço é estável ainda que o ritmo no qual esta subvariante substitui a BA.1 não seja tão rápido como o constatado em relação à substituição da variante delta.

Estas informações são do dia 21 de abril.

417. Estudo de caso de 422 pacientes de Covid-19 que sofrem de efeitos a longo prazo (5)

Na última parte de nossa série sobre as sequelas a longo prazo causadas pela infeccção, vemos o tratamento futuro de pacientes.

Autoridades na província de Saitama e da Associação Médica de Saitama analisaram pacientes com sintomas a longo prazo, cuja maioria foi infectada antes do aumento de casos com a variante ômicron, e tornaram os resultados das análises em diretrizes para o diagnóstico e tratamento da doença. As autoridades também planejam estudar pacientes infectados pela variante ômicron com sintomas a longo prazo.

As autoridades de Saitama planejam aumentar o número de instituições médicas na província que possam tratar de pacientes com sintomas a longo prazo para mais de 140 locais, os quais esperam ser distribuídos uniformemente pela província.

Maruki Yuichi, alto funcionário da Associação Médica de Saitama, disse estimar que o número de pacientes com sintomas a longo prazo na próxima onda de infecções venha a dobrar ou ser ainda maior do que os níveis observados na quinta onda. Maruki disse que os novos conhecimentos obtidos de tais pacientes podem ser acrescentados às diretrizes. Ele espera que isso permita aos médicos tratarem pacientes de coronavírus com uma melhor compreensão de suas condições.

Estas informações são do dia 20 de abril.

416. Estudo de caso de 422 pacientes de Covid-19 que sofrem de efeitos a longo prazo (4)

No quarto episódio da nossa série sobre as sequelas a longo prazo causadas pela infecção, também conhecida como Covid longa, vamos falar sobre o caso de uma paciente cuja condição de saúde melhorou graças a esforços contínuos.

A paciente é uma estudante de 16 anos da província de Saitama, proximidades de Tóquio. Ela contraiu o coronavírus em maio de 2021, logo após ingressar no colegial. A paciente sofria de forte dor de cabeça, dificuldade de respiração e febre de quase 39 graus. Ela se recuperou sob quarentena em um hotel designado e voltou à escola. No entanto, logo passou a sofrer de problemas, como tontura, dor de cabeça, cansaço extremo e alterações no sentido do paladar e do olfato. No outono do mesmo ano, a jovem não podia ir à escola devido à vertigem incapacitante. Ela precisava passar a maior parte do tempo acamada. A jovem se dirigiu até quatro diferentes instituições médico-hospitalares, mas seus sintomas não apresentavam melhoras.

Foi, então, que ela visitou uma clínica de otorrinolaringologia que dispunha de um departamento especializado em condições pós-Covid. Um médico do local propôs que a jovem passasse por treinamentos para reduzir a tontura e recuperar o sentido do olfato.

Foi pedido a ela que olhasse fixamente para um ponto na parede e movesse seus olhos para cima, para baixo, para a esquerda e para a direita conforme requisitado, sem mover a cabeça ou outras partes do corpo. O treinamento visa restaurar o sentido de equilíbrio da jovem. Em um outro treinamento cujo objetivo é recuperar seu sentido do olfato, ela cheiraria óleos essenciais, como lavanda e limão, ao observar imagens das plantas. Isso serve para reestabelecer a conexão entre o olfato e sua memória. A paciente passou por treinamentos diariamente em casa e sua condição de saúde melhorou gradualmente.

O diretor da clínica que atendeu a jovem, Sakata Hideaki, nos disse que pacientes que consultaram um médico com rapidez e receberam tratamento apropriado tendem a se recuperar relativamente bem. Ele afirmou, porém, que alguns pacientes que esperaram de três a seis meses antes de procurar ajuda médica viram pouca melhora em suas condições de saúde. Segundo Sakata, a situação não permite otimismo porque é esperado que surjam mais pacientes com condições pós-Covid da sexta onda de infecções.

Estas informações são do dia 19 de abril.

415. Estudo de caso de 422 pacientes de Covid-19 que sofrem de efeitos a longo prazo (3)

No terceiro episódio de nossa série sobre as sequelas a longo prazo causadas pela infecção, também conhecida como Covid longa, falaremos sobre o caso de um paciente que ainda sofre as consequências mais de seis meses após ter se recuperado da doença.

O paciente é um homem de 60 anos de idade que vive na província de Saitama. Ele foi infectado pelo coronavírus em agosto de 2021, apresentando fadiga, pneumonia e febre de quase 39 graus. Ele se recuperou em casa, mas perdeu o olfato e o paladar, o que causou uma perda de apetite. O homem emagreceu mais de 10kg. Após se recuperar, ele voltou a trabalhar em um canteiro de obras, mas reclamava de fadiga contínua e dificuldades para dormir. Ele se demitiu em dezembro do mesmo ano por sentir-se incapaz de continuar trabalhando.

O homem disse que, quando se deita, consegue dormir por cerca de uma hora e depois disso fica acordado e não consegue voltar a dormir até o sol nascer. Diz também que, durante o trabalho, ele parecia não ter nenhuma resistência e que, apesar de saber o que precisava fazer, sua mente rapidamente se distraía e seu corpo parava de responder. Concluiu que não seria capaz de ir trabalhar naquele estado.

Um especialista em Covid longa disse ao homem que ele apresenta o sintoma de confusão mental, que inclui falta de clareza e deterioração da concentração e da memória. O paciente está sendo medicado e recebe orientações do médico sobre sua rotina diária, mas seu estado ainda não apresentou melhoras, sete meses desde o início dos sintomas. Ele ainda reclama de fadiga e confusão mental. Disse que não esperava que a situação fosse se prolongar por tanto tempo e que ele se sente ansioso em relação ao futuro.

O seu médico, Kodaira Makoto, explica que fadiga e confusão mental são os dois principais sintomas da Covid longa que tendem a permanecer por um longo tempo, por vezes persistindo por seis meses ou mais. Ele disse que os pacientes com tais sequelas precisam de suporte contínuo.

As informações são do dia 18 de abril.

414. Estudo de caso de 422 pacientes de Covid-19 que sofrem de efeitos a longo prazo (2)

Na segunda parte desta nova série sobre os efeitos a longo prazo da Covid-19, vamos falar sobre as diretrizes para diagnóstico e tratamento, elaboradas por médicos que estão atuando na linha de frente.

A província de Saitama e a Associação Médica de Saitama divulgaram um estudo conduzido entre outubro de 2021 e janeiro de 2022, envolvendo 422 pacientes que sofrem de efeitos a longo prazo do coronavírus. Os médicos que realizaram o levantamento listaram os principais sintomas pós-Covid, assim como o que especialistas podem fazer para melhorar as condições de pacientes.

Em primeiro lugar, vamos apresentar as diretrizes citadas por clínicos gerais:
1. Pacientes tendem a sofrer de vários sintomas, incluindo fadiga e confusão mental, uma condição que envolve pouca clareza da mente, perda de memória e concentração;
2. Poderão ser necessários 6 meses ou mais para recuperação. Os sintomas podem, frequentemente, interferir no dia a dia dos pacientes;
3. Médicos devem orientar os pacientes em recuperação a equilibrarem repouso e atividades do cotidiano;
4. Médicos devem ajudar os pacientes a lidar e a viver com os sintomas.

Otorrinolaringologistas, por sua vez, oferecem os seguintes conselhos:
1. Os sintomas pós-Covid tendem a ser mais comuns entre adolescentes;
2. Pacientes sentem um declínio na qualidade de vida devido à alteração nas condições de olfato e/ou paladar. A assistência psicológica de médicos constitui um importante elemento para recuperação;
3. Médicos citam treinamento olfativo, um método para melhorar o olfato por meio da aspiração de vários aromas, como uma opção de tratamento.

Estas informações são do dia 15 de abril.

413. Estudo de caso de 422 pacientes de Covid-19 que sofrem de efeitos a longo prazo (1)

Nesta nova série, vamos abordar os efeitos a longo prazo da Covid-19.

A província de Saitama e a Associação Médica de Saitama divulgaram um estudo conduzido entre outubro de 2021 e janeiro de 2022 com pacientes que sofrem de efeitos a longo prazo do coronavírus. O estudo examinou os sintomas de 422 pacientes de sete hospitais da província.

Foi descoberto que 25,6% dos pacientes reportaram problemas com o sentido do olfato; 16,6% citaram problemas incluindo dificuldade de respiração; 15,6% mencionaram sensação de fadiga; e 14,7% reclamaram de tosse com catarro.

Outros números foram: 9,7% para perda de cabelo; 9% para febre, dor de cabeça ou desconforto na parte de trás da cabeça; e 7,1% para anormalidade no sentido do paladar.

O estudo descobriu ainda que um certo número de pacientes continuou a sofrer de sintomas a longo prazo por cerca de um ano após o diagnóstico.

Estas informações são do dia 14 de abril.

412. Por que o número de infecções continua alto na sexta onda de Covid-19 e como ficará a situação? (5)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. No Japão, o pico da sexta onda de infecções já passou, mas o ritmo de queda de novos casos está vagaroso. Nesta série, abordamos por que o número de casos não está caindo de forma significativa. Desta vez, na quinta e última parte, falamos sobre o que podemos fazer como preparativo para o que virá a seguir.

Omi Shigeru, que lidera um painel de conselheiros sobre o coronavírus para o governo japonês, afirmou em 17 de março que o número de novos casos poderá aumentar após o fim das medidas de semiemergência. Ele disse que a prioridade é manter baixo o número de pacientes em estado grave e evitar que o sistema médico-hospitalar fique sobrecarregado.

Omi declarou que vacinação é necessária, mas isso não é suficiente. Ele citou que o número de mortes por Covid-19 vai aumentar, como em alguns países europeus, a menos que adotemos procedimentos contra o contágio. Ele pediu à população que continue usando máscara para se proteger e também para proteger outras pessoas, uma vez que estão crescendo os casos de infecção por pequenas gotículas e aerossóis.

O professor Wada Koji, da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar, enfatizou a importância de receber uma dose de reforço o mais cedo possível para se proteger, assim como sua família e amigos. Ele pediu a todos, incluindo jovens, que sejam plenamente vacinados, porque o risco de contágio será maior após a amenização das restrições. Ele afirmou também que o governo deve deixar claras as solicitações à população e a empresas depois do fim das medidas de semiemergência.

Takayama Yoshihiro, do Hospital Okinawa Chubu, disse que há grande probabilidade de ocorrer a sétima onda de infecções, já que os casos de contágio dispararam após as férias escolares de primavera no ano passado e em 2020. Ele declarou que é melhor estarmos preparados.

Takayama afirmou esperar que superemos a sétima onda sem a adoção de restrições rigorosas à sociedade. Para isso, ele citou dois pontos. Um é a implementação de medidas imediatamente quando alguém for infectado em uma instalação para idosos para evitar a disseminação do contágio. O outro é acelerar a aplicação das vacinas de reforço.

As informações são do dia 1º de abril.

411. Por que o número de infecções continua alto na sexta onda de Covid-19 e como ficará a situação? (4)

Desta vez, na quarta parte, vamos saber se a subvariante BA.2 da ômicron substituirá a BA.1.

A subvariante BA.2 é um fator de preocupação na mais recente onda de infecções no Japão. Em 15 de março, o painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão se reuniu e apresentou sua previsão sobre como é esperado que a BA.2 se dissemine no país.

O professor Nishiura Hiroshi, da Universidade de Kyoto, analisou dados de testes em Tóquio e estimou que a subvariante BA.2 vai perfazer 82% de todas as infecções pela variante ômicron e substituir a subvariante BA.1 na capital japonesa até o dia 1º de abril.

Suzuki Motoi, por sua vez, é o chefe do Centro de Vigilância, Imunização e Pesquisa Epidemiológica do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas. Ele analisou amostras de resultados de testes de duas instituições particulares e previu a percentagem de infecções pela BA.2 em todo o Japão. O especialista estimou que a subvariante vai perfazer 70% de todas as infecções na primeira semana de abril e 97% na primeira semana de maio.

Acredita-se que a subvariante BA.2 seja cerca de 20% mais transmissível do que a BA.1, que é a subvariante dominante atualmente. Caso a BA.2 passe a substituir a BA.1, as medidas atuais podem não ser suficientes para manter as infecções sob controle.

As informações são do dia 31 de março.

410. Por que o número de infecções continua alto na sexta onda de Covid-19 e como ficará a situação? (3)

Nesta série, focamos no motivo pelo qual os casos não diminuem rapidamente e o que acontece a seguir, e na terceira parte de hoje, vamos falar sobre uma possível reincidência sem haver uma redução significativa.

Um grupo de pesquisadores liderado por Hirata Akimasa, professor do Instituto de Tecnologia de Nagoya, fez uma simulação da situação futura em Tóquio com a introdução de vários dados em um sistema de inteligência artificial. Os dados incluem a movimentação de pessoas, as tendências de infecções passadas e os efeitos da vacinação.

Uma suposição foi que na sequência do final das medidas semiemergenciais, o fluxo de pessoas vai voltar aos mesmos níveis que do mesmo período do ano passado. Nesse caso, as novas infecções diárias em Tóquio devem reduzir para cerca de 5.400 no início de abril, e então aumentar levemente e permanecer estáveis, se mantendo em pouco mais de 5.600 no final do mesmo mês.

No pressuposto de que o fluxo de pessoas aumente em 20% em relação ao ano passado, a contagem diária deve crescer gradualmente a partir do início de abril e atingir mais de 7.700 em meados do mesmo mês.

Foi feita também a simulação para a suposição de que o fluxo de pessoas aumente e também que reuniões de pessoas com comes e bebes aumentem até o nível das festas de final e início de ano. Neste caso, as novas infecções diárias começarão a aumentar no final de março e vão atingir mais de 13.000 em meados de abril.

Os pesquisadores dizem que ao considerar os efeitos das vacinas de reforço, o número de pacientes em estado grave não deve aumentar dramaticamente, mas pode ser necessário limitar o número de pessoas que compartilhem refeições juntas para evitar o recrudescimento das infecções.

Hirata diz que o fluxo de pessoas e reuniões de grupos grandes com comida tendem a aumentar neste período do ano, o que pode tornar difícil reduzir as infecções.

As informações são do dia 30 de março.

409. Por que o número de infecções continua alto na sexta onda de Covid-19 e como ficará a situação? (2)

Nesta série, analisamos as razões pelas quais o número de casos não está caindo rapidamente e o desenrolar da situação. Na segunda parte, vamos observar o contágio entre crianças.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão informa que mais de 65.000 crianças com menos de 10 anos contraíram o vírus durante a semana que terminou no dia 15 de março, mesmo depois da sexta onda de infecções já ter ultrapassado seu pico. O número foi alto se comparado aos 10.380 novos casos entre crianças da mesma faixa etária registrados durante os sete dias até 31 de agosto do ano passado, quando o país passava pela quinta onda de infecções.

A porcentagem de crianças no total de novos casos também aumentou. No início de janeiro, o grupo perfazia 5% do total, mas na semana até o dia 15 de março aumentou para 21%, o mais alto de todos os grupos etários, apesar do número total de infecções ter começado a cair em meados de fevereiro.

O número de focos de infecção em instalações de cuidados infantis, como creches e jardins da infância atingiu 229, o mais alto já registrado, durante os sete dias até 14 de março, 56 acima do total registrado na semana anterior. Focos de infecção em escolas também aumentaram 59, levando o total para 318 no mesmo período.

Segundo especialistas, a variante ômicron se alastra com mais facilidade do que a delta, entre crianças, em locais onde elas passam tempo juntas, como escolas, creches e jardins da infância. Os especialistas observam também que a taxa de vacinação entre crianças é mais baixa do que entre pessoas de outras faixas etárias.

As informações são do dia 29 de março.

408. Por que o número de infecções continua alto na sexta onda de Covid-19 e como ficará a situação? (1)

No Japão, o pico da sexta onda de infecções devido ao alastramento da variante ômicron passou. No entanto, o ritmo de queda é vagaroso e o número de novos casos continua alto. Há temores de que a situação das infecções possa levar a uma sétima onda. Nesta nova série, vamos observar as razões pelas quais o número de casos não cai rapidamente, além do desenrolar da situação.

Especialistas apontam razões principais por trás da lenta queda nas infecções. Segundo eles, a primeira razão é que o atraso na aplicação da terceira dose fez com que infecções continuassem ocorrendo entre os idosos. Os especialistas dizem que a outra razão é que o coronavírus tem se disseminado entre crianças, no maior surto já ocorrido.

Ao observarmos as infecções entre os idosos durante a quinta onda, mais de 70% das pessoas com 65 anos ou mais de idade havia tomado a segunda dose até o final de julho de 2021, quando houve um repique nas infecções. Na época, o coronavírus se disseminava amplamente entre as gerações mais jovens, mas não havia infectado os idosos. De acordo com análises de especialistas, isso resultou em uma rápida queda no número de casos. Por outro lado, já no início de janeiro de 2022, em meio à sexta onda, a proteção da vacina contra a Covid-19 ficou atenuada devido ao lapso de tempo em relação à segunda dose. Além disso, menos de 1% das pessoas com 65 anos ou mais de idade havia recebido a dose de reforço.

A taxa de vacinação era de somente 15%, até 5 de fevereiro, quando o maior número de casos foi registrado. Sob tais circunstâncias, as infecções pareciam se espalhar entre os idosos depois de ter se disseminado entre os jovens. O coronavírus ainda está se alastrando entre os idosos. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão afirmou que, na semana até 14 de março, houve a confirmação de 341 infecções coletivas em instalações de cuidados para idosos em todo o país.

As informações são do dia 28 de março.

407. Isto é alergia ou Covid-19? (8)

Na oitava e última parte desta série, falamos sobre a importância de procurar rapidamente um médico quando houver suspeita de sintomas de alergia a pólen.

Se tiver possíveis sintomas de alergias a pólen subitamente, mesmo que não tenha tido no ano passado, deve tomar cuidado e evitar presumir que se tratam de sinais de alergia.

O site do Ministério do Meio Ambiente, que oferece informações sobre pólen, diz que o de cedro já começou a se espalhar em todo o Japão.

Segundo a previsão feita pela Associação de Meteorologia do Japão para esta temporada, a dispersão do pólen é levemente ou bastante superior à anterior em muitas áreas, principalmente na região leste do país. Se espirrar com frequência ou tiver coriza quando sair de casa, as pessoas ao seu redor poderiam ficar preocupadas, uma vez que não é possível saber se os sintomas estão sendo provocados por alergia ou Covid-19. É necessário se submeter a tratamento para alergia a pólen o mais cedo possível, caso tenha tais sintomas.

As informações são do dia 25 de março.

406. Isto é alergia ou Covid-19? (7)

Esta é a sétima edição da série que explica o modo de distinguir entre os sintomas causados por alergia a pólen e os causados pela Covid-19.

Kimura Yurika chefia uma equipe encarregada de medidas contra o coronavírus na Sociedade Japonesa de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Ela diz ser apropriado comparecer a consultas sobre o tratamento habitual para alergias sempre que os sintomas da polinose sejam os mesmos anteriores, sem o surgimento de nada diferente, como febre elevada, e desde que ninguém das suas relações próximas esteja infectado pela Covid-19.

A médica explica que, antes de comparecer a consultas, a pessoa deverá comunicar seus sintomas à respectiva clínica caso tenha este ano espirros frequentes ou sofra de coriza nasal, como é comum nesta época, e ao mesmo tempo apresente febre elevada, dor de garganta ou dor de cabeça.

Kimura quer que indivíduos com alergia a pólen procurem tratamento imediato nesta temporada para proteger a si mesmos e a pessoas ao seu redor.

As informações são do dia 24 de março.

405. Isto é alergia ou Covid-19? (6)

Na sexta parte desta série, discutimos o que fazer quando você começa a espirrar ou tem o nariz escorrendo.

A Sociedade Japonesa de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço pede às pessoas com alergia a pólen a fazerem consultas com um médico mais cedo do que o usual.

Os médicos dizem que o tratamento precoce pode reduzir os sintomas de alergia a pólen. Estudos têm mostrado que o tratamento antes do surgimento de sintomas ou enquanto eles são leves pode aliviar os sintomas mais tarde.

Há muitos medicamentos para o tratamento de alergia a pólen. Especialistas dizem que pessoas alérgicas podem receber o tratamento correto para seus sintomas e condição de saúde se consultarem um médico otorrinolaringologista.

Se você tiver sintomas tais como garganta irritada, dor de cabeça ou fadiga extrema, apesar dos sintomas de alergia serem mais leves devido ao tratamento, você pode suspeitar de infecção pelo coronavírus. Além disso, você pode ter contraído o vírus caso os sintomas que você achava serem da alergia não melhorarem mesmo depois de receber o tratamento para alergia a pólen.

As informações são do dia 23 de março.

404. Isto é alergia ou Covid-19? (5)

Na quinta parte desta série, vamos discutir a possibilidade de o vírus se espalhar porque as pessoas não sabem que estão infectadas.

A Sociedade Japonesa de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço emitiu um comunicado no qual foram listados problemas que podem ocorrer em meio a um surto da variante ômicron durante a temporada de alergia ao pólen.

Um deles é o risco de as pessoas espalharem o vírus acreditando que seus sintomas são por causa da alergia ao pólen em vez de infecção pelo coronavírus e, desse modo, não tomando as devidas medidas preventivas. Pessoas que sofrem tanto de alergia ao pólen como de infecção pela variante ômicron devem tomar muito cuidado ao espirrarem. A entidade diz que o ato de espirrar é capaz de produzir dez vezes mais gotículas do que tossir.

A Sociedade Japonesa de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço adverte ainda a respeito dos riscos de infecção se a alergia não for tratada. Isso ocorre porque uma pessoa pode coçar os olhos ou o nariz com as mãos contaminadas com o vírus para aliviar a coceira, que é um sintoma alérgico, e, assim, acabar se infectando através da membrana mucosa.

As informações são do dia 22 de março.

403. Isto é alergia ou Covid-19? (4)

Na quarta parte desta série, vamos falar sobre a preocupação causada pela dificuldade em distinguir os sintomas causados pela alergia e Covid-19.

No comunicado emitido pela Sociedade Japonesa de Otorrinolaringologia - Cirurgia de Cabeça e Pescoço, foram listados problemas que enfrentamos durante a temporada de alergia ao pólen, em meio aos casos de contágio pela ômicron.

Em primeiro lugar, a sociedade cita ansiedade que as pessoas sentem devido à dificuldade em saber se estão com alergia ou Covid-19. Especialistas afirmam que, se tiver alergia ao pólen, será difícil uma pessoa saber se está infectada pelo coronavírus. É difícil mesmo para um médico especializado determinar se uma doença manifestada por paciente é oriunda de alergias ao pólen ou de contágio pela ômicron. Sendo assim, não é de admirar que uma pessoa não consiga descobrir o que está causando os sintomas.

Se tiver coriza, poderá ir à escola ou ao trabalho se for por causa de alergia ao pólen. Contudo, se houver suspeita de contágio pela variante ômicron, deve ficar em casa e procurar um médico. Não saber o que fazer pode deixar as pessoas apreensivas.

As informações são do dia 18 de março.

402. Isto é alergia ou Covid-19? (3)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. O Japão está entrando na temporada de alergias ao pólen do cedro e do cipreste japonês, o hinoki, em meio às infecções generalizadas da variante ômicron. Na terceira parte desta série, vamos falar sobre o comunicado emitido por um grupo de médicos otorrinolaringologistas.

Em um levantamento de âmbito nacional conduzido em 2019 por uma equipe que inclui a Sociedade Japonesa de Imunologia e Alergologia em Otorrinolaringologia, 42,5% dos entrevistados afirmaram sofrer de algum tipo de alergia ao pólen, e 38,8% responderam ter alergia ao pólen do cedro. O resultado sugere que mais de uma em cada três pessoas no Japão sofre de alergia ao pólen.

No entanto, não é fácil que um número tão grande de pessoas seja testado para a Covid-19 quando elas desenvolvem sintomas como espirros e coriza. Antecipando tal confusão, a Sociedade Japonesa de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço emitiu um comunicado em seu site na internet, em 25 de janeiro, antes do início da temporada de alergia ao pólen.

Ele diz que sintomas experimentados por pessoas com alergia ao pólen, como coriza, espirros, nariz entupido, perda de paladar e fadiga, também são sintomas comuns de Covid-19, em especial da variante ômicron. A Sociedade Japonesa de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço afirma que isso torna difícil para aqueles com sintomas de alergia determinar se eles foram infectados pelo coronavírus.

As informações são do dia 17 de março.

401. Isto é alergia ou Covid-19? (2)

Na segunda parte de nossa série, falamos com uma médica que atende pacientes com tais sintomas.

Kimura Yurika, médica que lidera uma equipe para medidas contra o coronavírus na Associação Japonesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, diz que mesmo os médicos especialistas têm dificuldades em diferenciar os sintomas causados por alergias a pólen dos da variante ômicron.

Kimura descreveu um caso onde um paciente veio se consultar para receber sua medicação regular de alergia a pólen para tratamento de espirros e escorrimento do nariz, mas que dois dias depois voltou com inflamação da garganta e foi diagnosticado como infectado por coronavírus.

Kimura diz que esse caso a fez reconhecer a dificuldade em distinguir os sintomas da doença causada pelo coronavírus na sua fase inicial. A médica disse que embora as alergias a pólens apresentem tecnicamente sinais típicos como o esbranquiçar da mucosa nasal, há muitos casos em que esses sintomas não surgem no estágio inicial das alergias. Kimura acrescentou que é difícil mesmo para os médicos distinguirem sintomas de alergia a pólen daqueles da Covid-19 sem o teste do paciente para o vírus.

As informações são do dia 16 de março.

400. Isto é alergia ou Covid-19? (1)

A NHK está respondendo a perguntas de ouvintes sobre o coronavírus. O Japão está entrando na temporada das alergias ao pólen do cedro e do cipreste japonês “hinoki”, em meio às infecções generalizadas da variante ômicron. Ao espirrar ou ter coriza, as pessoas não sabem se estão com polinose ou Covid-19. Na nossa nova série, trazemos informações sobre o que fazer quando não se sabe a causa dos sintomas, e também sobre o que devemos tomar cuidado e estarmos preparados para enfrentar.

Segundo otorrinolaringologistas, estes são os principais sintomas das alergias ao pólen: espirros, coriza, nariz entupido, coceira nos olhos, fadiga, distúrbio do olfato, sensação de febre, dores ou irritação na garganta, tosse, dor de cabeça leve e coceira nos ouvidos.

Por outro lado, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão diz que estes são os sintomas apresentados por pessoas infectadas pela variante ômicron do coronavírus: 66,6% dos pacientes tiveram febre, 41,6%, tosse, 22,5%, fadiga geral e 21,1%, dores de cabeça. O instituto acrescenta que 12,9% mostraram sintomas respiratórios diferentes de tosse, 2,7% tiveram náuseas ou vomitaram, 2,3%, diarreia e 0,8%, distúrbio do paladar ou olfato.

Uma outra pesquisa realizada pelo instituto nacional revelou que 45,1% dos pacientes tiveram tosse, 32,8%, febre, também 32,8%, dor de garganta, 20,5%, coriza, 1,6%, distúrbio de olfato e 0,8%, distúrbio do paladar.

Ainda outra pesquisa, feita por uma equipe de pesquisadores no Reino Unido, relata que 60% dos pacientes sintomáticos infectados com a variante ômicron tiveram espirros.

Embora os sintomas variem de pessoa para pessoa, tanto aqueles com polinose como os infectados pela variante ômicron tendem a apresentar sintomas parecidos, incluindo espirros e coriza.

As informações são do dia 15 de março.

399. Japão inicia vacinação de crianças contra a Covid-19 (10)

Nesta décima e última edição da série sobre inoculação infantojuvenil, consultamos a opinião de um especialista no assunto.

O professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, é um pediatra bem-versado acerca de vacinações. Ele explica que, em primeiro lugar, deve-se entender tanto as vantagens quanto as desvantagens das inoculações ou o que pode vir a ocorrer caso uma criança seja infectada pelo vírus.

Nakayama mencionou diversos fatores que devem ser levados em consideração. Ele afirma que, se crianças forem infectadas, elas devem ficar em casa por um longo período, mesmo que os sintomas sejam leves. Com isso, elas podem sofrer tanto física quanto psicologicamente.

O professor explica que as vacinas não podem evitar totalmente uma infecção, mas é possível que façam com que os sintomas sejam leves. Afirma que vacinas também ajudam a evitar que as crianças tragam o vírus para casa e infectem seus pais ou avós que residem na mesma moradia.

Nakayama diz que as vacinas devem ser proativamente recomendadas para crianças com condições de saúde preexistentes que têm risco de se tornarem gravemente enfermas. Ele afirma, no entanto, que as opiniões entre os especialistas estão divididas acerca da recomendação geral para todo o público infantojuvenil.

Segundo o professor, algumas pessoas podem achar que, apesar de as infecções entre crianças estarem aumentando, muitas delas não desenvolvem condições graves e que, portanto, os pequenos não precisariam ser vacinados. No entanto, Nakayama afirma que não há como saber com antecedência se o quadro de uma criança pode se agravar ou não.

O especialista afirma que vacinas não devem ser forçadas, e que é importante que as pessoas entendam seu mecanismo e decidam por conta própria. Ele diz que gostaria que as pessoas buscassem informações precisas e conhecessem o ponto de vista científico para tomarem sua decisão final.

As informações são do dia 14 de março.

398. Japão inicia vacinação de crianças contra a Covid-19 (9)

Nesta nona edição da série sobre inoculação de crianças, vamos saber como se sentem os pais e responsáveis a esse respeito.

O distrito de Koto, em Tóquio, realizou uma pesquisa com os residentes registrados através do aplicativo Line, responsáveis por crianças com idade entre 5 e 11 anos. Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa entre os dias 10 e 13 de fevereiro.

Sobre se querem ou não que as crianças sob sua tutela sejam vacinadas, 31,3% dos participantes responderam “sim, o mais rápido possível” e 48,7% disseram que “após um certo tempo, e se não houver problemas, sim”. Por outro lado, 20% dos entrevistados disseram que não querem que suas crianças sejam vacinadas.

Ao serem perguntados se sentiam ansiedade a respeito da vacinação de crianças, 39,6% disseram “bastante” e 49,7% disseram “um pouco”, o que mostra que muitas pessoas têm preocupações a respeito da vacinação.

As informações são do dia 11 de março.

397. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (8)

Nesta oitava edição da série sobre inoculação de crianças, o assunto é eficácia da vacinação.

Em 1º de março, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos divulgaram resultados de um estudo sobre a eficácia da aplicação da vacina da Pfizer–BioNTech em crianças e adolescentes com idade entre 5 a 17 anos. O estudo abrangeu o período entre o início de abril do ano passado e o final de janeiro deste ano. Os alvos do estudo foram 40 mil crianças e adolescentes que, tendo contraído a Covid-19, viriam a receber tratamento de urgência ou internação em estabelecimentos médico-hospitalares de várias partes dos Estados Unidos.

Segundo os resultados divulgados, hospitalizações foram evitadas em 74% dos casos de crianças de 5 a 11 anos que haviam recebido a segunda dose da vacina. Quanto a adolescentes entre 12 e 17 anos de idade, hospitalizações foram evitadas em proporção de 73% a 94% dos casos, tendo variado de acordo com as datas de inoculação.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recomendam a vacinação para a faixa etária que foi alvo do estudo. O órgão admite que a eficácia das doses tende a enfraquecer com a passagem do tempo, mas afirma que a vacinação é altamente eficaz em prevenir hospitalizações.

As informações são do dia 10 de março.

396. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (7)

Nesta série, destacamos a inoculação do público infantojuvenil e, no sétimo episódio, analisamos a importância da vacinação para as crianças.

Autoridades sanitárias do estado americano de Nova York divulgaram um estudo que mostra que a capacidade da vacina da Pfizer de prevenir infecções teve declínio significativo para crianças de 5 a 11 anos quando a variante ômicron se tornou dominante. O professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, é um pediatra bem-versado em vacinação. Ele explica que a dose administrada ao grupo etário de 5 a 11 anos é de um terço da dose para pessoas com 12 anos ou mais de idade. O médico ressalta que não há muita diferença no tamanho corporal de uma criança de 11 e uma de 12 anos. Afirma que, quanto menor for a dose, menos eficaz será a vacina. Ele conclui, portanto, que é facilmente presumível que a duração da eficácia da vacina será mais curta para crianças mais novas.

Nakayama explica que o principal objetivo da vacinação é evitar que os infectados evoluam para quadro grave da doença. E acrescenta que, levando isto em consideração, a vacina da Pfizer certamente possui efeitos, já que sua eficácia no quesito de evitar hospitalizações foi de pelo menos cerca de 50%. Ele afirma que é melhor estar imunizado pela vacinação do que ser infectado sem nenhuma proteção.

O médico explica que o processo de decidir uma dose apropriada para crianças é uma questão complicada. Segundo ele, é necessário considerar cuidadosamente o quanto deve ser reduzido em relação à dose de adultos e em que critérios será baseada a redução. Ele diz que não somente a idade, mas também o porte físico da criança deve ser levado em consideração. Afirmou que diminuir a faixa etária para as doses menores também pode ser uma opção.

As informações são do dia 9 de março.

395. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (6)

Desta vez, na sexta parte, vamos abordar como a proteção contra infecções muda de acordo com o passar do tempo.

Em 28 de fevereiro, autoridades sanitárias do estado americano de Nova York divulgaram um estudo sobre a eficácia da vacina do laboratório Pfizer na prevenção de infecções e hospitalizações em menores com idades entre 5 e 17 anos.

O relatório mostra que a proteção da vacina contra infecções entre menores de 12 a 17 anos caiu para 51% no final de janeiro ante os 66% registrados em meados de dezembro, quando a variante ômicron se tornou proeminente. No entanto, a eficácia entre crianças de 5 a 11 anos exibiu um declínio ainda mais significativo, de 68% para 12%.

Segundo pesquisadores, o recuo entre crianças mais novas pode ser atribuído ao fato de que elas receberam somente um terço da dose de menores com idade igual ou superior a 12 anos.

Até o final de janeiro, a eficácia da vacina da Pfizer contra a hospitalização era de 73% em menores entre 12 e 17 anos, e de 48% em crianças com idades entre 5 e 11 anos.

Pesquisadores afirmam não possuir dados suficientes para fornecer uma análise precisa, pois não são muitos os menores que desenvolvem sintomas graves.

Embora os resultados ainda não tenham sido verificados por terceiros, especialistas realçam a necessidade potencial de estudar dosagens alternativas para menores, além de doses de reforço.

As informações são do dia 8 de março.

394. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (5)

Esta série dá enfoque à inoculação infantil e desta vez, na quinta parte, falaremos sobre a avaliação da vacinação de crianças feita pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos.

Autoridades de saúde recomendam a inoculação quando as vantagens da vacina superam os riscos, como possíveis efeitos adversos. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam que crianças com idade entre 5 e 11 anos sejam vacinadas, afirmando que a inoculação desta faixa etária é segura, efetiva e seus méritos superam os deméritos.

As autoridades de saúde do Canadá e da França partilham da mesma opinião. Já as autoridades do Reino Unido e Alemanha recomendam que apenas crianças que apresentam alto risco ou que vivem com membros familiares que possuam sistema imune comprometido sejam vacinadas.

Em novembro de 2021, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC enumerou os méritos da inoculação de crianças.

Afirmou que a vacinação evita que crianças sejam infectadas ou que desenvolvam sintomas graves caso contraiam a doença, evita que as infecções se disseminem através de crianças, e permite que elas se sintam seguras para ir à escola, entre outras atividades. Com relação aos deméritos, o comitê citou efeitos adversos de curto prazo como também efeitos colaterais raros mas graves, entre os quais miocardite, uma inflamação na musculatura do coração.

As informações são do dia 7 de março.

393. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (4)

Na quarta parte, falaremos sobre um relatório americano envolvendo efeitos colaterais.

A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos teve início em novembro de 2021 nos Estados Unidos. O órgão Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) divulgou uma análise de 4.249 relatórios sobre casos adversos entre crianças que receberam as doses até 19 de dezembro. Cerca de 8,7 milhões de imunizantes foram aplicados em crianças desta faixa etária durante o período.

Nos Estados Unidos, qualquer pessoa que tiver problema após ser vacinada pode relatá-lo como possíveis efeitos colaterais.

A análise da instituição mostra que 4.149 casos, ou 97,6% dos relatos, não eram sérios. Especificamente, os sintomas registrados foram: náusea, mencionada em 316 relatos ou 7,6% do total de casos; febre, em 291 casos ou 7%; dor de cabeça, 255 casos ou 6,2%; e desmaio, também 255 casos. Tontura foi citada em 244 casos, ou 5,9%, e fadiga, em 201 relatos, ou 4,8%.

Entre 100 relatos que o CDC classificou como eventos sérios, 29 casos (29%) envolveram febre; 21 (21%), náusea; e 12 (12%), convulsão.

Onze crianças vacinadas foram diagnosticadas com miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, mas todas teriam se recuperado. Segundo a análise, a proporção daquelas diagnosticadas com miocardite é muito mais baixa nesta faixa etária em comparação com as pessoas com 12 anos ou mais.

Duas crianças morreram após a vacinação. Contudo, o CDC diz que ambas tinham histórico médico complicado, e suas condições de saúde eram frágeis antes da imunização. A análise acrescenta que nenhum dado indica uma relação causal entre morte e vacinação.

As informações são do dia 4 de março.

392. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (3)

Desta vez, na terceira parte, vamos abordar a segurança em testes clínicos.

Os laboratórios Pfizer e BioNTech conduziram um teste clínico em mais de 2.200 crianças com idades entre 5 e 11 anos nos Estados Unidos, na Espanha e em outros países. Alguns efeitos adversos, tais como dor no local da injeção e fadiga, foram reportados, mas a maior parte dos sintomas foram de leves a moderados e melhoraram depois de um ou dois dias.

Vamos observar sintomas específicos.

Dor no local da injeção foi reportada em 74% dos casos após a primeira dose e em 71% dos casos depois da segunda dose.

Fadiga foi reportada em 34% dos casos após a primeira dose e em 39% dos casos depois da segunda dose.

Dor de cabeça foi reportada em 22% dos casos após a primeira dose e em 28% dos casos depois da segunda dose.

Vermelhidão no local da injeção foi reportada em 15% dos casos após a primeira dose e em 19% dos casos depois da segunda dose.

Inchaço no local da injeção foi reportada em 10% dos casos após a primeira dose e em 15% dos casos depois da segunda dose.

Dores musculares foram reportados em 9% dos casos após a primeira dose e em 12% dos casos depois da segunda dose.

Calafrios foram reportados em 5% dos casos após a primeira dose e em 10% dos casos depois da segunda dose.

Febre igual ou superior a 38 graus Celsius foi reportada em 3% dos casos após a primeira dose e em 7% dos casos depois da segunda dose.

Antipiréticos teriam sido usados em 14% dos casos após a primeira dose e em 20% dos casos depois da segunda dose.

Estas informações são do dia 3 de março.

391. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (2)

Na segunda parte desta série sobre a inoculação infantil, vamos avaliar a eficácia da vacinação.

A Pfizer conduziu testes clínicos envolvendo mais de 2.200 crianças de 5 a 11 anos de idade, em países como Estados Unidos e Espanha. A fabricante de medicamentos afirma que os resultados confirmaram eficácia da vacina em 90,7% para prevenção de infecções sintomáticas. A Pfizer também afirma que a vacina é segura, já que os sintomas apresentados por crianças após a inoculação são principalmente de leves a moderados.

Nos estudos clínicos, mais de 1.500 crianças receberam 10 microgramas por dose, equivalente a um terço da dose administrada em adultos. A vacina é aplicada duas vezes, com intervalo de três semanas entre si. Setecentas e cinquenta crianças receberam placebo.

Os pesquisadores confirmaram que os níveis de anticorpos neutralizantes em crianças inoculadas eram tão altos quanto os de pessoas na faixa etária de 16 a 25 anos, que receberam as doses regulares da vacina. O número de crianças que desenvolveram Covid-19 sintomática depois de sete dias ou mais após a segunda dose da vacina foi de apenas 3 em todo o grupo infantojuvenil vacinado, em comparação com 16 infecções sintomáticas apresentadas por crianças do grupo que tomou o placebo. Os pesquisadores concluíram que a vacina tem eficácia de 90,7% em prevenir sintomas da Covid-19.

As informações são do dia 2 de março.

390. Japão inicia a vacinação de crianças contra a Covid-19 (1)

No final de fevereiro, o Japão começou a inocular crianças com idades entre 5 e 11 anos contra a Covid-19. Nesta série, vamos dar enfoque à vacinação de crianças, investigando os possíveis efeitos colaterais e como o programa está sendo implementado. Na primeira parte da série, vamos analisar os detalhes da política do governo japonês.

No dia 21 de fevereiro, o governo japonês autorizou oficialmente a inoculação de crianças com 5 a 12 anos de idade. Para esta faixa etária, a dose é um terço daquela recebida por pessoas com 12 anos ou mais de idade. As vacinas são aplicadas duas vezes, com um intervalo de 3 semanas entre si. O governo não recomenda a vacinação em massa nas escolas. As crianças estão recebendo as doses individualmente, em locais de vacinação em seus municípios ou em clínicas pediátricas.

Atualmente, crianças entre 5 e 11 anos não são obrigadas a tentar obter a vacina contra a Covid, já que não há dados suficientes para comprovar sua eficácia contra a variante ômicron. Para crianças nesta faixa etária serem vacinadas, é necessário o consentimento de seus país ou responsáveis. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão está pedindo aos responsáveis que conversem detalhadamente com as crianças antes da vacinação sobre sua eficácia e segurança com base em dados. É recomendada também uma consulta com o médico da família antes de decidirem se a criança será vacinada.

O ministério está exortando crianças com problemas respiratórios ou outras condições preexistentes a serem vacinadas, já que elas apresentam um risco mais alto de desenvolver sintomas graves da Covid-19.

Estas informações são do dia 1º de março.

389. Equipe de pesquisadores publica estudo sobre o uso de vacina de reforço de marca diferente (3)

Nesta série, reportamos sobre alternar vacinas para a terceira dose ao invés de utilizar a mesma vacina ministrada inicialmente. Neste terceiro e último episódio, apresentaremos o ponto de vista de especialistas.

Ito Suminobu, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Juntendo e líder da equipe de pesquisa, disse que os níveis de anticorpos em pessoas que receberam a dose de reforço da Moderna no sistema de mistura de vacinas eram mais altos do que nos casos em que as pessoas receberam as três doses da Pfizer. Apesar de os relatos de efeitos secundários terem sido mais altos, o número de pessoas que se ausentaram com licença médica não variou significativamente. Ele disse que as pessoas devem levar em conta tanto a eficácia quanto os efeitos colaterais quando forem escolher a vacina.

O professor do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Tóquio Hamada Atsuo é um especialista em doenças infecciosas. Ele disse que países da Europa e os EUA estão transitando rapidamente para uma restauração da vida e das condições socioeconômicas para como eram antes da pandemia. No entanto, Hamada diz que o número de novos casos acabou de superar seu pico no Japão e apenas pouco mais de 10% da população recebeu a dose de reforço. Ele disse que, em áreas que não registram muitos novos casos de infecção, não há problema em adotar medidas para restaurar as condições socioeconômicas. No entanto, defende que, para áreas como Tóquio e Osaka, onde o número de novos casos continua alto, as autoridades devem considerar a situação médica — particularmente a porcentagem de pessoas idosas que receberam a terceira dose da vacina — antes de decidir se irão suspender o estado de semiemergência.

As informações são do dia 28 de fevereiro.

388. Equipe de pesquisadores publica estudo sobre o uso de vacina de reforço de marca diferente (2)

Esta série aborda a aplicação das doses de reforço, cuja marca é diferente daquela aplicada nas doses iniciais. Nesta segunda parte da série, falamos sobre os possíveis efeitos colaterais.

Um relatório divulgado pela equipe do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social contém uma lista de efeitos colaterais que as pessoas tiveram após a aplicação de uma dose de reforço.

Entre aquelas que receberam três doses da vacina da Pfizer, 21,4 por cento apresentaram febre de 38 graus ou superior; 69,1 por cento sentiram fadiga, e 55 por cento tiveram dor de cabeça. Entre as pessoas que receberam duas doses do imunizante da Pfizer e uma da Moderna, 49,2 por cento apresentaram febre de 38 graus ou superior; 78 por cento sentiram fadiga, e 69,6 por cento tiveram dor de cabeça. Em todos os casos, os efeitos colaterais foram piores um dia após a aplicação das doses de reforço, e os sintomas desapareceram dentro de dois ou três dias.

Dois casos suspeitos de inflamação dos músculos cardíacos foram relatados entre as pessoas que foram imunizadas com três doses da vacina da Pfizer, mas os sintomas não teriam sido sérios. Nenhum efeito colateral grave foi registrado entre as que se submeteram à aplicação de duas doses da Pfizer e uma de reforço da Moderna.

Estas informações são do dia 25 de fevereiro.

387. Equipe de pesquisadores publica estudo sobre o uso de vacina de reforço de marca diferente (1)

Uma equipe de pesquisadores do governo do Japão publicou estudo inédito sobre a eficácia e a segurança no uso de vacina de reforço diferente da utilizada nas duas doses iniciais. Esta série trata da diferenciação de doses de reforço, em vez da utilização de vacina com marca correspondente à das doses iniciais. Nesta primeira edição, a eficácia deste tipo de vacinação.

A equipe do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão analisou dados sobre profissionais da saúde, que foram os primeiros indivíduos no país a receber a terceira dose. Todos haviam recebido inicialmente duas doses da vacina da Pfizer. No caso da terceira dose, até 28 de janeiro, 2.826 deles receberam a vacina da Pfizer, enquanto 773 receberam a da Moderna.

Os pesquisadores mediram o nível de anticorpos que lhes proporcionaria imunização contra a variante original e examinaram efeitos colaterais. No dia 18 de fevereiro a equipe explicou os resultados em reunião da comissão de especialistas que assessora a pasta.

Foram avaliados no estudo os níveis de anticorpos dos indivíduos passados 30 dias da aplicação da terceira dose. Nenhum deles tinha adquirido anticorpos por meio de infecção pelo vírus. O nível de anticorpos dos que receberam a vacina de reforço da Pfizer foi, em média, 54,1 vezes maior do que tinham antes de receber a dose adicional. O mesmo nível foi 67,9 vezes maior entre os que receberam a dose de reforço da Moderna.

Os pesquisadores disseram que aparentemente, levando-se em conta resultados de estudos realizados fora do Japão, a dose adicional da Moderna é mais eficaz também contra a variante ômicron, não apenas contra a variante original.

Estas informações são do dia 24 de fevereiro.

386. O que se sabe sobre a variante ômicron (4)

Desta vez, vamos saber a respeito da eficácia de vacinas contra a ômicron.

Tem havido relatos de pessoas que, apesar de terem sido vacinadas duas vezes contra o coronavírus, acabaram sendo infectadas pela variante ômicron. Em sua atualização semanal divulgada em 11 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que existe risco elevado de reinfecção. A atualização também diz que a vacinação proporciona proteção reduzida contra infecção e doença sintomática, além de uma possível proteção reduzida contra doença grave quando se trata de infecção pela ômicron.

Em sua reunião de 31 de dezembro, autoridades sanitárias do Reino Unido afirmaram que duas doses de vacinas mRNA, como as desenvolvidas pelos laboratórios Pfizer e Moderna, são eficazes em 65% a 70% na prevenção de infecção sintomática pela variante ômicron. Isso foi no período de duas a quatro semanas após a segunda dose. A eficácia cai para cerca de 10% depois de 20 semanas.

Os dados mostram ainda que uma terceira dose com o imunizante da Pfizer ou da Moderna em pessoas que foram vacinadas duas vezes com a Pfizer é eficaz em 65% a 75% na prevenção de doença sintomática depois de duas a quatro semanas. No entanto, a eficácia cai de 55% a 70% após cinco a nove semanas, e de 40% a 50% depois de dez semanas.

Por outro lado, descobriu-se que a vacinação é mais eficaz em reduzir o desenvolvimento de sintomas graves e o risco de hospitalização. No caso daqueles que receberam doses da Pfizer, Moderna ou AstraZeneca, a imunização dupla é eficaz em 72% na prevenção de internação de duas a 24 semanas após o recebimento das doses, e eficaz em 52% depois de 25 semanas. Os dados mostram que a vacinação dupla e uma dose de reforço são eficazes em 88% para evitar a admissão hospitalar após duas semanas desde a última dose.

Estas informações são do dia 20 de janeiro.

385. O que se sabe sobre a variante ômicron (3)

Desta vez, vamos saber se a ômicron causa quadros graves da doença.

As autoridades sanitárias do Reino Unido afirmaram que, em 31 de dezembro do ano passado, o risco de internação hospitalar entre pessoas infectadas pela ômicron era em torno de um terço em relação à variante delta. Elas também disseram que aqueles que passaram 14 dias ou mais após receberem a segunda dose da vacina tinham 65% menos risco de serem hospitalizados em comparação com os que não haviam sido inoculados. Já aqueles que tomaram a terceira dose da vacina mais de 14 dias antes teriam 81% menos risco de internação hospitalar.

No entanto, é preciso ter cautela ao interpretar os dados. Segundo as autoridades britânicas, doses de reforço são eficazes em prevenir que pacientes infectados pela ômicron desenvolvam sintomas graves. No Reino Unido, 62,3% da população havia sido vacinada pela terceira vez até 10 de janeiro.

Enquanto isso, no Japão, apenas 1,1% da população do país havia recebido a terceira dose até 17 de janeiro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu a entender que a variante tem gerado sobrecarga no sistema médico-hospitalar de cada país, apesar do baixo risco de internação. Isso ocorre porque o volume de casos está puxando para cima o número de quadros graves da doença e mortes.

Estas informações são do dia 19 de janeiro.

384. O que se sabe sobre a variante ômicron (2)

Nesta série, estamos apresentando o que se sabe sobre a variante até agora, como sua transmissibilidade, o risco de tornar-se uma doença grave e o possível impacto no sistema médico-hospitalar. Hoje, na segunda parte, analisamos a possibilidade da variante ômicron causar uma doença séria. Aumentam as evidências de que esta variante cause sintomas menos graves do que as cepas anteriores.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), disse em seu relatório semanal publicado no dia 11 de janeiro que, durante o período dominado por infecções pela ômicron, as taxas de hospitalização pareciam ser mais baixas, e menos pacientes desenvolveram uma doença grave. No dia 4 de janeiro, funcionários da OMS haviam dito que, em comparação com outras variantes, a ômicron parece afetar mais as vias respiratórias superiores, como o nariz e a garganta, e parece ser menos provável que a cepa atinja os pulmões e cause sintomas graves. Contudo, os funcionários advertem que são necessários mais estudos para provar essas teorias.

No Japão, dados preliminares compilados em Okinawa forneceram informações sobre a seriedade dos sintomas causados pelas diferentes variantes do coronavírus.

Funcionários do governo realizaram estudos com pacientes da Covid-19 na província quando o número de casos alcançou os 650 em alguns momentos da pandemia.

Eles descobriram que 84,8% dos pacientes tinham sintomas leves ou não tinham sintomas, e 0,6% tinham sintomas graves até o dia 1 de abril do ano passado, quando a variante original do vírus era a dominante.

No dia 18 de julho, no período dominado pela variante alfa, 72,8 por cento tinham sintomas leves ou não tinham sintomas, enquanto 0,9% ficaram em estado grave.

No dia 4 de janeiro deste ano, a variante ômicron tornou-se dominante, e 92,3% dos pacientes tinham sintomas leves ou não tinham sintomas, e ninguém ficou em estado grave.

Contudo, especialistas advertem que, atualmente, a maioria dos pacientes em Okinawa são jovens, e que o número de pessoas em estado grave pode subir se as infecções aumentarem entre os idosos.

Esta informação é do dia 18 de janeiro.

383. O que se sabe sobre a variante ômicron (1)

A variante ômicron tem se disseminado rapidamente, com velocidade sem precedente. Sucessivos relatos de todo o mundo têm mostrado a alta transmissibilidade da nova cepa. Infecções pela ômicron no Japão estão aumentando, com mais de 20 mil casos reportados diariamente. Quais são os riscos de contágio e de desenvolver sintomas graves? E como isso pode impactar os serviços médico-hospitalares? Nesta mais recente série, apresentamos o que se sabe até agora sobre a ômicron. Hoje, na primeira parte, vamos analisar a transmissibilidade da nova cepa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em seu relatório semanal, em 11 de janeiro, sobre o “aumento da transmissibilidade” da variante ômicron.

O relatório menciona um estudo realizado na Dinamarca, em dezembro de 2021, que revelou que a taxa de transmissão secundária dentro de domicílios era de 31% pela ômicron, em comparação com 21% pela variante delta.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) afirma ter descoberto que a transmissibilidade da ômicron é no máximo três vezes maior que a da variante delta.

Nos Estados Unidos e em países europeus, a ômicron tem rapidamente substituído a delta, tornando-se a variante dominante entre infectados.

No Reino Unido, até 30 de dezembro de 2021, cerca de 95% dos novos casos de coronavírus reportados na maioria das regiões na Inglaterra eram de contágio pela ômicron.

O CDC afirma que até 8 de janeiro, nos Estados Unidos, cerca de 98,3% das novas infecções eram casos de ômicron, o que mostra que a nova variante se tornou dominante e praticamente substituiu todas as demais cepas do coronavírus.

As informações são do dia 17 de janeiro.

382. Como saber se alguém está infectado pelo coronavírus? (4)

Nesta edição vamos falar sobre como devemos usar os kits de teste de antígenos ao apresentar sintomas.

Segundo os especialistas, os kits de teste de antígenos disponíveis em drogarias podem ajudar se apresentarmos sintomas durante a noite ou quando estivermos indecisos sobre ir ou não ao médico. Contudo, o uso desses kits não é recomendado se não houver sintomas, já que eles parecem ser menos precisos nesses casos.

Os kits de teste de antígenos parecem produzir resultados confiáveis se os utilizar num período de nove dias após apresentar sintomas. Contudo, nestes casos é melhor usar os kits chamados de "diagnóstico in vitro", ou IVD nas iniciais em inglês. Os especialistas estão incentivando as pessoas a comprarem estes kits como precaução.

Mas é bom saber que os kits de teste de antígenos podem mostrar resultados negativos mesmo em pessoas que estão com o vírus. É importante ir ao médico se os sintomas persistirem, mesmo se o resultado do teste tiver sido negativo. Otsuka Yoshihito, do Centro Médico de Kameda, disse que os kits de teste de antígeno aprovados pelo governo japonês são vendidos por cerca de 20 dólares e são fáceis de encontrar, por isso é uma boa ideia ter um em casa. Mas ele adverte que os kits de teste de antígenos podem mostrar resultados negativos falsos se o vírus não tiver atingido um determinado nível. Otsuka recomenda ir ao médico se os sintomas persistirem e houver preocupação.

Estas informações são do dia 14 de janeiro.

381. Como saber se alguém está infectado pelo coronavírus? (3)

Neste auge da temporada da gripe comum, tem havido no Japão um acelerado aumento no número de infecções pela variante ômicron. Como deve agir alguém que apresente sintomas semelhantes aos da gripe para verificar se contraiu a Covid-19? Nesta edição tratamos de medidas a tomar diante de sintomas leves ou da ausência de sintomas.

O governo do Japão instruiu prefeituras e governos provinciais em regiões com “necessidade particular de medidas anti-infecção” que ofereçam gratuitamente exames do coronavírus mesmo a indivíduos sem sintomas. Prefeituras e governos provinciais já oferecem exames grátis para pessoas incapazes de receber vacinação, desde que não tenham sintomas de infecção pelo vírus.

O que fazer quando o indivíduo apresenta sintomas leves? A comissão de especialistas que assessora o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão pede o comparecimento com urgência a instituições médico-hospitalares de pessoas com ligeira febre, fadiga ou outras formas de mal-estar.

De acordo com Otsuka Yoshihito, do Centro Médico de Kameda, integrante da comissão de especialistas responsável pela elaboração de diretriz sobre exames do coronavírus, devem ser examinados indivíduos que tenham sintomas semelhantes aos da gripe, como dor de garganta, coriza, febre, dor de cabeça ou letargia.

Estas informações são do dia 13 de janeiro.

380. Como saber se alguém está infectado pelo coronavírus? (2)

Está ocorrendo no Japão um acelerado aumento no número de infecções pela variante ômicron nesta que é a alta temporada da gripe comum. O que alguém deve fazer quando, ao ter sintomas leves de gripe, deseja verificar se está com a Covid-19? Esta edição trata dos sintomas de infecção pela variante ômicron.

Reunida em 6 de janeiro, a comissão de especialistas que assessora o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão ouviu um relato sobre 50 pacientes da província de Okinawa que foram diagnosticados com infecção pela variante ômicron até o primeiro dia do ano.

O relato deu conta de que 72% dos pacientes tiveram febre de 37,5 graus ou mais, enquanto 58% apresentaram tosse e metade sentiu fadiga. Além disso, 44% tiveram dor de garganta; 36%, congestão nasal ou coriza; 32%, dor de cabeça; e 24%, dor em articulações. Oito por cento dos diagnosticados sentiram náusea ou vomitaram; 6% tiveram dificuldade de respirar; e 2% sofreram alterações no paladar ou no olfato. De acordo com o relato, somente 4% não apresentaram sintomas.

O diretor-geral do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão e presidente da comissão, Wakita Takaji, disse que, embora frequentes sintomas digestivos ou perda do paladar ou olfato sejam atribuídos a pacientes da Covid-19, o relato de Okinawa indica não haver os mesmos sintomas entre infectados pela variante ômicron. Ele conclui que os sintomas da ômicron são mais semelhantes aos de uma gripe comum.

Estas informações são do dia 12 de janeiro.

379. Como saber se alguém está infectado pelo coronavírus? (1)

O Japão testemunha o rápido alastramento de infecções causadas pela variante ômicron do coronavírus. O inverno é a alta temporada para a gripe comum. As pessoas podem se sentir ansiosas quando têm sintomas leves de gripe, como se estivessem com Covid-19. O que devemos fazer em tais situações?

Os sintomas de Covid-19 diferem de pessoa para pessoa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) menciona o seguinte como sendo sintomas comuns que as pessoas desenvolvem quando são infectadas pelo coronavírus. São eles: febre, tosse seca, fadiga e perda de paladar ou olfato. Outros sintomas que podem afetar alguns pacientes incluem dor de garganta, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea ou descoloração dos dedos das mãos e dos pés, e olhos vermelhos.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, mencionam ainda falta de ar ou dificuldade de respiração, dores musculares ou corporais, congestão ou corrimento nasal, náusea ou vômito, e calafrios como sendo sintomas de Covid-19.

A questão é se os sintomas são os mesmos para infecções pela variante ômicron. Em 4 de janeiro, uma autoridade da OMS afirmou que um número cada vez maior de estudos aponta que a variante infecta o trato respiratório superior, ao contrário de outras variantes que afetam os pulmões e causam pneumonia grave. A autoridade deu a entender que inflamações provocadas pela ômicron se concentram principalmente no nariz e na garganta. Isso sugere que sintomas predominantes podem diferir de uma variante para outra.

Estas informações são do dia 11 de janeiro.

378. O disparo de casos de infecção pelo coronavírus em Tóquio entre o final do ano e o ano novo (2)

Tóquio registrou um aumento nos casos de infecção pelo coronavírus entre o final do ano e o início do ano novo. Casos que se acreditam ser transmissão comunitária da variante ômicron também estão crescendo. Nesta edição, vamos dar enfoque ao aumento de casos desse tipo de transmissão.

Tóquio confirmou o primeiro caso de contágio pela ômicron em 16 de dezembro. Em duas semanas até o dia 28 do mesmo mês, o total de infecções por esta cepa chegou a 13. A contagem diária, por sua vez, foi de 9 em 30 de dezembro, e 25, no dia 3 de janeiro.

Havia somente um caso de possível transmissão comunitária até 28 de dezembro, mas o número subiu para 12 na soma dos dias entre 30 de dezembro e 3 de janeiro.

Uma autoridade do governo metropolitano de Tóquio afirmou que havia um aumento acentuado nos casos de contágio pela ômicron após o Natal e há possibilidade de que a variante tenha se propagado rapidamente entre o final do ano e o ano novo.

Até 6.919 leitos hospitalares estão garantidos para as pessoas infectadas pelo coronavírus. Em 3 de janeiro, a taxa de ocupação era de 3,5 por cento. Especialistas do governo metropolitano afirmam que, na atual situação, as instituições médicas podem cuidar, de forma estável, tanto de pacientes com Covid-19 quanto de pessoas que sofrem de outras doenças. Contudo, eles advertem que poderá haver falta de leitos hospitalares dependendo da propagação da variante ômicron.

Estas informações são do dia 7 de janeiro.

377. O disparo de casos de infecção pelo coronavírus em Tóquio entre o final do ano e o ano novo (1)

Tóquio registrou um aumento nos casos de infecções pelo coronavírus entre o final do ano e o início do ano novo. Casos que se acredita serem infecções pela variante ômicron transmitida na comunidade também estão crescendo. Desta vez, vamos observar o aumento no número de infecções no período entre 29 de dezembro e 5 de janeiro.

Em 29 de dezembro, Tóquio confirmou 76 novos casos. Isso fez com que o recorde de 73 dias consecutivos com menos de 50 novas infecções diárias fosse interrompido. Em 30 de dezembro, o número de novos casos foi de 64 e, em 31 de dezembro, foram registradas 78 novas infecções – um recorde para o mês. Os números para todos os dias foram quase o dobro em relação aos mesmos dias da semana anterior.

O total diário subiu mais ainda no início do ano novo. O número de infecções confirmadas foi de 79 em 1º de janeiro, e de 84 em 2 de janeiro. Em 3 de janeiro, o total chegou a 103 – ultrapassando a marca de 100 pela primeira vez desde 8 de outubro de 2021. Em 5 de janeiro, o número atingiu 390. Segundo um funcionário do governo metropolitano de Tóquio, o ritmo do aumento está ganhando força e as autoridades estão preparadas para uma crise.

Durante esse período, o número de infecções transmitidas entre familiares foi particularmente visível. Das 484 pessoas infectadas nos seis dias até 3 de janeiro, a rota de infecção era conhecida para 175, ou 36,2% das pessoas. Dessas, o maior número – 101 – foi de infecções transmitidas dentro da família. Isso representou 57,7%. Em seguida, com 12%, infecções transmitidas no local de trabalho. Seguiram-se a isso infecções ao comer fora, com 9,1%, e transmissões em diversas instalações, com 7,4%.

Estas informações são do dia 6 de janeiro.

376. O que se sabe até o momento sobre a variante ômicron? (2)

Desta vez, vamos falar a respeito da gravidade da ômicron.

Existem opiniões segundo as quais, caso pessoas sejam infectadas pela variante ômicron, seus sintomas podem ser menos graves do que os das variantes anteriores. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que devemos nos manter cautelosos quanto à gravidade da ômicron.

Segundo relatos na Europa, Estados Unidos e Coreia do Sul, a maior parte dos pacientes infectados pela variante apresenta nenhum sintoma ou apenas sintomas leves. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) dizem: “Dados iniciais sugerem que uma infecção pela ômicron pode ser menos grave do que uma infecção pelas variantes anteriores. Contudo, dados confiáveis sobre a gravidade clínica continuam limitados. Mesmo que a proporção de infecções associadas a resultados graves seja inferior à das variantes anteriores, dado o provável aumento no número de infecções, os números absolutos de pessoas com resultados graves podem ser substanciais.”

Além disso, existe uma defasagem entre o tempo em que o número de infecções aumenta e quando o número de casos graves e mortes cresce. A OMS declarou em seu relatório semanal, datado de 21 de dezembro, que existem ainda somente dados limitados sobre a gravidade clínica da variante ômicron. A entidade disse: “Hospitalizações no Reino Unido e na África do Sul continuam a subir e, devido ao rápido aumento no número de casos, é possível que os sistemas médico-hospitalares sejam afetados.”

Estas informações são do dia 28 de dezembro.

375. O que se sabe até o momento sobre a variante ômicron? (1)

A ômicron é a mais recente variante de preocupação do coronavírus. Nos Estados Unidos e em nações europeias onde a variante está se espalhando através da transmissão comunitária, a ômicron está rapidamente substituindo a delta como a variante dominante. Casos de transmissão comunitária da ômicron também já foram confirmados no Japão. Em uma nova série que se inicia hoje, apresentamos o que se sabe até o momento sobre a variante ômicron.

Relatos vindos de todas as partes do mundo sugerem que a ômicron é mais contagiosa se comparada com as variantes anteriores. Ela está rapidamente se tornando a variante dominante em países como o Reino Unido e os Estados Unidos – onde a variante delta costumava ser a responsável por quase todos os casos.

A Organização Mundial da Saúde diz que, em países com transmissão comunitária da ômicron, o número de casos está dobrando em cerca de 1 dia e meio a 3 dias. Em uma coletiva de imprensa realizada em 20 de dezembro, o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que agora existem evidências consistentes de que a ômicron se espalha significativamente mais rápido do que a variante delta. Declarou ainda que é mais provável que pessoas que já tenham sido vacinadas ou que se recuperaram da covid-19 sejam infectadas novamente ou pela primeira vez.

As informações são do dia 27 de dezembro.

374. Doses de reforço e a variante ômicron do coronavírus (7)

Nesta série, perguntamos a especialistas sobre a eficácia das doses de reforço contra a nova variante ômicron.

A farmacêutica americana Moderna disse que uma dose de reforço de sua vacina contra o coronavírus teria se mostrado altamente eficaz contra a variante ômicron em testes de laboratório.

Os resultados preliminares, divulgados pela empresa em 20 de dezembro, mostram que as pessoas que receberam duas doses da vacina tinham baixos níveis de anticorpos neutralizantes contra a ômicron.

A dosagem autorizada de 50 microgramas de sua vacina de reforço, administrada tanto no Japão quanto nos Estados Unidos, aumentou cerca de 37 vezes os níveis de anticorpos neutralizantes contra a cepa em relação aos patamares antes da aplicação da terceira dose.

Os níveis de anticorpos chegaram a ser aproximadamente 83 vezes maiores que os registrados antes da dose de reforço quando a dosagem era de 100 microgramas, o que corresponde ao total das duas primeiras vacinas.

A Moderna anunciou que a primeira linha de defesa contra a ômicron será uma dose de reforço da vacina atualmente em uso. A companhia disse que irá continuar desenvolvendo uma vacina específica contra a variante ômicron, mas acrescentou que imunizantes contra a cepa não são necessários nas atuais circunstâncias.

Estas informações são do dia 24 de dezembro.

373. Doses de reforço e a variante ômicron do coronavírus (6)

Desta vez, vamos falar sobre a movimentação nos Estados Unidos.

No dia 15 de dezembro, o principal conselheiro médico da Casa Branca, Anthony Fauci, declarou que doses de reforço de vacinas atualmente à disposição atuam de forma suficiente contra a variante ômicron. Ele disse que a imunização completa com o uso de vacinas da Pfizer-BioNTech ou da Moderna é significativamente comprometida pela variante ômicron tanto em termos de prevenção da infecção como da prevenção de doenças graves.

Fauci acrescentou, porém, que alguns estudos recentes indicam que doses adicionais aumentam consideravelmente o nível de anticorpos neutralizantes, elevando, desse modo, a proteção contra a variante. O especialista declarou que à esta altura não pensa que haja necessidade de uma dose de reforço específica para a variante.

A Pfizer e a Moderna anunciaram que estão desenvolvendo novos imunizantes cujo alvo específico é a variante ômicron. Anthony Fauci renovou seu apelo ao povo americano para que seja vacinado e receba doses de reforço com os imunizantes disponíveis.

Estas informações são do dia 23 de dezembro.

372. Doses de reforço e a variante ômicron do coronavírus (5)

Hoje vamos ver os resultados de um estudo da África do Sul na quinta parte da série.

O laboratório de pesquisas liderado pelo professor Alex Sigal do Instituto de Pesquisas de Saúde África sugere fortemente que a variante ômicron reduz consideravelmente a imunidade induzida pela vacina da Pfizer-BioNTech. O estudo com uso de plasma sanguíneo de 12 pessoas vacinadas descobriu que há uma redução de 40 vezes na habilidade dos anticorpos da vacina em neutralizar a variante. As estimativas recentes do instituto mostram que a vacina pode ser só 22,5% eficaz contra infecções sintomáticas da variante ômicron.

Os resultados do estudo mostram que dentre as amostras de sangue de seis pessoas que foram infectadas e receberam duas doses, cinco apresentaram nível comparativamente alto de anticorpos neutralizantes. O porta-voz do instituto diz que existem boas chances de que as pessoas possam aumentar o nível de seus anticorpos com a terceira dose da vacina e evitar desenvolver sintomas graves.

Estas informações são do dia 22 de dezembro.

371. Doses de reforço e a variante ômicron do coronavírus (4)

Nesta mais recente série, perguntamos a especialistas sobre a eficácia das doses de reforço contra a recente variante ômicron. Esta é a quarta parte da série.

A gigante farmacêutica dos Estados Unidos, Pfizer, e sua parceira alemã BioNTech, publicaram no dia 8 de dezembro os resultados de estudos preliminares sobre a eficácia de sua vacina contra a variante ômicron. Os resultados revelaram que uma terceira dose da vacina aumenta os anticorpos 25 vezes em comparação com apenas duas doses, proporcionando o mesmo nível de proteção contra a primeira versão do vírus.

De acordo com os estudos, as companhias testaram amostras de sangue retiradas de pessoas vacinadas um mês após elas terem recebido a terceira dose, com o objetivo de verificar os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante ômicron. Eles descobriram que os níveis de anticorpos eram comparáveis àqueles observados em pessoas três semanas depois delas terem recebido a segunda dose contra o vírus original. As companhias afirmam que a terceira dose da vacina deve proporcionar um alto nível de proteção contra a variante ômicron.

As companhias dizem ainda que 80% da porção da proteína spike reconhecida pelas células imunes como alvo não é afetado pela mutação na variante ômicron. Segundo as companhias, isto significa que apenas duas doses podem também proporcionar proteção contra um estado grave da doença. Elas dizem acreditar que a dose de reforço aumenta os níveis de imunidade nas células e ajuda a evitar que pacientes da Covid-19 fiquem gravemente doentes.

Estas informações são do dia 21 de dezembro.

370. Doses de reforço e a variante ômicron do coronavírus (3)

Nesta mais recente série, perguntamos a especialistas sobre a eficácia da dose de reforço contra a recém-descoberta variante ômicron. Hoje, na terceira parte da série, o foco é sobre as funções das células do sistema imunológico.

O professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, é bem-versado acerca de vírus e vacinações. Ele aponta que, apesar de a variante ômicron possuir 30 mutações em sua proteína spike — cuja protuberância se conecta com as células humanas —, as alterações ocorrem somente em 3% de toda a proteína spike. Argumenta, portanto, que é pouco provável que as vacinas sejam completamente ineficazes contra a ômicron. Ele diz que a eficácia das vacinas em prevenir a infecção pode ser reduzida até certo ponto, mas o poder que o imunizante tem de evitar que o infectado se torne gravemente enfermo provavelmente não deve decair tanto.

Nakayama afirma que as doses de reforço têm o poder de aumentar o nível de anticorpos e também de elevar as capacidades das células do sistema imunológico que atacam o vírus. Segundo ele, apesar de as mutações ajudarem o vírus a se esquivar dos anticorpos, a proteção fornecida pelas células do sistema imunológico que respondem diante de uma variada gama de mutações poderá ser mantida em níveis altos graças às doses de reforço, o que leva a uma redução no número de casos graves.

As informações são do dia 20 de dezembro.

369. Doses de reforço e a variante ômicron do coronavírus (2)

Em um momento em que nações se engajam para administrar doses de reforço por conta do surgimento de novas cepas do coronavírus, perguntamos a especialistas sobre a eficácia da vacinação adicional contra a variante ômicron. Esta é a segunda parte desta série.

Taniguchi Kiyosu é o chefe de pesquisas clínicas do Hospital Nacional de Mie e também um membro de painel, do governo japonês, de especialistas em coronavírus. Ele diz que a aplicação de uma terceira dose do imunizante não somente aumentará a quantidade de anticorpos, mas também desempenhará um papel importante para registrar firmemente na memória do sistema imunológico.

Quando a primeira dose da vacina ("prime", em inglês) é aplicada, o corpo reconhece o vírus como inimigo alvo para que seja atacado pelo sistema imune inato. Posteriormente, a segunda dose é administrada para que o sistema imunológico o registre em sua memória como inimigo alvo. A terceira dose, conhecida como reforço, tem como objetivo fortalecer e tornar esta memória mais duradoura. Desta maneira, a estratégia de "prime e reforço" contribui para ensinar o sistema imunológico sobre o "inimigo" e fortalecer esta memória.

Taniguchi afirma que, como este método de adquirir imunidade suficiente por meio de vacinações tem como objetivo evitar o desenvolvimento de sintomas graves, esta estratégia deve também funcionar para quaisquer novas variantes emergentes, incluindo a ômicron. Ele enfatizou a importância de promover medidas para a aplicação de doses de reforço.

As informações são do dia 17 de dezembro.

368. Doses de reforço e a variante ômicron do coronavírus (1)

Preocupa-se crescentemente com a possibilidade de que as atuais vacinas sejam menos eficazes contra a variante ômicron do vírus. Multiplicam-se pelo mundo os casos de contágio com a nova variante. A apreensão surge nesta época em que se aplica pelo mundo afora a dose adicional em pessoas que já receberam as duas doses iniciais. As vacinas em uso para a dose de reforço são as mesmas das duas primeiras doses — portanto criadas para proteger contra as variantes do vírus antes predominantes. Nesta primeira edição da série sobre o tema, um especialista explica por que ainda precisamos de uma terceira dose e o grau de eficácia da dose adicional contra a variante ômicron.

A variante ômicron incorpora várias mutações em suas proteínas spike, que desempenham um papel importante na infecção de células hospedeiras. Com as mutações, poderá se tornar difícil a ligação entre anticorpos neutralizantes e as proteínas spike, necessária para prevenir infecções.

Taniguchi Kiyosu, chefe de pesquisa clínica do Hospital Nacional de Mie, integra a subcomissão de especialistas que assessora o governo sobre o coronavírus. Para ele, convém receber a dose de reforço mesmo que a vacinação seja menos eficaz contra a variante ômicron.

Explica que, se, por exemplo, mutações incorporadas na variante reduzirem a um quarto a eficácia dos anticorpos neutralizantes, ainda assim será possível obter o mesmo nível de proteção desde que tenhamos quadruplicada a quantidade de anticorpos após o fortalecimento do nosso sistema imune com a dose de reforço. Ou seja, ao receber a terceira dose, com o aumento da quantidade total de anticorpos, teremos mais anticorpos que se ligam com a variante ômicron.

Estas informações são do dia 16 de dezembro.

367. Os remédios serão eficazes contra a variante ômicron? (4)

Esta é a quarta parte da série sobre o assunto.

A dexametasona e o baricitinibe suprimem as reações imunológicas excessivas frente ao aumento da quantidade do vírus, sendo considerados eficazes contra a Covid-19 indiferente das mutações.

O professor Morishima Tsuneo da Universidade de Medicina de Aichi diz ser improvável que os medicamentos baseados em anticorpos não funcionem de forma alguma contra a nova variante, mas afirma que não podemos ter uma visão mais clara sobre o quanto a eficácia do medicamento é reduzida contra a variante a menos que isso seja confirmado com pacientes que receberam a medicação.

Com relação aos remédios orais em desenvolvimento, Morishima diz que é esperado que eles atuem contra a variante ômicron, assim como atuam contra as variantes anteriores, já que as drogas impedem que o vírus se multiplique nas células. O professor diz que a estratégia atual é a administração oral dos remédios se eles forem aprovados, e os medicamentos baseados em anticorpos no estágio inicial da doença. Morishima diz que essa estratégia não muda mesmo que a eficácia dos medicamentos seja diferente para o caso da variante ômicron.

Estas informações são do dia 15 de dezembro.

366. Os remédios serão eficazes contra a variante ômicron? (3)

Esta é a terceira parte da série sobre o assunto.

Entre os medicamentos desenvolvidos para tratar pacientes de coronavírus existem alguns cujo objetivo é evitar a criação de enzimas necessárias para o crescimento intracelular do vírus. Aprovado pelas autoridades sanitárias japonesas, o Remdesivir é um desses remédios administrados por via intravenosa, sendo empregado para tratar pacientes com sintomas moderados a graves.

O desenvolvimento de medicamentos orais para serem tomados sobretudo por pacientes com sintomas leves que se recuperam em casa também está a caminho. Entre eles estão o Molnupiravir, desenvolvido pela companhia farmacêutica americana Merck, que enviou um pedido de autorização ao Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão; o Paxlovid, desenvolvido pelo laboratório americano Pfizer, que fez uma solicitação para seu uso emergencial junto aos reguladores dos Estados Unidos; e também um tipo semelhante de remédio oral desenvolvido atualmente pela companhia farmacêutica japonesa Shionogi.

Morishima Tsuneo, da Universidade de Medicina de Aichi, afirma que, como esses tratamentos têm como alvo o vírus que penetrou a célula humana, os medicamentos também devem ser eficazes contra a variante ômicron.

Estas informações são do dia 14 de dezembro.

365. Os remédios serão eficazes contra a variante ômicron? (2)

Este é o segundo episódio da nossa série sobre o assunto.

Entre os medicamentos aprovados no Japão, o coquetel de anticorpos e a droga sotrovimabe são considerados como medicamentos baseados em anticorpos. Eles previnem uma invasão pelo coronavírus ao atacar a proteína spike, protuberâncias na superfície do vírus que são utilizadas para abrir uma porta de entrada nas células humanas. Esses remédios são ministrados através de terapia intravenosa a pacientes que apresentam sintomas leves para evitar que a doença evolua para um quadro grave. Especialistas ressaltam que a variante ômicron possui cerca de 30 mutações na sua proteína spike e que isso pode comprometer a eficácia do tratamento que foca na prevenção da entrada do vírus nas células humanas.

Morishima Tsuneo, da Universidade de Medicina de Aichi, disse que medicamentos baseados em anticorpos têm como alvo a própria proteína spike e que, portanto, essa mais recente mutação deve ter um grande impacto sobre a eficácia do tratamento. Ao mesmo tempo, disse ser possível que a eficácia do tratamento continue a mesma caso as mutações não se sobreponham à proteína spike que é alvo do medicamento.

Acredita-se que o sotrovimabe funcione contra a variante ômicron porque a empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline, responsável pelo desenvolvimento do medicamento, comprovou a eficácia da droga em testes feitos com vírus similares à variante.

As informações são do dia 13 de dezembro.

364. Os remédios serão eficazes contra a variante ômicron? (1)

Novos casos de contágio com a variante ômicron estão sendo confirmados em todo o mundo. Será que os remédios serão eficazes contra esta mais recente cepa? Perguntamos a especialistas sobre a eficácia de vários medicamentos, tanto os que já estão sendo usados como aqueles que ainda estão sendo desenvolvidos, para o tratamento da infecção pela variante ômicron. Esta é a primeira parte de uma nova série sobre o assunto.

Há três tipos de remédios para tratar pessoas infectadas com o coronavírus: aqueles que evitam que o vírus penetre nas células humanas; outros que evitam que o vírus que entrou nas células se multiplique; e ainda, aqueles que suprimem reações imunológicas excessivas aos vírus que se multiplicaram.

Morishima Tsuneo, da Universidade de Medicina de Aichi, é especialista no tratamento do coronavírus. Ele diz que a eficácia dos soros intravenosos que têm como alvo os peplômeros, as espículas de proteína que existem na superfície do vírus, pode depender da localização da protuberância. Contudo, ele diz que os comprimidos para pacientes com sintomas leves, que têm como objetivo evitar que o vírus se multiplique, vão provavelmente continuar sendo eficazes. Vamos examinar este assunto com mais detalhes nesta série.

Estas informações são do dia 10 de dezembro.

363. Japão começa a vacinação de reforço contra a Covid-19 (3)

Desta vez, abordamos como municipalidades se preparam para administrar a dose de reforço.

Cidades e vilas em todo o país são responsáveis pela aplicação de vacinas em moradores. Eles enfrentaram problemas quando muitas pessoas tiveram dificuldade para agendar suas primeiras doses porque as linhas telefônicas estavam congestionadas e websites ficaram inacessíveis devido ao tráfego pesado na internet.

Em 26 de novembro, a NHK perguntou aos 23 distritos de Tóquio como eles planejavam lidar com a questão ao administrar a terceira dose. Dezenove distritos responderam que estão tomando medidas para evitar confusões similares. Seis deles disseram que terão datas, horários e locais pré-definidos para as doses adicionais e informarão as pessoas a respeito. Oito distritos afirmaram que aumentarão o número de linhas telefônicas para agendamento e de locais onde as pessoas podem se dirigir para obter assistência e marcar uma data.

Edogawa, na capital japonesa, planeja fazer com que idosos vacinados pela segunda vez nos centros de imunização de grande porte do distrito recebam a terceira dose passados exatamente oito meses na mesma data e horário. Eles também receberão a dose de reforço no mesmo local ou em algum outro lugar próximo. Aqueles que desejarem mudar a data ou o local poderão fazê-lo por meio de telefonema ou acessando o website do distrito. Funcionários distritais dizem que consideram introduzir medidas similares para pessoas de outros grupos etários, caso esta tentativa envolvendo idosos apresente bons resultados.

Estas informações são do dia 9 de dezembro.

362. Japão começa a vacinação de reforço contra a Covid-19 (2)

Estamos transmitindo informações sobre a implementação da aplicação da terceira dose da vacina. Hoje, vamos focalizar no uso de uma vacina diferente da inoculação original.

O governo decidiu permitir o uso de uma vacina diferente das duas primeiras doses. As autoridades tomaram a decisão por não ter certeza da disponibilidade de vacinas da Pfizer em quantidade suficiente para todas as pessoas que já receberam duas doses da mesma fabricante.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão diz ter garantido vacinas da Pfizer para cerca de 4 milhões de pessoas que são elegíveis para receber uma terceira dose em dezembro e janeiro. No entanto, é provável que o governo só vai ser capaz de preparar vacinas da Pfizer para 20 milhões de pessoas apesar de haver 34 milhões de pessoas que são elegíveis para a terceira dose em fevereiro e março.

O ministério da Saúde pode permitir o uso das vacinas da Moderna se a sua segurança e eficácia forem confirmadas e a vacina receber aprovação para as terceiras doses. O ministério diz que continua não tendo certeza se as vacinas da Pfizer estarão disponíveis para todas as pessoas que queiram receber a terceira dose oito meses depois da inoculação da segunda dose. O ministério diz que, nesses casos, o uso da vacina da Moderna deve ser considerado.

Estas informações são do dia 8 de dezembro.

361. Japão começa a vacinação de reforço contra a Covid-19 (1)

Teve início no dia 1º de dezembro, para trabalhadores do setor da saúde em todo o Japão, a aplicação da terceira dose da vacina contra o coronavírus. Pessoas com 65 anos ou mais de idade poderão receber a terceira dose em janeiro de 2022. Numa série que vamos apresentar a partir de hoje, examinamos o processo de distribuição da terceira dose da vacina.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão havia dito inicialmente que, em princípio, cidadãos que tivessem recebido a segunda dose da vacina há pelo menos oito meses teriam direito a receber a dose de reforço. Contudo, recentemente, o governo informou que pretendia encurtar o período de espera entre a segunda e a terceira dose da vacina. O calendário de vacinação de reforço para cada grupo de cidadãos será decidido com base na prontidão de cada município para aplicar as vacinas e na disponibilidade das mesmas. Cupons de vacinação começarão a ser enviados pelos municípios aos cidadãos que estiverem aptos a receber a terceira dose.

Anteriormente, o ministério havia dito que, em dezembro, 1,04 milhão de trabalhadores do setor da saúde seriam elegíveis para receber as doses de reforço. A partir de janeiro, cidadãos com 65 anos ou mais de idade, e algumas pessoas com menos de 65 anos que receberam sua primeira dose mais cedo, também poderão receber a terceira dose. Em março, o processo de vacinação terá início em empresas e universidades.

O ministério disse que a vacinação de reforço deve continuar pelo menos até setembro de 2022.

Estas informações são do dia 7 de dezembro.

360. Hokkaido pode servir de termômetro para uma sexta onda da Covid-19 (4)

Na edição de hoje, apresentamos a última parte da série que aborda a situação em Hokkaido.

O professor Tateda Kazuhiro, da Universidade Toho, faz parte do painel de especialistas do governo japonês sobre a pandemia. Segundo ele, em 2020, a província de Hokkaido foi uma das primeiras no Japão onde a tendência de alta nas infecções foi observada em novembro e dezembro.

Ele afirma que, quando as temperaturas caem, os vírus expelidos pelas pessoas tendem a flutuar no ar por mais tempo. Também ressalta que a mucosa do trato respiratório tende a se irritar mais facilmente devido ao clima seco, o que aumenta a probabilidade de contágio por infecções virais. Ademais, Tateda diz que, no frio, as pessoas tendem a ficar confinadas em espaços fechados por períodos mais prolongados. Segundo ele, estes fatores podem favorecer o risco de infecção.

Tateda afirma que novos coronavírus ainda existem em todo lugar e podem se multiplicar e se propagar quando menos se espera. De acordo com o especialista, o inverno é a alta temporada para infecções e, portanto, é necessário observar meticulosamente as medidas anti-infecção, tais como uso de máscaras e ventilação suficiente dos cômodos. Também pede para evitar as três situações de risco, que são: ambientes fechados, espaços lotados e contato próximo com outras pessoas.

As informações são do dia 6 de dezembro.

359. Hokkaido pode servir de termômetro para uma sexta onda da Covid-19 (3)

Esta é a terceira edição da série sobre a situação em Hokkaido.

A força-tarefa de Hokkaido para lidar com o coronavírus diz que o número de casos está aumentando por causa dos focos de infecção. Citou que não há transmissão comunitária e, por enquanto, não há indicações de que o contágio possa se propagar rapidamente.

A força-tarefa anunciou também que a maioria dos novos casos está sendo registrada entre as pessoas que não foram vacinadas.

Autoridades dos centros de saúde pública de Hokkaido estão adotando medidas contra focos de infecção, interrogando pacientes e as pessoas com quem eles tiveram contato próximo. Elas estão tentando determinar a fonte de transmissão para evitar uma elevação no número de casos, e pedindo também à população que adote medidas básicas contra o contágio.

A força-tarefa diz que se o número de novos casos continuar aumentando, poderá se tornar o início da sexta onda, por isso irá continuar a monitorar atentamente a situação.

Estas informações são do dia 3 de dezembro.

358. Hokkaido pode servir de termômetro para uma sexta onda da Covid-19 (2)

As quantidades de novos casos registradas nestes dias no Japão têm sido as mais baixas do ano. No entanto, com a redução das temperaturas nesta época, Hokkaido, a província mais setentrional do país, apresenta índices de contágio que tendem a ocorrer depois também em outras partes do Japão. Especialistas advertem que se deve ficar atento a tendências observadas na província do norte do país. Esta é a segunda edição da série sobre a situação em Hokkaido.

Sabe-se que o coronavírus se espalha mais facilmente em locais fechados nos quais a atmosfera venha a se tornar estagnada. Já foi constatado que o risco de contágio pode ser maior em temperaturas baixas e quando as chances de ventilação são menores.

No Japão, soube-se pela primeira vez que o coronavírus se propaga mais em locais fechados depois que indivíduos foram infectados pelo vírus em uma área de descanso do Festival da Neve de Sapporo, em fevereiro do ano passado, e com o surgimento de casos correlatos. Análises feitas por especialistas mostraram que perdigotos contendo o vírus ficam suspensos no ar por certo tempo em locais fechados e que o contágio acontece por sua inalação. Com base nesta constatação, recomendou-se à população que lave as mãos, use desinfetante, abstenha-se de falar sem máscara e evite locais confinados, aglomerações e contatos interpessoais próximos. Também se sabe que uma ventilação adequada reduz o risco de contágio.

No Japão, em temperaturas baixas no inverno, as pessoas tendem a se manter mais ativas em recintos fechados e há mais oportunidades de contatos interpessoais em festas de fim de ano e Ano-Novo. A comissão de especialistas que assessora o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão diz haver risco de aumento da quantidade de infecções e pede à população que tome rigorosamente diversas medidas básicas de prevenção, como a ventilação adequada de ambientes.

Estas informações são do dia 2 de dezembro.

357. Hokkaido pode servir de termômetro para uma sexta onda da Covid-19 (1)

O número de novos casos no Japão está atualmente no seu mais baixo nível deste ano, mas na província de Hokkaido, localizada no extremo norte do país, o número diário aumentou temporariamente em novembro. O coronavírus tende a se propagar em Hokkaido antes do restante do país quando as temperaturas caem. Os especialistas dizem que devemos prestar atenção às tendências da província, pois elas podem indicar o início de uma sexta onda de infecções no país.

Hokkaido se tornou o primeiro local no Japão a sofrer a propagação do coronavírus no final de fevereiro de 2020. Então, novos casos de infecções começaram a aumentar em Tóquio em meados de março. Além disso, houve uma tendência considerável durante a terceira onda de infecções no inverno de 2020 de que as infecções se propagaram em Hokkaido duas semanas antes do restante do país, incluindo Tóquio. Foi no final de outubro do ano passado que Hokkaido começou a observar um aumento na média semanal do número de novos casos em comparação com a semana anterior. Em Tóquio, esse aumento começou a ocorrer em meados de novembro, antes da tendência ficar mais evidente cerca de um mês depois.

Só em meados de novembro é que a média de infecções começou a aumentar claramente em todo o país. O número diário de novos casos permaneceu abaixo de mil até o início de novembro, mas atingiu a marca de 2 mil no final do mesmo mês, e chegou a 4 mil no final de dezembro. No dia 8 de janeiro de 2021, o número de novos casos chegou perto de 8 mil.

Os especialistas dizem que aparentemente o coronavírus está sendo contido, até certo ponto, neste inverno graças ao progresso nas vacinações, mas advertem que permanecer em ambiente fechado por um período longo de tempo aumenta o risco de contrair o vírus. Também dizem que devemos prestar atenção à situação do coronavírus em Hokkaido para detectar qualquer possível sinal de uma sexta onda de infecções.

Estas informações são do dia 1º de dezembro.

356. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (9)

Desta vez, apresentamos a nona e última parte da nossa série de entrevistas na qual perguntamos a especialistas quando e se uma nova onda de infecções deve atingir o Japão.

Nas entrevistas, todos os especialistas advertem que uma sexta onda de infecções deve nos atingir durante o inverno. Muitos deles disseram que o aumento no contato interpessoal será o fator-chave na previsão de quando e se houver um repique de casos.

Omi Shigeru, chefe do painel consultivo do governo japonês sobre medidas contra o coronavírus, e Wakita Takaji, presidente do painel de especialistas ligado ao Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, advertiram a população para que tome precauções durante as férias de fim de ano e Ano Novo, período em que atividades sociais devem aumentar. Eles pedem a todos que continuem adotando medidas básicas de prevenção de infecção, como, por exemplo, usar máscaras de proteção e evitar circunstâncias em que haja ambientes fechados, aglomerações e contato pessoal próximo.

Já o professor Wada Koji, da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar, afirmou que não é fácil prever se haverá um novo repique, já que vários fatores interagem de maneira complicada. Mesmo assim, de acordo com Wada, as vacinas e o desenvolvimento de novos tratamentos de coronavírus são fatores que nos proporcionam um raio de esperança.

Visando prevenir um novo repique neste inverno, é importante que todos exerçam suas experiências adquiridas até a quinta onda de infecções e continuem implementando diversas medidas anti-infecção.

Estas informações são do dia 30 de novembro.

355. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (8)

Hoje, trazemos o oitavo episódio de nossa série de entrevistas durante as quais perguntamos a especialistas quando e se uma nova onda de infecções deve atingir o Japão. Chiba Asako, pós-doutoranda da Fundação para Pesquisa sobre Políticas de Tóquio, participou da entrevista que apresentamos hoje.

Chiba disse que a sexta onda de infecções deve chegar ao país quando a diminuição do efeito da vacina coincidir com um aumento no número de pessoas saindo de casa. Perguntamos o que pode ser feito para lidar com a próxima onda.

Chiba disse que a chave é fazer o melhor uso possível do que o governo chama de “pacote de vacinas e testes PCR”.

O objetivo do governo é utilizar o registro de vacinação contra o coronavírus em combinação com prova de resultado negativo para relaxar as restrições sociais. Chiba fez uma simulação em seu modelo de uma “mini Tóquio”. Ela descobriu que a quantidade de novos casos deve continuar a cair mesmo que o número de pessoas vacinadas ou que testarem negativo que estejam saindo de casa volte aos níveis normais de antes da pandemia, desde que o número de pessoas não vacinadas ou que não se testarem e saiam de casa seja de, no máximo, metade dos níveis pré-pandemia.

Chiba diz ser possível manter efetivamente o número de infecções sob controle através de uma limitação da movimentação das pessoas. No entanto, afirma que, no que diz respeito a balancear atividades econômicas e medidas de combate à disseminação de infecções, uma forma extremamente efetiva é restringir a circulação dos que apresentam risco mais alto de contrair o vírus – como os não vacinados. Chiba diz que o governo deveria discutir mais a fundo como o “pacote de vacinas e testes” pode ser implementado de forma eficaz.

Estas informações são do dia 29 de novembro.

354. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (7)

Desta vez, apresentamos a sétima parte da nossa série de entrevistas, na qual perguntamos a especialistas sobre a possibilidade de uma sexta onda de infecções pelo coronavírus no Japão. Conversamos com Chiba Asako, pesquisadora de pós-doutorado da Fundação de Tóquio para Pesquisa de Políticas.

Chiba está preocupada sobre um possível aumento nos casos de contágio neste inverno. Ela acredita que a sexta onda de infecções será causada por uma combinação de fatores, como o enfraquecimento dos efeitos das vacinas e o aumento no fluxo de pessoas. Chiba está tentando descobrir uma maneira de manter o contágio no nível mais baixo possível, por meio de uma simulação tendo como modelo uma "mini Tóquio". Ela realizou uma simulação de como as infecções iriam se propagar em uma cidade hipotética com pouco mais de 70 mil habitantes. A cidade é uma versão reduzida de Tóquio, com base no recenseamento e outras informações. A estrutura da faixa etária, ocupação e composição de lares são semelhantes aos dados reais na capital japonesa.

Na simulação, ela estabeleceu como 4 o número diário de novos casos para outubro e período posterior, o que corresponde a cerca de 800 novos infectados em Tóquio real. Sob este cenário, se o fluxo de pessoas for mantido em 30 por cento abaixo dos níveis apresentados antes da pandemia, os cálculos mostram que não haverá variação considerável no número de novos contágios, mesmo com o enfraquecimento dos efeitos das vacinas. Se mais pessoas receberem a terceira dose do imunizante, o número de casos irá começar a cair nesta situação.

Contudo, se o fluxo de pessoas for de somente 20 por cento abaixo dos níveis registrados antes da pandemia, o número de novos casos irá continuar aumentando, mesmo que as pessoas recebam a dose de reforço.

Chiba afirma que a simulação mostra que mesmo uma pequena elevação no fluxo de pessoas pode mudar consideravelmente a situação de contágio. Ela diz que, caso haja na sociedade um ambiente favorável à realização de encontros do final de ano, há possibilidade de aumento nos casos de infecção. Entretanto, ela cita também que talvez seja difícil continuar mantendo baixo o fluxo de pessoas se tiver que levar em conta a economia.

Estas informações são do dia 26 de novembro.

353. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (6)

Desta vez, apresentamos a sexta parte da nossa série de entrevistas na qual perguntamos a especialistas sobre a possibilidade de uma sexta onda de infecções da doença. Conversamos pela segunda vez seguida com Takayama Yoshihiro, do Hospital Okinawa Chubu.

Takayama adverte que um repique de infecções pode ocorrer durante a temporada de férias de fim de ano e Ano Novo. Segundo o especialista, quaisquer que sejam as medidas anti-infecção adotadas, é inevitável que o vírus seja levado até certo grau a áreas no interior do Japão durante a temporada de férias.

Não são poucos os idosos que estão ansiosos para passar o Ano Novo junto com seus filhos e netos, após não terem podido se encontrar com eles por tanto tempo. É importante tanto para os idosos como para seus familiares confirmar que estão vacinados e tomando outras medidas de precaução para que possam passar o tempo juntos sem se preocuparem.

Takayama Yoshihiro ressalta a importância de reforçar os preparativos para uma possível sexta onda de infecções. Ele diz que, tendo em vista a atual situação das infecções nos Estados Unidos e na Europa, devemos acelerar os preparativos partindo do pressuposto de que uma onda ainda maior pode ocorrer.

De acordo com o especialista, aumentar o número de leitos hospitalares não é algo fácil particularmente em áreas rurais, quando o número de pacientes acometidos de outras doenças cresce com a chegada do inverno. Portanto, ele argumenta que é muito importante aumentar o número de instalações onde pacientes possam se recuperar após terem recebido alta de hospitais. O objetivo é encurtar o período de hospitalização desses pacientes. Caso o tempo de hospitalização caia pela metade, isso terá o mesmo efeito que dobrar o número de leitos hospitalares. Takayama pede a governos e hospitais regionais que realizem consultas para assegurar que eles estão totalmente preparados para a possível nova onda de infecções.

Estas informações são do dia 25 de novembro.

352. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (5)

Hoje, temos a quinta parte de nossa série de entrevistas nas quais perguntamos a especialistas sobre a possibilidade de uma sexta onda de infecções da doença. Falamos com Takayama Yoshihiro do Hospital Okinawa Chubu. Ele é pesquisador em doenças infecciosas e faz parte de um painel de especialistas de coronavírus do Ministério da Saúde.

Takayama tem notado diferenças em como o vírus se dissemina em áreas urbanas e rurais.

Aqui temos o que o especialista tem a dizer.

Ele acha que as áreas urbanas e rurais devem ter abordagens diferentes para as infecções do vírus. Nas áreas urbanas, há alguns focos onde as infecções continuam de modo persistente. Uma vez que as pessoas começam a entrar em contato umas com as outras com mais frequência nesses locais, pode ocorrer um surto como se fosse pôr fogo num rastilho de pólvora. Por outro lado, na maioria das áreas rurais, inclusive na província de Okinawa, tem sido observado que a maioria das infecções foram controladas, sem relato de casos em algumas regiões. As pessoas nessas áreas devem estar atentas à chegada de pessoas infectadas oriundas de áreas urbanas. A chave é se o pacote “vacina-teste PCR (reação em cadeia da polimerase)” está disponível para visitantes de fora e se as autoridades locais podem emitir solicitações para que não sejam feitas viagens entre províncias quando ocorre um surto.

As pessoas de áreas rurais são mais desconfiadas em relação à infecções e costumam pedir por maiores precauções. No entanto, isso não tem sentido se essa mensagem não atinge os residentes de áreas urbanas. Agora que o número de casos tem se mantido relativamente baixo, menos pessoas tem levado a mensagem a sério. É importante que as autoridades de áreas urbanas continuem a lembrar as pessoas para que elas estejam alertas.

Estas informações são do dia 24 de novembro.

351. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (4)

Hoje, temos a quarta parte de nossa série de entrevistas nas quais perguntamos a especialistas sobre a possibilidade de uma sexta onda de infecções da doença. Falamos com Wada Koji, professor da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar e especialista em saúde pública relacionada com doenças infecciosas. Ele é membro do painel de especialistas ligado ao Ministério da Saúde.

Wada, como os outros especialistas, avisa que se deve tomar cuidado no período de final e início do ano, quando o fluxo de pessoas aumenta. O professor salientou que dado os fatores de estação climática tais como o frio e a umidade, em combinação com o fluxo de pessoas, o vírus deve se disseminar rapidamente no final do ano e nas festividades de Ano Novo que são celebradas com as pessoas ficando mais ativas. Essa situação é igual à da gripe sazonal e se deve tomar cuidados especiais.

Wada disse que mesmo os especialistas estão tendo dificuldades em prever sobre uma possível sexta onda de infecções, já que ela depende de inúmeros fatores tais como o progresso das vacinações, o afrouxamento das restrições sobre atividades sociais e como o passar do tempo pode influenciar na efetividade da vacina. Além disso, ainda há muito que continua desconhecido.

Wada acredita, no entanto, que devido ao aumento da vacinação, diferente das ondas anteriores, o risco de pessoas ficarem gravemente doentes tende a diminuir.

O especialista disse que ao estudar os casos de outros países, não há dúvidas de que a disseminação do vírus e as suas variedades que causam casos graves de Covid-19 deve ocorrer principalmente entre pessoas que não estejam vacinadas. Em Tóquio, uma em cinco pessoas na faixa etária dos 40 anos não foram vacinadas. Wada disse que seria necessário acelerar a vacinação para que os indivíduos e as regiões se sintam mais seguros.

Estas informações são do dia 22 de novembro.

350. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (3)

Esta é a terceira parte da série em que especialistas avaliam o risco de ocorrer uma sexta onda de infecções no Japão. Nesta edição, falaremos sobre os esforços para prever o curso do contágio, utilizando inteligência artificial.

Hirata Akimasa, professor do Instituto de Tecnologia de Nagoya, efetuou uma simulação da situação em Tóquio daqui para frente, colocando dados passados sobre o contágio no sistema de inteligência artificial. Uma ampla gama de informações foi usada, como a variação no número de casos de infecção, temperatura, umidade e fluxo de pessoas, além da possibilidade de adoção ou não de um estado de emergência.

A suposição era de que o fluxo das pessoas voltasse gradativamente. A inteligência artificial realizou 27 padrões de simulação sob condições diferentes, como a proporção das pessoas que foram vacinadas duas vezes e o período em que terá início a aplicação das doses de reforço. Em todas as situações, os resultados mostraram que a sexta onda seria em torno do início de janeiro.

Hirata afirmou que a previsão da IA é de que o pico da sexta onda ocorra no início de janeiro em todas as situações. Se o período de incubação do vírus for levado em consideração, como as pessoas vão se divertir no período entre o Natal e o Ano Novo, assim como os encontros com familiares e parentes, irão determinar a escala da disseminação do vírus.

Ao mesmo tempo, a previsão da inteligência artificial mostrou que se a dose de reforço da vacina for administrada rapidamente, o número de pessoas infectadas começará a cair em uma data relativamente precoce. Também, prevê a possibilidade de o número de pessoas em estado grave ser contido.

Hirata afirmou que é importante receber a terceira dose e manter um alto nível de eficácia da vacina para a população como um todo. A vacinação no Japão foi implementada rapidamente, o que significa também que há possibilidade de a eficácia do imunizante diminuir no mesmo ritmo. Ele citou que, a menos que a vacinação de reforço comece em breve, pode ser que seja difícil para o Japão manter sua eficácia.

Estas informações são do dia 19 de novembro.

349. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (2)

Esta é a segunda edição da série em que especialistas avaliam o risco de ocorrer uma sexta onda de infecções no Japão. Com a palavra mais uma vez o epidemiologista Furuse Yuki, especializado em doenças infecciosas.

Ele diz ser possível retardar o risco de uma sexta onda ter início por meio de uma redução dos contatos interpessoais. Uma simulação feita por Furuse antevê, porém, que, mesmo reduzindo-se os contatos em 40% — o que corresponderia a 60% da frequência anterior à pandemia —, a próxima onda de infecções ocorrerá em cerca de cinco meses. A simulação não leva em conta possíveis efeitos de uma vacinação de reforço. Ele diz que a aplicação de dose adicional de vacinas será capaz de diminuir o impacto de uma sexta onda.

É extremamente difícil calcular a redução dos contatos interpessoais já ocorrida. O especialista diz ser crucial aumentar a conscientização do público com a proximidade do fim do ano e do Ano-Novo. Furuse destaca que o inverno é a ‘alta temporada’ para propagação de doenças respiratórias infectocontagiosas. Também é um período de festas, lembra. Para o epidemiologista, se as pessoas se reunirem, bebendo e se locomovendo intensamente, como antes da pandemia, poderá haver uma nova ampliação do contágio.

Furuse fala sobre a preocupação de alguns com um gradual relaxamento de medidas anti-infecção, mas destaca que muitas pessoas continuam a usar máscara, comparecem menos a festas com comes e bebes e preferem chats on-line, em vez de encontros presenciais. Ele afirma que uma grande parte da nossa vida se baseia agora no ‘novo normal’ instituído pela crise viral, com menos chances de contatos interpessoais. Prevê que, se dermos continuidade a este estilo de vida, será possível reduzir a um mínimo o impacto de uma nova onda de infecções, ainda que não seja possível evitá-la inteiramente, e deixar de sobrecarregar o sistema médico-hospitalar.

Estas informações são do dia 18 de novembro.

348. Opinião de especialistas sobre a possibilidade de uma próxima onda de infecções de Covid-19 (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o coronavírus. O número de casos de Covid-19 no Japão está no nível mais baixo deste ano. Entretanto, o governo divulgou no dia 12 de novembro um plano de preparação para uma nova possível onda de infecções de coronavírus. A partir de hoje, apresentamos uma série de entrevistas nas quais perguntamos a especialistas sobre a possibilidade da ocorrência de uma sexta onda de infecções no Japão e quando isso pode acontecer.

O primeiro especialista é Furuse Yuki, epidemiologista de doenças infecciosas e especialista em análise com modelos matemáticos. Furuse, que é um dos membros da força tarefa contra focos de infecção do Ministério da Saúde, diz que a sexta onda deve nos atingir ao longo do inverno que se aproxima.

O epidemiologista está a cargo de fazer simulações com situações de infecção para o painel de especialistas de coronavírus do Ministério da Saúde. Ele faz as simulações quantificando os vários fatores que contribuem para a disseminação do vírus e lançando-os em fórmulas matemáticas para obter prognósticos.

Temos a seguir uma lista de suposições que Furuse usou para a simulação.
- A taxa de vacinação é de 90% para pessoas com 60 anos de idade ou mais; 80% para pessoas entre 40 e 59 anos, e 75% para pessoas entre 20 e 39 anos;
- A vacinação completa, que significa ter recebido duas doses, tem eficácia em 70% na prevenção de infecções;
- O contato direto entre pessoas será de cerca de 80% do nível pré-pandemia (20% inferior ao que era antes).

A simulação mostra que o número de novas infecções, inicialmente baixo, começará a aumentar depois de um mês e que haverá um aumento ainda mais rápido depois de dois meses.

Estas informações são do dia 17 de novembro.

347. Compensação trabalhista por Covid longa (2)

Um número cada vez maior de pessoas infectadas pelo vírus no local de trabalho tem passado a receber indenização trabalhista. Além disso, há casos em que sintomas de longo prazo da Covid-19 foram reconhecidos como passíveis de indenização. Nesta edição, apresentamos a segunda parte da nossa série “Indenização trabalhista por Covid longa”.

Estrangeiros que trabalham como empregados no Japão são cobertos pelo seguro de indenização trabalhista do país, independentemente de nacionalidade. Incluem-se aí não somente aqueles que possuem visto de residência – que permite que eles trabalhem – mas também estudantes com empregos de meio período. Segundo o governo japonês, pessoas estão aptas a receber indenização trabalhista quando se infectarem pelo coronavírus no trabalho ou se estiverem muito doentes para trabalhar devido aos sintomas de longo prazo do vírus.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão exorta as pessoas para que consultem os seus escritórios de inspeção de normas trabalhistas ao se infectarem pelo vírus ou caso seus sintomas persistam.

A pasta constatou que, até o final de setembro, 14.567 pessoas haviam sido reconhecidas como aptas a receber indenização trabalhista após terem sido infectadas pelo vírus em seus locais de trabalho. Dentre elas, 11.214 eram trabalhadores de saúde ou assistentes sociais, incluindo médicos, enfermeiros e cuidadores registrados. Essas pessoas perfazem mais de 70% do total. Por outro lado, havia também 376 trabalhadores dos setores de transporte e serviços postais, 315 na indústria manufatureira e 245 no setor de serviços, incluindo hotéis, bares e restaurantes. Resumindo, trabalhadores de uma ampla gama de setores foram reconhecidos como aptos.

Uma organização sem fins lucrativos sediada na província de Hyogo, no oeste do Japão, auxilia trabalhadores afetados pela Covid-19 e se esforça para melhorar condições de trabalho. O secretário-geral da entidade, Nishiyama Kazuhiro, afirma que aqueles que sofrem com sintomas de longo prazo após terem sido infectados no trabalho estão aptos a receber indenização trabalhista novamente. Ele diz que o governo deveria fazer mais para tornar esta situação conhecida.

Estas informações são do dia 16 de novembro.

346. Compensação trabalhista por Covid longa (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o coronavírus. Um número cada vez maior de pessoas infectadas pelo vírus no local de trabalho tem passado a receber compensação trabalhista. Além disso, há casos em que sintomas de longo prazo da Covid-19 também foram reconhecidos como passíveis de compensação. Na edição de hoje, vamos falar sobre a compensação designada a trabalhadores que desenvolveram a chamada Covid longa.

Um homem na casa dos 40 anos que trabalha como fisioterapeuta em um lar de idosos na província de Hyogo foi reconhecido como elegível a receber compensação trabalhista pelos sintomas de longo prazo da Covid-19. Ele foi contagiado pelo coronavírus depois de estar em contato próximo com um morador infectado. Após fazer um teste PCR em dezembro de 2020, ele testou positivo para o coronavírus e se tornou elegível a receber compensação. O homem retornou ao trabalho depois de passar dois meses em recuperação, mas teve que tirar licença novamente desde abril de 2021 devido a sintomas como forte sensação de cansaço, falta de ar e problemas com o paladar. Seu médico deu o diagnóstico de Covid longa.

Ele então solicitou novamente uma compensação e, em agosto, inspetores de condições trabalhistas reconheceram que ter sido infectado pelo coronavírus no serviço foi a causa dos sintomas do requerente. O homem ainda não está em condições de trabalhar no momento, e está focado em se recuperar em casa, com a ajuda da esposa e da filha de 5 anos de idade.

Apesar de se sentir aliviado por ser reconhecido como passível de receber compensação por seus sintomas de longo prazo, ele diz que se sente mal de não estar bem o suficiente para levantar e brincar com a filha. Ele quer fazer de tudo para retornar ao trabalho o mais rápido possível.

Já que sintomas de longo prazo da Covid são passíveis de compensação, o governo japonês solicita que pessoas que estejam sofrendo de condições similares consultem as autoridades trabalhistas.

As informações são do dia 15 de novembro.

345. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (9)

Na nona parte da nossa série sobre doses de reforço da vacina contra o coronavírus, vamos refletir sobre as lições que pudemos aprender com a quinta onda de infecções.

O professor Oka Hideaki, da Universidade de Medicina de Saitama, diz que a maioria dos pacientes de Covid na quinta onda de infecções foram pessoas que não tinham sido vacinadas ou não tinham completado sua vacinação. Contudo, ele diz que um paciente na faixa dos oitenta anos que tinha sido hospitalizado em meados de agosto, ficou com sintomas graves e faleceu apesar de ter recebido a segunda dose da vacinação em julho. Este paciente tinha o sistema imunológico enfraquecido devido a um tratamento contra câncer.

Segundo Oka, estudos realizados em outros países demostraram que pacientes com sistemas imunológicos enfraquecidos não conseguem se beneficiar das duas doses de vacinação. Esses estudos apontam para a possibilidade da eficácia da vacina ser menor para essas pessoas.

Oka acrescenta que há um risco de que pacientes que recebem tratamento para outras doenças à base de imunossupressores também não consigam criar anticorpos suficientes mesmo depois da segunda dose.

Oka disse que estão acumulando dados sobre a vacina do coronavírus e que agora se sabe que as duas doses não são suficientes para proteger pessoas que tenham o sistema imunológico enfraquecido, mas que seus anticorpos aumentam com a terceira dose. Oka acrescentou que, agora que as vacinas tornaram-se prevalentes, devemos considerar, como preparação para a próxima onda de infecções, como proteger pessoas sob risco de ficar com sintomas graves e lidar com os nossos pontos fracos. Ele diz que, assim, poderemos conter um aumento no número de pacientes seriamente doentes, o que, por sua vez, vai proteger o sistema de saúde pública.

Esta informação é relativa ao dia 12 de novembro.

344. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (8)

Na oitava parte da nossa série sobre doses de reforço da vacina contra o coronavírus, apresentamos uma pessoa que quer ser imunizada, mas não pode por um motivo.

Ikeda Masahiro, de 49 anos, é um barman que trabalha na região de Roppongi, distrito de Minato, em Tóquio. Ele não é vacinado. Ikeda sofre de dermatite atópica e outros sintomas alérgicos. O barman ficou doente após ser imunizado contra a gripe nove anos atrás. Seu médico lhe disse que se tratava de um choque anafilático. Ikeda Masahiro falou à NHK a respeito da horrível experiência pela qual passou na época. Ele disse que, ao se levantar para voltar para casa após ser vacinado, não conseguia caminhar em linha reta. Segundo Ikeda, ele sentiu que algo estava errado quando seu coração começou a palpitar.

O barman perguntou ao seu médico particular sobre a vacinação contra o coronavírus. O profissional de saúde, por sua vez, respondeu-lhe que provavelmente não haveria problema, mas que ficaria a critério de seu paciente se decidir pela imunização, pois ele havia tido choque anafilático anteriormente.

Ikeda Masahiro também sofre de asma. Por isso, corre o risco de desenvolver sérios sintomas caso seja infectado pelo coronavírus. Ele disse que quer ser vacinado para si mesmo e para os clientes de seu bar. Contudo, é incapaz de se decidir.

À NHK, Ikeda respondeu que, francamente, sente inveja de quem pode receber três doses. Ele disse que faria o mesmo se fosse uma pessoa saudável. O barman afirmou que se sente ansioso e alienado ao ver normas sendo suspensas, uma por uma, e pessoas podendo viajar desde que apresentem comprovação de que foram vacinadas. Ikeda Masahiro disse querer que as pessoas entendam que existe gente como ele que não pode ser imunizada. Também quer que discussões sejam realizadas sobre o que pode ser feito para pessoas como ele.

Estas informações são do dia 11 de novembro.

343. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (7)

Na sétima parte de nossa série sobre doses de reforço da vacina contra o coronavírus, apresentamos o ponto de vista de uma casa de repouso para a terceira idade.

Acredita-se que este ano um certo número de focos da doença ocorreu em casas de repouso para idosos com casos de infecções “breakthrough” entre pessoas que tinham recebido a segunda dose, durante a dita quinta onda de infecções de coronavírus no Japão.

Em novembro do ano passado, em uma casa de repouso no distrito de Setagaya, em Tóquio, que tem 90 residentes e mais de 100 funcionários que trabalham por turnos, mais de 10 pessoas, entre residentes e trabalhadores, testaram positivo para o vírus, embora nenhuma delas tenha apresentado qualquer sintoma.

A instituição tinha encorajado a vacinação, e entre abril e maio deste ano, a maioria dos residentes e funcionários já tinham recebido a segunda dose. A casa de repouso também reforçou seus esforços para prevenir infecções, e como resultado, não tem reportado qualquer novo caso de infecção.

Até recentemente, a instituição vinha restringindo o contato direto dos moradores com visitantes realizando as visitas os separando com os vidros das janelas ou via online.

Desde outubro, os residentes podem receber visitantes na casa de repouso depois que forem tomadas medidas preventivas.

A casa de repouso diz que tem grande esperança sobre a efetividade das doses de reforço na proteção de pessoas de terceira idade que tem maior risco de ficarem gravemente doentes. A instituição diz que uma terceira dose também é necessária para poder manter as visitas que estão sendo feitas quase em condições iguais às situações normais.

Tanaka Misa, chefe da instituição Hakusui-no-Sato, diz que acredita que a vacinação seja efetiva na proteção de pessoas idosas. Os familiares estão solicitando doses de reforço para que possam continuar a se encontrar com os residentes. Tanaka diz que em janeiro serão completados oito meses desde que a segunda dose foi administrada, e espera que os governos locais tomem medidas rápidas para a inoculação da terceira dose.

Esta informação é relativa ao dia 10 de novembro.

342. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (6)

Na sexta parte de nossa série sobre doses de reforço da vacina contra o coronavírus, comentamos a situação no Japão. Em que ordem e quem é elegível para receber as doses?

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão pretende oferecer uma terceira dose da vacina do coronavírus àqueles que receberam duas e pedirem o reforço.

No Japão, a primeira rodada de vacinações foi feita entre trabalhadores sanitários em fevereiro deste ano, seguidos de cidadãos idosos em abril. Pessoas com comorbidades foram as próximas a serem vacinadas.

O ministério não pretende estabelecer prioridades para a terceira dose, mas ela será oferecida às pessoas cerca de oito meses após elas terem tomado a segunda dose. Isto significa que trabalhadores do setor da saúde serão elegíveis para uma terceira dose a partir de dezembro e cidadãos idosos poderão começar a tomá-la a partir de janeiro de 2022. A partir de então, pessoas que não pertencem a nenhuma das duas categorias poderão receber o reforço.

O ministério da saúde está pedindo aos governos locais que comecem a realizar os preparativos para a distribuição da dose de reforço. Estes preparativos incluem a discussão de sistemas de reservas, preparação dos locais de vacinação e o envio de cupons para aqueles que estiverem prestes a completar oito meses desde a segunda dose.

Esta informação é relativa ao dia 9 de novembro.

341. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (5)

Nesta quinta edição da série sobre a dose de reforço da vacina contra o vírus, um especialista afirma que indivíduos com enfermidades subjacentes ou outros fatores de risco devem receber prioridade.

O professor Tateda Kazuhiro, da Universidade Toho, integra a subcomissão de especialistas que assessora o governo japonês no enfrentamento da crise viral. Ele afirma que indivíduos com risco de apresentar sintomas graves devem receber prioridade na aplicação da dose adicional. Diz ser possível decidir pela aplicação da dose de reforço no grupo de baixo risco, incluindo jovens, após a divulgação dos resultados de estudos adicionais.

O professor cita a existência de relatos sobre casos de infecções ‘breakthrough’ que surgem com a passagem de tempo após cada vacinação. Ressalta que, segundo os relatos, a vacinação é mesmo assim eficaz em prevenir o agravamento da doença ou a morte. No entanto, prossegue, em casos de infecções ‘breakthrough’, há risco de sintomas graves ou morte entre idosos e pessoas com imunodeficiência.

Além disso, Tateda acrescenta que profissionais da saúde, ainda que não integrem grupos de alto risco, podem necessitar da terceira dose de modo a não transmitir o vírus para pacientes de alto risco. O professor conclui que, para decidir as medidas de vacinação, o governo precisa ponderar sobre as prioridades e acompanhar o avanço da vacinação e os resultados de estudos realizados em várias partes do mundo.

As informações são do dia 8 de novembro.

340. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (4)

Esta quarta edição da série sobre vacinas de reforço aborda a necessidade ou não de as pessoas receberem doses da mesma fabricante.

Ainda não está claro se a dose de reforço deve ser da mesma fabricante que as vacinas administradas inicialmente ou se não teria problema receber vacinas de farmacêuticas diferentes. Nos Estados Unidos e Reino Unido, estão sendo realizados testes clínicos nos quais as pessoas recebem diferentes combinações de vacinas contra o coronavírus para analisar qual delas proporcionam maior imunidade quando as pessoas com vacinação completa recebem doses de reforço.

No início de outubro, os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos divulgaram os resultados provisórios de seus testes clínicos envolvendo 458 adultos, que tiveram vacinação completa com as doses da Pfizer-BioNTech, Moderna ou Johnson & Johnson. Pesquisadores aplicaram a terceira dose utilizando a vacina da mesma farmacêutica ou diferente, e analisaram a diferença nos níveis de anticorpos. Eles afirmam que, independentemente das vacinas aplicadas inicialmente, os níveis de anticorpos neutralizantes contra o coronavírus nas pessoas que receberam a dose de reforço da Pfizer ou Moderna aumentaram 10 a 30 vezes em duas semanas. Isso indica que as doses de reforço dessas empresas fortalecem a imunidade, independentemente das vacinas administradas inicialmente.

O órgão diz que os testes envolviam um pequeno grupo, mas não houve problemas em termos de segurança. Cita que irá revelar também os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Delta.

As informações são do dia 5 de novembro.

339. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (3)

Esta terceira edição da série sobre vacinação de reforço trata da questão do período de eficácia das vacinas sem a aplicação de doses adicionais.

Há informes sobre decréscimo da proteção proporcionada pelas vacinas com a passagem de tempo após a segunda dose, em razão de diminuição nos níveis de anticorpos neutralizantes. Alguns estudos mostram, porém, que, mesmo com uma menor quantidade de anticorpos, as vacinas ainda têm o efeito de evitar que infectados precisem ser hospitalizados ou de prevenir o agravamento da enfermidade.

Em setembro, um grupo de pesquisadores de universidades americanas divulgou constatações de seu levantamento sobre a eficácia das vacinas em relatório semanal dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. A pesquisa foi realizada em 21 hospitais de 18 estados americanos.

O estudo demonstrou que a vacina da Pfizer-BioNTech teve eficácia de 91% entre duas semanas e 120 dias após a segunda dose e de 77% a partir do 121º dia. Atribuiu à vacina da Moderna eficácia de 93% entre duas semanas e 120 dias após a segunda dose e de 92% a partir do 121º dia.

No Japão, assim como em outros países, foram noticiados casos de infecções ‘breakthrough’, nas quais pessoas são contagiadas duas ou mais semanas depois de receber vacinação completa. Informa-se que, entre indivíduos nestas condições, seria baixa a proporção dos que ficam gravemente enfermos.

O Centro Nacional de Saúde e Medicina Global do Japão examinou dados de mais de 3.400 pessoas hospitalizadas pela Covid-19 em mais de 600 instituições médico-hospitalares do país. O levantamento constatou que a proporção de indivíduos com vacinação completa em necessidade de tratamento em UTIs foi um oitavo menor do que a de não-vacinados, mesmo entre idosos. Outra constatação foi de que a taxa de mortalidade de idosos com vacinação completa foi um terço da registrada entre não-vacinados. As conclusões indicam que as vacinas são eficazes na redução do risco de apresentar sintomas graves.

Estas informações são do dia 4 de novembro.

338. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (2)

Na segunda parte da nossa série sobre doses de reforço de vacinas contra a Covid-19, vamos falar sobre os níveis de anticorpos neutralizantes relatados pelas fabricantes de imunizantes.

Nos países que estão aplicando ou consideram aplicar doses adicionais, há relatos de que a eficácia de vacinas contra o coronavírus em pessoas totalmente imunizadas provavelmente diminui com o passar do tempo devido à queda nos níveis de anticorpos neutralizantes que ajudam na luta contra o vírus.

As companhias farmacêuticas Pfizer, Moderna e AstraZeneca afirmam que administrar a dose de reforço melhora a eficácia da vacina aumentando os níveis de neutralização de anticorpos.

Segundo a Pfizer, em um experimento comparando os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Delta em pessoas que receberam a terceira dose contra aqueles que foram imunizados duas vezes, descobriu-se que os níveis de anticorpos em pessoas com 55 anos ou menos de idade que receberam a dose de reforço aumentaram em mais de cinco vezes, e em mais de 11 vezes naqueles entre 65 e 85 anos de idade. O experimento foi realizado um mês após os dois grupos terem sido inoculados.

A Moderna, por sua vez, também disse que os níveis de anticorpos contra a variante Delta detectados naqueles que receberam a dose de reforço duas semanas após a inoculação contra aqueles totalmente vacinados passados seis a oito meses, aumentaram em cerca de 42 vezes.

Já a AstraZeneca também registrou um aumento nos níveis de anticorpos neutralizantes após a dose adicional.

Estas informações são do dia 2 de novembro.

337. Como países estão lidando com a dose de reforço para o coronavírus? (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Os Estados Unidos e alguns outros países que começaram seus programas de vacinação contra o coronavírus relativamente mais cedo já passaram a administrar uma terceira dose – ou reforço. Acredita-se que a eficácia da vacina diminui com o passar do tempo. Hoje, trazemos a primeira parte da série sobre a dose de reforço.

Especialistas que desempenham papel de conselheiros na Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendaram no dia 11 de outubro que pessoas com sistema imune fragilizado recebam a dose de reforço de certas vacinas contra o vírus – como as da Pfizer-BioNTech, da Moderna e da AstraZeneca.

De acordo com especialistas, pessoas consideradas imunocomprometidas de grau moderado a severo apresentam um maior risco de desenvolver sintomas graves mesmo estando completamente vacinadas, já que a proteção adquirida com o padrão de duas doses não é suficiente.

O governo americano anunciou planos de oferecer doses adicionais a pessoas totalmente vacinadas a partir de um certo tempo depois de terem recebido a segunda dose. Segundo os EUA é provável que a eficácia das vacinas para o coronavírus diminua ao longo do tempo.

Em setembro, a agência reguladora de medicamentos dos EUA (FDA) autorizou o uso emergencial da dose de reforço da vacina para o coronavírus produzida em parceria pela Pfizer com a BioNTech. São elegíveis a receber a terceira dose idosos com 65 anos de idade ou mais, pessoas com 18 anos de idade ou mais que possuam alto risco de desenvolver sintomas graves e profissionais da saúde e de outras áreas que enfrentam um maior risco de serem expostos ao vírus.

De acordo com a FDA, a dose de reforço será administrada quando completarem-se seis meses ou mais desde a aplicação da segunda dose. A distribuição do reforço à população já está em andamento nos EUA.

Em 14 de outubro, o painel consultivo da FDA fez uma recomendação similar também para a vacina da Moderna, propondo uma terceira dose para idosos com 65 anos de idade ou mais e para pessoas com 18 anos de idade ou mais que possuam alto risco de desenvolverem sintomas graves.

Estas informações são do dia 1º de novembro.

336. Efeitos de longo prazo do coronavírus (4) – Prevenção por meio de vacinação

Nesta edição, apresentamos a quarta e última parte da nossa série sobre os resultados de uma pesquisa realizada no Japão a respeito dos efeitos de longo prazo de infecções pelo coronavírus, também conhecidos como Covid longa.

O Centro Nacional de Saúde e Medicina Global e outras instituições realizaram uma pesquisa envolvendo pessoas que se recuperaram da Covid-19, de fevereiro de 2020 em diante. O grupo analisou as respostas de 457 pessoas entre 20 e 79 anos.

Morioka Shinichiro, um dos pesquisadores do centro que participaram do levantamento, disse que se acreditava que mulheres seriam mais suscetíveis a sofrer efeitos de longo prazo, e o estudo mostrou, de fato, que elas apresentavam maior tendência a relatar perda de cabelo e problemas relacionados ao paladar e olfato, assim como fadiga. No estágio agudo, homens de idade avançada com tendência à obesidade enfrentam maior risco de agravamento do quadro após o contágio pelo vírus. Morioka afirmou que não estava claro por que mais mulheres relataram casos de disfunção no paladar e olfato.

Ele acrescentou que mesmo as mulheres jovens e magras não deveriam subestimar a possibilidade de ter efeitos de longo prazo. De fato, é importante que elas levem seriamente em consideração os resultados, que mostraram que tais pessoas são mais suscetíveis a ter problemas de paladar ou olfato. Morioka citou que problemas relacionados ao paladar ou olfato tendem a prevalecer entre pessoas jovens. Por isso, eles seriam um grande problema tanto para as pessoas com sintomas moderados da Covid-19 quanto para os jovens.

Além disso, há relatos de que, em comparação com as pessoas que não foram vacinadas, aquelas que receberam a dose duas vezes tem menor probabilidade de ter sintomas por mais de 28 dias. Isso significa que vacinas também ajudam a prevenir problemas posteriores, o que indica que é muito importante que os jovens sejam vacinados duas vezes. Também, é essencial continuar a adotar medidas preventivas básicas, mesmo após a aplicação de duas doses, uma vez que continuam os riscos de infecção pelo coronavírus e apresentação de efeitos de longo prazo.

Estas informações são do dia 29 de outubro.

335. Efeitos de longo prazo do coronavírus (3) – Efeitos de antivirais e diferenças entre os sexos

Nesta edição, apresentamos a terceira parte da nossa série sobre os resultados de uma pesquisa realizada no Japão a respeito dos efeitos de longo prazo de infecções pelo coronavírus, também conhecidos como Covid longa. Desta vez, focamos nos efeitos de medicamentos utilizados e nas diferenças entre os sexos.

De fevereiro de 2020 em diante, o Centro Nacional de Saúde e Medicina Global e outras instituições realizaram uma pesquisa junto a pessoas que se recuperaram da Covid-19. O grupo foi capaz de analisar as respostas de 457 pessoas nas faixas etárias entre 20 e 70 anos.

Os pesquisadores observaram se o tipo de tratamento que os pacientes receberam enquanto sofriam com os sintomas de coronavírus – como, por exemplo, antivirais e esteroides administrados – afeta a Covid longa. Eles não conseguiram detectar quaisquer relações claras. Os pesquisadores aconselham as pessoas para que sejam vacinadas e adotem medidas anti-infecção, porque, antes de mais nada, não será necessário sofrer com efeitos prolongados caso você não seja infectado.

Eis os resultados da pesquisa sobre as diferenças entre os sexos para a Covid longa. Os dados mostram que mulheres são 1,9 vez mais suscetíveis a terem problemas de olfato do que os homens; 1,6 vez mais suscetíveis a terem problemas de paladar; cerca de duas vezes mais suscetíveis a sentirem fadiga; e por volta de três vezes mais suscetíveis a terem queda de cabelo.

A pesquisa também revelou que quanto mais jovem e magra for a pessoa, maior será a tendência de ela – seja do sexo masculino ou feminino – desenvolver problemas de olfato ou paladar, além de sofrer com efeitos prolongados, mesmo que tenha tido apenas sintomas leves de Covid-19.

Estas informações são do dia 28 de outubro.

334. Efeitos de Longo Prazo do Coronavírus (2) – Perda de Fôlego, Queda de Cabelo, Perda de Memória

Hoje, apresentamos a segunda parte de nossa série sobre os resultados de uma pesquisa realizada no Japão sobre os efeitos de longo prazo do coronavírus, também conhecido como Covid longa.

O Centro Nacional de Saúde e Medicina Global do Japão junto com outras instituições entrevistou pessoas que tinham se recuperado da Covid-19 desde fevereiro de 2020. O grupo analisou as respostas de 457 pessoas da faixa dos 20 até os 79 anos.

A seguir são apresentados mais dados do estudo conforme os sintomas.

Perda de Fôlego
Cerca de 20% dos respondentes teve o problema durante até um mês depois de começar a apresentar os sintomas da doença. Cerca de 5% teve o sintoma por cerca de 100 dias desde o início da doença, e 3,9% ainda o tinha mesmo depois de passados 6 meses, enquanto 1,5% ainda sofria da condição um ano depois.

Queda de Cabelo
Poucas pessoas disseram que tiveram queda de cabelo no início da infecção. Cerca de 10% relatou o problema depois de alguns meses, enquanto cerca de 8% tinha o problema passados 100 dias, 3,1% mesmo depois de 6 meses, e 0,4% passados mais de um ano.

Perda de Memória e outros problemas
Com relação à esquecimentos e lapsos de memória, 11,4% percebia o problema mesmo passados 6 meses e 5,5% mesmo depois de um ano. Sobre perda de concentração, 9,8% tinha o problema mesmo depois de 6 meses e 4,8% passados mais de um ano. Algumas pessoas sofreram depressão – 8,1% ainda tinha o problema passados 6 meses e 3,3% mesmo depois de um ano.

Estas informações são do dia 27 de outubro.

333. Efeitos de Longo Prazo do Coronavírus (1) – Olfato, Paladar e Fadiga

Nesta nova série, vamos analisar os resultados de uma pesquisa realizada no Japão sobre os efeitos de longo prazo do coronavírus, também conhecido como Covid longa.

O Centro Nacional de Saúde e Medicina Global do Japão, entre outros, pesquisou pessoas que tinham se recuperado da Covid-19 desde fevereiro de 2020. O grupo analisou as respostas de 457 pessoas da faixa dos 20 até a faixa dos 70 anos.

Os resultados mostraram que 26,3% dessas pessoas teve algum tipo de sintoma seis meses depois do início ou do diagnóstico da doença, enquanto 8,8% relatou ainda ter algum tipo de sintoma 12 meses depois.

Vamos ver os dados por sintomas.

Problemas com o olfato. Um pouco mais de 10% dos participantes da pesquisa tinha problemas cerca de 100 dias após o início ou o diagnóstico. 7,7% tinha problemas depois de seis meses, mais de 5% depois de 200 dias e 1,1% ainda tinha problemas depois de um ano.

Problemas com o paladar. Cerca de 5% relataram problemas depois de 100 dias, 3,5% depois de seis meses e 0,4% depois de um ano.

Fadiga. Enquanto cerca de 50% dos participantes disseram sentir fadiga logo depois do início da doença, 10% ainda tinham este problema depois de 100 dias, 6,6% depois de seis meses e 3,1% depois de um ano.

Estas informações são do dia 26 de outubro.

332. Crianças devem ser vacinadas? (6)

O governo do Japão pode passar a considerar a inclusão de alunos do ensino fundamental em seu programa de vacinação. Na sexta e última parte da série sobre vacinação em crianças, analisamos alguns riscos e benefícios.

A empresa americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech confirmaram a segurança e a eficácia de sua vacina contra o coronavírus para crianças com idades entre 5 e 11 anos, e entraram com pedido junto à agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para receber autorização de uso emergencial do imunizante. Diante disso, o Japão considera a possibilidade de incluir crianças dessa faixa etária em seu programa de vacinação.

Nakayama Tetsuo, professor da Universidade Kitasato, afirma que a diferença nas tendências de infecção entre os Estados Unidos e o Japão deve ser levada em consideração em debates futuros sobre inoculações.

Nakayama afirma que, nos Estados Unidos, autoridades podem estar buscando vacinar estudantes do ensino fundamental devido a focos de infecções cada vez mais frequentes em escolas em meio ao lento crescimento na taxa geral de vacinação no país. Mas, segundo ele, a taxa de vacinação entre pessoas na casa dos 20 e 30 anos e entre pais de alunos do ensino fundamental no Japão pode vir a aumentar. Assim, acredita que as autoridades devam esperar e observar a tendência por mais tempo.

Enquanto as infecções continuam a se disseminar, vacinas são uma forma significativa de proteger a população. Assim, cresce o interesse acerca da ideia de expandir a faixa etária de quem pode ser vacinado, como maneira de evitar o contágio entre crianças. Será importante que as autoridades cheguem a uma decisão enquanto levam em consideração o equilíbrio entre os benefícios, como eficácia, e os riscos, tais como reações adversas. Também deve pesar na decisão se receber a vacina é da vontade dos pais e das próprias crianças.

Estas informações são do dia 25 de outubro.

331. Crianças devem ser vacinadas? (5)

Esta quinta edição da série sobre crianças e vacinação aborda os efeitos colaterais das vacinas.

Em relação aos efeitos adversos da vacina em crianças com a idade entre 5 e 11 anos, um comunicado para a imprensa divulgado em 20 de setembro pela farmacêutica americana Pfizer diz somente que os efeitos colaterais vistos nesta faixa etária eram semelhantes àqueles apresentados pelas pessoas entre 16 e 25 anos, que receberam volumes regulares de doses da vacina.

O pediatra Nakayama Tetsuo, que também é professor da Universidade Kitasato, disse acreditar que as vacinas não são perigosas para crianças, mas podem causar alguns efeitos colaterais. Ele prossegue e diz que um possível efeito adverso é a febre, citando que algumas crianças são suscetíveis a convulsão febril. Nakayama enfatizou que os pais precisam ter compreensão total sobre isso antes de seus filhos serem vacinados, acrescentando ser importante que as crianças precisam ser vacinadas pelo médico de família, que conhece bem suas condições físicas.

O professor Okada Kenji, da Faculdade de Enfermagem de Fukuoka, que atua também como presidente da Sociedade Japonesa de Vacinologia, afirmou que vacinas devem ser aplicadas em crianças com doenças pré-existentes, assim como estudantes que se preparam para prestar vestibular e que desejam ser vacinados. Contudo, ele cita que a vacinação de crianças menores de 12 anos não será prioridade.

Okada disse que se as crianças tiverem sérios efeitos colaterais, poderá criar problemas no futuro. Ele declarou que, no que se refere à vacinação de crianças saudáveis, é importante considerar um equilíbrio entre o agravamento de sintomas caso seja infectado pelo vírus, a eficácia das vacinas e sua segurança.

Estas informações são do dia 22 de outubro.

330. Crianças devem ser vacinadas? (4)

Esta quarta edição da série sobre crianças e vacinação trata de benefícios da vacinação infantil.

Diante de efeitos colaterais apresentados em certa medida pelas vacinas contra a Covid-19, veem-se menos benefícios na vacinação de crianças do que na vacinação de adultos porque os mais jovens raramente adoecem quando em exposição ao vírus.

E quais são os benefícios?

– Prevenção de infecção e do agravamento da enfermidade
As vacinas contra a Covid-19 aplicadas atualmente demonstram alta eficácia mesmo em relação à variante delta na prevenção de infecção e no agravamento da enfermidade.

– Redução de surtos em escolas e cursinhos particulares
Na quinta onda de infecções, houve uma grande quantidade de surtos do coronavírus entre alunos de escolas e crianças que frequentam diferentes tipos de cursinhos particulares, como cursos intensivos. A vacinação é tida como eficaz na redução deste tipo de concentração de contágios.

– Redução do risco de infecção no lar
A vacinação de crianças ajuda a reduzir o risco de contágio no lar entre pessoas que não foram vacinadas ou estão impossibilitadas de receber vacinas.

Estas informações são do dia 21 de outubro.

329. Crianças devem ser vacinadas? (3)

O governo japonês pode considerar a ampliação do programa de vacinação para crianças do ensino fundamental. Na terceira parte de nossa série sobre a vacinação de crianças, vamos ver a taxa de pacientes infantis que ficam gravemente doentes.

Já é sabido que a maioria das crianças só desenvolvem sintomas leves e poucas ficam seriamente doentes mesmo que sejam infectadas pelo coronavírus. Dados compilados pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão mostram que até o dia 15 de setembro de 2021, foram reportados no país aproximadamente 1 milhão e 625 mil casos de coronavírus, dentre os quais 14.229 pessoas faleceram. Isto significa que a taxa de mortalidade foi de cerca de 0,9%.

Do total de casos de infecção, o número de crianças com menos de 10 anos de idade foi de cerca de 84 mil, enquanto aproximadamente 163 mil tinham de 11 a 19 anos. Dentre esses jovens, um único paciente nessa faixa etária veio a falecer.

Outro conjunto de dados estatísticos do Ministério da Saúde mostra que dentre as pessoas que foram diagnosticadas com Covid-19 entre junho e agosto do ano passado, a taxa de casos graves de crianças com menos de 10 anos foi de 0,09% e não havia casos similares entre jovens com idade entre 11 e 19 anos. Os especialistas dizem que crianças com doenças subjacentes podem desenvolver sintomas graves. No entanto, até agora tem ocorrido poucos casos graves entre crianças.

O painel de especialistas do Ministério da Saúde diz que as infecções na maioria das vezes se propagam dos adultos para as crianças em casa, e que tem havido relativamente poucos casos em que as crianças passam o vírus para os adultos. O painel diz que a situação parece ser diferente da gripe, que normalmente se dissemina das crianças para os seus familiares depois que elas se infectam nas escolas.

Estas informações são do dia 20 de outubro.

328. Crianças devem ser vacinadas? (2)

O governo japonês pode considerar a ampliação do programa de vacinação para crianças do ensino fundamental. Desta vez, na segunda parte da nossa série, vamos observar a vacinação de crianças no Japão.

Em 28 de maio, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão anunciou que ampliaria vacinações contra o coronavírus em crianças com idades entre 12 e 15 anos. A medida foi tomada após a companhia farmacêutica Pfizer, dos Estados Unidos, e sua parceira BioNTech, da Alemanha, terem solicitado autorização para ampliar as vacinações neste grupo etário. No dia 31 do mesmo mês, crianças entre 12 e 15 anos de idade foram adicionadas ao programa oficial de vacinação do Japão, dando início às inoculações para aqueles pertencentes a este grupo etário.

Após o anúncio da Pfizer e BioNTech sobre os resultados de seus testes clínicos que demonstraram segurança e eficácia da vacina para crianças de 5 a 11 anos de idade, o Japão deve verificar se crianças neste grupo etário podem ser adicionadas ao programa de vacinação do país.

Como devemos encarar a situação de vacinas sendo administradas em crianças do ensino fundamental? Nós conversamos com o pediatra Nakayama Tetsuo, que também é professor da Universidade Kitasato. Ele afirmou que, como não havia vacinas disponíveis para crianças até agora, há significado em ter uma maneira de lidar com o alastramento do coronavírus, já que tem havido relatos de infecções em escolas, programas de cuidados infantis pós-escolares e aulas particulares.

Estas informações são do dia 19 de outubro.

327. Crianças devem ser vacinadas? (1)

Os Estados Unidos estão considerando autorizar a vacinação de crianças no ensino fundamental com menos de 12 anos de idade. Esta semana trazemos uma nova série que analisa questões relacionadas à vacinação de crianças. No primeiro episódio, trataremos sobre a vacinação de crianças nos EUA.

No dia 20 de setembro, a empresa farmacêutica americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech divulgaram os resultados de testes clínicos de sua vacina contra o coronavírus em 2.268 crianças com idades entre 5 e 11 anos em diversos países, incluindo os EUA. As crianças foram inoculadas duas vezes com um terço da dose dada a adultos. Um mês depois, os cientistas foram capazes de confirmar uma resposta imunológica forte quando testaram as crianças para os anticorpos neutralizantes que impedem a ação do vírus no corpo. Tanto a resposta imunológica quanto os efeitos colaterais reportados foram similares aos vistos em jovens entre 16 e 25 anos de idade que receberam uma dosagem regular da vacina. No dia 7 de outubro, as duas empresas anunciaram que deram entrada formalmente a um pedido para autorização de uso emergencial da vacina em crianças de 5 a 11 anos de idade junto à agência reguladora de medicamentos dos EUA (FDA).

A vacina da Pfizer foi inicialmente ministrada em pessoas com pelo menos 16 anos de idade. Em maio, a idade mínima foi alterada para incluir adolescentes de 12 a 15 anos. As empresas haviam anunciado no dia 31 de março que um teste clínico havia confirmado a segurança e eficácia da vacina para pessoas dentro desta faixa etária. No dia 9 de abril, as empresas pediram à FDA que incluísse adolescentes no programa de vacinação e receberam a autorização para uso emergencial no dia 10 de maio. No dia 13 de maio, a distribuição da vacina para jovens com mais de 12 anos foi iniciada.

Estas informações são do dia 18 de outubro.

326. Especialistas explicam declínio acentuado de casos de coronavírus no Japão (5)

Nesta edição, apresentamos a quinta e última parte da série com explicações de especialistas sobre o que está por trás do declínio nas infecções. Desta vez, o diretor-geral do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, Wakita Takaji, nos fala sobre o assunto.

Wakita é também o chefe do painel de especialistas sobre o contágio pelo coronavírus do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social. Ele diz que os fatores citados por especialistas como motivos por trás da diminuição nos casos, como a queda no número de pessoas indo à noite para bairros de entretenimento e o avanço da campanha de vacinação, não explicam suficientemente o rápido ritmo no declínio.

Segundo Wakita, na última onda de contágio, os jovens que foram infectados não passaram o vírus para os idosos graças, em parte, aos efeitos da vacinação. Ele afirma que a disseminação das infecções entre a geração jovem sempre tinha a tendência de apresentar aumento e queda rápidos. Cita que é possível que a tendência entre os jovens tenha se tornado uma propensão geral na última onda. Ele diz que mais estudos e análises são necessários, uma vez que não descobriram ainda o quanto cada um dos múltiplos fatores contribuiu para a queda de novos casos.

No que se refere à questão sobre o coronavírus ter sofrido mais mutações, Wakita afirma que não considera tal possibilidade. Ele diz que as análises do genoma do coronavírus mostram que houve pouca diferença nos vírus de hoje, em que as infecções estão se contraindo, e naqueles em um momento em que o contágio estava se alastrando rapidamente. Ele cita que, por enquanto, não considera a possibilidade de o vírus ter se enfraquecido.

Em relação às medidas que precisamos adotar daqui em diante, Wakita afirma que em algumas partes do país, as infecções estão se propagando entre os estrangeiros, que tendem a apresentar taxa de vacinação mais baixa. Ele diz ser importante para o governo elaborar medidas para promover a vacinação entre as pessoas que são vulneráveis em termos de saúde pública e em áreas e comunidades onde as pessoas têm dificuldade de obter acesso à vacinação.

Estas informações são do dia 15 de outubro.

325. Especialistas explicam declínio acentuado de casos de coronavírus no Japão (4)

Nesta edição, apresentamos a quarta parte da série com explicações de especialistas sobre o que está por trás do acentuado declínio nas infecções.

O professor Nishiura Hiroshi, da Universidade de Kyoto, é membro do painel de especialistas sobre infecções pelo coronavírus do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão. Ele afirma que quer explicar totalmente as razões do declínio uma vez que receba os resultados da análise que está sendo realizada atualmente.

No entanto, segundo Nishiura, existe algo que ele pode afirmar com certeza: a taxa de reprodução, que indica a quantidade de pessoas para as quais alguém infectado pode transmitir o vírus, tende a aumentar após feriados ou fins de semana prolongados. O especialista declara que aumentos na taxa foram observados após feriados, mesmo quando partes do país estavam sob estado de emergência para o coronavírus. Ele diz que é capaz de afirmar que o comportamento de cada indivíduo durante o tempo livre, como, por exemplo, encontrar-se com pessoas que raramente vemos, viajar para longe ou comer fora, contribui para o aumento das infecções secundárias.

De acordo com o professor Nishiura, um aumento desregulado no contato interpessoal levará certamente a uma nova grande onda de infecções, mesmo depois que o Japão tenha obtido ainda mais progresso nas vacinações. Ele diz que precisamos estar preparados para um possível surto no inverno.

Estas informações são do dia 14 de outubro.

324. Especialistas explicam o declínio acentuado de casos de coronavírus no Japão (3)

Na terceira parte de nossa série sobre a opinião de especialistas sobre o que está por detrás do acentuado declínio no número de infecções, escutamos o professor Yamamoto Taro do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de Nagasaki.

O professor Yamamoto diz que não pode avaliar os fatores por detrás da queda do número de novos casos a menos que possa comparar o grau de precisão da contagem de casos reportados diariamente pelos governos locais com a situação real.

No entanto, Yamamoto acrescenta que acredita que mais pessoas tenham adquirido imunidade através das vacinações ou mesmo contraindo a doença. O pesquisador diz que caso o vírus passe a fazer parte da vida diária das pessoas, e se busque uma sociedade em que a doença seja aceitável até certo ponto nos aspectos humano, social e econômico, deve se discutir qual deve ser o nível tolerável. Ele acredita que o Japão está entrando em uma nova fase onde os critérios para determinar a situação da infecção estão mudando de número de casos para o foco em número de pacientes com condições graves ou óbitos.

Sobre o que fazer no futuro, Yamamoto diz que se o vírus sofrer mutações e se tornar mais transmissível mesmo que continuem a ser tomadas medidas e restrições totais com o objetivo de eliminar o vírus, existe o risco de que as pessoas tenham de enfrentar situações mais difíceis do que as que estão vivendo agora. O professor diz que embora seja necessário pensar com uma perspectiva abrangente sobre como coexistir com o coronavírus, ao nível de indivíduos, acha que ainda continuará a haver o risco das pessoas, elas mesmas, ou seus familiares, ficarem gravemente doentes ou virem a falecer. Dessa forma, Yamamoto diz que devem ser criados métodos de tratamento e um sistema de cuidados de saúde que atuem como medidas de proteção para pelo menos prevenir falecimentos.

Estas informações são do dia 13 de outubro.

323. Especialistas explicam declínio acentuado de casos de coronavírus no Japão (2)

O total diário de novas infecções no Japão despencou desde o final do mês de agosto. Nesta edição, apresentamos a segunda parte da série com explicações de especialistas sobre o que está por trás do acentuado declínio nas infecções.

O professor Wada Koji, da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar, é membro do painel de especialistas sobre resposta ao coronavírus do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão. Wada afirma que entre as possíveis razões para o declínio nos casos estão o progresso nas vacinações e fatores sazonais, que, segundo ele, significa que temperaturas mais baixas levam a uma quantidade menor de atividade em espaços internos com ar condicionado, facilitando as pessoas a manter distância umas das outras. No entanto, o professor diz que é bastante difícil determinar o quanto que cada um dos vários fatores contribuiu para o declínio.

Quanto ao que esperar nos próximos meses, Wada Koji afirma que infecções podem se disseminar novamente, já que as temperaturas caem com a aproximação do inverno. De acordo com ele, infecções devem se alastrar primeiramente, sobretudo, entre adolescentes e jovens na faixa etária dos 20 anos, um grupo etário com baixa percentagem de pessoas que obtiveram imunidade contra o vírus por meio de infecção ou vacinação. O especialista diz que o vírus, então, deve se espalhar da geração mais jovem até pessoas de meia-idade e idosos não vacinados que podem se tornar gravemente enfermos. Para Wada, existe ainda o temor de que o vírus se alastre entre os idosos, cujos níveis de anticorpos diminuíram porque o tempo passou desde que eles foram vacinados.

Como medidas preventivas, o professor Wada diz que, como caminhamos para o inverno, quanto mais alta for a taxa de vacinação, maiores são as chances de que possamos evitar que o sistema médico-hospitalar fique sobrecarregado. Ele pede às pessoas que ainda não foram vacinadas que recebam suas doses até o final de outubro. Contudo, o especialista também afirma que o progresso na vacinação pode significar que, mesmo que o número de casos aumente até um determinado nível, a sobrecarga do sistema médico-hospitalar pode não ser tão grande como foi até agora. Wada Koji também salientou que discussões são necessárias sobre como compreender o coronavírus e até que ponto devemos adotar medidas contra ele.

Estas informações são do dia 12 de outubro.

322. Especialistas explicam declínio acentuado de casos de coronavírus no Japão (1)

A contagem diária de novas infecções no Japão subiu para um nível sem precedentes durante a quinta onda em meio ao verão no país, ultrapassando a marca de 25 mil em meados de agosto. Contudo, o número de novos casos despencou após o final do mês e permaneceu abaixo de mil por três dias consecutivos até 5 de outubro, chegando a cerca de um vinte cinco avos (1/25) do número registrado nos momentos de pico. A partir de hoje, vamos ouvir a explicação de especialistas sobre o que está por trás do acentuado declínio nas infecções.

O governo japonês decidiu encerrar o estado de emergência em 28 de setembro. Omi Shigeru, que lidera o painel de especialistas que aconselham o governo, ofereceu diversas razões para apoiar a decisão, em uma coletiva de imprensa realizada naquele dia.

A primeira delas é que haverá menos fins de semana prolongados ou feriados tais como as férias de verão, quando a circulação de pessoas aumenta. Sem essas ocasiões, isso significa que há menores chances de que o vírus seja transmitido de uma pessoa a outra.

Em segundo lugar, a população permanece tomada por uma sensação de crise, após ter ouvido como a sobrecarga dos hospitais devido à incidência de novos casos forçou muitos pacientes a terem que se recuperar em casa.

Em terceiro lugar, foi observada diminuição na circulação de pedestres nos bairros de entretenimento noturno, onde a infecção é mais provável de se alastrar.

Em quarto lugar, a campanha de vacinação continua avançando, reduzindo o número de novas infecções não somente entre idosos, mas também entre as gerações mais jovens.

Por fim, foram observadas mudanças nas condições do tempo, tais como temperatura e precipitação, que também são considerados fatores de risco.

Omi compartilhou sua opinião de que, com um clima mais fresco, as pessoas tendem a passar mais tempo ao ar livre, o que reduz o contato em espaços fechados — onde a infecção tem maior probabilidade de ocorrer. Segundo ele, no entanto, essa opinião não pode ser comprovada cientificamente. Omi afirmou que vai continuar a observar quais fatores contribuíram para o declínio de novos casos e em que extensão.

As informações são do dia 11 de outubro.

321. Pessoas sob risco de adoecer gravemente (2) — Riscos por faixa etária indicados pelo novo barômetro

Pesquisadores do Centro Nacional de Saúde e Medicina Global do Japão e de outras instituições criaram um barômetro utilizando um sistema de pontos para medir o risco de pacientes de coronavírus ficarem com sintomas graves. Hoje, no segundo segmento da série, vamos verificar os riscos de desenvolver sintomas sérios por faixa etária, de acordo com o sistema de barômetro.

Este sistema dividiu a população em três faixas etárias: de 18 a 39 anos, de 40 a 64 anos e de 65 anos ou mais de idade.

Para as pessoas com idades entre 18 e 39 anos, o barômetro dá um ponto para os homens. Pessoas de ambos os sexos com 30 anos ou mais também recebem um ponto. Pessoas com o índice de massa corporal entre 23 e 29,9 recebem um ponto, e aqueles com um índice igual ou superior a 30 recebem dois pontos. Este índice é utilizado para medir o excesso de peso.

Pessoas com câncer recebem três pontos.

O barômetro também adiciona dois pontos para pacientes de Covid-19 nesta faixa etária que tiverem febre de 37,5 °C ou mais. Dois pontos também são concedidos a pessoas que apresentam um chiado ao respirar. Pessoas que sentem falta de ar recebem um ponto.

O barômetro indica que pessoas nesta faixa etária que receberem seis ou mais pontos durante um período de aumento de novos casos estão sob alto risco de ficarem com sintomas graves, e precisam receber tratamento adequado.

Para pessoas entre 40 e 64 anos, o barômetro concede um ponto para os homens, e pessoas com idades entre 50 e 59 anos também recebem um ponto. Aqueles com idades entre 60 e 64 anos recebem 3 pontos. Pessoas desta faixa etária com o índice de massa corporal de 25 ou mais recebem dois pontos, e pacientes com diabetes recebem um ponto.

Nesta faixa etária, pacientes de Covid-19 com febre de 37,5 °C ou mais recebem dois pontos.

Pacientes com falta de ar também recebem mais dois pontos, e um ponto é concedido a pacientes que tiverem tosse ou fadiga.

O barômetro indica que pessoas que tiverem cinco ou mais pontos durante um período de aumento de novos casos estarão sob alto risco de ficar com sintomas graves e deverão receber tratamento adequado.

Pessoas com 75 anos ou mais de idade, pertencentes ao terceiro grupo, de faixa etária de 65 anos ou mais, receberão dois pontos. Neste grupo, pessoas com o índice de massa corporal de 25 ou mais também receberão dois pontos.

Pessoas neste grupo que tiverem um histórico médico de insuficiência cardíaca recebem dois pontos. Pacientes com diabetes ou pressão alta também recebem dois pontos, e aqueles com doenças cerebrovasculares recebem um ponto.

Para pacientes de Covid-19 nesta faixa etária, o barômetro concede quatro pontos para pessoas com febre de 37,5 °C ou superior. Pessoas com falta de ar também recebem quatro pontos, e com tosse, um ponto.

Segundo o barômetro, pessoas nesta faixa etária que tiverem três ou mais pontos são consideradas sob alto risco de ficar com sintomas graves, e deverão receber tratamento adequado o quanto antes. As autoridades devem evitar que essas pessoas sejam negligenciadas.

Esta informação foi atualizada no dia 8 de outubro.

320. Pessoas sob risco de adoecer gravemente (1) — Desenvolvendo um novo barômetro

Em conjunto com outras instituições, o Centro Nacional de Saúde e Medicina Global do Japão desenvolveu um barômetro que utiliza pontos para medir os riscos de um paciente de coronavírus se tornar gravemente enfermo. Pacientes com pontos altos são mais propensos a adoecerem gravemente. O barômetro pode, portanto, ser empregado para dar prioridade a pacientes que necessitam ser hospitalizados. Hoje, vamos apresentar a primeira parte desta série em duas edições.

Os pesquisadores estudaram cerca de 4,5 mil pacientes transportados até hospitais em todo o Japão entre junho e setembro de 2020. Eles analisaram as características de pacientes com sintomas moderados ou graves que necessitavam de oxigênio e desenvolveram um barômetro com base em pontos que mede o nível de gravidade da doença.

O barômetro dividiu pacientes em dois grupos etários. Por exemplo: no grupo com idades entre 40 e 64 anos, caso o paciente seja homem, ele recebe um ponto. Pessoas, tanto do sexo masculino como feminino, que tenham índice de massa corporal (BMI) superior a 25 são consideradas obesas e recebem dois pontos. Uma pessoa com diabetes recebe um ponto adicional. Febre superior a 37,5 °C resulta em mais dois pontos. Dificuldade de respiração, mais dois pontos; tosse, mais um ponto; e cansaço, mais um ponto.

Quando o barômetro foi estudado com dados referentes à terceira onda de infecções, 23% dos pacientes entre 40 e 64 anos com uma combinação de cinco pontos ficaram seriamente enfermos por causa do vírus. O número aumentou para 76%, no caso de pacientes com uma combinação de dez pontos.

De acordo com os pesquisadores, pacientes com mais de cinco pontos se enquadram no grupo de alto risco nos períodos em que o vírus se alastra rapidamente. Eles precisam ser monitorados de perto e levados até uma instalação médico-hospitalar o quanto antes.

Yamada Gen, membro do Centro Nacional de Medicina e Saúde Global, afirma que, caso haja outro surto de grandes proporções do vírus e o número de pessoas em autoisolamento em casa passe a disparar, os pesquisadores esperam que o barômetro seja empregado de maneira eficiente para detectar pacientes com alto risco de adoecerem gravemente e os ajudem a ter acesso a tratamento médico-hospitalar necessário. Yamada acrescentou que o barômetro não cobre todos as possibilidades de risco, mas que também pode ser empregado para determinar se uma pessoa se enquadra no grupo de risco.

Estas informações são do dia 7 de outubro.

319. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (8)

Esta série se concentra nos resultados de um levantamento realizado pela NHK no início de setembro (2021) a respeito da percepção e do comportamento da população japonesa em relação à pandemia do coronavírus. O questionário foi respondido por 1.200 pessoas com idades entre 15 e 69 anos de diversas partes do Japão.

Hoje, em nosso último segmento, vamos ver a última questão do estudo, sobre como as pessoas devem lidar com o coronavírus daqui em diante.

A maior parte dos respondentes, ou 63,6%, disse que se deve priorizar dar um fim à pandemia continuando com as medidas de restrição sobre as atividades, enquanto 7,5% acredita que se deve priorizar as atividades socioeconômicas, atenuando as restrições. Isso revela que o número de respondentes que dizem que se deve dar prioridade em pôr fim à pandemia mesmo que isso signifique sacrificar atividades socioeconômicas é oito vezes maior em comparação com os que responderam que as restrições devem ser atenuadas.

O levantamento revela os anseios mais profundos dos respondentes de retomarem suas vidas diárias normais, apesar das diversas opiniões e preocupações de pessoas de diferentes posições sociais e grupos etários sobre a pandemia, vacinações e restrições impostas a seu dia a dia.

Estas informações são do dia 6 de outubro.

318. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (7)

Nesta edição, damos continuidade à série que apresenta os resultados de um levantamento conduzido pela NHK no início de setembro (2021) a respeito da percepção e do comportamento da população japonesa em relação ao coronavírus.

O questionário foi respondido por 1,2 mil pessoas com idades entre 15 e 69 anos de diversas partes do Japão. Desta vez, observamos o que as pessoas pensam ser necessário para que haja mudança em seu comportamento durante a pandemia.

Além da vacinação, a mudança de comportamento é tida como essencial para conter a disseminação do vírus. O levantamento perguntou que tipos de estruturas ou sistemas são necessários para que as pessoas mudem o seu comportamento. Foram permitidas múltiplas respostas.

A maior parte dos respondentes, ou 69,2%, afirmou ser a compensação financeira. Para 45%, tornar obrigatórias medidas antivírus e responsabilizar infratores. Segundo 43,7%, a promoção do trabalho remoto. Explicações e mensagens convicentes por parte do governo e de especialistas, responderam 43,2%. De acordo com 34,9%, proporcionar educação escolar online.

No questionário, também foi perguntado que tipos de medidas obrigatórias com penalidades podem ser aceitas pelas pessoas.

Para 66,5% dos respondentes, o uso compulsório de máscaras de proteção. Já 54,4% disseram restrições compulsórias para eventos e atividades de lazer. Segundo 40,3%, a vacinação obrigatória. Restrições compulsórias para horários de funcionamento de bares e restaurantes, responderam 34,8%. De acordo com 24,1%, exigir que pessoas obtenham permissão para realizar saídas. Já 6,8% disseram não querer aceitar nenhum tipo de medida obrigatória.

Na próxima edição, na última parte desta série, vamos observar as opiniões de pessoas sobre como lidar com o coronavírus daqui por diante.

Estas informações são do dia 5 de outubro.

317. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (6)

Continuamos com a nossa série sobre os resultados de um levantamento conduzido pela NHK no início de setembro (2021) a respeito da percepção e do comportamento da população japonesa em relação à pandemia de coronavírus. O questionário foi respondido por 1.200 pessoas de diversas partes do Japão, com idades entre 15 e 69 anos.

Hoje, veremos o que as pessoas pensam sobre a vacinação contra o coronavírus.

Há grandes expectativas pelas vacinas contra o coronavírus como fator decisivo para pôr fim ao autoisolamento e a outras restrições contra o vírus.

Quando perguntados sobre o que pensam sobre o programa de vacinação, 78% respondeu que é melhor ser vacinado. 19,4% disse não sabe dizer o que é melhor, enquanto 2,6% não acha que seja bom ser vacinado.

Entre as pessoas que responderam afirmativamente, perto de 70% em todos os grupos etários respondeu que acha que é melhor ser vacinado. A tendência positiva foi mais evidente nos grupos com idades mais avançadas.

Com relação às pessoas que responderam de forma negativa, 7,1% dos adolescentes entrevistados acham que é melhor não ser vacinado, seguido pelas pessoas na faixa etária dos 20 anos com 4,6%, e da faixa dos 30 anos com 4,0%. Isso mostra que um maior número de jovens quer lidar com a situação sem serem vacinados, em comparação com pessoas mais velhas.

Quando perguntados sobre o motivo de sua resposta negativa sobre as vacinas contra o coronavírus, algumas pessoas mostraram preocupação com a segurança e possíveis efeitos colaterais.

Uma trabalhadora de empresa na casa dos 20 anos disse que a segurança e um possível impacto das vacinas num período de alguns anos ainda não estão claros. Um estudante adolescente respondeu que receia os possíveis efeitos colaterais da vacina, assim como o risco de conterem substâncias estranhas.

Muitos dos entrevistados também disseram que ainda não sabem se devem ser vacinados. Um funcionário de empresa na faixa dos 20 anos respondeu que ainda não há informação suficiente, já que o programa de vacinação acabou de começar. Uma mulher na casa dos 50 anos disse que é difícil fazer generalizações sobre ser vacinado ou não.

Em nossa próxima edição, vamos ver o que as pessoas devem fazer para mudar seu comportamento para melhor combater o vírus.

Estas informações são referentes ao dia 4 de outubro.

316. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (5)

Damos continuidade à série que apresenta os resultados de um levantamento conduzido pela NHK no início de setembro (2021) a respeito da percepção e do comportamento da população japonesa em relação à pandemia de coronavírus. O questionário foi respondido por 1.200 pessoas de diversas partes do Japão, com a idade entre 15 e 69 anos.

Nesta edição, falaremos sobre por quanto tempo as pessoas são capazes de viver sob medidas de restrição para lidar com o coronavírus.

A população japonesa vivia sob restrições rigorosas para manter o contágio sob controle. Perguntamos às pessoas por mais quanto tempo seriam capazes de aguentar uma situação como esta.

Do total, 42,5 por cento responderam "até os casos de infecção estarem sob controle", enquanto 18,6 por cento disseram "até o final do ano", e 18,1 por cento, "não tinham a menor ideia". Também, 10,7 por cento responderam estar no limite, 5,9 por cento citaram "mais 6 meses", e 4,3 por cento, mais 12 meses.

Enquanto quase 50 por cento dos respondentes afirmaram que vão respeitar as restrições até que a pandemia de coronavírus esteja totalmente controlada, mais de 25 por cento disseram que não aguentavam mais uma situação como esta ou até o final deste ano, isto é, por mais 4 meses, segundo a época em que o levantamento foi realizado.

Na próxima edição, vamos falar sobre o que as pessoas pensam em relação à vacinação contra o coronavírus.

As informações são referentes ao dia 1º de outubro.

315. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (4)

Damos continuidade à série que apresenta os resultados de um levantamento conduzido pela NHK no início de setembro (2021) a respeito da percepção e do comportamento da população japonesa em relação ao coronavírus.

O questionário foi respondido por 1,2 mil pessoas com idades entre 15 e 69 anos de diversas partes do Japão. Nesta edição, observamos porque algumas pessoas não exercitam tanto o autocontrole como faziam anteriormente.

Quando perguntadas se exercitam o autocontrole como faziam em abril do ano passado, quando o estado de emergência foi declarado pela primeira vez, cerca de 20% das pessoas responderam que não. Perguntamos a elas o motivo. Foi pedido que escolhessem múltiplas respostas.

O maior número, ou 42,6%, afirmou que se cansou de exercitar o autocontrole, ao passo que 33,6% respondeu que era porque um número maior de pessoas está sendo vacinado agora. Para 32,6%, é porque estão tomando medidas anti-infecção suficientes. No caso de 31,1%, o motivo era que simplesmente não se pode ganhar a vida de outra forma.

Na próxima edição, vamos observar por quanto tempo as pessoas pensam que serão capazes de seguir em frente sob as restrições anticoronavírus.

Estas informações são dia 30 de setembro.

314. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (3)

Damos continuidade a série que apresenta os resultados de um levantamento conduzido pela NHK no início de setembro (2021) a respeito da percepção e do comportamento da população japonesa em relação ao coronavírus. O questionário foi respondido por 1.200 pessoas com idades entre 15 e 69 anos, de diversas partes do Japão.

Nesta edição, observamos o nível de mudança do comportamento da população no que concerne às restrições.

Com a continuidade das infecções por coronavírus e a preocupação das pessoas com o seu dia-a-dia, o levantamento questionou: houve mudança no nível de restrição do comportamento individual na população japonesa?

Quando perguntados sobre o quanto estavam obedecendo as medidas restritivas em comparação com o momento em que foi declarado o primeiro estado de emergência, em abril de 2020, a taxa de participantes que disseram estar obedecendo tanto quanto naquela época, combinada com a de pessoas que disseram estar seguindo as regras ainda mais do que no ano passado, chegou a cerca de 80%.

Para a maioria das pessoas, ou 54% dos participantes, não houve mudança em seu comportamento; enquanto que 26,6% afirmaram que estão exercendo mais cautela do que no ano passado. Apenas 19,4% disseram não estar exercendo tanta cautela quanto antes.

Também foi evidenciado pela pesquisa que maiores proporções de participantes jovens disseram que não estão exercendo tanta cautela quanto no ano passado. Enquanto 12,5% dos respondentes na faixa dos 60 anos, 15,5% na faixa dos 50 anos e 17,4% na faixa dos 40 anos de idade disseram que não estão cumprindo as restrições tanto quanto anteriormente, já na faixa dos 30 anos 22% dos respondentes disseram não estar sendo tão cautelosos. Na casa dos 20 anos, um percentual de 28,5% e entre adolescentes 28,9%, disseram não estar seguindo as restrições tão à risca.

Na próxima edição, vamos analisar os motivos pelos quais os respondentes afirmaram não estar exercendo tanta cautela quanto em abril do ano passado.

As informações são do dia 29 de setembro.

313. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (2)

Nesta série, avaliamos os resultados de uma pesquisa realizada pela NHK no começo de setembro (2021) com 1.200 pessoas em todo o Japão, com idades entre 15 e 69 anos. O objetivo foi descobrir a percepção e o comportamento das pessoas em relação ao coronavírus. Hoje, vamos descobrir o que, segundo a pesquisa, mais preocupa as pessoas neste momento.

Os participantes responderam a esta pergunta de múltipla escolha. A maioria das pessoas, 61,4%, disse estar preocupada com o sistema de saúde pública; 49,5% disseram ter medo de se contaminar em casa, ou de que seus filhos peguem a doença, e 33,3% dos respondentes disseram que o que mais temem é o prolongamento de medidas de autocontrole (incluindo um estado de emergência) pelos governos central e regionais.

Na seção adicional de comentários sobre esta pergunta, muitas pessoas disseram que estavam especialmente preocupadas sobre elas mesmas pegarem o vírus. Um empregado na faixa de 40 anos disse que sua preocupação é se o sistema de saúde pública vai ou não tratar dele caso contraia a doença. Uma mulher que trabalha em meio-período, na faixa dos 50 anos, disse que se preocupa sobre contaminar outras pessoas em sua casa, ou sobre a rápida progressão dos sintomas, já que houve muitos casos de pessoas infectadas ficarem isoladas em suas casas por não poderem ser hospitalizadas.

Outras pessoas disseram estar precupadas sobre seus trabalhos e seus salários, ou disseram sentir-se emocionalmente esgotadas por causa das prolongadas medidas de autocontrole. Um homem autônomo na faixa dos 40 anos disse estar encontrando dificuldades para pagar as contas já que seu salário caiu devido à diminuição de trabalho.

Em nossa próxima edição vamos abordar as mudanças no nível de autocontrole da população.

Esta informação foi atualizada no dia 28 de setembro.

312. Levantamento sobre percepção e comportamento da população sobre o coronavírus (1)

Na nova série que se inicia hoje, avaliamos os resultados de um levantamento conduzido em todo o Japão pela NHK no início de setembro (2021), com 1.200 pessoas de idades entre 15 e 69 anos. O objetivo da pesquisa era conhecer a percepção e o comportamento dos participantes em relação ao coronavírus.

Os resultados ilustram as diversas formas de pensar, as preocupações e as diferenças entre as gerações em assuntos tais como o prolongamento das restrições das atividades sociais e sobre vacinação.

Ao responder à pergunta se sentem medo do coronavírus, 50,4% dos participantes disseram que têm muito medo; 42,4% estão amedrontados até determinado ponto; e 6,1% afirmam que não estão com medo do vírus. O resultado mostrou que aproximadamente 93% dos respondentes temem o coronavírus.

Na próxima edição vamos saber com o que as pessoas estão mais preocupadas no momento atual.

As informações são do dia 27 de setembro.

311. Sequelas da Covid-19 (2) — Problemas no olfato lideram a lista de efeitos a longo prazo

Esta mais recente série fala sobre as possíveis sequelas da Covid-19.

O distrito de Setagaya, em Tóquio, pesquisou as pessoas na área que sofrem de efeitos a longo prazo da Covid-19, e descobriu que cerca de metade delas tinha sensação de fadiga.

O maior número dos respondentes, ou aproximadamente 54 por cento, relatou anormalidade no olfato; 50 por cento, sensação de fadiga; 45 por cento, problemas no paladar; e 34 por cento se queixaram de tosse persistente.

O levantamento mostrou que havia diferenças nos efeitos a longo prazo, segundo a faixa etária.

O maior número de casos da perda de olfato foi registrado em pessoas entre 10 e 39 anos, e o de casos de sensação de fadiga, em respondentes na casa dos 40 anos ou superior.

Algumas pessoas disseram que os efeitos duraram mais de 6 meses, incluindo falhas na memória e perda de cabelo.

O distrito de Setagaya irá analisar o impacto dos efeitos a longo prazo e medidas para lidar com a questão no futuro.

O prefeito de Setagaya, Hosaka Nobuto, disse que enquanto muitas pessoas estão sofrendo com os efeitos a longo prazo da Covid-19 no trabalho e no cotidiano, o sistema de apoio a elas continua insuficiente. O prefeito indicou que espera que a divulgação desses dados ajude na criação, por parte do governo, de um sistema em que o desenvolvimento de tratamentos para pacientes com sequelas seja realizado simultaneamente a aquele destinado para as pessoas infectadas pelo coronavírus.

As informações são referentes ao dia 24 de setembro.

310. Sequelas da Covid-19 (1) — Pesquisa mostra que metade dos sobreviventes relatam ter sequelas

Esta mais recente série apresenta as possíveis sequelas da Covid-19.

Em abril de 2021, a administração do distrito de Setagaya, em Tóquio, realizou uma pesquisa junto a pessoas que se recuperaram da Covid-19 em hospitais ou em casa.

Das 3.710 pessoas que responderam, cerca de 1.800, ou seja, quase 50% dos entrevistados, disseram que tiveram sequelas da doença. O percentual é especialmente alto para os respondentes da faixa etária dos 30 aos 59 anos, em que mais da metade relatou sofrer efeitos duradouros.

Na próxima edição, vamos ver quais tipos de sintomas eles têm sofrido.

Estas informações são do dia 22 de setembro.

309. Remédios para o coronavírus (11) — Medicamentos existentes que podem ser usados contra a Covid-19

Desta vez, vamos falar sobre alguns medicamentos que já foram aprovados para serem usados para tratar outras doenças.

Até o momento, o governo japonês já aprovou o uso de quatro tipos de tratamento para o novo coronavírus. Além deles, estudos clínicos estão em andamento para remédios que são usados para tratar outras doenças. O objetivo é verificar se eles também são eficazes contra a Covid-19.

Especificamente, os medicamentos existentes revisados atualmente são: Actemra, Avigan, Alvesco, Futhan e Ivermectina.

O Actemra serve para tratar artrite reumatoide e o Avigan é usado para tratar uma nova cepa de influenza. O Avesco, por sua vez, suprime sintomas de asma, ao passo que o Futhan é empregado para tratar doenças que desencadeiam pancreatite aguda ou a formação de coágulos de sangue. Já a Ivermectina é conhecida por ser eficaz contra doenças infecciosas causadas por parasitas.

Esta última encontra-se disponível em sites de venda online. Ela tem despertado atenções como um medicamento esperado para ser eficaz contra o coronavírus. Consumidores individuais têm adquirido a Ivermectina por conta própria. No entanto, autoridades sanitárias de diversos países e a Organização Mundial da Saúde (OMS), além de companhias farmacêuticas, dizem que a eficácia do remédio contra a Covid-19 ainda não foi verificada através de testes clínicos. Segundo especialistas, pacientes individuais não devem usar o medicamento por vontade própria.

Estas informações são do dia 21 de setembro.

308. Remédios para o coronavírus (10) — Novos medicamentos atualmente em desenvolvimento

Em nossa mais recente série, focamos em novos remédios para o tratamento de Covid-19. Desta vez, vamos falar sobre mais medicamentos atualmente em desenvolvimento.

A grande empresa farmacêutica da Suíça, Roche, está tentando descobrir se o medicamento AT-527, um antiviral que vem sendo desenvolvido para o tratamento de pacientes com hepatite C, pode ser eficaz no combate à Covid-19. Atualmente, a empresa está conduzindo a fase final de ensaios clínicos do remédio, com a participação de pacientes no Japão e em outros países. A Chugai Pharmaceutical, que está ajudando no desenvolvimento da droga no Japão, diz que espera submeter à aprovação do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social em 2022.

E uma das principais farmacêuticas japonesas, a Shionogi, está desenvolvendo um novo antiviral para combater o coronavírus. A firma anunciou, em julho, que iniciou a fase um de testes clínicos para confirmar a segurança do remédio.

As informações são referentes ao dia 17 de setembro.

307. Remédios para o coronavírus (9) — Novos medicamentos atualmente em desenvolvimento

Em nossa mais recente série, focamos em novos remédios para tratamento de Covid-19. Desta vez, vamos falar sobre novos medicamentos atualmente em desenvolvimento.

Muitas pessoas em todo o mundo estão se autoisolando em casa após terem sido infectadas pelo coronavírus. Isso significa que existe uma alta demanda por medicamentos orais que os pacientes com sintomas leves podem administrar por conta própria em casa visando prevenir que suas condições de saúde piorem. Companhias farmacêuticas no Japão e no exterior trabalham para desenvolver esse tipo de remédio.

A Merck & Co., uma das principais empresas do setor nos Estados Unidos, desenvolve atualmente um medicamento antiviral chamado molnupiravir. O remédio se encontra na fase final de testes clínicos envolvendo pacientes no Japão e em outros países. A subsidiária japonesa da fabricante afirmou que os resultados dos testes serão revelados já neste ou no próximo mês. A empresa afirmou que planeja requisitar autorização para uso emergencial do medicamento à Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, caso os resultados sejam promissores.

Já a Pfizer, também um dos maiores laboratórios dos Estados Unidos, conduz atualmente a fase final de testes clínicos no exterior de um tratamento que requer a ingestão conjunta de dois remédios antivirais. Segundo a empresa, resultados preliminares devem ser divulgados entre outubro e dezembro. Ela diz que planeja requisitar autorização para uso emergencial à FDA no mais tardar até o final do ano. A Pfizer revelou ainda que preparativos estão sendo feitos para que pacientes no Japão possam participar dos testes clínicos.

Estas informações são referentes ao dia 16 de setembro.

306. Remédios para o coronavírus (8) — Drogas que evitam resposta imune excessiva

Em nossa mais recente série, focamos em novos medicamentos contra a Covid-19.

Tratamentos para o coronavírus autorizados pelo governo japonês são categorizados essencialmente em três tipos, de acordo com o mecanismo de eficácia. São eles:
1. Remédios que impedem que o vírus invada as células;
2. Medicamentos que evitam a multiplicação do vírus que já adentrou as células;
3. Medicação que evita resposta imune excessiva contra um vírus que já começou a se multiplicar.

Os fármacos dexametasona e baricitinib pertencem à categoria 3, que são feitos para conter uma resposta imune excessiva pelo organismo. Quando infectadas pelo vírus, as células secretam diversos materiais inflamatórios para mobilizar as células de defesa.

No entanto, à medida que o vírus se multiplica, quantidades excessivas de material inflamatório podem ser às vezes secretadas e, assim, ativar o sistema imunológico, chegando a níveis incontroláveis. Isso pode causar sérios danos aos pulmões ou a outras partes do corpo, fazendo com que o paciente adoeça de forma severa.

Nessa fase da doença, provavelmente serão administrados esteroides ao paciente para suprimir as atividades do sistema imunológico e conter a inflamação. A dexametasona e o baricitinib são conhecidos por sua eficácia especialmente para enfermos em condições graves.

As informações são do dia 15 de setembro

305. Remédios para o coronavírus (7) — Impedindo a multiplicação do vírus

Em nossa mais recente série, focamos em novos medicamentos contra o coronavírus. Desta vez, vamos apresentar os diferentes tipos de tratamento para a Covid-19.

Tratamentos para o coronavírus autorizados pelo governo japonês são categorizados essencialmente em três tipos, de acordo com o mecanismo de eficácia. São eles:
1. Medicamentos que impedem que o vírus invada as células;
2. Medicamentos que evitam a multiplicação do vírus que adentrou as células;
3. Medicamentos que evitam resposta imune excessiva contra um vírus que já começou a se multiplicar.

O remdesivir, que se enquadra na categoria 2, é um medicamento que impede a multiplicação do vírus dentro das células. Uma vez dentro das células, o vírus continua a se copiar para multiplicar-se, usando a força do seu hospedeiro. Medicamentos que se enquadram na categoria 2, incluindo o remdesivir, evitam a multiplicação do vírus restringindo o funcionamento de uma enzima envolvida na duplicação viral.

Existem outros medicamentos administrados oralmente que estão sendo desenvolvidos atualmente para pacientes de Covid-19 com sintomas leves. A maioria deles pertence à categoria 2. O mecanismo de duplicação é comum entre vírus. Isso permitiu que muitas companhias farmacêuticas desenvolvessem medicamentos para o coronavírus com base naqueles desenvolvidos para outros vírus. Autoridades sanitárias devem recomendar que esses medicamentos sejam utilizados nos estágios iniciais da infecção.

Estas informações são referentes ao dia 14 de setembro.

304. Remédios para o coronavírus (6) — Drogas que impedem invasão das células

Em nossa mais recente série, focamos em novos medicamentos contra o coronavírus. Hoje, vamos apresentar os diferentes tipos de tratamento para a Covid-19.

Tratamentos para o coronavírus autorizados pelo governo japonês são categorizados essencialmente em três tipos, de acordo com o mecanismo de eficácia. São eles:
1. Remédios que impedem que o vírus invada as células;
2. Medicamentos que evitam a multiplicação do vírus que já adentrou as células;
3. Medicação que evita resposta imune excessiva contra um vírus que já começou a se multiplicar.

O tratamento com “coquetel de anticorpos”, que se encaixa na categoria 1, impede que o coronavírus invada as células. Para adentrar a unidade celular, primeiro a proteína em forma de coroa saliente na superfície do coronavírus se liga a uma célula humana, antes de invadi-la. O tratamento com coquetel faz uso de anticorpos criados artificialmente que se acoplam à coroa do vírus para impedir que ele se ligue à célula humana.

A terapia é recomendada para os estágios iniciais da doença. A expectativa é de que seja altamente eficaz, já que os anticorpos foram desenvolvidos para ter o vírus como alvo. Além disso, a medicação demonstrou ter poucos efeitos colaterais.

As informações são do dia 13 de setembro

303. Remédios para o coronavírus (5) — Sotrovimab

Instituições de pesquisa e companhias farmacêuticas de várias partes do mundo estão realizando estudos clínicos sobre novos medicamentos que prometem ser eficazes no combate ao vírus. As atenções se voltam para a possibilidade de que conduzam a novas formas de tratamento. Estamos abordando tais drogas nesta série, e hoje falamos sobre o medicamento sotrovimab.

O governo japonês aprovou o uso de quatro tipos de remédios no tratamento de pacientes com Covid-19.

Uma nova droga desenvolvida por empresas farmacêuticas, incluindo a GlaxoSmithKline, do Reino Unido, está agora sendo examinada pelo governo.

O novo medicamento Sotrovimab contém um anticorpo neutralizante e é administrado em pacientes por infusão intravenosa. O anticorpo é conhecido por suprimir a proliferação do vírus. É aplicado em pacientes com sintomas amenos e moderados que não precisam de administração de oxigênio, mas com alto risco de agravamento do quadro. Resultados de testes clínicos realizados no exterior mostram que o tratamento reduz o risco de hospitalização ou morte em até 79%.

Em 6 de setembro, a GlaxoSmithKline efetuou a solicitação para obter a aprovação do Ministério da Saúde para o uso da droga no Japão.

Nos Estados Unidos, o medicamento obteve autorização de uso emergencial em maio.

O remédio deve receber a autorização do ministério no final de setembro. Será o segundo medicamento aprovado no Japão para pacientes com sintomas amenos, junto com a droga ronapreve, no tratamento com coquetel de anticorpos.

As informações são referentes ao dia 10 de setembro.

302. Remédios para o coronavírus (4) — Tratamento com coquetel de anticorpos

Instituições de pesquisa e companhias farmacêuticas de várias partes do mundo realizam estudos clínicos sobre novos medicamentos que prometem ser eficazes no combate ao vírus. As atenções se voltam para a possibilidade de que conduzam a novas formas de tratamento. Falamos sobre estas drogas nesta série, que desta vez aborda o tratamento com um coquetel de dois anticorpos.

O governo do Japão aprovou o uso de quatro tipos de tratamento do novo coronavírus. O chamado tratamento com coquetel de anticorpos foi homologado em julho de 2021.

Ao paciente são ministrados juntos dois anticorpos, casirivimab e imdevimab, por infusão intravenosa. Primeiro tratamento aprovado no Japão para pacientes com sintomas brandos, é tido como capaz de eliminar o vírus do organismo. Resultados de testes clínicos feitos fora do país atestam uma redução do risco de hospitalização ou morte em cerca de 70%, desde que os anticorpos sejam ministrados ao paciente ainda em estágio precoce da Covid-19.

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos autorizou, em novembro de 2020, o uso emergencial do tratamento. Disse ser eficaz, até certo ponto, em prevenir um agravamento da doença em pacientes com alto risco de avanço da enfermidade. O coquetel de anticorpos havia sido ministrado, em outubro de 2020, a Donald Trump, depois de o então presidente dos Estados Unidos ter sido diagnosticado com a Covid-19 e hospitalizado.

Inicialmente o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão havia limitado o uso do coquetel de anticorpos a pacientes internados em hospitais. A justificativa era a necessidade de acompanhamento dos pacientes, anterior e posterior ao tratamento, por profissionais médicos. No entanto, na mais recente alta repentina na quantidade de indivíduos infectados, um grande número de pacientes ficou impossibilitado de ter acesso a internação hospitalar. Em 13 de agosto, a pasta alterou a diretriz para permitir que o coquetel de anticorpos seja ministrado a pacientes em isolamento em hotéis e instalações médicas temporárias, desde que sob adequado acompanhamento.

Em entrevista coletiva em 25 de agosto, o primeiro-ministro japonês, Suga Yoshihide, declarou que permitirá o uso do coquetel de anticorpos também para pacientes ambulatoriais.

Estas informações são do dia 9 de setembro.

301. Remédios para o coronavírus (3) — Baricitinib

Instituições de pesquisa e companhias farmacêuticas em todo o mundo realizam testes clínicos com novos medicamentos que acreditam serem efetivos contra o novo coronavírus. As atenções estão voltadas para a possibilidade da descoberta de um novo tratamento. Estamos vendo tais medicamentos um por um na nossa mais recente série. Hoje vamos ver o baricitinib.

O governo japonês aprovou o uso de quatro medicamentos para o tratamento do novo coronavírus. Dentre eles, o anti-inflamatório baricitinib foi aprovado para uso em abril de 2021. O medicamento vem na forma de tabletes e só pode ser administrado junto com o remdesivir em pacientes com sintomas moderados ou graves.

Testes clínicos internacionais têm revelado que quando o baricitinib foi administrado em combinação com o remdesivir, os pacientes se recuperaram, em média, um dia mais rápido do que quando tratados só com o remdesivir.

Estas informações são do dia 8 de setembro.

300. Remédios para o coronavírus (2) — Dexametasona

Instituições de pesquisa e companhias farmacêuticas em todo o mundo realizam testes clínicos com novos medicamentos que acreditam serem efetivos contra o novo coronavírus. As atenções estão voltadas para a possibilidade da descoberta de um novo tratamento. Desta vez, damos continuidade à nossa série focando no medicamento dexametasona.

O governo japonês aprovou o uso de quatro medicamentos para o tratamento do novo coronavírus. A dexametasona recebeu a recomendação do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social em julho de 2020 como uma opção de tratamento para o vírus. Pertencente ao grupo dos esteroides, a dexametasona é eficaz em aliviar inflamações e reações alérgicas. Ela tem sido usada no tratamento da artrite reumatoide e em casos graves de pneumonia.

Um teste clínico realizado no Reino Unido comprovou que o medicamento reduz o risco de morte entre pacientes com sintomas graves de Covid-19. No Japão, a dexametasona é amplamente usada em combinação com o remdesivir. Segundo especialistas, o tratamento está por trás da grande queda nas taxas de mortalidade após a primeira onda do vírus na primavera de 2020.

Estas informações são do dia 7 de setembro.

299. Remédios para o coronavírus (1) — Remdesivir

Instituições de pesquisa e companhias farmacêuticas de todo o mundo estão realizando testes clínicos com novos medicamentos que acreditam serem efetivos contra o novo coronavírus. As atenções estão voltadas para a possibilidade de que possam descobrir um novo tratamento. Em uma série que iniciamos hoje, iremos apresentar cada uma dessas drogas. Nesta primeira edição, focamos no medicamento remdesivir.

O governo japonês já aprovou o uso de quatro medicamentos para o tratamento do novo coronavírus. A droga antiviral remdesivir recebeu uma aprovação especial de emergência em maio de 2020, tornando-se o primeiro desses quatro medicamentos a ser liberado pelo governo.

O remdesivir foi desenvolvido originalmente para o tratamento de pessoas infectadas com o Ebola e é administrado via intravenosa em soroterapia. O uso deste remédio havia sido limitado a pacientes em estado grave que estivessem, por exemplo, em equipamentos como respiradores artificiais e aparelhos ECMO. No entanto, em janeiro de 2021 o governo aprovou seu uso para pacientes com sintomas intermediários que desenvolveram quadro de pneumonia.

As informações são do dia 6 de setembro.

298. Infecções por coronavírus entre crianças (5) — Governo japonês estabelece diretrizes inéditas para o fechamento de classes

Nesta edição, damos continuidade à série sobre infecções pelo coronavírus entre crianças em idade escolar no Japão. Desta vez, vamos falar sobre as diretrizes do Ministério da Educação sobre "regras para determinar o fechamento das classes".

Até agora, se um aluno ou um funcionário da escola for confirmado com a infecção pelo coronavírus, cabia ao conselho de educação tomar a decisão sobre se a classe deveria ser fechada ou não, após receber opiniões de centros de saúde pública que analisavam a situação e identificavam as pessoas que tiveram contato próximo com as infectadas. Entretanto, temores vêm crescendo sobre o atraso no trabalho de centros de saúde, que estão bastante sobrecarregados em áreas onde foi declarado o estado de emergência. Os ministérios da Saúde e da Educação discutiram a questão e elaboraram critérios específicos para a tomada de decisão.

Os critérios oferecem passos sobre como uma escola deve responder quando for identificada uma pessoa contagiada e elaborar uma lista de pessoas que tiveram contato com a infectada ou quem deve ser testado para a Covid-19.

Citam também que todas as crianças de uma classe devem ser testadas para o vírus caso seja difícil determinar quem precisa efetuar o teste.

Segundo as diretrizes, uma classe deve ser fechada nos seguintes casos:
- Quando vários alunos da mesma classe tiverem sido identificados como infectados;
- Ou somente um aluno for confirmado com o contágio, mas vários outros apresentam sintomas similares a um resfriado, ou vários estudantes foram identificados como tendo tido contato próximo e há temores de que o vírus possa disseminar por toda a classe.

O fechamento deve durar cerca de 5 a 7 dias.

Além disso, as diretrizes mencionam que todas as classes da mesma série devem ser fechadas se várias turmas forem obrigadas a fechar e há grande possiblidade de que o vírus tenha se propagado por toda a série. Toda a escola deve ser fechada temporariamente caso haja cancelamento das aulas na escola envolvendo várias séries.

As informações são referentes ao dia 3 de setembro.

297. Infecções por coronavírus entre crianças (4) — A variante Delta é mais propensa a afetar crianças?

Nesta edição, damos continuidade à série sobre infecções pelo coronavírus entre crianças em idade escolar no Japão. Desta vez, a pergunta é: As crianças são mais propensas a serem infectadas agora que a variante delta se tornou a cepa predominante no país?

Pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas têm analisado dados de todas as pessoas, que testaram positivo no Japão desde abril, por grupos etários. Eles descobriram que a proporção de jovens com 18 anos ou menos de idade não havia mudado até julho, quando a variante delta já tinha sido tornado predominante. O estudo excluiu pessoas com 65 anos ou mais de idade porque infecções neste grupo etário apresentaram queda graças à vacinação. Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que não se pode dizer que a variante é mais prejudicial às crianças.

Conversamos com Wakita Takaji, chefe do instituto nacional e presidente do painel de especialistas sobre coronavírus do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social. De acordo com ele, um número cada vez maior de crianças tem testado positivo porque o número total de casos está aumentando. Além disso, adultos — que foram infectados fora do ambiente doméstico — estão transmitindo o vírus para as crianças em casa. Wakita disse não esperar que a situação seja parecida com a da gripe sazonal. Em tais ocasiões, há um aumento acentuado nas infecções porque o vírus é transmitido entre as crianças.

Estas informações são do dia 2 de setembro.

296. Infecções por coronavírus entre crianças (3) — Relação entre contágio e idade dos alunos

Hoje damos continuidade à série sobre infecções pelo coronavírus entre crianças em idade escolar no Japão. Um recente relatório do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social mostra que quanto mais velhos os estudantes, maiores são as taxas de infecção em escolas.

Funcionários da pasta da Saúde analisaram cerca de 6.600 crianças com idades entre 3 e 18 anos que testaram positivo para o vírus no período entre abril e final de julho e cujas rotas de infecção puderam ser identificadas. A análise foi conduzida com base em números do sistema do ministério, que agrupa os dados de pessoas que testaram positivo para o coronavírus. Os resultados foram divulgados em uma reunião do painel de especialistas da pasta, realizada em 25 de agosto.

O relatório mostra que entre crianças de 3 a 5 anos de idade, 59,8% delas foram infectadas em casa, 19,8% em creches e 15,9% em escolas ou jardins de infância. Entre crianças de 6 a 12 anos de idade, 76,6% foram infectadas em casa, enquanto 14,6% delas se infectaram na escola. Entre alunos de 13 a 15 anos de idade, 60% foram infectados em casa e 33% na escola. Já no grupo mais velho, com alunos dos 16 aos 18 anos, 45,7% foram infectados na escola, enquanto 39,4% contraíram o vírus em casa.

O documento, no entanto, ressalta que as análises só puderam determinar a rota de como as crianças foram infectadas em menos de 20% do total de casos. Ainda assim, parece haver uma tendência de que quanto mais velhos são os estudantes, maiores são as chances de que sejam infectados nas escolas.

As informações são do dia 1º de setembro.

295. Infecções por coronavírus entre crianças (2) — Recomendações sobre fechamento de escolas

Hoje, damos continuidade à série que fala sobre infecções pelo vírus entre crianças.

Em meio ao aumento de casos de infecções entre crianças no Japão, a Sociedade Japonesa de Pediatria e a Associação de Pediatria do Japão realizaram uma reunião online na quinta-feira, 26 de agosto, para apresentar suas perspectivas sobre as atividades escolares.

As entidades afirmam que a altamente contagiosa variante delta se tornou dominante e que mais crianças têm sido infectadas. Expressaram forte preocupação sobre o crescente número de casos contabilizados em escolas, e citaram a necessidade de medidas meticulosas anti-infecção em instituições de ensino, incluindo para escolas de atividades extracurriculares.

Segundo as entidades, não é necessário fechar todas as escolas do país ao mesmo tempo quando o novo semestre letivo tiver início. As circunstâncias de cada região devem ser levadas em consideração ao analisar um possível fechamento, ou fazer com que as crianças cheguem em horários diferentes. Os pediatras pedem que as autoridades administrativas apresentem horários específicos e outros padrões.

Como alguns pais precisariam tirar folga do serviço caso escolas do ensino fundamental sejam fechadas, os médicos afirmam que será necessário contar com o apoio e a compreensão dos locais de trabalho. Dizem que, como a natureza da infecção em crianças acima dos 10 anos de idade é similar a dos adultos, as instituições de ensino devem promover a educação remota tanto quanto possível, especialmente para alunos do ensino médio.

Máscaras descartáveis feitas de material não tecido são importantes na prevenção da transmissão do vírus. Mas como um grande volume de máscaras precisa ser utilizado, os dois grupos pediátricos dizem que a ideia de as escolas as oferecerem gratuitamente aos alunos deve ser considerada, para aliviar o fardo financeiro domiciliar.

O presidente da Sociedade Japonesa de Pediatria, Oka Akira, afirmou que é muito importante garantir a vida escolar das crianças. Disse que, se medidas tais como fechamento de instituições de ensino vierem a ocorrer, serão necessárias respostas diferentes para escolas do primeiro e do segundo ciclo do fundamental e do ensino médio, e que, portanto, deverão ser estabelecidos padrões distintos para cada uma delas.

As informações são do dia 31 de agosto.

294. Infecções por coronavírus entre crianças (1) —Recomendações para escolas

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A partir de hoje apresentamos uma nova série sobre infecções pelo vírus entre crianças.

Em meio ao aumento de casos de coronavírus entre crianças no Japão, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas divulgou um relatório no dia 25 de agosto resumindo as medidas básicas anti-infecção para que instituições de ensino detenham a disseminação do coronavírus. O documento é baseado em um levantamento feito pelo instituto sobre casos de focos de infecção por coronavírus em escolas.

Com relação à propagação da variante delta, o relatório afirma que, apesar de o número de infecções parecer estar aumentando entre alunos abaixo dos 19 anos de idade, muitos casos em escolas do ensino fundamental envolveram focos de infecção comparativamente maiores de disseminação por parte dos professores. Não há relatos de casos de grandes focos de infecção entre crianças.

O relatório apresenta conselhos para todas as instituições de ensino, desde creches e jardins de infância até universidades, incluindo também escolas de atividades extracurriculares. A recomendação é de que monitorem as atividades dos alunos, verificando a condição física de cada um deles. As escolas devem tomar medidas meticulosas para monitorar os que não se sentem bem, por meio do contato com alunos ausentes e pelo rastreamento de sua circulação no período em que os estudantes em questão permanecerem em casa. O relatório também aconselha que todos os professores que não tenham comorbidades específicas sejam vacinados de forma proativa.

O documento também recomenda que as escolas considerem postergar ou cancelar eventos, tais como festivais culturais ou esportivos, que são propensos a criar ambientes de alto risco em que muitas pessoas se reúnem. Para atividades de clubes escolares que exigem viagens a outras províncias, o relatório recomenda que os alunos façam o teste PCR dentro de três dias antes da partida.

Há, ainda, a recomendação de que as escolas sejam proativas em se utilizar de tecnologias tais como realizar aulas online, fazer uso de monitores de CO2 para manter as salas de aula com boa ventilação, utilizar aplicativos para monitorar a condição física dos estudantes e usar testes de antígeno.

As informações são do dia 30 de agosto.

293. Fatores em comum observados em focos de infecção em instalações comerciais de grande porte

Desta vez, vamos falar sobre os fatores em comum observados em focos de infecção que ocorreram em instalações comerciais de grande porte.

No Japão, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas envia especialistas a lojas de departamentos e shopping centers que registraram casos de Covid-19 para ajudá-los a examinar os motivos que provocaram a disseminação do vírus entre seus funcionários.

Esses estabelecimentos afirmam que ainda estão investigando a causa dos focos de infecção, e que cada instalação está intensificando medidas contra o contágio.

Eles elaboraram um relatório sobre os principais fatores em comum encontrados em todas as instalações, e propuseram medidas para evitar as infecções.

O relatório diz que a maioria dos funcionários está usando máscaras de forma adequada, mas é necessário melhorar a lavagem das mãos. Diz também que há horários em que clientes se aglomeram em alguns andares.

Além disso, segundo o relatório, há casos em que o rastreamento de pessoas que tiveram contato com funcionários infectados não foi conduzido integralmente e a maneira de lidar com tais pessoas não foi administrada de forma apropriada.

Diz também que, em alguns casos, os funcionários se aglomeravam em refeitórios ou áreas de descanso.

O relatório pede a restrição de fluxo de pessoas ou o número de clientes em locais onde há tendência de formar aglomerações. Também aconselha os estabelecimentos a considerarem uma maneira de melhorar a ventilação medindo a concentração de dióxido de carbono, e pedirem aos funcionários que não conversem enquanto estiverem no refeitório ou áreas de descanso.

As informações são referentes ao dia 27 de agosto.

292. Casos em que gestantes em isolamento domiciliar devem buscar atendimento de emergência

Em meio ao aumento acentuado no número de casos da Covid-19 no Japão, gestantes também estão sendo infectadas em número crescente. Na província de Chiba, vizinha a Tóquio, um bebê prematuro morreu depois que a mãe, infectada pelo coronavírus, viu-se forçada a dar à luz na própria moradia por não ser admitida em nenhum hospital. Seguindo-se ao incidente, a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Japão e a Associação de Obstetras e Ginecologistas do Japão prepararam normas de procedimento sobre circunstâncias nas quais mulheres grávidas devem entrar em contato com profissionais da saúde ou chamar uma ambulância. As normas podem ser encontradas nos sites das duas entidades.

Pelos procedimentos descritos, uma gestante diagnosticada com a Covid-19 que se encontre no lar é orientada a entrar em contato com o seu médico ou centro de saúde pública local nas seguintes circunstâncias:
- A paciente sente dificuldade de respirar mais de uma vez no curso de uma hora;
- Sente falta de ar ao realizar diversos atos, como o de caminhar até o banheiro;
- Apresenta 110 ou mais batimentos cardíacos por minuto ou taxa de respiração de 20 ou mais por minuto;
- Tem nível de oxigênio entre 93% e 94%, que não retorna ao normal mesmo após uma hora de descanso.

Segundo os procedimentos, uma ambulância deve ser chamada imediatamente nos seguintes casos:
- Por falta de fôlego, a gestante é incapaz de pronunciar uma frase sequer, ainda que curta;
- O seu nível de oxigênio no sangue cai para 92% ou menos.

Os obstetras e ginecologistas pedem a órgãos administrativos que ajudem as gestantes a ser admitidas em hospitais habilitados a atendimento de parto mesmo nas circunstâncias descritas que não justificam chamadas de emergência. Também solicitam a órgãos administrativos que providenciem a gestantes em isolamento domiciliar meios de monitorar diariamente o seu nível de oxigênio no sangue.

Estas informações são referentes ao dia 26 de agosto.

291. Cuidados a serem tomados durante isolamento no lar quando se mora sozinho

No Japão, um número recorde de pessoas infectadas pelo vírus tem feito o isolamento em casa em meio ao recente surto de casos. Hoje vamos informar sobre quais cuidados devem ser tomados quando se mora sozinho, teve resultado positivo no teste para o vírus e não se tem outra alternativa a não ser fazer o isolamento em casa.

Perguntamos ao professor Matsumoto Tetsuya da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar. Ele é especialista em medidas para doenças infecciosas. Matsumoto disse que a pessoa infectada deve manter contato constante com amigos ou familiares de modo que eles saibam que as condições do paciente pioraram caso eles não recebam contato do indivíduo. Ele disse que o contato não precisa ser necessariamente físico e direto.

O professor disse que algumas pessoas que desenvolveram sintomas podem estar sendo forçadas a esperar toda a vez que têm sinal de ocupado quando ligam para o centro público de saúde, mas que existe o risco de que o infectado não esteja mais em condições de fazer uma ligação de emergência pedindo uma ambulância se seus sintomas piorarem ainda mais. Ele disse que para evitar que isso aconteça, o indivíduo deve escolher, com antecedência, várias pessoas com quem possa contar e pedir para que sejam o seu contato em caso de emergência.

Matsumoto também pede para que as pessoas armazenem alimentos, água potável e antipiréticos para o caso de se infectarem e tiverem que fazer o isolamento em casa. Ele aconselha os indivíduos que não fizeram esses preparativos antes de serem infectados, que liguem para um amigo ou familiar e peçam que lhe tragam comida e outros itens necessários e os coloque do lado de fora da porta de entrada da casa.

Estas informações são referentes ao dia 25 de agosto.

290. Cuidados a serem tomados durante isolamento no lar (2) — Como prevenir infecções em casa

Desta vez, na segunda parte da nossa série, vamos saber a respeito de meios para prevenir transmissões do vírus em casa.

Um grupo voluntário de especialistas em saúde e higiene pública envolvido em esforços anticoronavírus listou oito pontos visando prevenir a infecção de familiares em casa.

São eles:
- O paciente e os demais familiares devem ficar em aposentos diferentes.
- O paciente e o cuidador devem usar máscara de proteção.
- O cuidador deve ser limitado a uma pessoa tanto quanto possível.
- O paciente e o cuidador devem lavar as mãos frequentemente.
- Ventilar os ambientes tanto quanto possível.
- Limpar e desinfetar superfícies de uso compartilhado.
- Lavar roupa de cama e vestimentas.
- Fechar bem o lixo antes de jogá-lo fora.

Segundo o grupo de especialistas, um número cada vez maior de pacientes de coronavírus tem precisado ficar em casa, sem ter nenhum contato com centros de saúde pública ou mesmo sem receber instruções de clínicas médicas sobre como proceder. Desse modo, os especialistas pensaram que era preciso que eles transmitissem as informações necessárias.

Estas informações são referentes ao dia 24 de agosto.

289. Cuidados a serem tomados durante isolamento no lar (1) — Sintomas de emergência

No Japão, um número recorde de pessoas infectadas pelo vírus tem feito o isolamento em casa em meio ao recente surto de casos. Um grupo de especialistas postou no Twitter os sintomas emergenciais que necessitam de cuidado imediato e o que pode ser feito para prevenir a disseminação do coronavírus a outros indivíduos da família enquanto se passa o período de isolamento em casa. Em uma série de duas partes, vamos apresentar os cuidados a serem tomados ao fazer o isolamento no lar.

No dia 17 de agosto, um grupo voluntário de especialistas em cuidados médicos e saúde pública envolvido em esforços de combate ao coronavírus postou no Twitter uma lista de pontos que devem ser observados com cuidado ao realizar o isolamento em casa.

O grupo listou 13 “sintomas de emergência” que servem como sinais de alerta para a chamada de uma ambulância. Indivíduos infectados com o vírus devem observar estes nove sintomas: lábios azulados; respiração ofegante; falta de ar repentina; falta de ar ao realizar movimentos simples; dor no peito; sensação de não conseguir respirar ao se deitar; dificuldade de respirar sem arquear os ombros para cima; respiração extenuada repentina; sensação de ritmo cardíaco irregular.

Os especialistas também aconselham que os familiares e outras pessoas que residem na mesma casa verifiquem os seguintes sinais: rosto pálido, aparência ou comportamento diferente do usual; pouca reação ao chamar ou tocar a pessoa; não obter nenhuma resposta ao chamar ou tocar o indivíduo.

O grupo afirma que em lugares em que o sistema médico-hospitalar se encontra sob forte pressão, pode levar muitas horas até que um paciente de coronavírus possa ser levado a um hospital mesmo que apresente qualquer desses sintomas e chame uma ambulância. Os especialistas aconselham aos indivíduos que estejam preocupados com uma possível piora de suas condições que liguem para seus médicos de confiança, ou para o médico que fez o diagnóstico de coronavírus, para o escritório local de saúde pública ou para uma das linhas diretas sobre o coronavírus oferecidas pelos municípios locais.

As informações são do dia 23 de agosto

288. O que é a variante Delta da Covid-19? (4) — Como ela difere da variante Lambda?

Hoje, vamos falar como a variante delta difere da lambda, outra cepa do coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a variante lambda foi confirmada pela primeira vez no Peru em agosto de 2020. Diz que a variante está se disseminando principalmente entre os países sul-americanos, como Peru, Chile e Equador.

No site da iniciativa GISAID, que registra sequências genéticas de todas as cepas do novo coronavírus detectadas em todo o mundo, 34 países reportaram casos de infecção pela variante lambda até 15 de agosto. Entretanto, nas últimas 4 semanas, a maior parte dos relatos de contágio tem vindo do Chile.

A variante lambda tem algumas mutações que poderiam torná-la mais contagiosa do que o vírus original, ou diminuir a eficácia de anticorpos neutralizantes que atuam sobre o vírus.

Sendo assim, a OMS classifica a lambda como variante de interesse. Contudo, no momento, esse vírus não está se propagando amplamente como a delta e a alfa, consideradas variantes de preocupação pela organização. O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão não designou, por enquanto, a variante lambda como sendo de interesse ou de preocupação.

Não se sabe ainda o grau de contágio da variante lambda nem até que ponto ela poderia provocar o agravamento da doença. A OMS diz que mais estudos são necessários para avaliar se a variante poderia afetar as medidas contra o vírus e enfraquecer a eficácia das vacinas. A variante lambda foi, de fato, detectada mais cedo do que a delta. Entretanto, a variante delta se alastrou mais rapidamente e está ameaçando muitos países.

As informações são referentes ao dia 20 de agosto.

287. O que é a variante Delta da Covid-19? (3) — A eficácia de vacinas

Desta vez, na terceira parte da nossa série, vamos observar a eficácia de vacinas.

Por meio de um relatório divulgado em 27 de julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que, a respeito da eficácia de vacinas, uma pesquisa de laboratório constatou que o número de anticorpos criados por imunizantes baixou contra a variante delta.

No entanto, a OMS disse que isso não significa que a eficácia de vacinas diminua, já que os imunizantes desenvolvidos até agora provaram ser altamente eficazes.

A entidade declarou que, no caso das vacinas da AstraZeneca ou da Pfizer, a avaliação comparativa das variantes delta e alfa constatou que, embora a eficácia na prevenção de sintomas ou transmissões do coronavírus tenha sido menor na variante delta em comparação com a alfa, não foram detectadas grandes diferenças entre as duas em termos de prevenção ao agravamento da doença.

Estas informações são referentes ao dia 19 de agosto.

286. O que é a variante Delta da Covid-19? (2) — Ela causa doença mais grave?

A variante delta é uma mutação altamente contagiosa do vírus da Covid-19 e está atualmente se espalhando pelo mundo. Hoje, na segunda parte da série sobre a variante delta, vamos nos concentrar sobre se ela causa sintomas mais graves do que as cepas originais.

Ainda não está claro se a variante delta causa doenças mais graves. No entanto, a Organização Mundial da Saúde diz que um estudo no Canadá que analisou dados de mais de 200 mil casos de coronavírus verificou que a variante delta aumentou o risco de hospitalização em 120%, a admissão nas UTIs em 287% e o risco de morte em 137% em comparação com as cepas originais.

Estas informações são referentes ao dia 18 de agosto.

285. O que é a variante Delta da Covid-19? (1) — O quão infecciosa ela é?

A variante delta é uma mutação altamente contagiosa do vírus da Covid-19 e está se espalhando atualmente pelo mundo. Desta vez, na primeira parte da série sobre a variante delta, vamos observar o quão infecciosa ela é.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante delta foi registrada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020 e, desde então, tem sido confirmada ao redor do planeta. Até o início de agosto, ela foi descoberta em mais de 130 países e regiões. A OMS a incluiu em sua lista de “variantes de preocupação”, que são consideradas potencialmente mais perigosas entre todas as variantes conhecidas.

Acredita-se que a variante delta seja mais infecciosa que as cepas originais e a variante alfa, que foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Um estudo apresentado em uma reunião do painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, em 21 de julho, sugeriu que a variante delta é 1,87 vez mais contagiosa que as cepas originais e 1,3 vez mais contagiosa que a variante alfa. Outros estudos, tanto no Japão como no exterior, também mostram que a variante delta é por volta de duas vezes mais infecciosa que as cepas convencionais e aproximadamente 50% mais infecciosa que a variante alfa.

A OMS afirma que uma pesquisa conduzida por um grupo de cientistas chineses mostrou que o volume de vírus detectado em pessoas infectadas pela variante delta é 1.200 vezes maior que aquelas afetadas por cepas convencionais. Esta descoberta pode ter alguma relação com a alta infectividade da variante.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, por sua vez, estimou, em 26 de julho, que a variante delta perfazia cerca de 80% das infecções por coronavírus em Tóquio e nas províncias vizinhas de Saitama, Chiba e Kanagawa até o final do mês de julho, ao passo que perfazia em torno de 40% nas províncias de Osaka, Kyoto e Hyogo.

Estas informações são referentes ao dia 17 de agosto.

284. Doses adicionais de vacinas são necessárias? (5) — Qual vacina tomar para uma terceira dose?

Está aumentando o número de países considerando oferecer uma dose adicional da vacina. Durante esta série, estamos respondendo a perguntas sobre a necessidade e eficácia deste reforço. Hoje, abordamos a questão sobre o uso de um tipo diferente de vacina para a terceira dose.

O professor Hamada Atsuo, da Universidade de Medicina de Tóquio, afirma não existir uma regra definida sobre o reforço ter de ser da mesma vacina administrada na primeira e segunda doses.

De acordo com o governo britânico, testes clínicos estão sendo realizados para verificar se uma terceira dose ministrada entre 10 a 12 semanas após a segunda dose fortalece o sistema imunológico do corpo. O governo afirma que sete tipos de vacina estão sendo analisadas com relação a sua eficácia como reforço.

Hamada afirma que misturar as vacinas da Pfizer e Moderna não representaria um problema, já que ambas são vacinas de mRNA. No entanto, diz que é preciso investigar melhor os efeitos de uma terceira dose, afirmando ainda não existirem dados suficientes. Ele também menciona que é necessário considerar se serão utilizadas as vacinas já existentes ou novas vacinas criadas para combater as variantes do vírus.

As informações são do dia 16 de agosto.

283. Doses adicionais de vacinas são necessárias? (4) — A opinião da Moderna

Alguns países vêm considerando a possibilidade de proporcionar vacinas de reforço à população. Na série a respeito da necessidade e da eficácia da medida, falamos nesta edição sobre uma declaração feita pela Moderna, uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos.

No dia cinco de agosto, a Moderna publicou atualizações sobre a eficácia da vacina e o desenvolvimento de um novo tipo para combater variantes.

A empresa disse que uma terceira dose vai provavelmente ser necessária para pessoas já imunizadas com sua vacina contra o coronavírus, em grande parte devido à altamente contagiosa variante delta, que foi inicialmente detectada na Índia.

A companhia afirma que sua vacina está “demonstrando eficácia duradoura de 93% durante seis meses após a segunda dose”.

Contudo, a Moderna acrescenta que esta eficácia deve cair, e “uma dose de reforço vai provavelmente ser necessária" no segundo semestre deste ano, especialmente em meio à propagação da variante delta.

Esta informação é referente ao dia 13 de agosto.

282. Doses adicionais de vacinas são necessárias? (3) — Teste clínico exibe aumento da quantidade de anticorpos

Alguns países vêm considerando a possibilidade de proporcionar vacinas de reforço à população. Na série a respeito da necessidade e da eficácia da medida, falamos nesta edição sobre um teste clínico que indica elevação na quantidade de anticorpos com a aplicação de uma terceira dose.

Fabricantes de vacinas vêm realizando testes clínicos para averiguar a eficácia de uma terceira dose de vacina. Em 28 de julho, a Pfizer publicou resultados do teste clínico que realizou. As conclusões sugerem que um reforço aumenta os níveis de anticorpos capazes de neutralizar a ação da variante delta cinco vezes mais do que uma segunda dose na faixa etária dos 18 aos 55 anos e 11 vezes mais na faixa etária dos 65 aos 85 anos.

O professor Hamada Atsuo, da Universidade de Medicina de Tóquio, nota que se trata de dados de apenas uma companhia farmacêutica e alerta para a necessidade de analisá-los com cautela. Admite, contudo, a possibilidade de ser necessária uma terceira dose para reforçar a imunidade contra a variante delta.

Estas informações são referentes ao dia 12 de agosto.

281. Doses adicionais de vacinas são necessárias? (2) — Um relatório de Israel

Esta série responde a perguntas sobre a necessidade de uma dose adicional e sua eficácia. Hoje, vamos falar sobre um relatório de Israel confirmando que a eficácia da vacina contra o coronavírus teve seus efeitos diminuídos ao longo do tempo.

Israel realizou a mais rápida campanha de vacinação contra o coronavírus, mas pesquisadores daquele país relataram recentemente que a eficácia da vacina na prevenção de infecções sintomáticas caiu de 94% em maio de 2021 para 64% em junho em meio à propagação da variante delta do coronavírus. Isso tem convencido alguns especialistas em Israel de que a eficácia da vacina decai ao longo do tempo. O governo israelense começou a administrar uma terceira dose da vacina na população para reforçar a proteção.

Hamada Atsuo, professor da Universidade de Medicina de Tóquio, é especialista em variantes de vírus. O pesquisador diz que se considera que a proteção dada pelas vacinas atualmente aplicadas contra o coronavírus decai depois de cerca de 6 meses. Hamada diz que as vacinas contra a gripe, que usam uma tecnologia diferente das vacinas contra o coronavírus, também costumam perder a sua eficácia em cerca de 6 meses. O professor diz que levando isso em consideração, faz sentido administrar uma dose de reforço nesse momento.

Estas informações são referentes ao dia 11 de agosto.

280. Doses adicionais de vacinas são necessárias? (1) — A eficácia de duas inoculações

Há um movimento entre alguns países para considerar a aplicação de uma dose de reforço de vacinas contra o coronavírus. Esta série responde a perguntas sobre a necessidade de uma dose adicional e sua eficácia. Desta vez, vamos falar sobre a eficácia de receber duas doses.

Todas as três vacinas aprovadas pelo Japão – Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca – requerem duas imunizações com um intervalo de algumas semanas entre a primeira e a segunda dose. Foi confirmado que os imunizantes da Pfizer e da Moderna são eficazes para evitar o desenvolvimento ou o agravamento a partir do vírus prototípico em mais de 90% dos casos. Já no caso da vacina da AstraZeneca, esse número é de cerca de 70%.

Segundo uma reportagem da edição de julho de 2021 da publicação “New England Journal of Medicine”, o imunizante da Pfizer é 93,7% eficaz contra a variante alfa, ao passo que o da AstraZeneca é 74,5% eficaz. Diz que a vacina da Pfizer é 88% eficaz contra a variante delta, enquanto a da AstraZeneca é 67% eficaz.

A reportagem acrescenta que, embora os imunizantes tenham ajudado a evitar a ocorrência de casos graves, eles não foram eficazes em impedir a ocorrência de infecções. Isso significa que, mesmo que muitas pessoas sejam inoculadas, a imunidade de rebanho pode não ser alcançada em alguns casos.

O governo do Reino Unido afirma que a vacina da Pfizer é 96% eficaz na prevenção de hospitalização devido à variante delta, ao passo que a da AstraZeneca é 92% eficaz.

Estas informações são referentes ao dia 10 de agosto.

279. Vacinações e boatos – Como lidar com informações falsas (5)

Na última parte da série sobre boatos envolvendo vacinas, vamos falar sobre as medidas que estão sendo tomadas por empresas que oferecem serviços de internet.

Provedores de serviços de internet estão implementando medidas para evitar que usuários sejam enganados por informações ou rumores equivocados. O Yahoo Japan está trabalhando para disseminar informações confiáveis para conter rumores. Na seção de notícias da página principal do Yahoo, a lista de tópicos, bastante acessada por usuários, agora mostra artigos que verificam informações falsas e boatos sobre vacinas, e matérias que citam explicações médicas ou comentário de especialistas em saúde.

Ao efetuar uma busca online, o Yahoo mostra no topo as informações divulgadas por organizações públicas ou relatos baseados em evidências científicas. Por exemplo, ao usar na pesquisa a palavra "morte" ou "efeitos colaterais" junto com o termo "vacina", os primeiros links mostrados são um artigo de Perguntas e Respostas do site do Ministério da Saúde do Japão, e um artigo original do Yahoo, com vídeo, elaborado em conjunto com vários especialistas do setor médico sobre como lidar com o mal-estar após a vacinação.

Um executivo do Yahoo, Kataoka Hiroshi, diz que como o programa de vacinação está a todo vapor agora, há um crescente interesse em vacinas, o que pode ser visto também nas buscas que estão sendo feitas por meio de palavras-chave e no número de pessoas acessando os artigos. Kataoka afirma que é muito difícil para as pessoas determinarem quais as informações sobre vacinas são verdadeiras, por isso é essencial reunir informações dignas de confiança, e disseminar relatos confiáveis de forma a facilitar a compreensão do público. Segundo Kataoka, a empresa espera continuar ajudando as pessoas a lidarem com preocupações, ansiedade e dúvidas.

As informações são referentes ao dia 6 de agosto.

278. Vacinações e boatos – Como lidar com informações falsas (4)

Na quarta parte da série sobre boatos falsos envolvendo vacinas, vamos dar alguns exemplos de boatos que circulam.

Boato falso número 5: “Vacinas contêm chips”

Uma informação falsa divulgada nas redes sociais e em outros lugares é que vacinas contêm chips para controlar pessoas. Os ingredientes de vacinas contra o coronavírus são divulgados nos sites de companhias farmacêuticas e de autoridades sanitárias de diversos países na internet, tais como o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão e a Food and Drug Administration dos Estados Unidos. É óbvio que vacinas não contêm chips.

Boato falso número 6: “Vacinas fazem com que imãs grudem na pele”

Outro boato falso nas redes sociais é que vacinas fazem com que imãs grudem na pele. No site dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos na internet, é informado que vacinas não contêm nenhum tipo de substância magnética e o órgão refuta veementemente tal alegação.

Estas informações são referentes ao dia 5 de agosto.

277. Vacinações e boatos – Como lidar com informações falsas (3)

Na terceira parte da série sobre boatos falsos sobre as vacinas, vamos apresentar alguns exemplos de boatos que estão circulando.

Boato falso número 3: “As vacinas alteram as informações genéticas”

Uma desinformação muito disseminada é que as componentes das vacinas são mantidas dentro do corpo por muito tempo depois da inoculação e alteram as informações genéticas. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão diz em seu website que o mRNA usado nas vacinas da Pfizer-BioNTech e da Moderna se desmembram logo após entrar no corpo e assim não podem se combinar com o nosso DNA. O ministério diz que não é verdade que as vacinas possam mudar nossas informações genéticas.

Boato falso número 4: “A vacinação causa infecção”

Existe também a desinformação de que pessoas idosas foram infectadas com o novo coronavírus uma após a outra depois de serem inoculadas e faleceram em casas de repouso. As vacinas não contêm vírus e, portanto, não podem causar infecção. O ministério da Saúde diz que não é sabido que a vacinação tenha levado a um aumento de óbitos causados por certas doenças.

O ministério da Saúde também pede muito cuidado com relação a boatos nas redes sociais e outros meios que acusam a vacinação por mortes que ocorreram depois da inoculação. O ministério pede às pessoas para que não interpretem de forma errada o número de mortes após a vacinação reportado ao governo, que inclui casos que não têm relação com a inoculação.

Estas informações foram atualizadas no dia 4 de agosto.

276. Vacinações e boatos – Como lidar com informações falsas (2)

Enquanto mais e mais pessoas estão sendo vacinadas, muitas outras ainda estão preocupadas ou céticas sobre receber a vacina. Informações sem base e boatos falsos sobre vacinações estão sendo divulgados, especialmente nas redes sociais. Hoje, na segunda parte da série sobre boatos falsos sobre as vacinas, vamos dar alguns exemplos de boatos que estão circulando.

Boato falso número 1: “Vacinas causam infertilidade”

Uma informação falsa bastante divulgada é que a vacinação causa infertilidade. Segundo este falso boato, anticorpos formados a partir da vacinação teriam um efeito negativo sobre a placenta. Um especialista sobre vacinas contra o coronavírus diz que já se sabe que os anticorpos não atacam a proteína relacionada à placenta.

Além disso, Kono Taro, o ministro responsável pela vacinação no Japão, salientou que não há evidência científica mostrando que as vacinas causam infertilidade.

Boato falso número 2: “Vacinas causam abortos”

Outro boato falso é que as vacinas causam abortos em mulheres grávidas. Em seu site, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão diz que não há informações sobre um aumento de abortos entre mulheres vacinadas. Há também dados de um estudo feito por uma equipe de pesquisadores nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. O estudo feito com mais de 35 mil mulheres que receberam a vacina contra o coronavírus durante a gravidez, mostra que as taxas de aborto espontâneo, bebês natimortos, bebês prematuros e bebês que nascem abaixo do peso não são diferentes das taxas registradas entre mulheres grávidas antes da pandemia.

Estas informações foram atualizadas no dia 3 de agosto.

275. Vacinações e boatos – Como lidar com informações falsas (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o coronavírus. Hoje apresentamos a primeira parte de uma série que informa como lidar com boatos sobre vacinações.

Apesar de cada vez mais pessoas estarem sendo vacinadas, muitas ainda hesitam em ser inoculadas. As redes sociais facilitaram a propagação de informações sem fundamento e de falsos rumores sobre vacinas.

Um simpósio online foi realizado em 15 de julho para debater como lidar com a questão. O professor adjunto da Universidade Internacional do Japão, Yamaguchi Shinichi, explicou como a quantidade de boatos e informações sem fundamento aumentou vertiginosamente, tendo em vista o crescimento oito vezes maior no número de tuítes relacionados ao assunto entre abril e julho de 2021. Yamaguchi também ressaltou a importância de centralizar a divulgação de informações corretas, apresentando um caso em que o número de pessoas refutando boatos nas redes sociais aumentou após a imprensa ter divulgado artigos que verificam os fatos e a autenticidade das fontes de informação.

Em seguida, foram apresentadas medidas tomadas por grandes empresas de redes sociais. Um representante do Twitter explicou como a companhia implementou um sistema que adiciona rótulos em postagens que criam mal-entendidos sobre o coronavírus, fazendo com que não seja possível que as pessoas respondam, retuítem ou curtam tais postagens. Um funcionário do aplicativo LINE apresentou formas encontradas pela empresa para que os usuários recebam informações corretas por meio do envio direto de informações a partir de contas oficiais de autoridades dos governos central e locais.

Em uma mensagem de vídeo transmitida no simpósio, o ministro japonês encarregado da campanha de vacinação, Kono Taro, afirmou que a internet está repleta de informações enganadoras sobre vacinações. Kono disse que o governo está extremamente preocupado sobre como esta situação acabou gerando tanta desinformação e excesso de ansiedade em relação a ser vacinado, especialmente entre os mais jovens. O ministro afirmou que fontes não confiáveis tendem a usar linguagem que gera ansiedade na opinião pública, por meio de frases como: “obtivemos informações confidenciais de forma secreta de companhias farmacêuticas”. Kono pediu que a população considere ser vacinada com base em informações corretas.

As informações são do dia 2 de agosto.

274. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (9)

Hoje apresentamos a 9ª parte da série sobre medidas contra o coronavírus que serão implementadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, com foco nas regras a serem seguidas pelos integrantes de equipes de imprensa.

As regras do Playbook voltado à imprensa estipulam que os integrantes devem realizar dois testes de Covid-19, em dias separados, dentro do período de 96 horas da partida do voo ao Japão. Além disso, pelos primeiros 14 dias ao chegar no país, membros da imprensa não devem utilizar o sistema de transporte público e só têm permissão para ir aos locais dos Jogos ou a pontos específicos designados em seus “planos de atividades”. O Playbook informa que a função de GPS de seus smartphones deve estar em uso para salvar informações de localização durante toda estada no Japão.

O manual também menciona a frequência com que devem ser realizados os testes para o vírus de acordo com a função desempenhada por cada membro da equipe. Repórteres e fotógrafos que têm contato próximo com os atletas em campo devem fazer os testes diariamente; enquanto que os que podem vir a ter certo grau de contato com atletas ou autoridades devem ser testados a cada quatro dias. Já os que tiverem contato limitado, ou quase nenhum contato próximo com atletas ou autoridades, devem ser testados a cada sete dias.

Indivíduos que violarem as regras do Playbook podem sofrer consequências que incluem retirada de credenciais dos Jogos e multas. Também estão sujeitos a ter a permissão de estada no Japão revogada.

As informações são do dia 21 de julho.

273. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (8)

Hoje apresentamos a 8ª parte da série sobre medidas de prevenção de contágio que serão adotadas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, em especial no tocante às regras a serem seguidas por membros da imprensa.

Equipes da mídia estrangeira estão vindo ao Japão para cobrir os Jogos. Segundo informações fornecidas pelo comitê organizador dos Jogos de Tóquio no dia 21 de junho, mais de 16 mil funcionários de cerca de 2.000 órgãos da mídia em cerca de 200 países e territórios deverão vir ao Japão. O comitê acrescenta que entre 70% e 80% dos representantes da mídia japonesa e estrangeira deverão ser vacinados antes dos Jogos.

O livro de regras (Playbook) para funcionários da imprensa especifica que durante os primeiros 14 dias no Japão eles não devem usar transporte público e só terão permissão para circular nos locais de competições e outros lugares descritos em seus planos de atividades.

Contudo, algumas pessoas estão se opondo a tais restrições. Cerca de 10 órgãos da mídia dos Estados Unidos enviaram uma carta de protesto conjunta ao comitê organizador, dizendo que suas atividades serão limitadas. Em resposta a tais opiniões, o comitê afirma que medidas rigorosas são necessárias em vista da atual situação, e que elas são importantes para todos os participantes dos Jogos e para o povo do Japão. O comitê disse ainda que vai respeitar a liberdade de imprensa e permitir que jornalistas cubram os acontecimentos da maneira mais tranquila possível.

Será um desafio para as equipes de mídia seguirem as medidas de prevenção de contágio durante suas atividades.

Estas informações são referentes ao dia 20 de julho.

272. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (7)

Hoje apresentamos a 7ª parte da série que trata das medidas contra o coronavírus colocadas em prática para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, com foco nas regras de comportamento estabelecidas para vigorar na Vila Olímpica.

A Vila Olímpica e Paralímpica, onde os atletas podem socializar entre si independentemente de país ou região de origem ou da categoria em que competem, é também um símbolo dos Jogos. No entanto, regras pouco convencionais de comportamento estão em vigor para os Jogos de Tóquio, com o objetivo de evitar a disseminação de infecções pelo vírus.

Em edições passadas dos Jogos, cada país tinha a opção de decidir por quanto tempo sua delegação permaneceria na Vila Olímpica. Mas para Tóquio 2020, os atletas são requisitados a minimizar sua estada no alojamento. Atletas Olímpicos têm permissão de fazer check-in na Vila cinco dias antes de suas provas e devem deixar o local dentro de dois dias após o término de seus eventos. Atletas Paralímpicos podem fazer o check-in sete dias antes das competições.

Diversas regras foram estabelecidas na Vila Olímpica. Atletas são solicitados a evitar contato físico, tais como abraços e apertos de mão, bem como espaços fechados com pouca ventilação, aglomerações e demais situações de contato próximo com outras pessoas.

De acordo com os manuais de conduta para Tóquio 2020, batizados de Playbooks, é obrigatório o uso de máscara durante os treinos nas academias da Vila. Os atletas também são requisitados a manter uma distância de 2 metros entre si na praça de alimentação principal e pede-se que façam as refeições sozinhos sempre que possível.

Em edições passadas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, era permitido tomar bebidas alcoólicas nos quartos individuais. Para os Jogos de Tóquio, o comitê organizador decidiu permitir bebidas nos cômodos individuais, mas proibiu beber em grupo, tanto em público quanto no parque da Vila.

As informações são do dia 19 de julho.

271. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (6)

Nesta 6ª edição da série com informações sobre medidas antivírus que serão tomadas na Olimpíada e na Paralimpíada de Tóquio, o assunto é sobre consequências para atletas e pessoas relacionadas aos Jogos em caso de não respeitarem as regras descritas nos playbooks.

Segundo os playbooks, o descumprimento das regras pode resultar em consequências disciplinares. Não respeitar intencionalmente medidas como o uso de máscara, ir a locais não incluídos no Plano de Atividades que foi submetido, assim como recusa em efetuar exame de Covid-19, são citados como exemplos de infrações.

Se houver relato de uma possível violação, será realizado um inquérito. Caso uma infração seja confirmada, o comitê organizador dos Jogos, o Comitê Olímpico Internacional e outras entidades relevantes vão discutir a questão. Isso pode resultar em medidas disciplinares, que incluem a revogação de credenciamento, desqualificação e multas.

Segundo os playbooks, infratores podem também ser submetidos a medidas administrativas rigorosas por autoridades japonesas, como isolamento por um período de 14 dias ou cancelamento de permissão para permanecer no Japão.

As informações são referentes ao dia 16 de julho.

270. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (5)

Nesta 5ª edição da série com informações sobre medidas antivírus que serão tomadas na Olimpíada e na Paralimpíada de Tóquio, o assunto é exames do coronavírus pelos quais os atletas deverão passar.

Os playbooks da Tóquio 2020, que apresentam regras para prevenção de contágio, incluem um cronograma detalhado de exames do coronavírus.

Os manuais determinam que, em princípio, atletas, treinadores e pessoal relacionado devem se submeter diariamente a exames da Covid-19, mesmo que tenham obtido resultado negativo em sua chegada ao Japão por algum aeroporto do país.

Inicialmente eles deverão entregar às 9 horas ou às 18 horas uma amostra de sua saliva para a realização do exame de antígeno salivar quantitativo. Em caso de resultados indefinidos ou positivos, será realizado com a mesma amostra um exame de PCR salivar.

Estima-se que o tempo aproximado de processamento até a obtenção dos resultados finais venha a ser de 12 horas. Caso não sejam claros os resultados do exame de PCR por amostra salivar, uma amostra será obtida por esfregaço das narinas dos indivíduos, na Clínica Covid-19, da Vila Olímpica e Paralímpica, para um exame de PCR adicional. Se os resultados forem negativos, os indivíduos estarão autorizados a participar dos Jogos.

O comitê organizador da Tóquio 2020 diz ter dado plena consideração à necessidade de reduzir a um mínimo os efeitos dos exames nos Jogos.

Atletas e membros das delegações deverão providenciar as amostras para exames em seu próprio aposento, sob a supervisão do Membro de Ligação da Covid-19 de cada equipe. Resta saber se os organizadores serão capazes de assegurar a inexistência de irregularidades.

O comitê organizador e o Comitê Olímpico Internacional anunciaram que vão garantir uma supervisão adequada do processo de coleta de amostras e que estudam a possibilidade de realizar inspeções sem aviso prévio.

As informações são referentes ao dia 15 de julho.

269. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (4)

Hoje apresentamos a 4ª parte da série sobre as medidas que serão tomadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, especificamente sobre a testagem dos atletas para o vírus.

Os manuais para Tóquio 2020, batizados de Playbooks, estipulam as regras voltadas à prevenção da disseminação do coronavírus. Entre elas, inclui-se um programa detalhado sobre testagem para o vírus. Segundo os Playbooks, atletas, técnicos e demais integrantes da delegação que se dirige ao Japão devem realizar dois testes de Covid-19, em dois dias diferentes, dentro do período de 96 horas antes da partida do voo rumo ao país asiático. Pelo menos um dos dois testes deve ser feito no período dentro de 72 horas antes da partida do país de origem.

Os participantes dos Jogos serão solicitados a realizar testes PCR ou um teste quantitativo de antígeno que foi aprovado pelo governo japonês, usando tanto amostras de saliva quanto material coletado da parede do fundo do nariz.

Também serão requisitados a fazer um teste no aeroporto ao chegar no Japão. Todos devem aguardar no próprio aeroporto até que saia o resultado. Caso seja positivo, o indivíduo será levado para a clínica de Covid-19 da Vila Olímpica e Paralímpica, para ser submetido a novo exame.

Na próxima edição vamos continuar a explicar sobre a testagem dos participantes dos Jogos enquanto estiverem no Japão, conforme especificado nos manuais de conduta para Tóquio 2020.

As informações são do dia 14 de julho.

268. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (3)

Nesta edição, vamos apresentar a 2ª parte de “O que os regulamentos dizem sobre as atividades de participantes da Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio após chegarem ao Japão?”

Os playbooks dos Jogos Tóquio 2020 explicam regras para evitar a disseminação do coronavírus, incluindo aquelas relacionadas às atividades de participantes durante sua permanência no Japão.

Em princípio, atletas e treinadores não podem utilizar o transporte público ao se locomoverem. Eles devem fazer uso de serviços de veículos providenciados pela organização. E, caso não possam utilizar esses serviços, eles devem pegar táxis fretados.

Quando participantes providenciarem acomodação por conta própria fora da Vila Olímpica, eles não podem se hospedar em instalações fornecidas por pessoas físicas, em princípio. Caso instalações de acomodação providenciadas por conta própria não atendam aos requisitos estabelecidos pelo comitê organizador, será requisitado aos participantes que busquem novas instalações.

No caso de refeições, participantes hospedados na Vila Olímpica devem se alimentar no próprio local ou nos locais de competição. Os demais devem fazer suas refeições nos locais de competição ou em restaurantes de suas instalações de acomodação. Ou, então, solicitar serviço de quarto.

Estas informações são referentes ao dia 13 de julho.

267. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (2)

Hoje, vamos apresentar a primeira parte de "O que os regulamentos dizem sobre as atividades de participantes da Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio após chegarem ao Japão?"

Os playbooks dos Jogos de Tóquio 2020 explicam regras para evitar a disseminação do coronavírus, incluindo aquelas relacionadas às atividades de participantes durante sua permanência no Japão.

Atletas e técnicos devem preencher o chamado "Plano de Atividades" e submetê-lo ao comitê organizador antes de sua chegada ao país. No documento, eles têm de especificar suas atividades durante os primeiros 14 dias no Japão. Além do nome e informações contidas no passaporte, os dados incluem o endereço de acomodação, e os destinos possíveis e planejados. Os participantes devem também baixar e instalar um aplicativo para monitorar suas condições de saúde, assim como o aplicativo COCOA (Contact Confirmimg App), que permite o rastreamento de possíveis infectados. Eles também têm de deixar ativo o serviço de localização e registro de seu histórico em seu smartphone.

Atletas e técnicos devem seguir seu Plano de Atividades após chegarem ao Japão. Se tiverem que praticar atividades relacionadas aos Jogos nos primeiros três dias de sua permanência, eles devem fazê-lo sob supervisão rigorosa. Isso pode envolver a presença de um supervisor ou a utilização de dados do GPS. Suas locomoções serão limitadas aos locais, como instalações de acomodação e locais de prática esportiva. Eles não podem ir a outras localidades, como pontos turísticos.

As informações são referentes ao dia 2 de julho.

266. Medidas anti-infecção na Olimpíada e na Paralimpíada — Playbooks para a Tóquio 2020 (1)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez a pergunta é "Que medidas anti-infecção estão sendo tomadas em relação à Olimpíada e à Paralimpíada de Tóquio?"

Em 15 de junho, o Comitê Olímpico Internacional e o comitê organizador da Olimpíada e da Paralimpíada de Tóquio divulgaram a 3ª e última versão dos playbooks da Tóquio 2020, que apresentam regras anticoronavírus a ser observadas por todos os participantes dos Jogos, incluindo os atletas. A primeira versão havia sido publicada em fevereiro e a segunda, em abril. A versão definitiva dos manuais esclarece em mais detalhes os vários procedimentos e medidas.

Por exemplo, a versão mais recente descreve procedimentos diários a serem seguidos por atletas em exames do coronavírus que têm o objetivo de reduzir ao mínimo o impacto sobre a sua rotina de provas e partidas. Além disso, trata da possibilidade de reforço de medidas em fronteiras por ocasião do ingresso no Japão em relação a variantes do coronavírus que são motivo de preocupação. E punições financeiras foram acrescentadas às possíveis consequências por infração de regras dos manuais. Outras consequências incluem desqualificação e revogação do visto de estada no Japão.

Ainda sujeitas a mudanças, as regras dos playbooks entraram em vigor nesta quinta-feira, dia 1º.

Na próxima edição desta série, vamos falar sobre as regras relacionadas a atividades dos participantes nos Jogos após a sua chegada ao Japão.

As informações são referentes ao dia 1º de julho.

265. Existe alguma comida ou suplemento que funciona contra a Covid-19?

A pergunta de hoje é se "existe algum alimento ou suplemento que seja eficaz contra a Covid-19"?

A Agência de Assuntos do Consumidor do Japão divulgou, dia 25 de junho, o resultado de um estudo realizado em abril e maio sobre produtos vendidos online que dizem ser eficazes na prevenção da infecção pelo coronavírus. A agência vem realizando o estudo desde o ano passado.

As autoridades da agência descobriram que a propaganda ou rótulos de 49 produtos têm problemas.

Um exemplo de propaganda questionável diz que é possível prevenir a infecção pelo coronavírus tomando um suplemento de vitamina D. Outro anúncio diz que um doce contendo tanino de caqui inativa o coronavírus. Uma outra propaganda diz ainda que o chá de cogumelo chaga, um tipo de fungo negro, é bom como uma medida contra o coronavírus.

As autoridades dizem que essas propagandas não têm provas sólidas e podem ser enganadoras. A agência do consumidor instou 43 empresas que vendem os produtos a melhorarem seus rótulos e propagandas. Ela também colocou exemplos desses tipos de anúncios em seu website e pede aos consumidores que se atentem contra alegações enganosas.

Nishikawa Koichi, responsável pela Divisão de Rotulagem de Alimentos da agência, disse à NHK que há inúmeros estudos sobre substâncias que pesquisadores dizem funcionar contra a Covid-19, mas que todos esses estudos são feitos in vitro. Nishikawa disse que ninguém nunca consumiu um alimento ou suplemento e provou que eles sejam eficazes. O responsável da divisão disse que a agência quer que os consumidores tratem do assunto com cautela e tomem outras medidas recomendadas para a prevenção da infecção.

Estas informações são referentes ao dia 30 de junho.

264. Quais medicamentos podem ser usados após a vacinação? (2)

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão divulgou diretrizes pela primeira vez a respeito de quais medicamentos podem ser usados caso indivíduos venham a apresentar sintomas como febre após o recebimento da vacina contra o coronavírus. Desta vez, a pergunta é: Quais são as pessoas que devem ter cuidado ao tomar analgésicos ou antipiréticos?

Quando alguém tem febre após receber a vacina contra o coronavírus, isso ocorre geralmente depois de um ou dois dias. Caso necessário, a pessoa pode tomar analgésicos ou antipiréticos e seu estado de saúde será monitorado.

O Ministério da Saúde afirma, porém, que algumas pessoas precisam ter cautela ao tomar analgésicos ou antipiréticos por conta própria. Segundo a pasta, incluem-se aí mulheres grávidas ou que estejam amamentando, indivíduos que tomem outros medicamentos, pessoas que tenham tido reações alérgicas ou asma devido a remédios ou outras substâncias, idosos e pacientes que estejam sendo tratados para úlceras estomacais ou outras doenças. O ministério pede que tais indivíduos consultem seus médicos ou farmacêuticos.

O Ministério da Saúde afirma que pessoas também devem consultar profissionais de saúde, caso desenvolvam sintomas, tais como dor intensa ou febre alta, ou caso os sintomas persistam por muito tempo. A pasta diz ainda que não é recomendável o uso contínuo de analgésicos ou antipiréticos visando evitar sintomas como dor ou febre após receber a vacina.

Estas informações são referentes ao dia 29 de junho.

263. Quais medicamentos podem ser usados após a vacinação? (1)

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão divulgou diretrizes pela primeira vez a respeito de quais medicamentos podem ser usados caso indivíduos venham a apresentar sintomas como febre após o recebimento da vacina contra o coronavírus. Na edição de hoje respondemos: Quais tipos de antipiréticos e analgésicos podem ser administrados com segurança após a vacinação?

O aparecimento de febre após a vacinação ocorre com mais frequência dentro de um ou dois dias depois da inoculação. Caso necessário, é possível tratar este efeito por meio da administração de remédios e pelo monitoramento das condições do indivíduo.

O Ministério da Saúde afirma que entre as medicações que podem ser usadas após a vacinação estão os compostos de acetaminofeno, ibuprofeno e loxoprofeno. A pasta não havia divulgado nenhuma informação a este respeito anteriormente. Mas no início de junho, diversas drogarias relataram que estavam com baixos estoques de remédios à base de acetaminofeno que dispensam receita médica. Isso levou o ministério a oferecer novas informações em seu website, para conscientizar a população de que não há problema em tomar outros medicamentos sem receita médica, mesmo que não sejam à base de acetaminofeno. A pasta também notificou drogarias e empresas relacionadas à indústria farmacêutica em todo o Japão.

O ministério alerta, no entanto, que gestantes e pessoas com outras condições de saúde que merecem atenção devem consultar seus médicos ou farmacêuticos de confiança, já que pode haver restrições quanto às substâncias que têm permissão para ingerir.

O website do ministério também oferece informações sobre como diferenciar os sintomas causados pela vacinação ou pelo coronavírus. Segundo a pasta, o coronavírus é provavelmente o responsável por sintomas como tosse, dor de garganta, perda de olfato ou paladar, e falta de ar. A febre que se segue à vacinação geralmente não vem acompanhada desses sintomas.

As informações são do dia 28 de junho.

262. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (12)

Nesta edição, na 12ª parte da nossa série, perguntamos a um especialista sobre síncope vasovagal, que pode ocorrer após a vacinação.

Sabe-se que as vacinas podem causar uma reação denominada síncope vasovagal, desencadeada pela dor da injeção associada ao estresse. Os sintomas incluem tontura e falta de ar.

Uma clínica no distrito de Inage, na cidade de Chiba, efetuou a vacinação contra o novo coronavírus em cerca de 5 mil pessoas, na sua maioria, idosos. Kochi Fumio, diretor da instalação, diz que em maio, uma mulher na casa dos 60 anos se sentiu mal enquanto aguardava sentada no recinto após a injeção.

Sua pulsação ficou lenta, e sua consciência, vaga, mas não havia indicações de que ela tinha tido reações alérgicas. Kochi a diagnosticou como tendo síncope vasovagal, uma condição na qual dor e estresse causam uma queda na pressão sanguínea, provocando sintomas como tontura. Eles imediatamente adotaram medidas, levando-a para descansar em uma cama. Sua condição melhorou em cerca de 5 minutos e, mais tarde, ela retornou para sua casa. Kochi afirma que pessoas mais jovens são mais propensas a desenvolver síncope vasovagal. Ele cita que vacinas contra influenza também poderiam provocar esses sintomas em algumas pessoas. Contudo, diz que os sintomas desaparecem se forem tratados de forma adequada. Ele pede às pessoas que forem vacinadas que fiquem no local por algum tempo após receber a dose para monitorar possíveis complicações. Ele afirma também que ajudaria se as pessoas dormirem bem na noite anterior e mantiverem boas condições físicas.

As informações são referentes ao dia 25 de junho.

261. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (11)

Nesta edição, na 11ª parte da nossa série, conversamos com um especialista a respeito do desejo de que o programa encoraje a vacinação entre a geração mais jovem.

Kutsuna Satoshi, do Centro Nacional de Saúde e Medicina Global do Japão, observou vários pacientes que ficaram gravemente enfermos após terem sido infectados pelo coronavírus. Ele afirma que focos de infecção muitas vezes têm início entre jovens. Kutsuna espera que um número cada vez maior de jovens seja vacinado de acordo com o programa e que isso ajude a desacelerar a disseminação do vírus.

Segundo o especialista, as pessoas podem pensar que inocular os jovens, que são menos propensos a desenvolver sintomas graves, não é uma medida importante, mas as variantes do coronavírus que se propagam atualmente elevam a possibilidade de eles ficarem gravemente enfermos. Existe ainda a preocupação com os efeitos colaterais. Kutsuna Satoshi exorta os jovens a ponderarem a possibilidade de serem vacinados visando não alastrar o vírus.

Jovens são mais propensos a desenvolverem síncope vasovagal, que é desencadeada pela dor da injeção combinada com o estresse. Isso faz com que o coração de uma pessoa bata mais rápido, que ela sinta dificuldades em respirar, tenha sensação de tontura ou desenvolva hiperventilação. Trata-se do caso de todas as vacinas e não somente do imunizante contra o coronavírus.

Kutsuna afirma que um estudo conduzido anteriormente no centro mostrou que uma em cerca de 200 ou 300 pessoas desenvolve síncope vasovagal após a vacinação.

Ele diz que existem medidas que podem ser tomadas para evitar a ocorrência desses sintomas, tais como proporcionar um ambiente de relaxamento ou fazer com que o indivíduo se deite e sinta-se confortável ao ser inoculado. De acordo com o especialista, preparativos podem ser feitos, caso pessoas que tenham passado anteriormente por tais sintomas informem a equipe médica com antecedência. Kutsuna Satoshi diz que as pessoas não devem hesitar em ser vacinadas por esse motivo, contanto que recebam a resposta apropriada de que a condição de saúde pode ser controlada sem que leve muito tempo.

Estas informações são referentes ao dia 24 de junho.

260. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (10)

Na nossa mais recente série, compartilhamos informações sobre o programa de vacinação para funcionários e estudantes de empresas e universidades. O programa foi iniciado no dia 21 de junho. Hoje focamos sobre as diretrizes compiladas por especialistas para tais faculdades e empresas.

No dia 21 de junho, especialistas da área médica de duas organizações acadêmicas lançaram as diretrizes sobre a Covid-19 para empresas em seus respectivos websites. As organizações são a Sociedade Japonesa de Saúde para Viagens e a Sociedade Japonesa de Saúde Ocupacional.

As diretrizes aconselham as empresas a se prepararem para possíveis efeitos colaterais incluindo a ocorrência da condição rara e aguda de anafilaxia. As organizações dizem que a reação alérgica é mais comum entre os jovens e que as instituições que realizem a vacinação devem ter medicamentos de primeiros socorros para uso imediato nos locais de vacinação.

As diretrizes também dizem que a maior parte dos efeitos colaterais, inclusive febre, passam em um ou dois dias, mas os efeitos colaterais depois da segunda dose tendem a ser mais fortes do que após a primeira dose. As organizações recomendam que as empresas estejam preparadas para possíveis ausências de trabalhadores no serviço depois da segunda dose, por exemplo, permitindo que os funcionários que atuam na mesma tarefa sejam inoculados em datas diferentes.

Outros itens das diretrizes incluem como lidar com informações pessoais dos trabalhadores que forem vacinados, e ter certeza de que cada trabalhador esteja sendo inoculado por sua livre e espontânea vontade.

O professor Hamada Atsuo da Universidade de Medicina de Tóquio é o líder da equipe que elaborou as diretrizes. Hamada disse à NHK que uma vez que as vacinações organizadas pelas universidades e empresas se disseminem, elas serão chave para controlar as infecções. O professor disse, no entanto, que os organizadores devem estar muito bem preparados para lidar com possíveis efeitos colaterais. Hamada disse que as empresas devem ler as diretrizes com atenção antes de iniciar seus respectivos programas de vacinação.

Estas informações foram atualizadas no dia 23 de junho.

259. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (9)

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social publicou uma série de respostas a perguntas feitas com frequência. A pergunta de hoje é “Empresas e universidades podem pedir às pessoas que estão sendo vacinadas que cubram o custo da vacinação?”

Segundo o ministério, as vacinações contra o coronavírus feitas por companhias e universidades são “vacinações temporárias” reguladas pela lei da imunização e, como tal, as empresas e universidades não podem cobrar as pessoas que estão recebendo as vacinas.

O ministério informou que as próprias companhias e universidades são responsáveis por garantir o número necessário de funcionários da saúde e locais para seus programas de vacinação. O ministério acrescenta que não é apropriado que estas instituições façam seus empregados e outros que receberem as vacinas arcarem com parte dos custos da vacinação.

Contudo, as companhias e universidades podem arcar, elas mesmas, com parte dos custos. Se um programa de vacinação for realizado conjuntamente por um número de empresas e universidades, elas poderão decidir sobre ajustes para compartilhar as despesas.

Estas informações foram atualizadas no dia 22 de junho.

258. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (8)

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social divulgou um documento que contém perguntas e respostas frequentes sobre a inoculação a ser administrada por empresas e universidades. O documento se baseia em questões feitas pelas instituições privadas ou de ensino ao ministério. Na edição de hoje, verificamos se moradores da vizinhança das empresas ou universidades do programa de inoculação também podem ser elegíveis a receber as doses.

No documento com perguntas frequentes, o ministério ressalta a necessidade de que instituições que administram a vacina gerenciem informações pessoais dos indivíduos que receberem as doses. Também é preciso que sejam feitas reservas para a aplicação da segunda dose. O ministério aconselha que, ao tomar a decisão, empresas e universidades considerem com cuidado quem poderá receber as vacinas.

A respeito do questionamento se serão oferecidos pelo governo equipamentos médicos ou medicamentos caso quem receba as doses venha a apresentar algum efeito colateral, o ministério afirma que as empresas e universidades participantes do programa de vacinação são as responsáveis por esses tipos de preparativos. É recomendável que verifiquem com instituições médicas com antecedência, preparem quaisquer equipamentos ou medicamentos necessários, e administrem de forma adequada kits de primeiros-socorros, para que sejam capazes de lidar com emergências em qualquer situação.

O ministério afirma que não há problema em dar início às inoculações antes do programado, desde que as instituições em questão estejam totalmente preparadas.

As informações são do dia 21 de junho.

257. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (7)

Hoje vamos falar sobre quem poderá ser vacinado sob este programa.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social divulgou um documento contendo dúvidas frequentes e respostas sobre a vacinação contra o coronavírus para empresas e universidades, com base nas perguntas feitas por elas.

Em relação às pessoas qualificadas para a imunização, menciona que as empresas podem vacinar não somente seus próprios funcionários, mas também os trabalhadores de suas firmas relacionadas. Universidades também podem inocular seus estudantes.

Quanto aos funcionários estrangeiros que residem no Japão, o documento cita que aqueles que constam no Registro Básico de Residentes do Japão podem participar do programa.

Em referência aos funcionários que ainda não receberam cupons para vacinação, o texto diz que eles podem ser imunizados mesmo sem os tíquetes. Nesse caso, o nome, o endereço e a data de nascimento desses trabalhadores devem ser preenchidos em questionários antes da vacinação, e os dados, confirmados, mostrando seus cartões de identificação. Os formulários devem ser mantidos nas empresas ou instituições médicas onde for conduzida a vacinação até que os vacinados entreguem os cupons que receberem posteriormente.

Algumas companhias perguntaram ao ministério se todos os seus funcionários devem ser vacinados após o início do programa. Segundo o documento, as empresas devem levar em consideração as decisões de seus trabalhadores se serão imunizados ou não.

As informações são referentes ao dia 18 de junho.

256. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (6)

Nesta edição, damos destaque ao guia que o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão preparou sobre inoculações nos locais de trabalho.

A pasta divulgou uma série de diretrizes para organizações às vésperas da ampla vacinação a ser iniciada em 21 de junho em empresas e universidades. As diretrizes especificam que a inoculação deve estar disponível para todos os trabalhadores, independentemente do seu regime de contratação, seja em caráter permanente ou temporário. Com vistas à adoção de medidas para prevenção de concentração de infecções em locais de trabalho, o ministério pede às empresas que tomem providências adequadas à vacinação — entre elas, dar prioridade a indivíduos com maior risco de contágio.

Além disso, o guia instruiu empresas a confirmar antecipadamente a intenção de cada indivíduo a fim de que ninguém venha a ser vacinado contra a própria vontade. Adverte que as informações pessoais dos vacinados não devem ser usadas para quaisquer outras finalidades.

A pasta da Saúde recomenda às organizações com vacinação planejada para o local de trabalho que tomem várias providências antecipadas, como a criação de um secretariado específico para este fim.

Estas informações são referentes ao dia 17 de junho.

255. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (5)

O governo começou a receber no dia 8 de junho as solicitações de empresas e universidades que queiram proporcionar vacinações contra o coronavírus. Hoje vamos focar sobre a possibilidade de relaxamento de um requisito estabelecido pelo governo para inoculações no local de trabalho.

O governo anunciou que vacinações do gênero devem ser iniciadas em universidades e empresas com mais de 1.000 funcionários por razões de eficiência.

O ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, Tamura Norihisa, disse na reunião do comitê da Câmara Baixa, em 11 de junho, que isso se deve a maior probabilidade de que empresas com 1.000 ou mais funcionários sejam capazes de providenciar pessoal médico para administrar as vacinas e realizar os exames pré-vacinação, convocando, por exemplo, seus médicos de saúde ocupacional.

Tamura, no entanto, acrescentou que o governo não se fixará no requisito inicial de número mínimo de pessoas a serem inoculadas uma vez que o programa de vacinação seja iniciado.

O ministro afirmou que a pasta vai acompanhar a situação com atenção e que, quando parecer que os operadores dos locais de vacinação podem lidar com inoculações de menor escala, será considerado o rebaixamento do requisito de 1.000 pessoas. Tamura disse que o governo está se preparando para possíveis mudanças na situação.

Estas informações são referentes ao dia 16 de junho.

254. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (4)

No Japão, as solicitações para que pessoas sejam vacinadas contra a Covid-19 em empresas e universidades tiveram início no dia 8 de junho. Desta vez, vamos focar na situação dos programas de vacinação em companhias de pequeno e médio porte.

O governo japonês formulou um plano visando acelerar o programa de vacinação ao permitir que empresas com mais de 1.000 funcionários e universidades dessem início às inoculações. Por outro lado, embora companhias de pequeno e médio porte planejem gerenciar as solicitações, elas enfrentam dificuldades para assegurar trabalhadores de saúde para administrar as vacinas.

De acordo com essas companhias, muitas delas não possuem um médico do trabalho em período integral à disposição. Além disso, será difícil para essas entidades coordenar um grande número de solicitações que ultrapasse a casa de 1.000. Por isso, as solicitações não estão avançando em companhias de pequeno e médio porte em comparação com grandes empresas e universidades.

Em meio a esse panorama, a Associação de Pequenos Empresários de Tóquio, que conta com cerca de 2,5 mil organizações associadas, afirmou ter recebido muitos pedidos de seus membros para que lançasse programas de inoculação conjunta. Segundo a entidade, o maior desafio enfrentado por essas companhias é assegurar trabalhadores de saúde. Apesar dos pedidos de ajuda da associação à sociedade médica, não houve muito progresso nesse sentido.

Outras questões incluem apurar com precisão o número de solicitantes para evitar o desperdício de imunizantes, e como cobrir os custos referentes aos locais de vacinação.

Um funcionário da associação declarou que lacunas no acesso às vacinas vão se aprofundar entre empresas maiores e menores. Ele disse que, em vez de esperar até que as condições sejam cumpridas, a entidade precisa agir visando criar condições para a entrega dos imunizantes, já que funcionários de empresas menores precisam ser inoculados porque muitos deles realizam trabalho in loco e não se encontram nos escritórios.

Estas informações são referentes ao dia 15 de junho.

253. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (3)

O governo começou a aceitar, no dia 8 de junho, inscrições de empresas e universidades para oferecer a vacina para o coronavírus. Hoje daremos uma olhada mais de perto no programa de inoculação que será oferecido pelas universidades.

No dia 4 de junho, o Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia formou uma equipe de intervenção composta por cerca de 40 membros, que contataram cerca de 800 universidades em todo o país para perguntar se gostariam de oferecer as vacinas. Autoridades do ministério informaram que irão dar suporte à proposta com o objetivo de lançar o programa em cerca de 20 universidades antes de abri-lo a outras faculdades.

A equipe foi inundada com questões por parte das universidades no dia 8 de junho, data em que começou a aceitar as inscrições para o programa. Algumas instituições perguntaram sobre o procedimento para fazer a inscrição, sobre equipamentos necessários e sobre quem poderá receber as inoculações. Algumas universidades que não possuem departamentos de medicina ou áreas relacionadas perguntaram como serão capazes de garantir profissionais de saúde com permissão para aplicar as vacinas uma vez que tenham o espaço necessário para servir de centro de vacinação.

De acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia, cerca de 40% das universidades do Japão possuem departamentos de medicina, enfermagem e odontologia. Autoridades da pasta estão buscando formas de permitir que estas universidades ofereçam ajuda às faculdades próximas. O ministério espera alavancar a taxa de inoculação entre as pessoas jovens utilizando as universidades como centros de vacinação. As autoridades também esperam tirar vantagem das férias de verão, já que acreditam que funcionários de jardim de infância, do ensino fundamental e médio, bem como de escolas para crianças com necessidades especiais também poderão ser vacinados nas universidades de sua região antes do início do novo semestre em setembro.

O ministério planeja ainda permitir que alunos que tenham programado estudar no exterior em escolas que exigem a vacina para a Covid-19 possam ser inoculados nas universidades antes de sua viagem. A pasta pretende emitir certificados de vacinação em inglês a estes alunos sob o nome do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia.

As informações foram atualizadas no dia 14 de junho.

252. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (2)

No Japão, os pedidos para que pessoas sejam vacinadas contra a Covid-19 em empresas e universidades tiveram início no dia 8 de junho. Na segunda parte de nossa série sobre vacinações em empresas e universidades, vamos falar sobre quando elas terão início.

O governo japonês pretende dar início às vacinações em empresas e universidades a partir do dia 21 de junho. Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho, e Bem-Estar Social, municípios onde a vacinação dos idosos está caminhando sem problemas poderão dar início às vacinações em tais locais antes mesmo daquela data. Instituições médicas que realizam as vacinações vão pedir aos municípios que cubram esses custos.

Informações sobre as pessoas que foram inoculadas – ou seja, quem foi vacinado, onde e quando - serão adicionadas ao Sistema de Registro de Vacinações do governo. Tablets dedicados especialmente para esta função serão fornecidos aos locais de vacinação, além das ampolas de vacinas e outros materiais. Médicos ou funcionários responsáveis usarão os tablets para inserir tais informações, como a data das inoculações e o número de injeções aplicadas, que serão então compartilhadas com os municípios onde moram as pessoas que forem vacinadas.

Um painel de especialistas do ministério diz que, para conter a disseminação do contágio, é necessário acelerar a vacinação em todo o Japão através de iniciativas como as vacinações em empresas, para que o maior número possível de pessoas possa ser inoculado.

Esta informação foi atualizada no dia 11 de junho.

251. Como são as vacinações planejadas por empresas e universidades? (1)

No Japão, os pedidos para que pessoas sejam vacinadas contra a Covid-19 em empresas e universidades tiveram início no dia 8 de junho. Quais são as diferenças entre as inoculações que serão realizadas nesses locais e as disponibilizadas pelos governos regionais? Nesta edição, vamos abordar essas questões.

O governo japonês espera acelerar o ritmo do programa de vacinação, ao mesmo tempo em que alivia os encargos sobre as municipalidades por meio da inclusão de empresas e universidades como locais de inoculação. As empresas e universidades devem providenciar os locais e as equipes médicas por conta própria para não prejudicar os esforços de vacinação empreendidos pelas municipalidades.

Estas, por sua vez, empregam a vacina desenvolvida pelas companhias farmacêuticas Pfizer e BioNTech. Por outro lado, as inoculações por empresas e universidades utilizarão o imunizante produzido pela Moderna. Uma das condições é que cerca de 1.000 pessoas devem ser vacinadas em cada local. As inoculações também devem ser completadas com duas doses para cada pessoa.

Antes do início das vacinações, as empresas e universidades devem receber um código correspondente ao local e assinar um contrato. Elas devem ainda digitar informações no “V-SYS”, um sistema desenvolvido pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social para o bom funcionamento do programa de inoculação. Incluem-se aí os nomes de médicos e do responsável por monitorar as vacinas e a quantidade necessária delas.

Os imunizantes devem ser estocados em freezers e mantidos a 20 graus centígrados negativos. O governo central afirmou que pode providenciar parte dos recursos ou fornecer apoio nos preparativos dessas medidas necessárias.

Estas informações são referentes ao dia 10 de junho.

250. Medidas antivírus pré-Jogos (3) — Necessidade de concentrações para treinos no país anfitrião

No dia 1º de junho, a seleção feminina de softbol da Austrália se tornou a primeira equipe de atletas estrangeiros a chegar ao Japão para os treinamentos visando a Olimpíada, desde que os Jogos de Tóquio foram adiados em um ano devido à pandemia do coronavírus. Na terceira parte da série sobre medidas contra infecções no período pré-Jogos, vamos analisar o motivo da existência das concentrações para treinos no país anfitrião dos eventos.

Equipes olímpicas e paralímpicas do exterior geralmente permanecem no país anfitrião dos Jogos por um período de tempo antes do início das competições. Trata-se de uma fase para que se recuperem da viagem e do fuso horário, bem como para que se acostumem com a comida e com o clima local.

Em 2016, atletas japoneses partiram com cerca de duas semanas de antecedência para a Olimpíada do Rio de Janeiro, e ficaram concentrados no próprio Brasil ou também nos Estados Unidos, onde o fuso horário é mais parecido com o da sede dos Jogos de então. A diferença de horário entre o Brasil e o Japão é de 12 horas.

Para os Jogos de Tóquio, 528 municípios de todo o Japão se registraram para ser cidades anfitriãs de equipes estrangeiras. Muitas municipalidades inclusive planejavam dar as boas-vindas às equipes durante a concentração pré-Jogos. No entanto, algumas equipes cancelaram suas concentrações, com o objetivo de reduzir riscos de infecção pelo coronavírus durante sua viagem e estada no Japão.

Segundo o Secretariado do Gabinete, várias centenas de equipes ainda pretendem ficar concentradas no período que antecede os Jogos. Alguns atletas devem começar a chegar em junho, mas a maioria provavelmente virá em julho.

As primeiras atletas a chegar, no dia 1º de junho, foram as cerca de 30 integrantes da equipe australiana de softbol, que estão concentradas na cidade de Ota, província de Gunma.

Autoridades municipais de Ota afirmam que todo o time e comissão técnica da equipe foram vacinados antes de virem ao Japão. Também estão realizando testes PCR todos os dias durante a estada na cidade. A não ser quando saem para os treinos, as atletas são solicitadas a permanecer no hotel o restante do tempo. As autoridades garantem que vão implementar medidas anti-infecção rigorosas e dar suporte ao time durante a permanência de 45 dias da equipe na cidade.

As informações são do dia 9 de junho.

249. Medidas antivírus pré-Jogos (2) — Medidas adotadas pelas cidades que recebem atletas olímpicos

No dia 1º de junho, a seleção feminina de softbol da Austrália se tornou a primeira equipe de atletas estrangeiros a chegar ao Japão para treinamentos visando a Olimpíada, desde que os Jogos de Tóquio foram adiados em um ano por causa da pandemia de coronavírus. Na nossa série sobre medidas anti-infecção, apresentamos, desta vez, as medidas requeridas pelas cidades que recebem atletas olímpicos.

O governo japonês delineou protocolos anti-infecção para municipalidades que abrigam competidores que chegam antes dos Jogos para a realização de treinamentos. Os protocolos ditam claramente que essas municipalidades são responsáveis, em parte, pelo recebimento de delegações estrangeiras.

Segundo os protocolos, caso as municipalidades estejam localizadas longe de aeroportos ou da Vila dos Atletas, elas devem providenciar voos fretados, traslado de trem-bala ou outro meio de transporte exclusivo. As delegações estrangeiras devem utilizar estações e aeroportos em horários e rotas distintos em relação ao público em geral.

Quando as seleções estrangeiras treinarem nas municipalidades que as abrigam, elas devem reservar os locais de treinamento para uso exclusivo e evitar de realizar práticas com moradores locais. Em suas acomodações, as delegações estrangeiras devem reservar totalmente andares ou prédios para evitar o contato com o lado de fora.

Com o objetivo de evitar infecções por variantes do vírus, atletas e representantes locais que podem manter contato com os competidores devem ser testados diariamente. Atividades de intercâmbio entre atletas e moradores locais devem ser realizados online para que eles não tenham contato direto entre si.

O governo central alocou cerca de 12,7 bilhões de ienes, ou 116 milhões de dólares aproximadamente, para que províncias cubram os gastos com medidas anti-infecção. No entanto, algumas municipalidades afirmam que isso é difícil, pois existem sérias restrições sobre atividades de intercâmbio e o ônus para a colocação de medidas em prática é pesado.

Estas informações são referentes ao dia 8 de junho.

248. Medidas antivírus pré-Jogos (1) — Período de autoisolamento para atletas

Na semana passada (1º de junho), a seleção feminina de softball da Austrália se tornou a primeira equipe de atletas estrangeiros a chegar no Japão para os treinos pré-Olímpicos desde que os Jogos de Tóquio foram adiados em um ano devido à pandemia do coronavírus. Em uma nova série que se inicia hoje, apresentamos as medidas anti-infecção nos locais de treino pré-Jogos.

Pessoas envolvidas tanto com a Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio, bem como com os eventos de teste, são obrigadas a serem testadas para o coronavírus antes de partir com destino ao Japão. Além disso, também é solicitado que façam um teste de antígeno ao chegarem nos aeroportos do país. Há também o pedido de que as pessoas respeitem um autoisolamento de 14 dias, a começar pelo dia seguinte ao da chegada.

No entanto, o governo japonês tem permitido que as restrições de quarentena sejam afrouxadas caso estejam sob “circunstâncias excepcionalmente especiais”. Atletas e treinadores podem começar suas atividades, tais como treinos, a partir do dia seguinte ao da entrada no Japão diante de certas condições, que incluem a realização de testes diários para o coronavírus por três dias, a partir do dia seguinte à chegada.

Para demais envolvidos que não sejam atletas nem treinadores, será necessário passar por autoisolamento de três dias antes de dar início às atividades. O comitê organizador dos Jogos de Tóquio afirma que, nesses casos, os testes serão realizados no terceiro, oitavo e décimo quarto dia após a chegada.

Segundo o comitê organizador, um total de 1.649 pessoas envolvidas com os Jogos de Tóquio e eventos-teste chegaram no Japão, provenientes de 83 países e regiões, entre os dias primeiro de abril e 16 de maio deste ano.

Cerca de 85%, ou 1.432 pessoas, tiveram o período de quarentena reduzido. Um técnico que participou de um evento teste de mergulho e um treinador de uma competição internacional de remo testaram positivo durante este período.

Independentemente dos períodos designados para autoisolamento, todos entrando no país estão proibidos de usar o transporte público por 14 dias e são solicitados a não deixar suas acomodações, a não ser que seja para comparecer aos treinos, aos locais de competição ou a outros locais de trabalho.

O comitê organizador afirma que, nos casos gerenciados pela entidade, foram enviados funcionários do comitê aos locais de acomodação. O comitê diz que não houve relatos de violações, tais como saídas sem autorização.

As informações são do dia 7 de junho.

247. Exames médicos preliminares antes da vacinação (4)

Esta é a 4ª edição da série sobre triagem médica antes do recebimento da vacina.

No Japão, as pessoas devem responder a um questionário, composto por 14 perguntas, antes de serem vacinadas. Explicamos cada um dos itens do questionário nas edições anteriores. Um médico irá determinar se a pessoa poderá ser vacinada ou não com base no questionário e na consulta.

O indivíduo poderá tomar a decisão final se irá receber ou não a dose após a checagem e explicação do médico, e a compreensão sobre os benefícios e efeitos colaterais da vacinação.

O questionário está escrito em japonês, mas o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social providenciou as traduções em inglês, português, chinês e francês, entre outras línguas. O ministério pede para tê-las como referência, se necessário, ao preencher o questionário. Há também panfleto explicativo sobre a vacina da Pfizer-BioNTech em vários idiomas.

As informações são referentes ao dia 4 de junho.

246. Exames médicos preliminares antes da vacinação (3)

Esta é a 3ª edição da série sobre triagem médica antes do recebimento da vacina.

No Japão, logo antes de ser vacinadas, as pessoas recebem um questionário em que são solicitadas a responder a 14 perguntas de forma afirmativa ou negativa. Nesta edição, falamos sobre as últimas sete perguntas.

Na pergunta 8, o indivíduo deve responder se sente algum tipo de mal-estar. Em caso positivo, é solicitado a explicar em detalhes o seu estado.

Na pergunta 9, deve responder se alguma vez sofreu ataque ou convulsão.

Na pergunta 10, se já teve graves sintomas de alergia, como anafilaxia, em consequência de medicamento ou alimentação. Se teve, deverá dar o nome do remédio ou do alimento causador da alergia.

A pergunta 11 indaga se a pessoa adoeceu alguma vez por ter sido vacinada. Em caso afirmativo, é o momento de informar o tipo de vacina e o estado enfermo em que se encontrou.

A pergunta 12, dirigida a mulheres, trata da possibilidade de estar grávida — por exemplo, se a menstruação está atrasada — ou se está amamentando.

Na pergunta 13, o indivíduo deve responder se recebeu algum tipo de vacina nas últimas duas semanas. Em caso afirmativo, deve informar o nome da vacina e a data da inoculação.

A pergunta 14 indaga se a pessoa tem alguma dúvida a respeito da vacinação naquele dia.

Amanhã, na próxima edição, vamos dar mais informações sobre triagem médica antes do recebimento da vacina.

Estas informações são referentes ao dia 3 de junho.

245. Exames médicos preliminares antes da vacinação (2)

Nesta edição, vamos apresentar a 2ª parte da série sobre exames médicos de triagem antes da vacinação.

As pessoas a serem vacinadas no Japão devem preencher um questionário de 14 perguntas antes da vacinação. Todas as perguntas devem ser respondidas com sim ou não. Vamos falar hoje sobre as sete primeiras perguntas.

A primeira delas é se você está sendo vacinado contra a Covid-19 pela primeira vez. Se já tiver sido vacinado antes, escreva a data de quando recebeu a(s) dose(s) anterior(es).

A segunda pergunta é se o município, cidade ou vila onde você tem o seu registro de residência é o mesmo indicado no cupom de vacinação.

A questão três pergunta se você leu as “Instruções para a vacina contra a Covid-19” e compreende o propósito e os efeitos colaterais da vacina.

A pergunta quatro é se você se enquadra em um dos grupos alvo de alta prioridade para vacinação. Caso se enquadre em um deles, você deve marcar a qual grupo pertence. Os grupos alvo de alta prioridade são profissionais de saúde, pessoas com 65 anos de idade ou mais, pessoas de 60 a 64 anos de idade e trabalhadores em instituições para a terceira idade. Pessoas com condições subjacentes devem escrever o nome da doença.

A pergunta cinco é se você tem qualquer doença ou está em tratamento médico ou medicamentoso. Se estiver sendo tratado ou medicado, indique no quadrado do nome da doença e no tipo de tratamento que está recebendo, ou escreva o nome da doença e seu tratamento se eles não constarem da lista.

A questão seis pergunta se o médico que está cuidando do seu tratamento disse se você pode ser vacinado nesse dia.

E na questão número sete, é perguntado se você teve febre ou ficou doente nos últimos trinta dias. Se a resposta for afirmativa, você deve escrever o nome da doença.

Amanhã, vamos falar sobre as outras sete perguntas da lista.

Estas informações são referentes ao dia 2 de junho.

244. Exames médicos preliminares antes da vacinação (1)

Nesta edição, vamos apresentar a 1ª parte da nossa série sobre exames médicos preliminares antes da vacinação.

No Japão, qualquer um que deseje ser vacinado precisa passar por exames preliminares. A pessoa deve preencher um questionário e responder a perguntas sobre o seu atual estado de saúde e as doenças que contraiu anteriormente. O médico encarregado examinará o questionário e decidirá se a pessoa pode ou não ser vacinada.

Primeiramente, é preciso preencher o nome completo, endereço, número telefônico, data de nascimento e sexo, além da temperatura corporal medida antes do exame. Em seguida, deve-se responder a 14 perguntas com sim ou não.

O questionário é em japonês. No entanto, versões em idiomas estrangeiros encontram-se disponíveis no site do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social na internet e podem ser consultadas ao preencher o formulário.

Na próxima edição, vamos fornecer algumas informações sobre o conteúdo das perguntas que constam no questionário.

Estas informações são referentes ao dia 1º de junho.

243. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (8)

Hoje apresentamos o 8º episódio da nossa série sobre as razões para o atraso no programa de vacinação no Japão.

Um ex-funcionário de alto escalão do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão descreve os esforços do país para desenvolver nacionalmente vacinas para o coronavírus como em desvantagem desde o início. Segundo a autoridade, o povo japonês se tornou cada vez mais desconfiado em relação a vacinas em geral ao longo das últimas décadas, em grande parte devido a riscos à saúde causados por programas de inoculação no passado. O funcionário afirma que algumas empresas farmacêuticas japonesas se retiraram dos esforços de desenvolvimento de vacinas em decorrência dos altos riscos de litígio e de problemas associados à necessidade de controle de temperatura de vacinas e à curta duração do seu período de preservação. Disse ainda que as fabricantes domésticas parecem estar perdendo para suas competidoras em termos de recursos humanos e competência tecnológica.

Até o momento, quatro empresas japonesas começaram testes clínicos de suas vacinas para o coronavírus, com algumas delas tendo a expectativa de receber a aprovação do governo antes do final deste ano.

O Japão enfrenta diversos desafios para garantir as doses. No entanto, o governo japonês mantém que o país não está necessariamente tão atrasado em relação a outros países onde a situação do vírus é similar à do Japão – quando a comparação é feita em termos do número de doses de vacinas garantidas até o momento.

As informações foram atualizadas no dia 31 de maio.

242. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (7)

Nesta edição, apresentamos a 7ª parte da nossa série sobre os motivos por trás da lenta campanha de vacinação no Japão.

A discrepância entre o Japão e outros países no que se refere ao desenvolvimento das vacinas está aumentando cada vez mais. O fato pode ser atribuído ao sistema de apoio oferecido por governos de outras nações a empresas que tentam desenvolver um produto farmacêutico que pode não ser lucrativo, mas que seria importante para o país.

Kunishima Hiroyuki, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Santa Marianna, cita os exemplos do Reino Unido e da Suécia. Os governos desses países iniciaram um sistema que fornece um montante de apoio financeiro a companhias que desenvolvem antibióticos, dos quais não se esperam grandes vendas. Essas nações têm um mecanismo que oferece auxílio governamental ativo para tratamentos médicos ligados à segurança nacional.

Além disso, especialistas citam, como outro motivo, um modo de pensar diferente das pessoas em relação às vacinas. Eles manifestaram também temores sobre a maneira como a mídia tem divulgado as matérias.

Sakamoto Haruka, pesquisadora de projeto na Pós-Graduação de Medicina da Universidade de Tóquio, diz que basicamente muitos japoneses mantêm um sentimento persistente de "hesitação em relação às vacinas".

A imprensa também tem disseminado essa mentalidade em suas notícias. Sakamoto afirmou que isso tem criado um ambiente em que muitas pessoas se tornam extremamente cautelosas em ser vacinadas em comparação com outros países.

As informações são referentes ao dia 28 de maio.

241. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (6)

Nesta edição, apresentamos a 6ª parte da nossa série sobre os motivos por trás da lenta campanha de vacinação no Japão.

Diversos especialistas com quem conversamos nos disseram que uma das razões por trás do atraso é que o Japão ainda não desenvolveu uma vacina nacional contra o coronavírus.

O professor Ishii Ken, do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Tóquio, afirmou que o desenvolvimento moroso da vacina é devido a uma combinação de fatores, que inclui o apoio insuficiente do governo. Ele disse que se trata de um problema profundamente enraizado. Atualmente, Ishii desenvolve uma vacina de mRNA em conjunto com uma companhia farmacêutica japonesa.

Segundo o professor, no começo de 2020, os governos dos Estados Unidos e de países europeus gastaram o equivalente a trilhões de ienes em orçamentos para o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, ao passo que o Japão desembolsou cerca de 10 bilhões de ienes por volta da mesma época. Ishii Ken declarou que isso resultou em uma enorme disparidade no progresso do desenvolvimento. Ele disse que, nos Estados Unidos e na Europa, os governos apoiaram totalmente os projetos de vacinas, ajudando os desenvolvedores a garantir instalações para a realização de testes clínicos e fábricas para a produção em massa. Ele também disse que as autoridades regulatórias cooperaram para acelerar o processo de triagem ao dar início à avaliação enquanto os imunizantes ainda estavam sendo desenvolvidos. Ishii afirmou que, no entanto, o governo japonês não adotou nenhuma dessas medidas em caráter extraordinário.

O professor declarou que o governo japonês não foi capaz de entender que o desenvolvimento emergencial de vacinas para doenças infecciosas possui um significado em termos de segurança nacional e diplomacia. Ele acrescentou que, desde 20 anos atrás, o Japão ficou muito para trás em relação aos Estados Unidos e à Europa em pesquisa básica sobre surto de infecções.

Estas informações são referentes ao dia 27 de maio.

240. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (5)

Hoje apresentamos a 5ª parte da série sobre os motivos por trás da lenta campanha de vacinação no Japão.

Vacinas geralmente são ministradas a uma vasta gama de pessoas, por isso a obtenção do aval para os imunizantes deve ser conduzida de forma cuidadosa. Não basta simplesmente dizer que a vacina deveria ser aprovada rapidamente no Japão por já ter sido autorizada em outros países. Por outro lado, existe a opinião de que a simplificação do processo de experimentos clínicos internos deve ser considerada, caso resultados de testes conduzidos no exterior incluam dados suficientes sobre asiáticos.

A questão é como equilibrar cautela e celeridade em meio à crise. O governo afirma que deu início à campanha de vacinação inicialmente quando o fornecimento dos imunizantes ainda estava limitado. Mas afirma que o problema está sendo resolvido desde maio, e que não há previsão de grandes preocupações a respeito das inoculações futuras. As municipalidades agora enfrentam a tarefa de implementar uma campanha de vacinação adequada e o governo nacional pretende apoiar esses esforços.

Cada fase — da aprovação, à distribuição, às inoculações — apresenta suas próprias características e desafios. Mas se analisarmos fases anteriores, surgem questões ainda maiores. No próximo episódio da série sobre a campanha tardia do Japão, vamos examinar o desenvolvimento de vacinas no país.

As informações são do dia 26 de maio.

239. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (4)

Hoje apresentamos a 4ª parte de nossa série sobre as razões da lentidão na campanha de vacinação do Japão.

Dados de um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, entre outros, mostram que, no dia 11 de maio, 63% da população de Israel tinha recebido pelo menos uma dose de vacina. No Reino Unido, a taxa era de 52% e nos Estados Unidos 46%, enquanto no Japão a porcentagem é de 2,91%. Entre os países e regiões incluídos nos dados, o Japão ficou em 131º lugar.

No Reino Unido, o programa de inoculação com a vacina da Pfizer/BioNTech teve início em dezembro. O Japão iniciou seu programa dois meses depois. O que causou esta diferença?

A Pfizer deu entrada no pedido de aprovação para o uso de sua vacina no Japão em dezembro. Testes clínicos da vacina já haviam sido realizados em outros países. Contudo, testes adicionais foram realizados em 160 pessoas no Japão para observar os dados relativos a japoneses. Por isso, o país teve de esperar até saírem os resultados desses testes adicionais.

Segundo um funcionário do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão que está envolvido no programa de vacinação, se o Japão tivesse deixado de realizar os testes clínicos no país, a vacinação teria procedido mais rapidamente. O funcionário disse que os testes clínicos foram um dos fatores que atrasaram o processo de vacinação do Japão.

Contudo, este mesmo funcionário observou que naquela altura não havia informações suficientes sobre efeitos colaterais da vacina em nenhuma parte do mundo. Segundo o funcionário, se a aprovação apressada das vacinas resultasse em um nível inesperado de casos sérios de efeitos colaterais, isto prejudicaria o processo.

O funcionário acrescentou que os testes clínicos no Japão também foram resultados de debates no parlamento, concluindo que foi correto realizar os testes adicionais no Japão, enquanto esperavam para ver o resultado da vacinação em outros países.

Esta informação refere-se ao dia 25 de maio.

238. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (3)

Hoje apresentamos a 3ª parte da série sobre as razões da lentidão na campanha de vacinação do Japão.

Alguns especialistas mencionam a falta de um sistema unificado nacionalmente para administrar as vacinações como a razão do problema. No Japão, a maior parte do trabalho recai sobre os governos provinciais ou municipais pois, diferentemente de outros países, não há uma estrutura centralizada para o registro do histórico de vacinação dos cidadãos, nem acerca dos devidos procedimentos.

Governos locais são os responsáveis por escolher quem será elegível para receber as inoculações com base no registro de residentes e, então, enviar-lhes cupons de vacinação. Indivíduos que receberem os cupons devem fazer uma reserva por telefone ou pela internet, comparecer ao local onde são ministradas as doses, entregar o cupom e, por fim, receber a vacina.

O professor Saito Akihiko, da Universidade de Niigata, já foi pesquisador em diversas instituições americanas e participou de projetos de vacinação nos Estados Unidos. Ele afirma que o maior problema no Japão é que o governo nacional designou todo o trabalho a ser feito pelas administrações provinciais ou municipais. Segundo o especialista, apesar de o país estar atualmente em estado de emergência, o governo japonês tem lidado com a campanha de vacinação contra a Covid-19 da mesma forma como fez, por exemplo, com as doses de reforço da vacina da rubéola. Saito diz que o governo nacional deveria ter simplificado o processo, por meio do uso do sistema de identidade nacional “My Number”, mas não fez nenhum preparativo nesse sentido.

Analistas afirmam que contabilizar o registro de vacinação de cidadãos por meio de um sistema digital permitiu que alguns países saíssem à frente na corrida da inoculação contra a Covid-19. Especialistas insistem que o Japão precisa de um sistema parecido, mas o governo nacional ainda não chegou a criá-lo.

As informações são do dia 24 de maio.

237. Japão inicia agendamento para vacinação nos centros de Tóquio e Osaka (3) — Quais são os procedimentos?

O governo do Japão começou, na segunda-feira (17), a receber inscrições para inoculação em centros de vacinação em grande escala, que serão abertos no dia 24 em Tóquio e em Osaka. Podem se inscrever idosos residentes da capital japonesa e de três províncias adjacentes, assim como de Osaka e de duas províncias vizinhas. Nesta terceira edição sobre o assunto, informaremos sobre como a vacinação do governo central é diferente dos programas operados por governos locais em termos de procedimentos que as pessoas devem seguir para serem vacinadas.

Os centros de vacinação estabelecidos pelo governo central em Tóquio e em Osaka são operados por um sistema independente, e são totalmente diferentes dos programas de vacinação oferecidos por governos locais.

Isso significa que as pessoas qualificadas podem ser vacinadas tanto nos centros operados pelo governo central quanto nos locais determinados pelos programas de governos regionais. A decisão deve ser tomada por cada pessoa a ser imunizada.

Contudo, as pessoas que já foram vacinadas uma vez por meio de programas de governos locais não poderão agendar nos centros de vacinação do governo central.

Os dois sistemas de reserva não estão relacionados. Assim, se uma pessoa fizer inscrições tanto nos centros estabelecidos pelo governo central quanto local, ela deve cancelar uma delas.

Poderá haver pessoas que apresentem dificuldades em efetuar inscrição por conta própria. Nesse caso, é aconselhável elas pedirem a seus familiares, parentes ou amigos para concluir procedimentos usando os números impressos nos cupons de vacinação fornecidos pelas municipalidades onde residem.

Já a Agência de Assuntos do Consumidor está alertando sobre fraudes envolvendo vacinação. Os centros da agência em todo o país estão recebendo inúmeros relatos de chamadas telefônicas suspeitas tentando obter informações sobre condições financeiras, entre outras, dizendo que estão oferecendo serviços para ajudar as pessoas a fazerem inscrição para imunização.

Estas informações são referentes ao dia 21 de maio.

236. Japão inicia agendamento para vacinação nos centros de Tóquio e Osaka (2) — Qual é o cronograma?

O governo do Japão começou segunda-feira (17) a receber inscrições para inoculação em centros de vacinação que serão abertos no dia 24 em Tóquio e Osaka. Podem se inscrever moradores da capital japonesa e de três províncias vizinhas, assim como de Osaka e duas províncias vizinhas. Nesta segunda edição sobre o assunto informamos o cronograma de agendamento da inoculação.

A vacinação nos centros será realizada ao longo de três meses — do dia 24 de maio ao fim de agosto. O seguinte cronograma foi definido para agendamento até 6 de junho. Poderão agendar a vacinação pessoas com 65 anos ou mais. Para evitar o risco de transtornos por acessos excessivos ao site de inscrição, o agendamento da vacinação na primeira semana, correspondente a 17 de maio, segunda-feira, ficará limitado a idosos moradores dos 23 distritos de Tóquio e da cidade de Osaka. A abrangência será ampliada gradualmente até incluir, a partir de 24 de maio, idosos que residam na totalidade da capital japonesa e da província de Osaka. Em datas a partir do dia 31 do mesmo mês poderão agendar idosos que residam em três províncias vizinhas a Tóquio — Saitama, Kanagawa e Chiba —, assim como os de Osaka e das vizinhas Kyoto e Hyogo.

Já não é mais possível o agendamento para o período entre 24 e 30 de maio em Tóquio e na cidade de Osaka.

Idosos que habitem estas regiões, mas não disponham de atestado de residência poderão agendar após este período, a partir de 7 de junho. Os organizadores cogitam de pedir aos interessados que confirmem a condição de moradores com a apresentação do cupom de vacinação e de correspondência com o endereço de moradia.

O agendamento da aplicação da primeira dose nos centros de vacinação do governo nacional será possível somente pela internet. A data de recebimento da segunda dose será comunicada no próprio local de recebimento da primeira.

Estas informações são referentes ao dia 20 de maio.

235. Japão inicia agendamento para vacinação nos centros de Tóquio e Osaka (1) — O que devemos fazer para poder ser vacinado?

O governo japonês começou na segunda-feira (17) a receber reservas para a inoculação nos centros de vacinação que devem começar a operar em Tóquio e Osaka no dia 24 de maio. Os centros são destinados a residentes de Tóquio e de três províncias vizinhas, assim como de Osaka e duas províncias vizinhas. Nesta edição, apresentamos informações sobre o que deve ser feito para poder ser vacinado nesses centros.

Para fazer a reserva, o interessado deve possuir o cupom de vacinação enviado pelo governo municipal do local em que reside. As reservas só podem ser feitas através da internet. O interessado deve acessar o website de reservas e digitar a data e ano de nascimento, o número do cupom e outras informações.

A vacinação de pessoas com 65 anos de idade ou mais começou em abril em alguns municípios. Alguns governos locais, no entanto, têm dado prioridade a pessoas com maiores riscos de saúde. Por exemplo, algumas prefeituras só enviaram cupons para pessoas com 75 anos de idade ou mais até o momento.

Pessoas com idade entre 65 e 74 anos residentes nesses municípios não podem fazer reserva para vacinação nos centros por enquanto, apesar de serem elegíveis. As autoridades do Ministério da Defesa, órgão responsável pela operação dos centros de vacinação, dizem que lamentam pela situação dessas pessoas, mas que não podem receber reservas sem o número do cupom porque o governo necessita controlar o registro da vacinação através desses números.

Entretanto, o governo avisa que existe a possibilidade de que algumas pessoas façam reservas duplicadas, uma na clínica local em que costumam ser atendidas e outra no centro de vacinação. As autoridades dizem que como não há um dispositivo de verificação no local para evitar que isso ocorra, pedem que nesses casos as pessoas cancelem uma das reservas, para que não haja desperdício de doses da vacina.

Estas informações são referentes ao dia 19 de maio.

234. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (2)

Nesta edição, apresentamos a 2ª parte da nossa série sobre os motivos do atraso no programa de vacinação contra o coronavírus no Japão.

Certos especialistas culpam esse atraso ao método do governo central de distribuir vacinas às municipalidades locais. Em princípio, o governo decidiu distribuir equitativamente os imunizantes a todas as províncias do país. Aparentemente, trata-se de um modo justo de ganhar a confiança pública. No entanto, certos especialistas dizem que esta ideia também gerou alguns deméritos.

Segundo o professor Nakayama Tetsuo, da Universidade Kitasato, como a distribuição é equitativa, apenas um pequeno número de doses é entregue a cada municipalidade local. Ele diz que governos regionais precisam proceder com seus programas de vacinação com uma pequena quantidade de doses recebida. Para Nakayama, trata-se da primeira experiência nesse sentido para os governos regionais; e, caso eles não saibam quando e quantas doses receberão, será difícil efetuar preparativos, como, por exemplo, assegurar pessoal médico.

Outros especialistas também apontaram que a prioridade deveria ser dada às áreas de alto risco, já que a situação das infecções difere de região para região. Eles acreditam que, embora isso vá contra a ideia de imparcialidade, o programa de vacinação avançaria com mais eficiência.

Estas informações são referentes ao dia 18 de maio.

233. Qual é o motivo do atraso no programa de vacinação no Japão? (1)

Países de todo o mundo vêm dando continuidade a seus programas de vacinação para o coronavírus. Alguns países já vacinaram cerca de metade de sua população, enquanto no Japão apenas uma pequena porcentagem da população foi inoculada. Hoje, trazemos o 1º episódio da série sobre os motivos para o atraso da campanha de vacinação contra o coronavírus no Japão.

A cidade de Kyoto começou a vacinação de seus cidadãos idosos no dia 11 de maio. As pessoas foram solicitadas a reservar um horário para receber a vacina, ligando para seus médicos de família. No entanto, isto causou uma enxurrada de ligações para as clínicas. Muitas pessoas também visitaram as clínicas para tentar fazer a reserva. Em uma delas, cerca de 100 pessoas chegaram a formar uma fila mesmo antes do seu horário de funcionamento para tentar a reserva.

Em dezembro do ano passado, o governo japonês decidiu que as cidades deveriam ser as responsáveis pelos programas de vacinação, que deveriam ser baseados nas leis relevantes. Como resultado, o cronograma de inoculação e os métodos para reserva diferem em cada municipalidade, com diversos procedimentos diferentes. Autoridades enfrentam dificuldades para identificar a melhor estratégia.

Os municípios também estão tendo dificuldades em garantir um número suficiente de médicos e enfermeiros. Algumas pessoas estão criticando o governo, dizendo que ele está deixando todo o ônus cair sobre as autoridades locais.

As municipalidades também sofreram com a falta de informação sobre o tempo de entrega e a quantidade das doses que seriam alocadas a cada local. Sem tal informação, as autoridades não puderam organizar o cronograma de vacinação com antecedência.

Uma autoridade de um distrito de Tóquio comentou sobre os problemas por quais passam muitos dos municípios. De acordo com esta autoridade, considerando o estado de confusão em relação à inoculação de idosos, é difícil imaginar como lidar com a situação quando o programa de inoculação for expandido para um grande número da população geral. Ele disse que os municípios devem adotar certas medidas, como estabelecer metas para a inoculação de acordo com o número final de cupons de vacinação, ao invés de aceitar reservas de quem chegar primeiro. No entanto, disse que procedimentos extremamente detalhados também levam a um atraso da campanha de imunização e que, portanto, é difícil chegar a um meio-termo apropriado.

Estas informações foram atualizadas no dia 17 de maio.

232. Como é a variante do coronavírus descoberta na Índia? (2)

Hoje, apresentamos a 2ª parte da nossa série sobre uma variante do vírus encontrada primeiramente na Índia.

A Organização Mundial da Saúde diz que a variante descoberta na Índia foi detectada em 49 países e territórios, segundo dados até o dia 11 de maio. A lista inclui os Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Japão.

Segundo a OMS, a variante indiana apresenta três principais mutações — L452R, P681R e E484Q —, ou as duas primeiras excluindo a última.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, entre outros, afirmam que uma variante do coronavírus com a mutação L452R é dita como sendo cerca de 20 por cento mais transmissível do que cepas anteriores. A variante está se disseminando principalmente no estado americano da Califórnia.

Entretanto, os pesquisadores citam que não se sabe se a variante é, de fato, mais contagiosa do que outras cepas, salientando a necessidade de estudos contínuos.

Não é raro o novo coronavírus registrar duas ou mais mutações. O ponto é se essas mutações afetam a patogenicidade do vírus.

Por exemplo, a variante primeiramente detectada no Reino Unido, que vem se propagando em áreas como a região japonesa de Kansai, possui ao menos 5 mutações em uma proteína spike.

Acredita-se que uma das mutações, a N501Y, torne o vírus mais contagioso, aumentando preocupações.

As variantes do coronavírus identificadas na África do Sul e no Brasil também apresentam mutações múltiplas, a N501Y e também a E484K, sendo que esta última pode reduzir os níveis do sistema imunológico.

As informações são referentes ao dia 14 de maio.

231. Como é a variante do coronavírus descoberta na Índia? (1)

Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 10 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que informações sugerem a alta transmissibilidade da variante do coronavírus primeiramente detectada na Índia. A OMS mudou sua classificação do vírus de “variante de interesse” para “variante de preocupação”, e vai reforçar sua monitoração. Nesta edição, vamos saber mais a respeito da variante identificada pela primeira vez na Índia.

Desde abril, a Índia tem registrado um aumento explosivo de casos de infecção pelo coronavírus. A alta é atribuída a esta variante e também a aglomerações de pessoas em festivais religiosos e manifestações políticas, além da falta de medidas anti-infecção suficientes, como, por exemplo, o distanciamento social.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a variante indiana tem as mutações-chave L452R, P681R e E484Q ou as duas primeiras excluindo a última.

As mutações compartilham as mesmas mudanças na composição do aminoácido da chamada proteína spike. Tais mutações são capazes de tornar o vírus mais transmissível e provocar o enfraquecimento da imunidade. Pesquisas mais aprofundadas sobre a variante estão sendo realizadas atualmente.

Em 7 de maio, autoridades sanitárias britânicas declararam que, embora a variante da Índia aparente ter o mesmo nível de transmissibilidade da variante descoberta no Reino Unido, não foi encontrada nenhuma evidência de que a variante provoque casos mais sérios ou que tenha alguma influência na eficácia das vacinas.

Estas informações são referentes ao dia 13 de maio.

230. Informações sobre vacinas (54) – Comparação entre as vacinas da Pfizer e da Moderna (5)

Atualmente, observamos as semelhanças e diferenças entre as vacinas desenvolvidas pelas companhias farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna. Nesta edição, vamos focar sobre os efeitos colaterais em potencial.

O grupo de estudos do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão relatou os seguintes dados sobre a vacina da Pfizer na reunião do dia 30 de abril do painel de especialistas do ministério sobre os efeitos colaterais da vacina.

O relato diz que entre as pessoas que receberam a primeira dose da vacina, 23,2% sentiram fadiga, enquanto o número foi de 69,6% entre as pessoas que receberam a segunda dose. Os dados mostram que 21,2% tiveram dor de cabeça depois da primeira dose, e 53,7% tiveram o mesmo efeito colateral depois da segunda dose. Ainda, 3,3% dos vacinados relataram terem tido febre de 37,5 graus ou mais depois da primeira dose. O número foi de 38,4% para pessoas que receberam a segunda dose.

Quanto à vacina da Moderna, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) divulgaram resultados de testes clínicos envolvendo pessoas entre 18 e 64 anos de idade.

Os resultados dizem que 38,5% das pessoas sentiram fadiga depois da primeira dose, enquanto o número foi de 67,6% para pessoas que tiveram a segunda dose. Os dados mostram que 35,4% dos vacinados sentiram dores de cabeça depois da primeira dose, e 62,8% depois da segunda dose. Eles dizem ainda que 0,9% das pessoas vacinadas relataram terem tido febre depois da primeira dose, enquanto o número foi de 17,4% depois da segunda dose.

Estas informações são referentes ao dia 12 de maio.

229. Informações sobre vacinas (53) – Comparação entre as vacinas da Pfizer e da Moderna (4)

Atualmente, observamos as semelhanças e diferenças entre as vacinas desenvolvidas pelas companhias farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna. Nesta edição, vamos focar na eficácia desses imunizantes contra as variantes do coronavírus.

Foi descoberto que ambas as vacinas são altamente eficazes contra a variante identificada pela primeira vez no Reino Unido e que está se disseminando rapidamente no Japão e em outros países.

Segundo um paper publicado pela Pfizer, BioNTech e outras, um experimento laboratorial mostrou que o imunizante da Pfizer/BioNTech é tão eficaz na neutralização das variantes descobertas pela primeira vez no Reino Unido e Brasil, como na das cepas anteriores. Fala-se também que a vacina protege suficientemente bem contra a variante encontrada pela primeira vez na África do Sul, embora seja menos eficaz.

A Pfizer afirma que o imunizante provou ser altamente eficaz em Israel, onde a variante do Reino Unido estava se alastrando. Diz ainda que os resultados de um teste clínico na África do Sul sugeriram que a vacina oferece proteção suficiente contra a variante primeiramente detectada no país.

De acordo com um paper publicado pela Moderna e outros, um experimento laboratorial mostrou que o imunizante da Moderna funciona bem de igual maneira contra a variante do Reino Unido, como também contra cepas anteriores. No entanto, para a variante da África do Sul, a quantidade de anticorpos neutralizantes criados pela vacina caiu para um sexto dos níveis encontrados em cepas anteriores, e para cerca de um terço em relação à variante do Brasil. Mesmo assim, a Moderna diz que os níveis ainda são suficientes para proteger contra as variantes.

Estas informações são referentes ao dia 11 de maio.

228. Informações sobre vacinas (52) – Comparação entre as vacinas da Pfizer e da Moderna (3)

Em edições anteriores, apresentamos as diferenças e semelhanças entre as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna, ambas companhias farmacêuticas americanas. Hoje vamos falar sobre a eficácia de cada uma delas.

Tanto a vacina da Pfizer quanto a da Moderna foram comprovadamente consideradas altamente eficazes em experimentos clínicos. Além disso, a eficácia também foi constatada entre pessoas que foram inoculadas com os imunizantes. De acordo com um artigo compilado com base em resultados de experimentos clínicos, a vacina da Pfizer reduz o risco de desenvolver sintomas do coronavírus em 95%.

Segundo um estudo que analisa os resultados do programa de vacinação de Israel – que ostenta uma das campanhas de imunização mais rápidas do mundo – o imunizante da Pfizer reduz o risco de desenvolvimento de sintomas em 94%. Também reduz o surgimento de sintomas graves em 92% e as chances de infecção, incluindo casos assintomáticos, igualmente em 92%.

A vacina da Moderna reduz o risco de aparecimento de sintomas em 94,1%, de acordo com um estudo que inclui resultados de experimentos clínicos.

As informações são do dia 10 de maio.

227. Informações sobre vacinas (51) – Comparação entre as vacinas da Pfizer e da Moderna (2)

A série atual fala sobre as diferenças e características em comum das vacinas. Nesta edição, vamos dar enfoque à maneira de armazenar os imunizantes da grande farmacêutica americana, Pfizer, e da Moderna, também dos Estados Unidos.

Ambas as vacinas estão baseadas em uma substância que contém informação genética denominada RNA mensageiro ou mRNA. Nessas vacinas, apesar de o mRNA estar envolvido por uma fina camada de lipídio, ele é instável, podendo ser destruído facilmente. Por causa disso, é necessário um controle rigoroso para o armazenamento desses imunizantes.

Inicialmente, a Pfizer dizia que a vacina tinha que ser mantida em congeladores a uma temperatura entre -90 e -60 graus Celsius. Contudo, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão amenizou a medida com base em novos dados submetidos pela Pfizer, e diz que a vacina pode ser mantida a uma temperatura entre -25 e -15 graus por até 14 dias. Quando for descongelado para a aplicação do imunizante, a dose tem de ser mantida em refrigeradores entre 2 e 8 graus, e usada dentro de 5 dias.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a vacina da Moderna deve ser conservada em congeladores a uma temperatura entre -50 e -15 graus. Em instituições médicas, pode ser guardada em refrigeradores com a temperatura entre 2 e 8 graus, podendo ser mantida por até 30 dias. A vacina tem de estar, por exemplo, à temperatura ambiente antes da aplicação. As ampolas que não tiverem sido abertas podem ser armazenadas à temperatura ambiente entre 8 e 25 graus, por um período de até 24 horas antes de aplicar a dose.

As informações são referentes ao dia 7 de maio.

226. Informações sobre vacinas (50) – Comparação entre as vacinas da Pfizer e da Moderna (1)

O governo japonês firmou contrato para o recebimento de vacinas das farmacêuticas americanas Pfizer e Moderna e do laboratório britânico AstraZeneca. As vacinas desenvolvidas por Pfizer–BioNTech e pela Moderna baseiam-se no RNA mensageiro, um tipo de material genético. São as chamadas vacinas do RNA mensageiro ou simplesmente vacinas mRNA. Nesta edição tratamos de diferenças e características comuns entre as vacinas. As informações são do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e das próprias companhias farmacêuticas.

As duas vacinas são aplicadas por injeção intramuscular, técnica na qual a substância é injetada nos músculos, abaixo da gordura subcutânea. A agulha é introduzida em ângulo reto na parte superior do braço, perto do ombro do indivíduo.

No Japão, injeções hipodérmicas feitas entre a pele e o músculo são usadas na aplicação de algumas vacinas, como a da influenza. Considera-se a absorção pelo organismo de vacinas aplicadas por injeção intramuscular mais rápida do que as aplicadas por injeção hipodérmica.

A vacina da Pfizer compõe-se de duas doses, e a aplicação da segunda é feita em geral três semanas depois da primeira. A da Moderna também se compõe de duas doses, e a aplicação da segunda é feita em geral quatro semanas depois da primeira.

Esta informação foi atualizada no dia 6 de maio.

225. Como manter a sanidade durante estado de emergência?

O estado de emergência foi declarado no domingo, dia 25 de abril, para Tóquio e 3 outras províncias. O governo está pedindo à população nessas regiões que evite saídas não essenciais. Contudo, ficar em casa o dia inteiro não é bom para a saúde, tanto mental quanto física. Perguntamos a um especialista sobre o que podemos fazer em relação a essa questão.

Durante uma entrevista coletiva realizada em 23 de abril, o chefe do painel de especialistas do governo japonês, Omi Shigeru, pediu à população nas regiões em estado de emergência que evite sair de casa, a menos que seja absolutamente necessário, de forma a diminuir o contato entre as pessoas o tanto quanto possível.

Entretanto, ele sugeriu também a prática de atividades de baixo risco de infecção que possam ser realizadas ao ar livre para manter a saúde física e mental. Elas incluem esportes que não envolvem muita gente, como jogging e tênis. Fazer caminhada ou compras também é bom, desde que não seja em horários ou locais em que há aglomerações.

O professor da Universidade Daito Bunka, Nakashima Kazutoshi, especialista em doenças infecciosas, diz que atividades ao ar livre de baixo risco de infecção são recomendáveis para nos revigorarmos física e mentalmente. Ele afirma que não há necessidade de evitar sair de casa por completo, e pede às pessoas em áreas sob estado de emergência que façam caminhada ou jogging na vizinhança. O professor recomenda também a prática de esportes como tênis, mas somente se a atividade não envolver muitas pessoas ou causar aglomeração.

Nakashima afirma também que as pessoas acabam tendo pouca comunicação quando evitam encontros com o intuito de reduzir o risco de infecção pelo vírus. Ele adverte que isso pode prejudicar a nossa saúde mental, e pede para contatar, com mais frequência do que normal, familiares que moram longe, por telefone por exemplo, mesmo que não haja assuntos em especial para conversar.

As informações são referentes ao dia 30 de abril.

224. 80% dos óbitos ocorreram depois de dezembro

Tóquio e outras três províncias no Japão estão sob o terceiro estado de emergência desde o dia 25 de abril. Isso se deve à grave situação das infecções no país. O número de óbitos causados pela Covid-19 no Japão superou a marca de 10.000 na segunda-feira (26). Cerca de 80% das vítimas faleceram desde dezembro do ano passado. Conversamos com um especialista sobre a razão desse aumento abrupto.

Takeda Shinhiro, chefe da ECMOnet que estuda o tratamento de pacientes com sintomas graves de coronavírus, disse que infelizmente quando o número de pessoas infectadas com o vírus aumenta, o número de óbitos também aumenta. Ele disse que um grande número de pessoas foi infectado na terceira onda em comparação com as ondas anteriores, e o número de óbitos aumentou proporcionalmente. E como há um intervalo de tempo entre o momento que um paciente fica gravemente doente e o momento em que ele vem a falecer, se presume que o impacto da quarta onda que está ocorrendo agora vai ser refletido mais tarde.

Takeda, que é médico, disse que a qualidade de tratamento do Japão, com o uso de ventiladores pulmonares e máquinas de oxigenação extracorpórea ECMO, é de excelência. No entanto, é pressuposto que os profissionais da área médica sejam capazes de lidar com a situação.

O médico disse que os dados de vários países mostram claramente que a taxa em que as vidas são salvas cai quando os serviços médicos estão sobrecarregados. A disseminação das variantes do coronavírus parece estar por trás do aumento no número de pacientes relativamente mais jovens, nas faixas dos 40 e 50 anos, que estão ficando gravemente doentes.

Ele disse que há uma preocupação crescente de que o número de óbitos deva aumentar, principalmente na região de Kansai na região oeste do Japão, onde a situação médica está sob pressão. Takeda disse ainda que é de extrema importância reduzir o número de pessoas que são infectadas para manter o nível de tratamento médico do Japão.

Esta informação foi atualizada no dia 28 de abril.

223. Que tipo de pessoas estão morrendo no Japão, e quando elas morreram?

Tóquio e três outras províncias do Japão encontram-se desde domingo, dia 25 de abril, sob o terceiro estado de emergência, decretado devido à séria situação de contágio no país. Na segunda-feira, o número de mortes por Covid-19 no Japão ultrapassou a marca de 10 mil pessoas. Cerca de 80% dessas vítimas morreram desde dezembro do ano passado. A pergunta de hoje é: pessoas de que faixa etária estão morrendo devido à Covid-19, e quando?

No dia 13 de fevereiro do ano passado, uma mulher na faixa dos 80 anos morreu de infecção do coronavírus na província de Kanagawa, a primeira morte de Covid-19 no Japão. Até o dia 8 de abril de 2020 o total de mortes já tinha ultrapassado 100, no dia 2 de maio passou de 500 e no dia 28 de julho ultrapassou as 1.000 mortes. Até 24 de novembro, o número acumulado de vítimas fatais havia ultrapassado os 2.000.

Desde então, dezenas de mortes vêm sido registradas diariamente. O número diário de mortes ultrapassou os 100 pela primeira vez no dia 19 de janeiro. No dia 23 de janeiro, este número chegou a 5 mil. Levou quase um ano para o total de mortes ultrapassar 5 mil, mas foram precisos apenas 3 meses para que este total fosse duplicado.

Quase 80% das vítimas, ou cerca de 7.825 pessoas, morreram entre dezembro do ano passado e o dia 25 de abril deste ano. O total de mortes aumentou rapidamente à medida que o número de casos também aumentava durante a terceira onda de contágio.

O Instituto Nacional de Pesquisas sobre População e Seguridade Social compilou dados sobre a faixa etária das vítimas, com base nas cifras divulgadas pelos governos regionais no dia 19 de abril. Não havia vítimas fatais entre pessoas com 19 anos de idade ou mais jovens. Aqueles na faixa dos 20 anos perfaziam 0,04% do total de mortes; na faixa dos 30 anos, 0,17%; na faixa dos 40 anos, 0,72%; na faixa dos 50 anos, 2,3%; e na faixa dos 60 anos, 7,33%.

Segundo os dados, pessoas na faixa dos 70 anos perfazem 23,29% das vítimas fatais; na faixa dos 80 anos, 43,10%; e aqueles na faixa dos 90 anos ou mais de idade, 23,07%. Isto significa que cerca de dois terços de todas as vítimas de Covid-19 no Japão foram pessoas com 80 anos ou mais de idade.

Esta informação foi atualizada no dia 27 de abril.

222. Quais serão os efeitos de um estado de emergência com duas semanas de duração?

Desde domingo (25), Tóquio e as províncias de Osaka, Hyogo e Kyoto se encontram sob estado de emergência. Trata-se da terceira vez que o governo coloca a medida em vigor. Nas declarações anteriores, a vigência durou cerca de sete a dez semanas, mas, desta vez, está prevista para durar pouco mais de duas semanas, até 11 de maio. A NHK pediu a opinião de especialistas sobre a curta duração do estado de emergência atual.

Omi Shigeru é o chefe do painel governamental de especialistas sobre o coronavírus. Em um programa da NHK no domingo, ele afirmou que a importância deste estado de emergência é a de encurtar o período de sobrecarga dos sistemas médico-hospitalares. Segundo ele, a comunidade médica e municípios em Osaka estão fazendo o melhor possível, mas que, apesar dos esforços locais, ainda assim é necessário contar com o apoio do país inteiro.

Omi afirmou que iniciativas estão em andamento para aumentar o número de leitos hospitalares, mas que há limites em garanti-los. Assim, é preciso conter o número de novas infecções.

O presidente da Associação Médica do Japão, Nakagawa Toshio, disse que, via de regra, um estado de emergência deveria ser declarado o mais rápido possível e suspenso de forma cuidadosa e gradual.

O ministro da Revitalização Econômica, Nishimura Yasutoshi, é o encarregado pela resposta do país diante da pandemia de coronavírus. Ao conversar com repórteres no domingo, Nishimura indicou que pretende avaliar a situação das infecções alguns dias antes de 11 de maio, quando está previsto o encerramento do estado de emergência. Segundo ele, o painel de especialistas do governo ressaltou que se forem tomadas medidas minuciosas, sempre se obterá resultados.

De acordo com Nishimura, com o objetivo de conter infecções de variantes mais transmissíveis, a circulação de pessoas deve ser ainda mais restrita do que no estado de emergência que vigorou na primavera do ano passado. O ministro reiterou seu pedido de que a população evite sair de casa, a não ser em casos estritamente essenciais.

As informações são do dia 26 de abril.

221. Restrições adotadas em Tóquio nos estados de emergência anteriores

A NHK está respondendo a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. O enfoque de hoje é sobre as restrições que foram adotadas em Tóquio nos dois estados de emergência anteriores.

O primeiro estado de emergência foi imposto em Tóquio entre abril e maio do ano passado. Uma ampla gama de instalações, que poderiam ocasionar aglomerações, foi solicitada a fechar nesse período. Elas incluíam os estabelecimentos de karaokê, locais de realização de músicas ao vivo, ginásios esportivos, parques de diversão e cinemas.

Instalações comerciais de grande porte, como lojas de departamentos e shopping centers, foram requisitadas a fechar, com exceção de estabelecimentos que vendem itens de primeira necessidade. Houve também solicitação de fechamento temporário para escolas, e de cancelamento ou adiamento para organizadores de eventos.

Os estabelecimentos que servem comida e bebida também foram conclamados a cooperar, encerrando suas atividades às 20 horas e parando de servir bebidas alcoólicas às 19 horas.

O segundo estado de emergência, que foi adotado entre janeiro e março, não incluía a solicitação para o fechamento. Em vez disso, os estabelecimentos como restaurantes, bares e casas de karaokê foram solicitados a fechar às 20 horas e parar de servir bebidas alcoólicas às 19 horas. A realização dos eventos era possível, desde que organizadores limitassem o número de participantes para a metade da capacidade do local ou até 5 mil pessoas, o que fosse menor. Instalações de entretenimento foram conclamadas a fechar às 20 horas ou antes.

Além destas solicitações feitas aos estabelecimentos, autoridades pediram com veemência a moradores de Tóquio que ficassem em casa no primeiro estado de emergência. Já na segunda declaração do estado de emergência, a solicitação aos residentes era de que evitassem saídas não essenciais, principalmente após as 20 horas. Em ambos os casos, os moradores foram solicitados basicamente a ficar em casa na medida do possível, desde que não tenham que ir a um hospital, comprar alimentos ou fazer outras atividades essenciais.

As informações são referentes ao dia 23 de abril.

220. Informações sobre vacinas (49) – Desenvolvimento e testes clínicos de vacinas (3)

Esta é a última da série de três edições sobre desenvolvimento e testes clínicos de vacinas. Damos continuidade hoje às informações sobre testes clínicos realizados no Japão.

Não só empresas japonesas, também laboratórios estrangeiros desenvolvedores de vacinas realizam testes clínicos no Japão.

Das três companhias farmacêuticas da Europa e dos Estados Unidos com as quais o governo japonês firmou acordo de suprimento de vacinas, a americana Pfizer forneceu dados sobre resultados de testes clínicos feitos fora do Japão, assim como de testes clínicos em pequena escala que realizou no país. Em fevereiro, o governo japonês homologou a “vacina mRNA”, que foi desenvolvida pela empresa e está sendo agora aplicada no Japão.

Também em fevereiro o grande laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca solicitou ao governo japonês homologação da sua “vacina de vetor viral”. O uso no Japão será iniciado uma vez que tenha sido concluída a avaliação dos dados e que seja concedida a homologação da vacina.

A japonesa Takeda Pharmaceutical realizou no país testes clínicos com a “vacina mRNA”, do laboratório americano Moderna. A solicitação da sua homologação foi feita em março.

Além disso, a Takeda realiza testes clínicos no Japão com a “vacina de proteína recombinante”, da firma biotécnica americana Novavax.

Testes clínicos também são realizados no Japão com a “vacina de vetor viral” da americana Johnson & Johnson.

Estas informações são referentes ao dia 22 de abril.

219. Informações sobre vacinas (48) – Desenvolvimento e testes clínicos de vacinas (2)

Hoje, vamos trazer até vocês a segunda de uma série em três partes sobre o desenvolvimento e testes clínicos de vacinas. O tópico de hoje é sobre os testes clínicos realizados no Japão.

AnGes, uma empresa de biotecnologia da província de Osaka, está realizando testes clínicos em cerca de 500 pessoas com sua vacina de DNA, um tipo de vacina genética. O DNA sintetizado é injetado no corpo para ajudar a criar anticorpos que atacam o coronavírus.

A Shionogi, uma empresa farmacêutica sediada em Osaka, está realizando testes clínicos com uma vacina de proteína recombinante em 214 pessoas.

No final de março, a empresa farmacêutica Daiichi Sankyo iniciou testes clínicos com a sua vacina de RNA mensageiro em 152 pessoas. A KM Biologics, fabricante de vacinas sediada na província de Kumamoto, também começou a realizar testes com vacina inativada em 210 pessoas.

Além disso, a empresa de biotecnologia ID Pharma está desenvolvendo uma vacina de vetor viral e pretende realizar testes clínicos.

Entretanto, como o número de pacientes de Covid-19 no Japão é pequeno em comparação com os países ocidentais, as chances dos participantes dos testes clínicos serem infectados são relativamente baixas. Os especialistas apontam que, assim, é difícil confirmar a eficácia das vacinas.

A Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos, ou PMDA, que controla os produtos farmacêuticos no Japão, diz que uma opção seria as fabricantes de vacinas realizarem testes em grande escala no exterior depois de completar os testes preliminares em grupos pequenos no Japão.

Estas informações são referentes ao dia 21 de abril.

218. Informações sobre vacinas (47) – Desenvolvimento e testes clínicos de vacinas contra o coronavírus (1)

A partir desta edição, vamos trazer até vocês uma série em três partes sobre o desenvolvimento e testes clínicos de vacinas. Desta vez, a pergunta é: quantas e quais tipos de vacinas contra a Covid-19 estão sendo desenvolvidos atualmente no mundo todo?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o dia 9 de abril, havia 87 testes clínicos sendo realizados para vacinas contra a Covid-19 em todo o mundo, além de mais 186 projetos de desenvolvimento em fase pré-experimental.

Dos 87 testes, 28 empregam vacinas contendo proteína recombinante. Nesse tipo de imunizante, pesquisadores produzem partes artificiais da proteína do coronavírus por meio da recombinação genética e o administram em pessoas para induzir a criação de anticorpos.

Há 19 testes clínicos envolvendo vacinas de vetor viral, que é produzido através da inserção de uma parte dos genes do coronavírus em um outro vírus inofensivo por meio da tecnologia de engenharia genética. Em outros 12 testes, são administradas vacinas inativadas que empregam coronavírus tratado e detoxificado.

Outros testes clínicos envolvem a imunização com vacinas contendo genes do coronavírus sintetizados artificialmente. Há 12 testes envolvendo vacinas de RNA e outros 10 que empregam vacinas de DNA.

Estas informações são referentes ao dia 20 de abril.

217. Informações sobre vacinas (46) – Pontos que exigem atenção ao se vacinar (3)

A nossa série atual é sobre vacinas. Hoje apresentamos a última de três edições sobre “pontos a se considerar ao receber a vacina”.

Kutsuna Satoshi, do Centro Nacional de Saúde Global e Medicina do Japão, se especializa no tratamento de doenças infecciosas e tem atendido pacientes do novo coronavírus. Ele disse que alguns efeitos colaterais, como fadiga severa, podem ocorrer após receber a vacina. Ele recomenda para quem quer garantir que não haverá problemas que deixe livre o dia seguinte à vacinação. Quanto ao dia da inoculação, Kutsuna diz que não há nenhuma restrição em relação a tomar banho de banheira, mas que é melhor evitar beber álcool ou realizar exercício físico intenso.

Acredita-se que as vacinas para o coronavírus causem efeitos colaterais com mais frequência do que outros tipos de vacinas, como a da influenza. Entretanto, as vacinas para o coronavírus previnem contra o desenvolvimento de sintomas e contra um quadro grave da doença. Em adição, alguns estudos sugerem que elas também podem ser efetivas em nos proteger de contrair o vírus. Kutsuna reforça que vale a pena tomar a vacina, afirmando que também se acredita que ela proteja as pessoas com problemas de saúde pré-existentes de contrair o vírus de familiares. Ele diz que os benefícios da inoculação obviamente superam os riscos. Ele pede que todos considerem tomar a vacina, não apenas por nós mesmos, mas também pelas pessoas a nossa volta.

Estas informações foram atualizadas no dia 19 de abril.

216. Informações sobre vacinas (45) – Pontos que exigem atenção ao se vacinar (2)

Na atual série sobre vacinação, esta é a segunda de 3 partes sobre os pontos que exigem atenção ao se vacinar.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão diz que as pessoas que forem vacinadas devem levar cupons emitidos por repartições municipais, além de um documento de identificação, como carteira de habilitação e cartão de seguro-saúde. Pede também para usar roupas que permitam mostrar facilmente os ombros, onde será aplicada a vacina.

As pessoas devem permanecer no local da vacinação por pelo menos 15 minutos. Aquelas que apresentaram reação alérgica grave, choque anafilático ou tontura no passado devem ficar no local por mais de 30 minutos. Elas devem entrar em contato com um médico imediatamente caso sintam algo anormal.

O Ministério da Saúde está solicitando à população que continue adotando medidas básicas de prevenção contra o vírus após a vacinação, como usar uma máscara e lavar as mãos cuidadosamente, além de evitar locais fechados, aglomerações e contato próximo com as pessoas.

As informações são referentes ao dia 16 de abril.

215. Informações sobre vacinas (44) – Pontos que exigem atenção ao se vacinar (1)

Na série sobre vacinação, esta é a primeira de três edições sobre pontos que exigem atenção ao se vacinar.

Foi iniciada no Japão a vacinação de idosos contra a Covid-19. Há, entretanto, pessoas que precisam tomar cuidados especiais, assim como indivíduos que não devem ser vacinados. Há ainda certas medidas a seguir antes e depois da aplicação de cada dose.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão informou as características de indivíduos que precisam tomar cuidados especiais com a vacinação. Trata-se de pessoas com distúrbios hemorrágicos; que se submetem a tratamento com anticoagulantes por enfermidade relacionada ao coração, sangue, rins ou fígado; ou que tenham alguma doença associada com imunidade. Também devem exercer cautela indivíduos com ataques convulsivos ou que tenham alergias de ordem medicamentosa ou alimentar.

Além disso, segundo a pasta, pessoas nas seguintes condições não devem ser vacinadas: que apresentem febre, com temperatura de 37,5 graus ou mais; que estejam sob tratamento de doença aguda; ou que tenham histórico de intolerância a polietilenoglicol.

Estas informações são referentes ao dia 15 de abril.

214. Informações sobre vacinas (43) – Possíveis efeitos colaterais da vacinação em pessoas idosas

As vacinações de Covid-19 para pessoas idosas começaram no Japão na segunda-feira (12 de abril). A questão de hoje é sobre os possíveis efeitos colaterais da inoculação em pessoas idosas.

Um estudo recente realizado por pesquisadores japoneses descobriu que as pessoas idosas são menos propensas a ter febre ou outros efeitos colaterais do que pessoas de outros grupos etários.

Uma equipe de pesquisadores sob a direção do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social realizou um estudo de acompanhamento de cerca de 19 mil profissionais de saúde que foram inoculados com a vacina da Pfizer desde fevereiro.

O estudo mostrou que depois de ter recebido a primeira dose da vacina, 25,2% das pessoas da faixa etária dos 20 anos sentiram fadiga, em comparação com 12,4% das pessoas com 65 anos de idade ou mais. Com relação a outros efeitos colaterais, 23,3% das pessoas da faixa etária dos 20 anos tiveram dor de cabeça, em comparação com 11,9% das pessoas idosas, e 5,7% dos jovens tiveram febre, enquanto apenas 0,2% das pessoas idosas tiveram o mesmo sintoma.

Dentre as 16.000 pessoas que receberam as duas doses da vacina, 76,8 % delas na faixa dos 20 anos sentiram fadiga, em comparação com 38% das pessoas com 65 anos de idade ou mais. 51% das pessoas da faixa dos 20 anos tiveram febre, enquanto o percentual de pessoas idosas foi de 9,4%. 62,7% das pessoas da faixa dos 20 anos tiveram dor de cabeça como efeito colateral, enquanto o percentual foi de 20,5% para pessoas idosas. O estudo também descobriu que as mulheres tendem a ter efeitos colaterais com mais frequência do que os homens.

O professor Ito Suminobu da Faculdade de Medicina da Universidade Juntendo lidera a equipe de pesquisadores. Ito disse que embora ainda deva ser estudado o motivo pelo qual as pessoas idosas apresentam menos efeitos colaterais, ele suspeita que o nível de imunidade tenha algum papel. Ele disse que as pessoas que foram vacinadas apresentam algum tipo de efeito colateral com alguma frequência independente de sua idade. Ele aconselha que as pessoas mantenham a calma e tomem as medidas necessárias.

Estas informações são referentes ao dia 14 de abril.

213. Informações sobre vacinas (42) – Quanto tempo leva para que a vacina seja eficaz após a inoculação? (3)

Nesta edição, apresentamos a última parte da nossa série em três partes sobre quanto tempo leva para que uma vacina contra o coronavírus seja eficaz após a inoculação.

O professor Nakayama Tetsuo, virologista da Universidade Kitasato, afirma que as vacinas de mRNA, como a desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, fazem com que as células produzam proteínas. Leva um certo tempo para que a resposta imune seja desencadeada dentro do organismo pelas proteínas.

Segundo Nakayama, acredita-se que leva de 10 a 14 dias a partir da primeira dose para que o sistema imune comece a funcionar. Até que isso ocorra, não há resposta imune. Portanto, não há virtualmente nenhuma proteção contra infecções. Uma vacina passa a ter efeito gradualmente. Um anticorpo neutralizante é desenvolvido em cerca de uma semana a partir da segunda dose visando proporcionar forte imunidade contra infecções e suprimir sintomas graves.

No entanto, o especialista diz que receber duas doses da vacina não garante 100% de proteção contra infecções. Ele adverte a respeito de saídas frequentes e exorta as pessoas a continuarem adotando medidas anti-infecção mesmo depois de terem sido inoculadas.

Estas informações são referentes ao dia 13 de abril.

212. Informações sobre vacinas (41) – Quanto tempo leva para que a vacina seja eficaz após a inoculação? (2)

Hoje apresentamos o segundo episódio da série de 3 partes sobre quanto tempo leva para que a vacina seja eficaz após a inoculação.

Vacinas em geral, não apenas as desenvolvidas contra a Covid-19, são eficazes em estimular uma reação imune no corpo humano. No entanto, leva-se um certo tempo para que a eficácia da vacina entre em ação após o recebimento da dose.

A empresa farmacêutica americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech divulgaram resultados de experimentos clínicos realizados em 2020 de sua vacina contra a Covid-19.

As empresas prepararam dois grupos para os experimentos: um que receberia placebo e um outro que receberia a vacina. Os experimentos analisaram as diferenças em como surgiram as infecções entre esses dois grupos.

Descobriu-se que após o recebimento da primeira dose, o número de novas infecções foi o mesmo, durante um período de tempo, em ambos os grupos. Porém, cerca de doze dias após a vacinação, descobriu-se que o número de casos continuou a aumentar no grupo que recebeu placebo, ao passo que o número de novas infecções no grupo vacinado caiu para níveis moderados e se manteve estável depois de um tempo.

O estudo afirma que a vacina tem uma eficácia de 52,4% durante o período entre o recebimento da primeira dose e a segunda inoculação. A taxa de eficácia aumenta para 94,8% sete dias após o recebimento da segunda dose.

As informações são do dia 12 de abril.

211. Informações sobre vacinas (40) – Quanto tempo leva para que a vacina seja eficaz após a inoculação? (1)

Hoje, apresentamos a primeira de uma série de 3 partes sobre o tempo necessário para criar anticorpos após tomar vacina contra o coronavírus.

Uma equipe de pesquisa do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão recebeu um relatório de uma instituição médica que diz que uma profissional de saúde na casa dos 20 anos foi infectada pelo vírus após tomar a vacina da Pfizer no final de fevereiro de 2021.

A notificação foi feita seis dias após ela ter recebido a primeira dose. Autoridades afirmam que é altamente provável que ela tenha sido infectada após a vacinação. Ela teve alta do hospital após recuperação.

O grupo de pesquisa afirma que não há um aumento imediato na quantidade de anticorpos após vacinação. Diz ainda que seriam necessários cerca de 14 dias para ter um certo nível de imunização após a primeira dose. O grupo pede às pessoas que continuem adotando medidas contra a infecção mesmo após terem sido vacinadas.

Em março, o órgão americano Centros de Controle e Prevenção de Doenças deu indicações de que as pessoas vacinadas ainda apresentam baixo risco de infecção, e precisam usar máscara em locais públicos.

Estas informações são referentes ao dia 9 de abril.

210. Informações sobre vacinas (39) – Convém a aplicação da vacina em quem tenha polinose ou alergia alimentar?

Nesta 39ª edição sobre vacinação, a pergunta é “Convém a aplicação da vacina em quem tenha polinose ou alergia alimentar?”

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão enviou a governos municipais diretrizes sobre a realização de exames antes de cada vacinação. As diretrizes dizem que podem ser vacinados indivíduos com diferentes tipos de rinite alérgica, como polinose, dermatite atópica, bronquite asmática ou alergia alimentar. Pedem, porém, o exercício de cautela com pessoas que tenham reações alérgicas em seguida à exposição a alérgenos. Segundo as diretrizes, estes indivíduos devem ser monitorados durante 30 minutos após a vacinação.

Além disso, pedem a médicos que confirmem se a pessoa tem histórico de graves reações alérgicas a medicamentos ou a alimentos. Não deve ser vacinado quem tiver apresentado graves reações a componentes das vacinas.

Cabe ressaltar, em particular, que alguns indivíduos podem não estar cientes da própria alergia a glicol de polietileno, um dos componentes da vacina desenvolvida pela Pfizer. A substância é utilizada em vários produtos, como remédios, detergentes e cosméticos. Atribui-se ao médico a responsabilidade de verificar cuidadosamente a inexistência de alergia à substância pelo indivíduo a ser vacinado.

A pasta notificou prefeituras de que pessoas que apresentam anafilaxia após a primeira dose não devem receber a segunda.

Estas informações são referentes ao dia 8 de abril.

209. Informações sobre vacinas (38) – Qual é a eficácia da vacina da Sinopharm?

Continuamos com a nossa série sobre vacinas. Hoje, na 38ª parte a pergunta é “Qual a eficácia da vacina da Sinopharm”.

A empresa farmacêutica nacional chinesa Sinopharm está desenvolvendo vacinas inativadas, em que o vírus é inativado durante o processo de desenvolvimento. Conforme o website da Sinopharm, a vacina está sendo utilizada nos programas de vacinação na China e em outros países. Nas fases finais dos testes clínicos, a vacina apresentou uma taxa de eficácia de 86% nos Emirados Árabes Unidos, e 79,34% na China.

Estas informações são referentes ao dia 7 de abril.

208. Informações sobre vacinas (37) – Qual é a eficácia da vacina Sputnik V?

Nesta edição, damos continuidade à nossa série sobre vacinas. Desta vez, na 37ª parte, a pergunta é: Qual é a eficácia da vacina Sputnik V?

O Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em Moscou, na Rússia, anunciou os resultados do teste clínico da vacina Sputnik V, desenvolvida nacionalmente.

Ele disse que dentre as 19.866 pessoas que participaram do teste, sintomas de Covid-19 foram confirmados em 16 dos 14.964 participantes que receberam a vacina, e em 62 das 4.902 pessoas que receberam placebo.

Segundo o centro, a vacina tem uma taxa de eficácia de 91,6%. Ele disse que, das 20 pessoas que desenvolveram sintomas graves, todas haviam recebido placebos. Disse ainda que a vacina é 100% eficaz na prevenção de sintomas graves no 21º dia após a inoculação.

O programa de vacinação com a Sputnik V está sendo desenvolvido na Rússia e em outros países.

Estas informações são referentes ao dia 6 de abril.

207. Informações sobre vacinas (36) – Qual a eficácia da vacina Novavax?

NContinuamos com o 36º episódio da nossa série sobre vacinas. A pergunta de hoje é: “Quão eficiente é a vacina Novavax?”

A empresa de biotecnologia americana anunciou os resultados de um teste clínico realizado no Reino Unido. De acordo com anúncio feito pela empresa, dentre as mais de 15 mil pessoas que participaram, foram confirmados sintomas de Covid-19 em 6 pessoas que receberam a vacina e em 56 que receberam placebo. A empresa afirma que a vacina tem uma taxa de eficácia de 89,3 por cento.

Estas informações são de 5 de abril.

206. Qual é a diferença entre o novo esquema adotado pelo governo japonês contra o coronavírus e um estado de emergência?

O governo japonês decidiu aplicar um novo mecanismo contra o coronavírus nas províncias de Osaka, Hyogo e Miyagi a partir de 5 de abril. A pergunta de hoje é, "Que tipo de medidas será adotado sob o novo esquema, e qual a diferença com a declaração de estado de emergência?"

O novo sistema é baseado em uma lei revisada de medidas antivírus especiais, que entrou em vigor em 13 de fevereiro. Ela permite que medidas intensivas contra o vírus sejam adotadas mesmo que um estado de emergência não esteja em vigor. Diferentemente de um estado de emergência, que tem como alvo toda a província, o novo esquema permite que governadores de províncias designadas pelo governo central adotem como alvo municipalidades específicas.

Assim como em um estado de emergência, sob o novo mecanismo, os governadores podem pedir a estabelecimentos que reduzam seu horário de funcionamento, e caso não cumprirem, podem ordená-los a seguir a determinação. Autoridades podem tornar públicos os nomes das entidades que desafiarem a decisão.

Também, as autoridades poderão realizar inspeções in loco quando necessário. Entretanto, segundo o novo mecanismo, elas não poderão pedir o fechamento temporário dos estabelecimentos, medida que é possível em um estado de emergência.

Os estabelecimentos que se recusarem a cumprir ordem ou inspeção in loco, sem justificativas, poderão sofrer multa de até 200 mil ienes, ou cerca de 1.800 dólares, sob o novo sistema. Em um estado de emergência, esta multa pode chegar a 300 mil ienes, ou aproximadamente 2.700 dólares.

As informações são referentes ao dia 2 de abril.

205. Informações sobre vacinas (35) – Qual é a eficácia da vacina da Johnson & Johnson?

Nesta edição, damos continuidade à nossa série sobre vacinas. Desta vez, na 35ª parte, a pergunta é: Qual é a eficácia da vacina da Johnson & Johnson?

Uma das maiores empresas farmacêuticas dos Estados Unidos, a Johnson & Johnson afirmou por meio de um relatório interino de testes clínicos envolvendo 43.783 participantes que 468 pessoas dentre os testados desenvolveram sintomas de Covid-19.

A vacina da Johnson & Johnson é de dose única. Segundo a empresa, o imunizante tem 66% de eficácia na prevenção de sintomas moderados a graves passados 28 dias da inoculação. A Johnson & Johnson afirmou ainda que a vacina tinha uma taxa de eficácia de 85% na prevenção de sintomas graves.

Estas informações são referentes ao dia 1º de abril.

204. Informações sobre vacinas (34) – Qual é a eficácia da vacina da AstraZeneca?

Nesta edição, damos continuidade à nossa série sobre vacinas. Desta vez, na 34ª parte, a pergunta é: Qual é a eficácia da vacina da AstraZeneca?

A AstraZeneca, do Reino Unido, afirma que sua vacina tem uma eficácia de 76% na prevenção de sintomas da Covid-19. Em 25 de março, a empresa farmacêutica britânica anunciou ter confirmado sintomas em 190 das 32.449 pessoas que participaram da fase final de testes clínicos realizados nos Estados Unidos, no Chile e no Peru. Ela comparou dados daqueles que receberam vacinas e placebos.

A AstraZeneca baixou a taxa de eficácia em três pontos percentuais após uma agência sanitária dos Estados Unidos ter exortado a empresa a divulgar dados atualizados. Segundo o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, uma análise interina da empresa farmacêutica britânica pode ter incluído informações defasadas “capazes de fornecer uma visão incompleta a respeito de dados sobre eficácia”.

A AstraZeneca diz que houve oito casos graves, mas que todos eles ocorreram no grupo que recebeu placebo; portanto, sua vacina é 100% eficaz na prevenção de casos graves ou críticos da doença.

Estas informações são referentes ao dia 31 de março.

203. Informações sobre vacinas (33) – Qual é a eficácia da vacina da Moderna?

Nesta edição, damos continuidade à nossa série sobre vacinas. Desta vez, a pergunta é: Qual é a eficácia da vacina da Moderna?

Resultados revelados pela empresa de biotecnologia Moderna, dos Estados Unidos, mostram que 30.420 pessoas participaram da fase final de um teste clínico de sua vacina contra o coronavírus.

Segundo os resultados, 15.210 participantes receberam a vacina e 11 deles exibiram sintomas de Covid-19, ao passo que 15.210 pessoas receberam placebo e 185 delas tiveram sintomas. A empresa afirmou que, desse modo, a eficácia de sua vacina é de 94,1%.

Estas informações são referentes ao dia 30 de março.

202. Informações sobre vacinas (32) – Qual é a eficácia da vacina da Pfizer?

Dentro da série sobre vacinação, esta edição trata da eficácia da vacina criada pela companhia farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech.

Segundo um informe sobre os resultados de testes clínicos realizados, 43.448 pessoas participaram do teste da fase final.

A eficácia da vacina foi avaliada por meio da comparação de um grupo de pessoas que receberam uma inoculação da vacina com outro grupo de pessoas que receberam um placebo, ou seja, uma substância inócua.

Na análise de 18.198 indivíduos de um total de 21.720 que, não tendo até então contraído a Covid-19, foram vacinados, oito apresentaram sintomas de infecção pelo vírus após os testes.

Já 18.325 indivíduos de um total de 21.728 aos quais foi ministrado o placebo, 162 apresentaram sintomas.

Deste modo, concluiu-se que a vacina tenha 95% de eficácia na prevenção da Covid-19 sintomática.

Estas informações são referentes ao dia 29 de março.

201. Informações sobre vacinas (31) – Qual é a eficácia das vacinas que serão utilizadas no Japão?

A partir de hoje, vamos ver algumas marcas de vacinas e a eficácia de cada uma delas.

Muitas companhias que desenvolveram vacinas contra o coronavírus divulgaram os resultados de seus testes clínicos para mostrar o quão eficazes são seus produtos.

A eficácia de uma vacina é avaliada comparando-se um grupo de pessoas que receberam a vacina com um outro de pessoas que tomaram placebo, uma vacina falsa. Se a taxa das pessoas que desenvolveram sintomas do vírus for menor no caso do grupo vacinado em comparação à do grupo que tomou placebo, a vacina é julgada como eficaz na prevenção da doença.

Testes clínicos realizados com dezenas de milhares de pessoas indicaram que a vacina desenvolvida pela gigante farmacêutica americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech, assim como a vacina desenvolvida pela Moderna, uma outra fabricante de medicamentos americana, apresentaram uma taxa de eficácia superior a 90%. Essas são duas das vacinas de empresas com as quais o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão firmou contrato de fornecimento.

Mas o que significa uma taxa de eficácia superior a 90%? Vamos supor que cem pessoas desenvolveram sintomas após um determinado período de tempo depois de tomar placebo, enquanto menos de 10 pessoas entre aquelas vacinadas desenvolveram sintomas após o mesmo período de tempo. Comparando-se esses dois números, julga-se que a vacina contribuiu para inibir a incidência da Covid-19 em mais de 90% das pessoas.

Contudo, temos que levar em conta que aquelas pessoas vacinadas ainda poderão ser infectadas com o vírus. Assim, é necessário continuar a tomar precauções tais como usar máscaras e evitar os “três pontos essenciais”, que são espaços fechados, locais com aglomerações de pessoas e ocasiões com contatos próximos entre as pessoas, mesmo após o programa da vacinação estar em pleno andamento.

A partir da próxima edição, vamos verificar cada uma das principais vacinas em uso no mundo para ver o quanto elas podem ser eficazes.

Esta informação foi atualizada no dia 26 de março.

200. Informações sobre vacinas (30) – Situação das infecções com variantes do coronavírus no Japão

Nesta 30ª edição da série sobre vacinação, continuamos a tratar de características de variantes e da eficácia das vacinas.

Wada Koji, especialista em saúde pública e professor da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar Social, explica a situação das infecções por variantes do coronavírus no Japão.

Wada diz haver ainda muitas coisas desconhecidas a respeito das infecções no país. Explica, porém, que, dada a situação em outras nações, convém constatar a dificuldade de conter a disseminação de variantes e a grande probabilidade de que se tornem a principal causa de infecções também no Japão.

Ele fala do risco de que infecções causadas principalmente por variantes venham a acelerar o contágio e a progressão da quantidade de casos. Nota que as medidas a tomar pela população para prevenir infecções por variantes são idênticas às que têm sido tomadas contra a cepa original. Ressalta, contudo, que, no início do ano fiscal no Japão, em abril, encarregados de medidas anti-infecção poderão ser substituídos em muitas organizações, dificultando, em alguns casos, a continuidade da execução de medidas consistentes.

Wada lembra que houve circunstâncias semelhantes neste mesmo período do ano passado. Ele pede a execução das medidas tomadas até agora de maneira mais ágil, principalmente por instituições de prestação de cuidados a idosos, estabelecimentos médico-hospitalares e governos municipais.

Considera igualmente importante que haja uma intensificação do monitoramento da disseminação de variantes. Para Wada, caberia ao governo japonês o estabelecimento de regras para possibilitar a detecção de variantes obtidas em exames realizados em instituições particulares.

Estas informações são referentes ao dia 25 de março.

199. Informações sobre vacinas (29) – Comparações de novos tipos de variantes do coronavírus

Na 29ª parte da nossa série sobre vacinas, nós continuamos a observar as características de variantes do coronavírus e a eficácia de vacinas. Desta vez, vamos comparar os novos tipos de variantes.

Uma pessoa que entrou no Japão procedente das Filipinas em 25 de fevereiro foi confirmada como sendo portadora de uma variante diferente das prevalentes no Reino Unido, na África do Sul ou no Brasil. Esta variante tem uma mutação chamada de N501Y, além de uma mutação conhecida como E484K na proteína spike, que auxilia o vírus a se esquivar de ataques de anticorpos.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão afirma que a variante, anteriormente reportada nas Filipinas, pode ser mais infecciosa do que a cepa original e representar uma ameaça como outros tipos de variantes que se disseminam em todo o mundo.

O Japão também detectou até 3 de março quase 400 casos de um outro tipo de variante com a mutação E484K. Esta variante não possui a mutação N501Y, o que significa que não deve ser mais transmissível do que a cepa original. No entanto, pesquisadores dizem que algumas mutações desta variante podem ter ocorrido no Japão.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas designou esta como sendo “uma variante de interesse”. Pesquisadores realizam estudos mais aprofundados através da análise dos genes e de outros métodos.

Estas informações são referentes ao dia 24 de março.

198. Informações sobre vacinas (28) – Como é a variante do coronavírus detectada pela 1ª vez no Brasil?

Nesta edição, apresentamos a 28ª parte da nossa série sobre vacinas, na qual continuamos a observar as características de variantes e a eficácia dos imunizantes. Desta vez, vamos falar sobre a variante do coronavírus detectada pela primeira vez no Brasil.

Esta variante foi reportada pela primeira vez no Japão em 6 de janeiro deste ano por um viajante procedente do Brasil.

Acredita-se que a variante tenha surgido primeiramente em Manaus, no dia 4 de dezembro de 2020. Fala-se que, até janeiro, 91% dos casos registrados na cidade foram infecções decorrentes desta variante.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta variante é “mais transmissível do que as que circulavam anteriormente” e 32 países e territórios reportaram casos até 9 de março. A entidade diz que a gravidade da variante tem um “impacto limitado”.

A OMS afirma que casos de reinfecção por esta variante têm sido registrados. Isso ocorre porque esta variante, além da primeira reportada na África do Sul, tem mutações chamadas de E484K na proteína spike, que são capazes de se esquivar de ataques de anticorpos.

De acordo com a entidade, o impacto potencial em vacinas está sendo investigado.

Estas informações são referentes ao dia 23 de março.

197. Informações sobre vacinas (27) – O que se sabe sobre a variante do coronavírus inicialmente confirmada na África do Sul?

Hoje apresentamos a 27ª parte da série sobre vacinações. Desta vez temos a terceira pergunta a respeito da eficácia das vacinas contra variantes resultantes de mutações: “O que se sabe sobre a variante do coronavírus que foi inicialmente confirmada na África do Sul?”

Acredita-se que a variante da África do Sul tenha surgido pela primeira vez no começo de agosto do ano passado. Em sequenciamento genético realizado pelas autoridades sanitárias sul-africanas em meados de novembro, a variante foi identificada na maioria dos casos de coronavírus no país. A Organização Mundial da Saúde afirma que a variante da África do Sul é 50% mais contagiosa que as variantes que circulavam anteriormente, e que até 9 de março já havia sido detectada em 58 países e territórios. No entanto, a OMS ressalta que não há evidência que sugira que a variante cause adoecimento mais grave nas pessoas infectadas.

A variante da África do Sul consiste numa mutação chamada E484K, que permite que o vírus se esquive do ataque de anticorpos produzidos pelo corpo humano, e indica maior possibilidade de reinfecção. Estudos também mostram que anticorpos neutralizantes induzidos pelas vacinas são menos eficazes contra a variante sul-africana. Fabricantes das vacinas afirmam que seus produtos ainda são eficazes o suficiente contra a variante, mas que continuam a conduzir estudos para se certificar do efeito.

As informações são do dia 22 de março.

196. Informações sobre vacinas (26) – O que se sabe sobre a variante confirmada primeiramente no Reino Unido?

Hoje, apresentamos a 26ª parte da série sobre vacinação. Desta vez, temos a segunda pergunta sobre a eficácia das vacinas contra as cepas mutantes do vírus: " O que se sabe sobre a variante que foi confirmada primeiramente no Reino Unido?"

A variante foi encontrada inicialmente no Reino Unido no começo de dezembro do ano passado. Entretanto, a análise retroativa do vírus mostra que já havia pacientes infectados com tal variante em 20 de setembro.

O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças diz que vários estudos mostraram que a variante é 36 a 75 por cento mais contagiosa do que as mutantes anteriores do vírus.

O Reino Unido registrou entre 10 mil e 20 mil novos casos diários de infecção no início de dezembro. Contudo, o número cresceu para mais de 50 mil no final do mesmo mês. Em janeiro, a cifra superou 60 mil em determinados dias. Pesquisadores acreditam que a elevação se deve principalmente à disseminação da variante.

A Organização Mundial da Saúde diz que esta variante foi confirmada em 111 países e regiões em todo o mundo, em dados de até 9 de março.

O governo britânico suspeita que há possibilidade de a variante causar um aumento no número de internações e risco de morte do que vírus convencionais. Pesquisas estão sendo realizadas para verificar esta hipótese. A boa notícia é que a eficácia das vacinas não seria fortemente afetada por esta variante.

A informação é do dia 19 de março.

195. Informações sobre vacinas (25) – Contra quais variantes devemos ficar especialmente alertas?

Hoje apresentamos a 25ª parte da série sobre vacinações. Dessa vez, temos a primeira pergunta sobre a eficácia da vacina contra as cepas mutantes do vírus: “Contra quais variantes devemos ficar especialmente alertas?”

Novas variantes do coronavírus foram confirmadas em mais de 100 países e regiões. No caso do novo coronavírus, mutações ocorrem mensalmente em cerca de duas áreas de seu núcleo genético. Geralmente, contudo, essas mutações não têm nenhum impacto na capacidade de infecção ou na patogenicidade do vírus.

Por outro lado, mutações podem tornar algumas variantes mais transmissíveis ou resistentes a ataques do sistema imunológico. A Organização Mundial da Saúde e governos ao redor do mundo já as reconheceram como “as variantes mais preocupantes” e reforçaram as medidas de monitoramento.

Existem três variantes contra as quais devemos ficar alertas: uma, que foi primeiramente identificada no Reino Unido, outra que foi confirmada pela primeira vez na África do Sul, e ainda, uma outra que está se espalhando no Brasil. As variantes compartilham uma mutação chamada N501Y. Pesquisadores acreditam que as alterações modificaram as ‘coroas’ na superfície do vírus, o que facilita sua entrada na célula humana, tornando-o, dessa forma, mais facilmente transmissível a outras pessoas.

Na próxima edição vamos falar sobre as características de cada variante e a eficácia da vacina contra cada uma delas.

As informações são do dia 18 de março.

194. Informações sobre vacinas (24) – O que é imunidade de rebanho?

Nesta edição, trazemos até vocês a 24ª parte da nossa série sobre vacinação. Desta vez, a pergunta é: O que é a condição chamada de imunidade de rebanho?

Quando um determinado número de pessoas em uma população desenvolve imunidade para um vírus ou um germe, mesmo que alguém seja infectado, a infecção não se espalhará para outros que tenham atingido uma condição conhecida como “imunidade de rebanho”. Convém notar que, dependendo do tipo de doença infecciosa, a percentagem de pessoas que precisam ser vacinadas para alcançar a imunidade de rebanho difere.

Especialistas também dizem que há casos em que vacinas ajudam a evitar que uma pessoa fique seriamente doente, mas podem não ser eficazes em conter a disseminação da doença. Isso significa que a imunidade de rebanho pode não ser atingida mesmo que muitas pessoas sejam inoculadas. Os especialistas afirmam que não está claro se a imunidade de rebanho pode ser alcançada por meio da vacinação no caso do coronavírus.

Estas informações são referentes ao dia 17 de março.

193. Informações sobre vacinas (23) – Como podemos nos proteger de fraudes e golpes que se aproveitam da vacinação?

Hoje apresentamos a 23ª parte de nossa série sobre a vacinação. A pergunta é: “Como podemos nos proteger de fraudes e golpes que se aproveitam da vacinação?”

A Agência de Assuntos do Consumidor do Japão informa ter sido consultada por pessoas que receberam telefonemas duvidosos ou e-mails suspeitos sobre a vacinação contra a Covid-19. Houve o caso de uma pessoa que recebeu um telefonema de alguém utilizando o título de um funcionário do governo local e pedindo uma transferência imediata de 100 mil ienes, cerca de 900 dólares, para uma determinada conta bancária para poder ser vacinada. A pessoa que ligou dizia que o dinheiro seria posteriormente reembolsado.

Em um outro caso, citado pelo Centro Nacional de Assuntos do Consumidor do Japão, uma pessoa recebeu uma mensagem de celular em nome de um ministro de Estado, com um convite para acessar um certo site para vacinação prioritária.

Segundo funcionários da agência, governos locais não vão pedir pagamento nem informações pessoais através de telefonemas ou e-mails em relação à vacinação contra a Covid-19. Segundo uma pesquisa realizada pela agência, 80% das pessoas que se tornaram vítimas ou tiveram problemas de fraude relacionada ao coronavírus disseram achar que não cairiam nesses golpes porque tomavam bastante cuidado com fraudes.

O Centro Nacional de Assuntos do Consumidor oferece um serviço gratuito de consultas por telefone para pessoas que tiverem recebido telefonemas ou e-mails suspeitos de estarem tentando faturar com a campanha de vacinação. As consultas são oferecidas apenas em japonês.

O número do telefone é 0120-797-188. O serviço está disponível entre as 10h da manhã e as 4h da tarde, sete dias por semana.

Esta informação foi atualizada no dia 16 de março.

192. Informações sobre vacinas (22) – É possível contrair o coronavírus por meio da vacina?

Hoje trazemos o 22º episódio da nossa série sobre vacinação, focando na possibilidade de contrairmos a doença por meio da vacina do coronavírus.

É impossível contrair o coronavírus por meio do tipo de vacina utilizada no Japão, que é uma “vacina genética”.

A vacina contém uma sequência genética denominada RNA mensageiro, ou “mRNA”. Neste material estão contidas informações genéticas sobre uma proteína específica presente na superfície do coronavírus. O mRNA serve como um modelo dentro da célula humana para que ela produza essa proteína.

O método de mRNA é considerado extremamente seguro por não ser estável e se dissolver rapidamente após ser injetado, não permanecendo no corpo. Ele também é considerado seguro porque não entra no núcleo da célula, que contém os nossos genes.

Existem raras ocasiões nas quais a inoculação pode causar a doença no caso de uma vacina que introduz o vírus atenuado, como a vacina contra a poliomielite. Neste tipo, o vírus ainda está vivo, mas enfraquecido.

Todas as vacinas sendo utilizadas atualmente contra o coronavírus não apresentam o risco de causar a doença, já que nenhuma delas utiliza esse método do vírus atenuado.

Estas informações são do dia 15 de março.

191. Informações sobre vacinas (21) – Injeções intramusculares são mais doloridas?

Hoje apresentamos a vigésima primeira edição de uma série sobre vacinações. Desta vez, a questão é se injeções aplicadas no músculo, que é a forma como as vacinas do coronavírus são empregadas, causam dores fortes.

A maioria das vacinas contra o coronavírus foi desenvolvida para ser aplicada por injeção intramuscular. No entanto, especialistas ressaltam que, o simples fato de as doses serem empregadas profundamente nos músculos não necessariamente significa que sejam mais doloridas. Em injeções intramusculares, vacinas são inseridas no corpo humano pelo músculo que se encontra abaixo da gordura subcutânea. A agulha é inserida em um ângulo de 90 graus em relação à parte superior do braço.

No Japão, injeções subcutâneas — em que a dose é aplicada na camada entre a pele e o músculo — são as mais comuns em vacinações, inclusive para as doses da vacina contra a gripe. Por outro lado, acredita-se que as injeções intramusculares permitam que as vacinas sejam absorvidas mais rapidamente.

Okada Kenji, professor da Faculdade de Enfermagem de Fukuoka e presidente da Sociedade Japonesa de Vacinologia, afirma que fora do Japão, injeções intramusculares são geralmente usadas para vacinações regulares. Segundo ele, nem todas as injeções intramusculares são mais doloridas que as doses subcutâneas e a sensação depende das substâncias contidas na vacina. Também ressalta que a percepção de dor difere amplamente de pessoa para pessoa.

Ademais, o professor Okada também afirma que há relatos vindos de países do exterior de que as vacinas do coronavírus causam dores mais intensas no local da injeção do que outras vacinas. Ele diz que profissionais da saúde devem oferecer explicações detalhadas para preparar as pessoas para receber as doses. Aconselha que no momento de receber a injeção, o indivíduo tente se distrair ou focar o pensamento em outras coisas para aliviar a sensação de dor.

As informações são do dia 12 de março.

190. Informações sobre vacinas (20) – Eu preciso mesmo ser vacinado contra o coronavírus?

Nesta 20ª edição da série sobre vacinação, continuamos a trazer o parecer de especialistas sobre a seguinte questão: “Estando em dúvida quanto à necessidade de tomar a vacina contra o vírus, o que devo fazer?”

Membro do conselho consultivo que assessora o governo japonês sobre medidas contra o coronavírus, Okabe Nobuhiko é diretor-geral do Instituto de Saúde Pública da prefeitura de Kawasaki. Ele afirma que até agora não parece haver nenhum efeito colateral extremamente preocupante a respeito das vacinas, pelo menos com base em testes clínicos e informações de países nos quais já estão em andamento campanhas de inoculação.

Diz que, em comparação com vacinas contra a influenza e outras enfermidades, as que têm sido desenvolvidas contra o coronavírus podem causar maior dor no momento de aplicação da injeção e também um inchaço mais prolongado. Explica, contudo, que dados obtidos até agora mostram um desaparecimento dos sintomas após certo tempo.

No entanto, Okabe também considera necessária a existência de centros aos quais as pessoas possam recorrer para obter orientação de profissionais ou atendimento médico sempre que se sintam preocupadas.

Acrescenta que, se alguém indagar a ele próprio se pretende ser vacinado, a resposta será afirmativa. Adverte que, ao ser infectada pelo coronavírus, a pessoa pode ter apenas sintomas leves, como também pode adoecer muito. Para ele, entre a possibilidade de ficar gravemente enfermo em consequência do coronavírus e a de sofrer graves efeitos colaterais com a vacinação, os benefícios das vacinas na prevenção de sintomas superam em muito os riscos secundários.

Okabe lembra que, de qualquer modo, alguns indivíduos não podem receber a vacina, mesmo que assim o desejem, por predisposições contrárias. Além disso, há pessoas que se recusam de todos os modos a ser vacinadas. Conclui que é preciso respeitar decisões individuais.

Informações atualizadas em 8 de março.

189. Informações sobre vacinas (19) – Devo tomar ou não a vacina contra o coronavírus?

Nesta 19ª edição da série sobre vacinação, a pergunta é "Tenho as minhas dúvidas se devo tomar a vacina contra o coronavírus. O que devo fazer?"

Há muitas informações em circulação sobre as vacinas contra a Covid-19, deixando as pessoas em dúvida se devem tomar a dose. O professor Ishii Ken, do Instituto de Ciências Médicas, da Universidade de Tóquio, é um grande pesquisador sobre vacinas, tendo trabalhado no órgão que controla alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, a FDA, analisando se aprova ou não os resultados de ensaios clínicos.

Em relação às vacinas que seriam usadas no Japão, ele diz que a eficácia e a segurança de todas as vacinas adotam como base dados transparentes, e que parece não haver problema com as doses. Ele afirma ter tido preocupação sobre o rápido desenvolvimento dos imunizantes.

Contudo, após confirmar o número de participantes nos testes clínicos, assim como sua precisão, chegou à conclusão de que não há com o que se preocupar. O professor afirma que não pode descartar totalmente a possibilidade de efeitos colaterais a longo prazo em consequência das vacinas, e que ainda não está claro se efeitos adversos poderão surgir dentro de alguns anos após a vacinação. Entretanto, ele diz que, com exceção de tais possíveis riscos que poderão aparecer nos próximos anos, tudo está claro. Segundo ele, os benefícios de tomar a vacina superam os riscos de contrair o vírus e desenvolver sintomas graves.

Ishii diz que, agora que as vacinas estão prontas, indivíduos, assim como a sociedade, estão em dúvida se devem tomar a dose. Ele afirma que, do ponto de vista científico, as pessoas que pertencem ao grupo de alto risco, principalmente aquelas com 65 anos ou mais, devem ser imunizadas. O professor recomenda também que as pessoas que vivem com familiares idosos ou com problemas de saúde devem ser vacinadas para protegê-los. Ele diz que haverá risco de infecção caso as pessoas optarem por não tomar a dose. E acrescenta que cabe a cada um decidir se toma ou não a vacina, mas a decisão deve ser feita tendo em mente os familiares e as pessoas à sua volta.

As informações são do dia 5 de março.

188. Informações sobre vacinas (18) – Mesmo depois de vacinado, é preciso tomar medidas antivirais?

Nesta 18ª edição da série sobre vacinação, temos a pergunta “Mesmo depois de vacinado, é preciso usar máscara, evitar locais confinados e com muita gente ou tomar outras medidas contra o vírus?”

Especialistas dizem que é preciso dar continuidade a estas medidas até a confirmação da eficácia da vacinação em cada sociedade.

Testes clínicos confirmaram que a vacina em uso no Japão é 95% eficaz na supressão dos sintomas. Não significa, porém, que a vacinação seja capaz de impedir integralmente o surgimento de sintomas.

Tampouco se sabe se a vacina poderá evitar que as pessoas sejam infectadas pelo vírus. Mesmo depois de vacinada e estando protegida contra o surgimento de sintomas, a pessoa ainda pode ser infectada. Assim, se não tomar medidas antivirais, quem é vacinado ainda poderá representar risco de propagação do vírus ao seu redor.

Só há pouco tiveram início em várias partes do mundo as campanhas de vacinação. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos falam da necessidade de mais dados para confirmar que o efeito das vacinas tenha longa duração. O órgão e diversos especialistas recomendam que, depois de vacinadas, as pessoas continuem, por enquanto, a usar máscara, a realizar higienização com desinfetantes, a evitar aglomerações e a tomar diferentes medidas antivirais.

Informações atualizadas em 4 de março.

187. Informações sobre vacinas (17) – É aceitável tomar um antipirético ou analgésico após ter sido vacinado contra o coronavírus?

Nesta edição, trazemos até vocês a 17ª parte da nossa série sobre vacinações. Desta vez, vamos saber se é aceitável ou não tomar um antipirético ou um analgésico, caso você venha a ter febre ou sentir dor após a inoculação.

Sabe-se que algumas pessoas apresentam febre ou sentem dor após tomarem a vacina contra o coronavírus. Em muitos casos, isso ocorre dentro de um ou dois dias depois da inoculação. O site do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão na internet diz que pessoas que desenvolverem tais sintomas “devem tomar o antipirético ou o analgésico adequado e acompanhar o progresso da situação por alguns dias”.

No entanto, medidas devem ser tomadas, tais como dirigir-se até um hospital ou consultar um médico, caso a febre persista por mais de dois dias. Uma dessas medidas também deve ser tomada quando outras condições graves ou sintomas ainda não declarados ocorram.

O professor Nakayama Tetsuo, especialmente nomeado pela Universidade Kitasato e especialista em vacinas, afirma que sintomas como, por exemplo, febre e dor acontecem quando a função imunológica é ativada. Ele diz que tomar um antipirético ou um analgésico não terá nenhum impacto sobre a imunidade.

Na verdade, Nakayama declarou que, se uma pessoa tiver febre alta – acima de 38,5 graus – ou vier a sentir muita dor, seria provavelmente melhor tomar um antipirético ou algum medicamento para aliviar o sofrimento.

Por outro lado, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, pedem cautela a respeito de tomar ou não um antipirético ou qualquer tipo de analgésico antes da vacinação. O órgão disse que tais medidas “não são recomendadas” e que não está claro como elas podem afetar a inoculação em si.

Estas informações são referentes ao dia 3 de março.

186. Informações sobre vacinas (16) – Mulheres grávidas devem receber a vacina?

Hoje, trazemos o 16º episódio da nossa série sobre vacinação. Nesta edição, responderemos à seguinte pergunta: “Mulheres grávidas devem tomar a vacina?”

A Sociedade Japonesa para Doenças Infecciosas em Obstetrícia e Ginecologia e a Sociedade Japonesa de Obstetrícia e Ginecologia emitiram, em janeiro de 2021, uma declaração sobre como a vacinação contra o coronavírus pode afetar mulheres grávidas.

De acordo com a declaração, não foi reportada nenhuma reação adversa fatal durante os testes clínicos. No entanto, a política de vacinação varia de país para país. Enquanto nos Estados Unidos mulheres grávidas não devem ser excluídas do programa de vacinação, no Reino Unido não está sendo recomendado que mulheres grávidas sejam inoculadas devido à insuficiência de dados.

As duas instituições japonesas de medicina concluíram que, com relação à inoculação de mulheres grávidas, ainda não está claro se são seguras, quais são os efeitos em médio a longo prazo, nem quais efeitos colaterais a vacina pode ter nos fetos e recém-nascidos. Afirmam que não recomendam a exclusão de grávidas no programa de vacinação, mas que, caso forem ser inoculadas, especialistas médicos devem oferecer explicação suficiente às mulheres e checar a condição do feto antes de aplicar a vacina.

Também recomendam que mulheres que estejam tentando engravidar tomem a vacina antes, se possível. Também pedem que se consultem com seus obstetras e ginecologistas com antecedência.

As informações foram atualizadas no dia 2 de março.

185. Informações sobre vacinas (15) – É preciso ser vacinado mesmo já tendo tido a Covid-19?

Nesta 15ª edição da série sobre vacinação, temos a seguinte pergunta: “É preciso ser vacinado mesmo já tendo tido a Covid-19?”

Informamos em edição anterior que a Organização Mundial da Saúde recomenda imunizações caso alguém já tenha tido a enfermidade. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos também recomendam a vacinação para pacientes em recuperação.

Em seu site, o órgão refere-se às vacinas do tipo mRNA, desenvolvidas pelos laboratórios Pfizer e Moderna, que vêm sendo aplicadas na população americana. Explica que os dados de testes clínicos atestam a segurança de vacinas para pessoas que já tenham contraído a Covid-19.

Afirma: “As pessoas devem se vacinar independentemente de terem tido ou não a Covid-19”. Ocorre que especialistas ainda não sabem dizer por quanto tempo alguém que se recupere da enfermidade estará protegido de reincidência. Segundo o órgão, o nível de imunidade natural resultante da infecção difere de pessoa para pessoa.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças acrescentam: “Quem tenha sido tratado contra a Covid-19 com anticorpos monoclonais ou plasma convalescente deve aguardar 90 dias para tomar uma vacina contra a enfermidade.” O órgão recomenda consultar o médico.

Estas informações foram atualizadas em 1º de março.

184. Informações sobre vacinas (14) – As vacinas podem provocar reação anafilática?

Nesta 14ª edição da série sobre vacinação, a pergunta é “As vacinas podem provocar reação anafilática?”

Casos de anafilaxia resultantes de vacinação têm sido registrados nos Estados Unidos e em outros países nos quais já foram iniciadas campanhas de vacinação.

Segundo um relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, 21 casos de reação anafilática foram observados após a aplicação das primeiras 1,9 milhão de doses iniciais da vacina da Pfizer-BioNTech entre 14 e 23 de dezembro.

O órgão informou, além disso, que dez casos de anafilaxia foram registrados depois da aplicação de pouco mais de 4 milhões das primeiras doses da vacina do laboratório Moderna entre 21 de dezembro e 10 de janeiro.

O mesmo órgão diz que a maioria dos casos de reação anafilática ocorre em pessoas com histórico de alergias e que todos os indivíduos sobre os quais estavam disponíveis informações de acompanhamento se recuperaram.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças esclarecem que casos de reação anafilática raramente ocorrem após a vacinação, mas, por haver risco de morte, exigem tratamento imediato.

O órgão afirma que os locais de vacinação devem dispor de equipamento apropriado e pessoal habilitado para assegurar que todos com suspeita de anafilaxia sejam tratados prontamente — por exemplo, com uma injeção de epinefrina. Acrescenta que todos os vacinados devem ser instruídos a buscar atendimento médico tão logo apresentem sinais ou sintomas de reação alérgica depois de deixar os locais de vacinação.

A anafilaxia é uma grave reação alérgica. Médicos explicam, contudo, que raramente é fatal desde que tratada com urgência, incluindo a aplicação de epinefrina.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão informa, em seu site, que os postos de vacinação e as instituições médico-hospitalares no país dispõem dos medicamentos e demais recursos necessários para prestar pronto atendimento em casos de reação alérgica.

Estas informações são de 26 de fevereiro.

183. Informações sobre vacinas (13) – Há medidas de assistência para o caso de o vacinado sofrer efeitos colaterais?

Desta vez, a pergunta é: “Há medidas de assistência para o caso de o vacinado sofrer efeitos colaterais?”

O governo japonês dispõe de um sistema de assistência para pessoas que apresentarem efeitos colaterais. A lei de vacinação do Japão dá cobertura a indivíduos que sejam vacinados contra o coronavírus. O governo pagará, assim, despesas médico-hospitalares ou pensões por invalidez a quem sofrer efeitos adversos.

Estas informações foram atualizadas em 25 de fevereiro.

182. Informações sobre vacinas (12) – Há efeitos colaterais em vacinas contra coronavírus?

Nesta edição, trazemos até vocês a 12ª parte da nossa série sobre vacinação. Desta vez, a pergunta é: Há efeitos colaterais em vacinas contra o coronavírus? Houve alguma morte em decorrência deles?

Efeitos colaterais podem ocorrer em qualquer vacina e eles também já foram registrados em vacinas contra o coronavírus. Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, as reações mais comuns registradas em vacinas desenvolvidas pela companhia farmacêutica americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech, e pela também fabricante americana Moderna, são: dores e inchaço, vermelhidão, calafrios, cansaço e dores de cabeça. Essas reações costumam aparecer dentro de um ou dois dias após o recebimento das doses e muitas vezes desaparecem em poucos dias. Embora seja raro, houve relatos de sintomas moderados a graves que foram pesados o suficiente para afetar o cotidiano.

De acordo com um relatório da vacina da Pfizer-BioNTech, com base em testes clínicos e comunicados à imprensa da companhia, sintomas graves incluíam 3,8% com fadiga e 2% com dores de cabeça. Dos 40 mil participantes do teste clínico, duas pessoas que foram vacinadas morreram. Por outro lado, quatro participantes que foram inoculados com placebo também acabaram morrendo. Portanto, o documento diz que as mortes provavelmente não estão relacionadas com a vacina.

Estas informações são referentes ao dia 24 de fevereiro.

181. Informações sobre vacinas (11) – Quais são os efeitos colaterais da vacina da Pfizer e BioNTech?

A questão desta edição é: quais são os efeitos colaterais da vacina desenvolvida pela Pfizer com a BioNTech?

Um comitê consultivo americano sobre imunização compilou dados sobre os efeitos colaterais reportados após inoculações com a vacina desenvolvida pela Pfizer e a BioNTech. Um estudo feito com cerca de 997 mil pessoas que já receberam a vacina revelou que: após a primeira dose, 67,7% das pessoas reportaram dor na área da injeção; 28,6% reportaram fadiga; 25,6%, dor de cabeça; 17,2% relataram dores musculares; 7,4%, febre; 7,1 %, dor nas juntas; 7% relataram calafrios; 7%, náusea; e 6,8% reportaram inchaço. Também foram registrados casos de reações alérgicas graves após a inoculação.

Um estudo feito sobre as 9.943.247 doses da vacina da Pfizer e BioNTech administradas até 18 de janeiro revelou que foram reportados 50 casos de anafilaxia, uma reação alérgica grave. O valor corresponde a uma taxa de 1,0057 casos de anafilaxia por 200 mil doses ministradas. Os casos registrados ocorreram em pessoas com idade entre 26 e 63 anos, com a idade média sendo de 38,5 anos.

As mulheres perfizeram 94% dos casos. O princípio da anafilaxia ocorreu em até 15 minutos após a injeção em 74% dos casos e dentro de 30 minutos em 90% dos casos. Em 80% das ocorrências, as pessoas afetadas já possuíam um histórico de reações alérgicas tanto a medicamentos ou a alimentos.

As informações foram atualizadas no dia 22 de fevereiro.

180. Informações sobre vacinas (10) – Cuidados a serem tomados antes e depois da vacina

Hoje, apresentamos a décima parte de nossa série sobre a vacinação, respondendo à pergunta: “Com que condições de saúde precisamos tomar cuidado antes e depois de sermos vacinados contra o coronavírus?”

Pode haver casos em que pessoas que não estejam se sentindo bem sejam aconselhadas a não tomar a vacina. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar Social do Japão pede àqueles que tiverem febre de 37,5 graus centígrados ou mais, ou que não estejam se sentindo bem, que evitem ser vacinados. Para pessoas com condições preexistentes ou que estejam recebendo algum tratamento, o ministério recomenda consultar o médico no exame que será feito antes da vacinação.

O ministério pede também que pessoas que tomarem a vacina permaneçam no local por pelo menos 15 minutos após a injeção para se certificarem de que não tiveram nenhuma reação alérgica. O ministério diz que se sentirem algo anormal, devem contatar um médico. Depois da vacina é permitido tomar banho de imersão, com cuidado para não esfregar o local da picada. Exercícios vigorosos devem ser evitados no dia da vacina.

Nakayama Tetsuo, professor da Universidade Kitasato, tem bastante experiência com vacinas, e diz que não há problema em tomar banho ou até mesmo consumir álcool em quantidade moderada, mas com certeza, beber demais está fora de cogitação.

Ao mesmo tempo, devemos nos lembrar que o medo de vacinas pode causar tontura ou deixar a pessoa ofegante. Se isso acontecer no local das vacinações em grupo, este tipo de reação pode deixar outras pessoas nervosas. Okabe Nobuhiko, diretor-geral do Instituto de Saúde Pública da Cidade de Kawasaki, que também é membro do painel do governo sobre coronavírus, diz que é necessário criar um sistema de consultas para pessoas que estiverem preocupadas com as vacinas.

Estas informações foram atualizadas no dia 19 de fevereiro.

179. Informações sobre vacinas (9) – Qual é a finalidade das vacinações?

Nesta edição, apresentamos a nona parte da nossa série sobre vacinações. Desta vez, a pergunta é: “As vacinas são feitas para nos proteger do vírus ou para prevenir que infectados se tornem gravemente enfermos?”

Considera-se que as vacinas contra o novo coronavírus ajudem a prevenir que pacientes desenvolvam sintomas ou que se tornem gravemente enfermos, em vez de nos proteger contra o vírus.

Especialistas afirmam que, de maneira geral, vacinas são feitas para ajudar a prevenir a infecção por si só, evitar que pacientes apresentem sintomas ou que se tornem gravemente doentes e, assim, atingir a chamada imunidade de rebanho.

É difícil verificar se uma certa vacina é eficaz em evitar o contágio pelo vírus. Isso ocorre porque muitas pessoas infectadas permanecem assintomáticas. E, também, porque é necessária uma análise detalhada das células para descobrir se o vírus entrou no corpo humano.

A Agência de Fármacos e Aparelhos Médicos (PMDA, na sigla em inglês) é o órgão que avalia medicamentos no Japão. Segundo a instituição, no que se refere a avaliações de vacinas para o novo coronavírus, estudos clínicos são necessários, em princípio, para verificar a eficácia da vacina em prevenir que pessoas infectadas pelo vírus desenvolvam sintomas. Experimentos clínicos nos Estados Unidos e na Europa indicam não apenas a eficácia da vacina em evitar que pacientes desenvolvam sintomas, mas também quão eficazes as doses são em protegê-los contra os sintomas graves. A agência também inclui a efetividade na prevenção de sintomas graves em seus critérios usados para avaliar vacinas contra o coronavírus.

A obtenção de imunidade de rebanho também é um dos efeitos esperados das campanhas de vacinação contra o coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que para alcançá-la, mais de 70% da população mundial precisa ser inoculada. A OMS diz que, segundo tais dados, parece ser difícil atingir esse objetivo até o final deste ano.

Estas informações são referentes ao dia 18 de fevereiro.

178. Informações sobre vacinas (8) – O que é a vacina de mRNA?

Nesta edição, trazemos até vocês a oitava parte da nossa série sobre vacinação. Desta vez, vamos saber mais a respeito da “vacina de mRNA” ou RNA mensageiro.

Uma “vacina à base de genes”, que contém cadeias de material genético do novo coronavírus, foi comercializada. No dia 17 de fevereiro, o Japão deu início ao seu programa de vacinação contra a Covid-19 empregando a vacina desenvolvida conjuntamente pelas companhias farmacêuticas Pfizer, dos Estados Unidos, e BioNTech, da Alemanha. Este imunizante e um outro desenvolvido pela Moderna, também dos Estados Unidos, são “vacinas de mRNA” que contêm material genético.

A vacina funciona através da injeção no corpo humano de “mRNA”, ou RNA mensageiro, que inclui informações genéticas das “proteínas spike” presentes na superfície do vírus. O “mRNA” serve como um esquema dentro da célula humana para a produção de proteínas spike.

O sistema imunológico do organismo começa a trabalhar para criar numerosos anticorpos contra as proteínas spike. Esses anticorpos montam imediatamente um ataque quando um vírus de verdade entra no organismo.

No entanto, o mRNA não tem estabilidade e quando injetado na forma de vacina acaba se dissolvendo em seguida e não permanece no organismo. Por outro lado, fala-se que a vacina de RNA mensageiro é altamente segura porque ela não penetra no núcleo da célula que contém o gene humano.

Estas informações são referentes ao dia 17 de fevereiro.

177. Informações sobre vacinas (7) – Condições de saúde pré-existentes que devem ter prioridade no programa de vacinação no Japão

Nesta edição, trazemos até vocês a sétima parte da nossa série sobre vacinação. Vamos observar quais condições de saúde pré-existentes devem ter prioridade no programa de vacinação contra a Covid-19 do Japão.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social elaborou uma lista de condições de saúde. Incluem-se aí doenças crônicas do coração e dos rins, distúrbios respiratórios, doenças que causam danos à imunidade, como, por exemplo, o câncer, e apneia do sono. Pessoas hospitalizadas ou que consultam o médico periodicamente terão prioridade.

As autoridades não exigirão que os pacientes submetam atestados para comprovar suas condições de saúde. Eles precisam apenas preencher um questionário.

Pessoas com índice de massa corporal (BMI) igual ou acima de 30 também terão prioridade. Estima-se que o número de adultos que se enquadram nesta categoria de obesidade ou apresentam as condições pré-existentes seja em torno de 8,2 milhões de pessoas no Japão.

Estas informações são referentes ao dia 16 de fevereiro.

176. Informações sobre vacinas (6) – Em quem as vacinas serão aplicadas primeiramente?

Nesta sexta edição da série em que tratamos de vacinação, a pergunta é: “Em quem as vacinas serão aplicadas primeiramente?”

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão anunciou que as vacinas serão aplicadas por ordem de prioridade e que profissionais da medicina terão primazia. Eles serão seguidos por indivíduos com mais de 65 anos e, depois, por quem trabalha em estabelecimentos de cuidados e abrigo de idosos ou pessoas com enfermidades incluídas entre os fatores de risco.

No que se refere aos trabalhadores em estabelecimentos de cuidados e abrigo de idosos, o ministério pretende autorizá-los, sob certas condições, a receber as doses da vacina ao mesmo tempo em que as receberem pessoas de idade avançada — por exemplo, na mesma ocasião em que médicos forem aos estabelecimentos aplicar a vacina nos idosos. A pasta explica que o objetivo da simultaneidade é evitar concentração de contágios nas instalações. Entre as condições está a presença de médico que monitore diariamente a saúde das pessoas de idade avançada nos diversos estabelecimentos. A intenção é garantir a presença de profissionais que observem a condição dos idosos após cada inoculação, em lugar dos funcionários do próprio estabelecimento, que também serão vacinados.

A vacina será aplicada somente em quem deseje receber as suas doses. Com algumas pessoas de idade avançada, talvez haja dificuldade em confirmar a intenção de tomar a vacina. Em relação a estes casos, a orientação do ministério é que a aplicação seja decidida por meio de consulta a familiares ou médicos responsáveis.

Estas informações são atualizadas em 15 de fevereiro.

175. Informações sobre vacinas (5) – Procedimentos da vacinação

Apresentamos a quinta parte de nossa série sobre vacinação. A pergunta de hoje é como será o procedimento da vacinação no Japão.

Para a vacinação em massa, o indivíduo deverá primeiramente apresentar na recepção um cupom que será enviado às residências pela prefeitura de cada município, e confirmar sua identidade através de um documento como a carta de motorista ou o cartão de seguro-saúde, entre outros.

Em seguida a pessoa deverá preencher um questionário sobre suas condições de saúde, histórico médico, e depois ser examinada para averiguar se poderá tomar a vacina.

Se não houver problemas até este estágio, a pessoa poderá então ser vacinada. Espera-se que a vacinação leve até dois minutos por pessoa.

Após tomar a injeção, cada indivíduo receberá um certificado indicando a data e o nome da vacina recebida. Este documento será exigido quando a pessoa tomar a segunda dose da vacina.

É importante lembrar que as pessoas vacinadas não poderão voltar imediatamente para casa. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social requer que as pessoas fiquem no local por mais de quinze minutos após a vacinação, numa área específica, para que suas condições sejam observadas.

Segundo testes clínicos realizados no exterior, algumas pessoas que tomaram a vacina que será fornecida ao Japão disseram ter sentido dor de cabeça ou fadiga após receber a dose da vacina. Em casos raros, choques anafiláticos envolvendo reações alérgicas graves à vacina também foram registrados nos Estados Unidos e em outros países.

Postos de assistência serão criados nos locais de vacinação para o caso de alguém passar mal após ser vacinado.

Esta informação foi atualizada no dia 5 de fevereiro.

174. Informações sobre vacinas (4) – Como e onde serão feitas vacinações contra a Covid-19 no Japão?

Esta é a quarta edição da atual série sobre vacinação. A pergunta é: “Como e onde serão feitas vacinações contra a Covid-19 no Japão?”

Governos municipais têm a incumbência de administrar doses de vacinas sob a orientação do governo nacional. A expectativa é de que quem deseje ser vacinado receba a inoculação na localidade em que tenha registrado o seu domicílio. Excepcionalmente indivíduos que vivam afastados do lar por motivos de trabalho ou internação hospitalar poderão ser vacinados em outras localidades.

Governos municipais deverão enviar por correio para o endereço de residentes cupons necessários ao recebimento das inoculações. Bastará, então, entregar os cupons no local de vacinação para receber as doses gratuitamente. Será necessário, porém, marcar antecipadamente cada vacinação por telefone ou outros meios.

Os locais de vacinação serão instituições médico-hospitalares, centros comunitários e ginásios esportivos. A próxima edição desta série trará procedimentos específicos para vacinação.

As informações foram atualizadas no dia 4 de fevereiro.

173. Informações sobre vacinas (3) – Quanto tempo dura a imunidade oferecida pelas vacinas contra o coronavírus?

Apresentamos a terceira parte de uma série sobre vacinações. A pergunta de hoje é sobre a duração da imunidade oferecida pelas vacinas contra a Covid-19.

Diversas vacinas contra o coronavírus foram ou estão sendo desenvolvidas no Japão e no exterior. No entanto, ainda não se sabe quanto tempo dura a eficácia das doses, já que experimentos clínicos e as próprias vacinações acabaram de começar no exterior.

O Ministério da Saúde do Japão afirma que as vacinas provavelmente também são eficazes contra as variantes do novo coronavírus. Funcionários da pasta afirmam que vírus geralmente sofrem constantes mutações e que é improvável que estas pequenas mutações anulem a eficácia das vacinas.

Resultados de testes mostram que pessoas inoculadas com a vacina da Pfizer ou outras atualmente disponíveis desenvolveram anticorpos que também tiveram efeito contra variantes do coronavírus. Os funcionários do ministério da Saúde afirmam que vão confirmar a eficácia e segurança das vacinas, incluindo seu efeito sobre as cepas mutantes, durante os testes que estão em andamento no Japão.

As informações são do dia 3 de fevereiro.

172. Informações sobre vacinas (2) – Por que a vacinação é necessária?

Hoje apresentamos o segundo episódio de uma série sobre vacinas. A pergunta desta edição é: “por que a vacinação é necessária”?

O objetivo de uma vacinação é imunizar a população ou fortalecer seus sistemas imunológicos. O resultado esperado é prevenir o desenvolvimento de sintomas ou a apresentação de quadro grave da doença. Em adição, também se espera que contenha a disseminação da doença em meio às comunidades.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão afirma que o resultado dos testes clínicos realizados no exterior demonstrou que as vacinas para o novo coronavírus são eficazes na prevenção de casos graves e de outros sintomas, como febre.

Caso a vacinação de um grande número de pessoas seja capaz de ajudar a reduzir o número de pacientes em estado grave e de mortes decorrentes da doença, então o ônus sobre o sistema de saúde seria amenizado.

As informações foram atualizadas no dia 2 de fevereiro.

171. Informações sobre vacinas (1) – Vacinação para estrangeiros

Estrangeiros que vivem no Japão estão incluídos no programa de inoculação do país e poderão receber as vacinas financiadas pelo governo. Esta semana, damos continuidade à série sobre vacinações, com o objetivo de ajudar a informar os quase 3 milhões de estrangeiros que residem no Japão, para que recebam as doses sem nenhum empecilho. A pergunta de hoje é sobre a vacinação para estrangeiros que residem no Japão.

Estrangeiros que vivem no Japão poderão receber a vacina para o coronavírus no município onde estão registrados como residentes.

O programa de vacinação do Japão está previsto para ter início no dia 17 de fevereiro. As inoculações serão administradas primeiramente em profissionais da saúde, gradualmente alargando o escopo para incluir idosos, seguidos por pessoas com problemas de saúde pré-existentes. A vacinação para idosos deve começar em determinado momento em abril.

Com relação ao local para receber as doses, postos de vacinação serão, a princípio, organizados pelos municípios onde cada pessoa está registrada como residente.

O governo planeja enviar à moradia dos residentes cupons que deverão ser apresentados para receber as doses da vacina. As inoculações serão realizadas gratuitamente.

As informações foram atualizadas no dia 15 de fevereiro.

170. O fundo de apoio do governo japonês para trabalhadores que tiraram licença devido à pandemia (2)

Hoje, levamos até vocês o segundo tópico da série de duas partes sobre o fundo de apoio do governo para trabalhadores que foram obrigados a não irem trabalhar por causa da pandemia. A questão abordada hoje é como se inscrever no programa de ajuda e onde fazer as consultas.

O programa se destina aos trabalhadores de companhias de pequeno e médio porte que foram instruídos pelos empregadores a não trabalharem devido à pandemia e cujos empregadores não têm condições de lhes pagar as ajudas de custo legalmente requeridas. Estagiários técnicos que trabalham em tais companhias também se enquadram nesse programa.

Os trabalhadores nessa situação podem receber 80% do salário que ganhavam antes de deixarem de trabalhar, com o limite máximo de 11.000 ienes por dia, pelo período de tempo que eles não puderam trabalhar desde abril do ano passado. O programa vai cobrir o período até o final do mês seguinte ao mês em que o estado de emergência for suspenso.

Segundo dados do dia 21 de janeiro, o governo já aceitou cerca de 810 mil requerimentos e decidiu pagar um total de mais de 63,6 bilhões de ienes. Tanto os trabalhadores como as companhias podem requerer a ajuda pelo correio ou online.

O website do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social oferece informações sobre o requerimento em japonês, inglês, português, espanhol e chinês. O website da Organização para Treinamento de Estagiários Técnicos, ou OTIT, na sigla em inglês, traz informações em chinês, vietnamita, tagalo, indonésio, tailandês, inglês, khmer e birmanês.

O ministério conta com um serviço telefônico gratuito para responder a questões sobre o programa, porém o atendimento é feito somente em japonês. O número do telefone é 0120-221-276. O horário de funcionamento é das 8h30 às 20h00, de segunda a sexta-feira, e das 8h30 às 17h15, nos fins de semana e feriados.

Esta informação foi atualizada no dia 29 de janeiro.

Detalhes sobre o subsídio, veja o website do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social
https://www.mhlw.go.jp/content/11600000/000648771.pdf
*Você está saindo do site da NHK WORLD-JAPAN.

Website da Organization for Technical Intern Training (Organização para Treinamento de Estagiários Técnicos)
https://www.otit.go.jp/CoV2_jissyu_seikatsu/
(em japonês, chinês, vietnamita, tagalo, indonésio, tailandês, inglês, khmer e birmanês)
*Você está saindo do site da NHK WORLD-JAPAN.

169. O fundo de apoio do governo japonês para trabalhadores que tiraram licença devido à pandemia (1)

Nesta edição, trazemos até vocês a primeira de duas partes de uma série sobre o fundo de apoio do governo japonês para empregados que foram forçados a tirar licença do trabalho devido à pandemia de coronavírus.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social havia informado anteriormente que pessoas que tiraram licença por causa do surto e cujos empregadores não lhes pagassem abonos requeridos por lei são elegíveis ao benefício até o dia 28 de fevereiro. Agora, as autoridades dizem que o programa de apoio foi estendido até o final do mês seguinte ao mês em que o estado de emergência for suspenso.

A lei de normas trabalhistas do Japão estabelece que empregadores devem pagar pelo menos 60% do salário quando instruem seus funcionários a tirar licença devido a razões próprias da empresa.

Algumas delas, porém, não efetuam pagamentos alegando problemas empresariais, entre outros motivos. O ministério pede aos trabalhadores que solicitem o benefício quando isso ocorrer.

O programa é voltado para empregados de firmas de pequeno e médio porte que foram forçados a tirar licença por determinado tempo desde abril do ano passado. Eles estão aptos a receber 80% do salário ganho anteriormente ao pedido de licença, com o teto de 11 mil ienes, ou cerca de 100 dólares, por dia.

Tanto trabalhadores como empresas podem solicitar o benefício. Funcionários do Ministério do Trabalho encorajam os trabalhadores a fazer a solicitação mesmo quando não haja cooperação por parte do empregador.

Na próxima edição, vamos saber como você deve proceder para solicitar o benefício e com quem entrar em contato para saber mais a respeito.

Estas informações são referentes ao dia 28 de janeiro.

168. Qual é a visão global da OMS sobre vacinações? (7) — Menores de 16 anos podem receber a vacina da Pfizer?

Nesta edição, apresentamos a sétima parte de uma série sobre a visão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre vacinações. Desta vez, a pergunta é sobre a inoculação para menores de 16 anos com a vacina contra o coronavírus fabricada pela Pfizer.

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Substâncias Biológicas da OMS, Kate O’Brien, proferiu os seguintes comentários durante uma coletiva de imprensa realizada online no dia 7 de janeiro.

Segundo ela, o comitê, em geral, não recomenda a vacinação para menores de 16 anos, pois a entidade não dispõe de dados a respeito. O’Brien afirma que experimentos clínicos feitos até agora não incluíram pessoas abaixo dos 16 anos, mas que há pesquisas em andamento para verificar a eficácia da vacina em crianças com idades entre 12 e 16 anos. Assim, mais informações devem ser disponibilizadas em um futuro próximo.

Contudo, ela também disse que os responsáveis por aplicar as vacinas podem, após consultar os familiares, oferecer doses a crianças que tenham condições de saúde pré-existentes graves ou que estejam sob risco de apresentar sérias consequências devido à infecção pelo vírus. No entanto, ela ressaltou que, em geral, a vacinação não é recomendada para menores de 16 anos.

Estas informações são referentes ao dia 27 de janeiro.

167. Qual é a visão global da OMS sobre vacinações? (6) — Quanto tempo dura a imunidade da vacina contra coronavírus?

Nesta edição, trazemos a sexta parte da série sobre o ponto de vista da Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeito das vacinações. Desta vez, a pergunta é: Quanto tempo dura a imunidade da vacina?

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Substâncias Biológicas da OMS, Kate O’Brien, fez as seguintes declarações durante uma coletiva de imprensa online realizada no dia 7 de janeiro.

Segundo O’Brien, testes clínicos tiveram início na primavera do Hemisfério Norte no ano passado e nós ainda estamos nos primórdios da utilização dessas vacinas. Ela disse que é possível aprender sobre o tempo de duração da imunidade por meio da contínua observação das pessoas que participaram desses testes clínicos. Portanto, a Organização Mundial da Saúde não tem a resposta neste momento. Kate O’Brien afirmou que a esperança e expectativa da entidade é de que haverá imunidade duradoura.

De acordo com a diretora, a OMS também monitora pessoas que foram naturalmente infectadas pela Covid-19. Ela disse que isso dará alguma indicação sobre o tempo de duração da imunidade natural e talvez seja aplicável à imunidade relacionada a vacinas. O’Brien reiterou que ainda é muito cedo para dizer neste momento quanto tempo vai durar a imunidade.

Estas informações são referentes ao dia 26 de janeiro.

166. Qual é a visão global da OMS sobre vacinações? (5) — Há problema em receber uma segunda dose de vacina contra o coronavírus diferente da primeira?

Nesta quinta edição da série em que apresentamos a visão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre vacinações, a questão é: “Há problema em receber uma segunda dose de vacina contra o coronavírus diferente da primeira?”

No dia 7, em entrevista coletiva à imprensa realizada on-line, a diretora do departamento de imunização, vacinas e substâncias biológicas da OMS comentou a questão.

Kate O’Brien destacou que mais de uma vacina já vem sendo aplicada em alguns países. Afirmou que a OMS não dispõe de dados sobre mistura e combinação de diferentes vacinas. Ressalvou, contudo, que, se um indivíduo for inoculado com a vacina da Pfizer, por exemplo, a aplicação da segunda dose deverá ser com vacina correspondente da mesma fabricante. Esclareceu que a Organização Mundial da Saúde está ciente de que, em alguns países, diferentes tipos de vacina vêm sendo aplicados na primeira e na segunda doses. Disse considerar o assunto uma modalidade de pesquisa de grande importância, à qual a OMS dará prioridade com o objetivo de fazer recomendações.

Estas informações são correspondentes ao dia 25 de janeiro.

165. Empresas de pequeno e médio porte poderão solicitar subsídio do governo japonês até 15 de fevereiro

Hoje, vamos falar sobre os programas de subsídio do governo japonês para ajudar empresas de pequeno e médio porte a manterem seus negócios e pagarem o aluguel em meio à pandemia. Em 15 de janeiro, o Ministério da Economia, Comércio e Indústria anunciou que firmas poderão fazer a solicitação para o subsídio até o dia 15 de fevereiro, caso efetuem a notificação de seu pedido até o final de janeiro. O prazo inicial para o requerimento era até 15 de janeiro.

O "Programa de Subsídio para a Manutenção de Negócios", estabelecido pelo governo, oferece até 2 milhões de ienes em assistência para empresas de pequeno e médio porte que tiveram suas rendas reduzidas, de forma significativa, em consequência do coronavírus. Já o "Programa de Subsídio para Auxílio à Locação Comercial" fornece fundos para ajudar as empresas no pagamento de aluguel.

O ministério diz que não está prorrogando propriamente o prazo dos programas de subsídio. Contudo, afirma que decidiu estender o período de requerimento até 15 de fevereiro, uma vez que as firmas podem estar enfrentando dificuldades em preparar os documentos necessários após o estado de emergência ter sido declarado pela segunda vez. Entretanto, as empresas devem efetuar notificação primeiro, até o dia 31 de janeiro, citando os motivos que as levaram a fazer solicitação no período prorrogado.

A informação é do dia 22 de janeiro.

164. Qual é a visão global da OMS sobre vacinações? (4) — Indivíduos curados de uma infecção pelo coronavírus devem ser vacinados?

Esta é a quarta edição da série sobre a visão da Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeito das vacinações. Desta vez a pergunta é: “Indivíduos curados de uma infecção pelo coronavírus devem ser vacinados?”

Alejandro Cravioto, chefe de uma equipe de trabalho do grupo de consultoria estratégica por especialistas em imunização da OMS, comentou a questão, no dia 7, em entrevista coletiva on-line concedida à imprensa.

Afirmou que a necessidade da vacinação foi uma das principais recomendações do organismo pelo entendimento da OMS de que indivíduos infectados anteriormente pela Covid-19, uma vez diagnosticados por exame de PCR ou de antígenos, não devam ser excluídos das campanhas. Ele esclareceu que a OMS desconhece a duração do efeito natural de proteção das pessoas contra reinfecções. Citou um estudo publicado no dia 6, segundo o qual as pessoas permaneceriam protegidas por até oito meses. O estudo não apresenta, porém, dados suficientes para excluir a necessidade da vacinação.

No entanto, Cravioto acrescentou que ficaria a critério de cada indivíduo a decisão de aguardar um pouco, a fim de dar prioridade de vacinação a pessoas pertencentes a grupos de risco.

A diretora do departamento de imunização, vacinas e substâncias biológicas da Organização Mundial da Saúde, Kate O’Brien, fez a seguinte afirmação: “O mundo está apenas dando início às campanhas de vacinação e cada país se esforça para levá-las ao grupo de mais alta prioridade.” É muito pequena a probabilidade de que alguém infectado anteriormente volte a contrair a Covid-19 dentro de seis meses. Ela acrescentou, contudo, que a OMS não pretende afirmar que as campanhas de vacinação devam de fato excluir ou retardar a vacinação destes indivíduos.

As informações foram atualizadas no dia 21 de janeiro.

163. Qual é a visão global da OMS sobre vacinações? (3) — Pessoas com condições de saúde preexistentes devem ser vacinadas?

Apresentamos a terceira parte da série sobre o ponto de vista da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre vacinações. Desta vez, a pergunta é: pessoas com condições de saúde preexistentes devem ser vacinadas?

Eis a declaração de Alejandro Cravioto, chefe do Grupo de Trabalho da Equipe de Especialistas em Aconselhamento Estratégico sobre Imunização da OMS, durante uma coletiva de imprensa online realizada em 7 de janeiro.

Segundo Cravioto, vacinar ou não pessoas depende do tipo de condição de saúde preexistente delas. Disse que é evidente que qualquer um que tenha tido uma reação alérgica grave a qualquer tipo de vacina não deve ser imunizado desta vez. No entanto, o especialista seguiu dizendo que, caso alguma pessoa tenha tido uma reação alérgica com alimentos ou outros produtos, não há nenhuma contraindicação para que a vacina seja empregada. Acrescentou que é recomendável que a vacinação ocorra em um local onde reações alérgicas graves possam ser tratadas de forma efetiva e imediata.

Por sua vez, Kate O’Brien, diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Substâncias Biológicas da OMS, declarou o seguinte durante a mesma coletiva de imprensa.

De acordo com O’Brien, pessoas com condições de saúde subjacentes, doença cardíaca, doença pulmonar subjacente, diabetes ou obesidade, são as que realmente enfrentam um risco maior de sofrer com sintomas graves decorrentes da infecção causada pela Covid-19. Disse que pessoas com condições subjacentes são, na verdade, justamente as que ela quer que sejam imunizadas.

A diretora da Organização Mundial da Saúde afirmou que ainda não possui dados sobre se a vacinação representa algum tipo de preocupação para mulheres grávidas. Contudo, ressaltou que não existe razão para acreditar que os imunizantes possam ser prejudiciais às gestantes ou aos seus futuros bebês. Kate O’Brien afirmou que a OMS aconselha às mulheres grávidas que estão no grupo de recomendação prioritário, especialmente as que são trabalhadoras da saúde, que conversem com seus superiores para discutir o tipo de risco que a Covid-19 representa para elas. E, caso haja um perigo significativo, elas sejam vacinadas.

O’Brien disse que pessoas soropositivas devem ser vacinadas, o mesmo ocorrendo para qualquer um que seja portador de condições que possam colocá-lo em risco de contrair uma grave enfermidade pela Covid-19.

Estas informações são correspondentes ao dia 20 de janeiro.

162. Qual é a visão global da OMS sobre vacinações? (2) — As vacinas funcionam para as novas cepas do coronavírus?

Hoje trazemos a segunda edição da série sobre o posicionamento da Organização Mundial da Saúde com relação a vacinações. A pergunta é: “As vacinas funcionam com todas as diferentes cepas do coronavírus?”

O mundo está presenciando uma rápida disseminação de diferentes mutações do coronavírus. A seguir apresentamos o que a diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Substâncias Biológicas da OMS, Kate O’Brien, explicou durante uma conferência online realizada no dia 7 de janeiro.

O’Brien disse que, ao longo do processo de desenvolvimento e testes de vacinas, elas passam por avaliações de eficácia para uma série de diferentes cepas dos vírus. Ela disse que vírus sofrem mutações o tempo todo e que isso é uma característica normal de um vírus. A diretora disse que a principal questão é se o vírus mudou de uma forma que afeta a doença em si ou os tratamentos disponíveis, ou se, neste caso, a mudança pode afetar as vacinas.

A diretora da OMS disse que existem diversos relatos sobre algumas novas mutações do coronavírus sendo descobertas em todo o mundo, o que cria preocupações sobre sua transmissão. No entanto, já estão em andamento análises para determinar se as vacinas existentes serão afetadas de qualquer forma pelas novas cepas.

O’Brien disse, entretanto, que o que eles podem confirmar neste momento sem nenhuma sombra de dúvidas é que precisamos prosseguir o mais rápido possível com a vacinação. Disse ainda que é improvável que o tipo de mudanças vistas nas novas cepas afete o impacto das vacinas.

As informações foram atualizadas no dia 19 de janeiro.

161. Qual é a visão global da OMS sobre vacinações? (1) — Qual é a visão global da atual situação?

Iniciamos nesta edição uma série sobre a visão da Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeito de vacinações. Com o início da aplicação de vacinas em várias partes do mundo, a pergunta é “Qual é a visão global da atual situação?”

A médica que dirige o departamento de imunização, vacinas e substâncias biológicas da OMS falou sobre a questão no dia 7 em entrevista coletiva on-line.

Kate O’Brien declarou: “As coisas mudam a cada dia. Estamos agora em um estágio no qual há um determinado número de vacinas já capazes de demonstrar que realmente funcionam.”

Prosseguiu: “Algumas receberam homologação em diferentes países. Vacinas vêm sendo agora aplicadas principalmente em nações de alta renda.” Acrescentou que em breve vacinações serão realizadas em países de renda baixa ou média.

Segundo ela, ao menos três das vacinas foram verificadas por reguladores que têm os mais altos padrões de dados de avaliação. O’Brien explicou que estes reguladores avaliam dados sobre segurança, eficácia e qualidade de fabricação. Apontou a existência de três vacinas desenvolvidas pelas farmacêuticas AstraZeneca, Moderna e Pfizer que receberam homologação de ao menos uma autoridade dotada do melhor padrão.

Citou também a existência de vacinas, com resultados de eficácia e dados já publicados, que a OMS ainda avalia. Citou as da China, como a Sinopharm e a Sinovac, e a da Rússia, em desenvolvimento pelo Instituto Gamaleya.

A diretora do departamento de imunização, vacinas e substâncias biológicas da OMS asseverou: “O mais importante é a existência de um suprimento realmente grande de vacinas que passam em testes clínicos com seres humanos.”

Ela prevê que, nas próximas semanas e nos próximos meses, continuará a haver um ambiente bastante dinâmico. Concluiu que reguladores vão “verificar se os dados são suficientes a fim de autorizar a aplicação das vacinas na população em geral”.

Estas informações, atualizadas em 18 de janeiro.

160. O que acontecerá depois do término do estado de emergência?

A questão de hoje é: “O governo japonês disse que o estado de emergência estará em vigor até o dia 7 de fevereiro. O que acontecerá depois dessa data?”.

Omi Shigeru, chefe do painel de consultoria sobre o coronavírus do governo japonês, referiu-se a esta questão em uma sessão do Comitê do Gabinete da Câmara Alta, na quinta-feira. Ele disse que se os números de infecções caírem como se espera durante os dias contados até o dia 7 de fevereiro, as medidas implementadas sob o estado de emergência poderão ser afrouxadas gradualmente. Contudo, se os números de novos casos continuarem no mesmo nível ou com pequenos aumentos, ou ainda, em declínio somente a uma taxa muito moderada, significa que as atuais medidas de estado de emergência não são suficientes e serão necessários procedimentos mais fortes para combater as infecções.

Omi disse que os especialistas vão monitorar a situação das infecções para avaliar a eficácia das atuais medidas. Acrescentou que a avaliação poderá ser usada para determinar que medidas específicas mais fortes deverão ser tomadas.

Ele disse, também, que é possível que uma solicitação para que estabelecimentos comerciais suspendam temporariamente suas operações poderá ser uma opção. Omi indicou que enquanto analisa a situação das infecções, o painel de consultoria vai supor um cenário em que o atual estado de emergência não produza os resultados esperados, e discutir medidas adicionais que poderiam ser requisitadas.

Esta informação foi atualizada no dia 15 de janeiro de 2021.

159. O que fazer quanto a vacinações e check-ups regulares?

Desta vez, a pergunta é “O que fazer quanto a vacinações e check-ups regulares na vigência do Estado de Emergência?”

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão adverte, em seu site oficial e por outros meios, que poderá haver um aumento de riscos à saúde se a população deixar de fazer consultas em instituições médico-hospitalares. Em particular, deixar de vacinar bebês e crianças pequenas em idades legalmente obrigatórias pode torná-los vulneráveis a graves doenças infecciosas. Além disso, a pasta pede aos pais que submetam os filhos a check-ups regulares pois os exames de saúde representam valiosas oportunidades para o recebimento de orientação de especialistas sobre o crescimento infantil. O ministério também recomenda exames frequentes para detecção de câncer, pois este tipo de enfermidade pode ser assintomático em estágios iniciais.

O Ministério da Saúde esclarece que medidas anti-infecciosas de desinfecção e ventilação são plenamente aplicadas em instituições médico-hospitalares nas quais se realizam check-ups. A pasta recomenda, assim, à população que busque auxílio médico apropriado mesmo na presente crise viral, com a consulta a profissionais de sua confiança ou outros especialistas, em vez de evitar o uso de serviços por arbítrio próprio.

Estas informações são referentes ao dia 14 de janeiro.

158. Por que a movimentação de pessoas não diminuiu?

Desta vez, a pergunta é: As notícias dizem que a movimentação de pessoas não diminuiu como da vez em que houve a primeira declaração de estado de emergência. Qual a razão disso?

O dia 10 de janeiro foi o primeiro domingo desde a declaração de estado de emergência. Megadados mostram que o número de visitantes nos principais distritos comerciais de Tóquio à noite caiu em comparação ao mês passado, mas foi significativamente maior que durante o estado de emergência do ano passado.

Wada Koji, professor de higiene comunitária da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar Social, afirma que, com o objetivo de conter o alastramento do vírus, as oportunidades de contato entre pessoas precisam ser diminuídas. No entanto, aparentemente, as pessoas têm interpretado a mensagem do atual estado de emergência de que é para não sair depois das 20h. Wada lembra que existe a possibilidade de que o estado de emergência seja prolongado, caso o movimento de pessoas ou as oportunidades de que elas tenham contato com outros não diminua.

Além disso, o professor diz que é importante estabelecer metas claras, como, por exemplo, até que ponto o contato interpessoal deve ser reduzido. Ele afirma que os governos central e locais devem monitorar a situação por cerca de duas a três semanas para, então, fazer uma avaliação. Caso a infecção não seja contida, eles devem fornecer uma explicação que convença as pessoas sobre a necessidade de trabalhar visando reduzir o contato.

Wada Koji diz acreditar que muitas pessoas já adotam medidas para evitar que sejam infectadas, mas para que o mais recente estado de emergência possa funcionar efetivamente, cada pessoa precisa se recordar da situação do ano passado e repensar suas ações.

157. Quais são as causas por trás do recente aumento no número de casos?

A pergunta de hoje é: “quais são as causas por trás do recente aumento no número de novos casos de Covid-19 no Japão?”

O professor Oshitani Hitoshi, da Universidade de Tohoku, é um dos membros do painel de especialistas com o qual o governo vem se consultando. Durante uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira, ele disse que o mais recente aumento no número de novos casos é bastante anormal e que os especialistas precisam analisar os dados em detalhe para descobrir o que levou ao acentuado aumento nos números. Por exemplo, novos casos diários de coronavírus em Tóquio ultrapassaram os 2.000 na quinta e sexta-feira da semana passada.

Oshitani disse que os números mais recentes sobre as infecções, como por exemplo o aumento repentino no número de casos registrados em Tóquio no dia 31 de dezembro de 2020, representam uma anomalia do ponto de vista epidemiológico. Disse ainda que é fora do normal que o número de novos casos por dia em Tóquio, onde o número era menor do que 1.000 no final de dezembro, pulasse para mais de 2.000 em cerca de apenas 10 dias.

Novas infecções envolvendo pessoas jovens, com idades entre 18 e 39 anos, estão aumentando não apenas em Tóquio, mas também em Osaka, no oeste do Japão. Oshitani disse que isso se deve, em parte, ao fato de que muitas pessoas saíram durante os feriados de fim de ano e de Ano Novo. Segundo ele, os resultados dos testes que haviam sido realizados durante os feriados podem ter sido reportados todos de uma só vez depois do recesso de fim de ano.

O professor sugeriu ainda uma outra possível causa. Disse que pessoas jovens, as quais vinham hesitando em realizar o teste, buscaram ser testadas após relatos da morte de um parlamentar no fim do ano e de diversas mortes de pessoas que se encontravam de quarentena em suas casas.

Oshitani concluiu que os especialistas precisam olhar para o contexto em torno deste aumento e analisar os motivos por trás dele.

156. Quão eficaz será o mais recente estado de emergência?

A pergunta de hoje é, "Quão eficaz será o mais recente estado de emergência, que dá enfoque à solicitação a bares e restaurantes para diminuir seu horário de funcionamento?"

Um dos pontos de contenção é como garantir a eficácia de tais solicitações, emitidas por governadores para esses estabelecimentos.

O governo planeja tornar públicos os nomes de estabelecimentos que não cumprirem tais medidas, e ampliar auxílio financeiro àqueles que seguirem as solicitações.

Planejadas revisões para a legislação de medidas especiais incluem o fornecimento de assistência financeira a firmas que atenderem a essas determinações, assim como punições para aquelas que se recusarem a adotá-las. Autoridades esperam que as revisões sejam aprovadas rapidamente durante a sessão ordinária do Parlamento a ser convocada neste mês.

A informação é do dia 8 de janeiro de 2021.

155. O que significa a declaração de um estado de emergência? (4)

Na terça-feira (5 de janeiro), um painel do governo japonês formado por especialistas sobre coronavírus compilou propostas de emergência. O painel ressaltou a necessidade de mitigar os riscos de infecção em bares e restaurantes.

As propostas do painel tiveram como base um relatório publicado por uma equipe de cientistas da Universidade Stanford, entre outros, na revista científica Nature, em novembro do ano passado. Fazendo uso de um modelo matemático, a equipe verificou dados de telefones celulares coletados de cerca de 98 milhões de pessoas em cidades de grande porte nos Estados Unidos, de março a maio de 2020. O objetivo era examinar os lugares em que o vírus seria capaz de se alastrar com mais intensidade.

Os pesquisadores verificaram quais estabelecimentos ofereciam maior risco ao reabrirem após um fechamento temporário. A equipe descobriu que o risco mais alto estava em restaurantes. Em seguida, em academias de ginástica, cafeterias e hotéis. Segundo os pesquisadores, comparado com outros locais, o risco é maior em restaurantes porque esses estabelecimentos recebem muitos clientes, que tendem a permanecer no local por bastante tempo.

No relatório, os pesquisadores também sugeriram como os restaurantes podem melhorar seu ambiente para evitar o alastramento ao reabrirem. De acordo com a equipe, restaurantes e outros estabelecimentos podem reduzir o número de infecções em 80% ao limitar a quantidade de clientes permitida por vez em até 20% de sua capacidade. Os pesquisadores apontaram que é mais eficaz limitar o número de pessoas em estabelecimentos do que estabelecer uma restrição uniforme sobre o movimento delas.

Com base no relatório e em outras avaliações sobre casos de infecção coletiva ocorridos no Japão, o painel governamental concluiu que bares e restaurantes são os locais-chave em que as autoridades deveriam focar suas medidas antivírus.

Isso não significa que outros locais possam ser isentos das medidas. Considera-se que o risco de infecção aumenta onde quer que as pessoas se reúnam para comer. Ao fazer refeições, as pessoas precisam retirar suas máscaras de proteção, e tendem a conversar mais. Ao ingerir bebidas alcoólicas, elas podem acabar conversando em voz mais alta ou se descuidar com medidas preventivas contra o vírus.

Portanto, quando se trata da Covid-19, considera-se mais vital reduzir o risco de alastramento do vírus em bares, restaurantes e outros locais em que as pessoas fazem refeições.

154. O que significa a declaração de um estado de emergência? (3)

O governo japonês considera declarar estado de emergência em Tóquio e três províncias vizinhas justamente no momento em que os estudantes retornam às salas de aula depois das férias de inverno e tem início a temporada de exames vestibulares. Desta vez, a pergunta é: como o estado de emergência vai afetar escolas e exames?

O ministro da Educação do Japão, Hagiuda Koichi, participou de uma coletiva de imprensa, na terça-feira, para explicar as medidas que serão tomadas. Ele disse que a pasta não considera pedir o fechamento geral de escolas dos cursos primário, ginasial e colegial.

Segundo Hagiuda, a taxa de infecção e de casos graves entre estudantes tem permanecido baixa até o momento e não há situações de infecções se espalhando de escolas para a comunidade. O ministro declarou que o fechamento de escolas deve ser evitado sob o ponto de vista do impacto provocado no ensino das crianças e na saúde física e mental delas.

No caso das universidades, Hagiuda Koichi pediu que elas ofereçam uma mescla de aulas online e presenciais. Contudo, ele exortou a aceleração de medidas visando evitar infecções durante atividades esportivas e culturais extracurriculares. Hagiuda pediu que escolas, especialmente as do curso colegial, considerem limitar temporariamente tais atividades com alto risco de transmissão.

O ministro afirmou que exames vestibulares unificados de universidades terão início no dia 16 de janeiro, conforme programado, com a adoção de medidas abrangentes para evitar infecções. Mais de 530 mil pessoas em todo o Japão devem prestar os exames. Ele também pediu aos conselhos regionais de ensino que os exames vestibulares para escolas primárias e ginasiais sejam realizados como previsto.

Estas informações são referentes ao dia 6 de janeiro.

153. O que significa a declaração de um estado de emergência? (2)

Na segunda-feira (4 de janeiro), o primeiro-ministro do Japão, Suga Yoshihide, afirmou que o governo considera declarar estado de emergência em Tóquio e três províncias vizinhas: Saitama, Chiba e Kanagawa. Esta será a segunda declaração do gênero, seguindo-se a uma no ano passado. Desta vez, a pergunta é: Qual foi o grau de eficácia da primeira declaração de estado de emergência?

O governo declarou o primeiro estado de emergência no dia 7 de abril do ano passado nas províncias de Tóquio, Kanagawa, Saitama, Chiba, Osaka, Hyogo e Fukuoka, com base em uma lei especial para lidar com o coronavírus. Em 16 de abril, as áreas foram expandidas para cobrir todo o país.

Durante o período, o governo exortou a população a reduzir o contato interpessoal em pelo menos 70%, e em 80% na medida do possível, com base em conselhos do painel governamental de especialistas.

Os governadores provinciais das áreas designadas foram capazes de pedir à população que evitasse sair de casa, a não ser que fosse absolutamente necessário, visando evitar o alastramento de infecções. Os governadores também conseguiram solicitar que o uso de instalações que atraem um grande número de pessoas fosse restringido.

Nas áreas em que houve alastramento de infecções, a população foi solicitada a trabalhar remotamente na medida do possível, além de veementemente instada a se abster de sair de casa, a não ser para comprar alimentos ou ir ao médico.

Isso ocasionou o fechamento temporário de bares, restaurantes, auditórios, salas de cinema, lojas de departamentos, hotéis, museus e bibliotecas, além do cancelamento ou adiamento de diversos eventos. Escolas em todo o país já permaneciam fechadas desde março e a maioria delas continuou desse modo após a declaração.

Como resultado das medidas, o número de visitantes à região central de Tóquio despencou em mais de 60% nos dias de semana e em torno de 80% nos finais de semana, em comparação a janeiro do mesmo ano.

O número de novos casos no Japão atingiu o pico, em torno de 700, em meados de abril e, então, passou a cair. As áreas cobertas pela declaração foram reduzidas gradualmente. A declaração foi finalmente suspensa em Hokkaido, Tóquio e três províncias vizinhas no dia 25 de maio. Vinte e um novos casos foram confirmados nesse dia.

152. O que significa a declaração de um estado de emergência? (1)

Os governadores de Tóquio e de suas três províncias vizinhas pediram no sábado (2 de janeiro) ao governo central que considere implementar um estado de emergência o mais rápido possível. A pergunta de hoje é: “Quais são as repercussões de tal medida no Japão?”

A declaração de estado de emergência é uma medida baseada em uma lei especial aprovada para combater o coronavírus. O primeiro-ministro pode implementar a declaração caso o vírus se espalhe rapidamente em todo o país, constituindo um risco de impactar gravemente a vida das pessoas e a economia. A duração e as áreas cobertas pela medida de emergência seriam designadas no momento da declaração.

Governadores das províncias das áreas designadas podem pedir aos seus cidadãos que evitem sair de casa e que cooperem para prevenir a disseminação das infecções. Tais limitações não se aplicam a situações necessárias para manter a subsistência das pessoas.

Os governadores também teriam a possibilidade de pedir ou instruir que escolas sejam fechadas, como também limitar o funcionamento e acesso a certas instalações, como lojas de departamentos, onde muitas pessoas se aglomeram. Caso se faça necessário, também teriam autoridade para usar terrenos e prédios, sem autorização prévia de seus proprietários, como centros médicos temporários.

Em casos urgentes, podem fazer um requerimento ou instruir que empresas de transporte público façam entrega de equipamentos ou produtos médicos, como também confiscar produtos médicos quando necessário.

Em abril do ano passado, o ex-premiê Abe Shinzo declarou um estado de emergência para sete províncias, as quais foram: Tóquio, Kanagawa, Saitama, Chiba, Osaka, Hyogo e Fukuoka. O estado de emergência foi posteriormente expandido, cobrindo todo o país.

151. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (12)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Especialistas da Sociedade Japonesa de Pediatria e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil vêm dando dicas sobre os modos de evitar que crianças contraiam a Covid-19 — em particular nesta época no Japão, onde têm início as férias escolares de inverno.

Nesta 12ª edição da série a pergunta é: “Deve-se evitar que as crianças saiam de casa ou brinquem com amiguinhos?”

Especialistas dizem ser desnecessário impedir as crianças de sair de casa ou brincar com amigos uma vez tomadas medidas preventivas de contágio. Brincar é muito importante para o desenvolvimento mental e físico infantil. Assim, se medidas para reduzir o risco de contágio forem adequadamente tomadas, as crianças poderão sair e brincar com amigos.

Ao planejar saídas na época das férias escolares, lembre-se de verificar o estado de propagação do vírus na sua localidade e nos lugares que planeja visitar. Além disso, certifique-se de que as autoridades das respectivas localidades não tenham solicitado medidas voluntárias para evitar deslocamentos.

Acredita-se que brincar na rua implique menos riscos de contágio do que brincar no lar. É preciso, porém, estar atento aos seguintes pontos:
— As crianças devem se abster de brincar na rua se apresentarem diversos sintomas semelhantes aos de gripe, como dor de garganta, tosse ou febre;
— Convém lavar as mãos depois de tocar objetos que são tocados com frequência por muitas pessoas;
— Convém lavar as mãos antes de beber ou comer;
— As crianças devem evitar ficar de frente umas para as outras ao ingerir alimentos.

Brincar dentro de casa implica mais riscos e, portanto, os seguintes pontos devem ser observados:
— Assegurar-se de que nenhuma pessoa reconhecidamente infectada esteja nas proximidades;
— Assegurar-se de que nenhum idoso ou pessoa com condição pré-existente esteja próximo;
— Assegurar-se de que as crianças e seus familiares não tenham sintomas semelhantes aos de gripe;
— Brincar somente em pequeno grupo;
— Assegurar-se de que as crianças estejam brincando com autorização dos pais;
— Convém lavar as mãos depois de tocar objetos que são tocados com frequência por muitas pessoas;
— Convém lavar as mãos antes de beber ou comer;
— As crianças devem evitar ficar de frente umas para as outras ao ingerir alimentos;
— Assegura-se de ventilar o ambiente pelo menos uma vez a cada hora.

Se viverem em área na qual a população tenha sido solicitada a se abster de sair, as crianças deverão observar as seguintes medidas:
— Só brincar com irmãos e familiares residentes no mesmo domicílio;
— Ao sair, evitar contato com estranhos.

Informações atualizadas em 25 de dezembro

150. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (11)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Perguntamos a especialistas da Sociedade Japonesa de Pediatria e do Centro Nacional para Saúde e Desenvolvimento Infantil sobre como proteger as crianças do novo coronavírus dada a aproximação das férias de inverno no Japão.

Nesta que é a décima primeira parte, respondemos à seguinte questão: “Os pais devem manter as crianças em casa ou deixá-las frequentar a escola, o jardim de infância ou a creche?”

Especialistas afirmam que não há razão para manter as crianças longe das instituições de ensino por vontade própria. A ausência só se justifica caso a criança esteja se sentindo mal ou tenha entrado em contato próximo com uma pessoa que testou positivo para o vírus.

Em áreas em que não se observaram grandes surtos, muitas das crianças infectadas acabaram contraindo o vírus de adultos que vivem na mesma casa, como seus próprios pais. Contudo, casos de contágio com o vírus também foram reportados em locais frequentados pelas crianças. Nessas circunstâncias, escolas, jardins de infância e creches podem ter que fechar as portas por um determinado período caso algum aluno seja confirmado infectado pelo vírus.

Diferentes medidas serão necessárias de acordo com as circunstâncias do surto, por isso, recomenda-se seguir as instruções do governo do município onde a pessoa resida.

Se um adulto se infectar no domicílio, a criança ou todas as crianças da casa serão consideradas em contato próximo do indivíduo portador do vírus. Nesse caso, os pequenos devem ficar em casa. Além disso, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social recomenda que as crianças evitem frequentar escolas, jardins de infância ou creches caso apresentem febre leve ou outros sintomas parecidos com os de resfriados. É importante que todos sigam esta recomendação.

Descobertas recentes mostram que crianças infectadas com idade de menos de 5 anos que apresentam sintomas expelem uma quantidade relativamente grande do vírus. Também sabe-se que muitas crianças infectadas são assintomáticas e o vírus continua a ser expelido pelas fezes por um longo período. Adultos que passam muito tempo ao redor de crianças precisam tomar os devidos cuidados tais como lavar as mãos com frequência e usar máscara.

Estas informações são referentes ao dia 24 de dezembro.

149. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (10)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nós temos perguntado a especialistas da Sociedade Japonesa de Pediatria e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil sobre como evitar que crianças contraiam o vírus, já que a temporada de férias escolares de inverno se aproxima.

Desta vez, na 10ª parte, nossa pergunta é: O que devem fazer os pais cujos filhos não podem usar máscaras de proteção?

Especialistas afirmam que, embora o uso de máscaras – sob o ponto de vista da proteção – seja um meio eficaz contra a exposição direta às gotículas de pacientes infectados que se dispersam por meio da coriza e tosse, é ilusório fazer com que crianças menores de dois anos as usem.

No caso de crianças com idades entre quatro e cinco anos, embora dependa de cada indivíduo, é possível fazer com que este grupo etário use máscaras, sendo que os pais devem ensinar as crianças a como usá-las e quando retirá-las de forma adequada.

Segundo especialistas, muitas crianças contraíram o coronavírus de seus pais dentro de casa. Para evitar que elas sejam infectadas, é crucial que os pais adotem medidas anti-infecção para que eles mesmos não contraiam o vírus. Caso um membro da família seja infectado, é essencial manter uma distância superior a dois metros em relação ao indivíduo infectado.

Especialistas salientam que lavar as mãos e desinfetar objetos também é importante, já que as crianças podem se infectar ao tocar a boca, o nariz ou os olhos com brinquedos ou livros que tenham sido contaminados pelo vírus.

Estas informações são referentes ao dia 23 de dezembro.

148. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (9)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Conforme se aproxima a temporada das férias de inverno no hemisfério norte, nós temos perguntado a especialistas na Sociedade de Pediatria do Japão e no Centro Nacional Para Desenvolvimento e Saúde Infantil sobre o que fazer para evitar que crianças sejam infectadas pelo vírus. Hoje apresentamos o 9º episódio da série, respondendo à seguinte pergunta: “Mães que amamentam seus filhos devem parar a amamentação caso contraiam o coronavírus?”

Especialistas afirmam que as mães não precisam necessariamente interromper a amamentação caso testem positivo para o vírus. Dizem que é possível escolher se irão continuar a amamentar seu bebê dependendo de sua condição e preferências pessoais.

Quando uma mãe é infectada, existe um risco de que ela venha a transmitir o vírus ao bebê através do contato ou ao tossir. Também existem registros de casos nos quais o coronavírus foi encontrado no leite materno. No entanto, ainda não está claro se o vírus encontrado no leite é infeccioso ou não. O leite materno apresenta diversas vantagens para os bebês e não se aconselha interromper o aleitamento materno por medo de uma infecção.

Existem dois métodos que as mães que tenham sido infectadas podem utilizar para continuar a amamentação. Um é a amamentação direta e o outro é tirar o leite com uma bombinha e dar de mamar ao bebê através de uma mamadeira.

Antes de amamentar o bebê diretamente, a mãe deve lavar suas mãos cuidadosamente, desinfetá-las e utilizar uma máscara. Caso escolha o segundo método, a mãe também deve se certificar de lavar e desinfetar suas mãos, mamas e a bomba antes de fazer a extração do leite. Uma outra pessoa que não esteja infectada deve então colocar o leite na mamadeira e dar de mamar ao bebê.

As informações aqui apresentadas são do dia 22 de dezembro.

147. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (8)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Conforme as férias de fim de ano se aproximam no Japão, nós entramos em contato com especialistas da Sociedade de Pediatria do Japão e do Centro para a Saúde e Desenvolvimento Infantil sobre como prevenir que crianças sejam infectadas pelo coronavírus.

Hoje apresentamos o oitavo episódio desta série, respondendo a seguinte pergunta: “É aconselhável adiar a internação de crianças para realização de exames ou cirurgias para outras doenças que não a Covid-19”?

De acordo com os especialistas, a prioridade deve ser a realização dos exames e cirurgias para tratar quaisquer doenças que as crianças tenham, mantendo em mente a condição de saúde da criança antes dela ser internada.

Hospitais no Japão separam os pacientes com coronavírus daqueles que são internados por outras causas. Enquanto você deve checar com o hospital no qual seu filho será internado, tal precaução serve mais para tranquilizar os pais de que a criança estará segura no hospital.

A expectativa é de que as infecções de coronavírus continuem, portanto o tratamento e exames para outras doenças devem ser priorizados. Caso a data para internação já tenha sido marcada, você deve prestar atenção no estado de saúde da criança a partir de duas semanas antes da data de hospitalização, como também deve evitar atividades que possam aumentar o risco de contrair o coronavírus. Restrições podem ser aplicadas sobre a internação de crianças caso elas não estejam se sentindo bem ou caso tenham entrado em contato com alguém que tenha apresentado sintomas de resfriado.

As informações apresentadas são do dia 21 de dezembro.

146. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (7)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desde a semana passada nós temos perguntado a especialistas da Sociedade Japonesa de Pediatria e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil sobre como evitar que crianças contraiam o novo coronavírus, já que as férias escolares de inverno se aproximam.

Hoje, na sétima parte desta série, a pergunta é: “Crianças devem ser hospitalizadas se contraírem o coronavírus? Os pais podem visitá-las ou ficar com elas durante a hospitalização?"

A resposta dos especialistas é baseada na situação no Japão. Eles dizem que quando as crianças contraem o coronavírus, na maioria dos casos elas têm sintomas leves e não precisam ser hospitalizadas, sob o ponto de vista dos médicos. Há, no entanto, situações que exigem que as crianças sejam hospitalizadas de acordo com a lei. O critério para sintomas leves deve ser determinado por um médico especializado. Este critério inclui a presença de energia, hidratação suficiente e respiração sem dificuldade.

Se a criança contrair o vírus de seus pais dentro de casa, pais e filhos devem ser hospitalizados ao mesmo tempo. Se um dos pais não tiver contraído o vírus, as crianças poderão ser hospitalizadas sozinhas por questões de quarentena. Em relação à visita dos pais durante a hospítalização das crianças, isto será determinado em cada caso, dependendo de fatores como a idade da criança e a situação do hospital.

Se uma criança for aconselhada a permanecer em casa ou numa instalação designada durante sua convalescença, os pais devem consultar o centro de saúde pública e continuar monitorando seu estado de saúde por telefone mesmo depois que a criança estiver curada.

Se uma criança ficar doente e precisar ser hospitalizada, é altamente provável que os pais terão contraído o vírus ou serão classificados como tendo sido expostos a ele. Nestes casos, os pais não terão permissão para visitar o hospital ou encontrar-se com a criança internada. Especialistas aconselham os pais a consultar o médico sobre como se comunicar, já que isto pode mudar de acordo com vários fatores como a situação específica do pai ou da mãe, se eles já se recuperaram do vírus, a situação do hospital, e a situação das infecções naquela região, entre outros.

Estas informações foram atualizadas no dia 18 de dezembro.

145. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (6)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desde a semana passada, nós temos perguntado a especialistas da Sociedade Japonesa de Pediatria e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil sobre como evitar que crianças contraiam o novo coronavírus, já que as férias escolares de inverno se aproximam.

Desta vez, eis a pergunta de um pai: Check-ups e vacinações infantis devem ser adiados?

Os especialistas afirmam que check-ups infantis regulares no Japão têm por objetivo a detecção precoce de doenças e problemas de saúde que tendem a afetar crianças de uma certa idade. Os exames são realizados para assegurar que crianças passem a receber o tratamento necessário o quanto antes. Também é extremamente importante inocular crianças antes que elas contraiam doenças infecciosas.

A adoção de medidas anticoronavírus é essencial. No entanto, os especialistas dizem que, se evitarmos levar as crianças ao hospital, elas chegam a correr o risco de contrair outras enfermidades sérias que podem ser prevenidas. Portanto, isso não deveria ocorrer. Os especialistas afirmam que continuaremos a observar um aumento de novos casos a cada poucos meses. Seria muito problemático se os pais se abstiverem de levar seus filhos para realizar check-ups ou ser vacinados a cada vez que isso venha a ocorrer.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social diz que algumas municipalidades mudaram o modo como efetuam check-ups infantis à luz da situação das infecções em suas regiões. Também há casos em que vacinações são disponibilizadas além do período estabelecido originalmente para que crianças que não receberam a dose possam ser inoculadas posteriormente. Os especialistas pedem que os pais entrem em contato com o escritório de saúde pública para obter informações.

Seja em grupo ou individualmente, as crianças e seus responsáveis devem adotar medidas para evitar a infecção pelo coronavírus quando se dirigirem para efetuar check-ups ou ser vacinadas. Eles devem se assegurar que não estejam com febre ou sintomas, como, por exemplo, tosse, antes de sair de casa.

Lavar as mãos e usar máscara de proteção são imprescindíveis para adultos que acompanham as crianças. Além disso, deve-se evitar ao máximo que irmãos e avós acompanhem as crianças até o local. De acordo com pesquisadores, o novo coronavírus pode ser detectado nas fezes. Portanto, não troque fraldas no local em que check-ups e vacinações são realizados, além de instalações médicas.

Estas informações são referentes ao dia 17 de dezembro.

144. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (5)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desde a semana passada, nós temos perguntado a especialistas da Sociedade Japonesa de Pediatria e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil sobre como evitar que crianças contraiam o novo coronavírus, já que as férias escolares de inverno se aproximam.

Desta vez, na quinta parte, eis a pergunta feita por um pai: Crianças devem se abster de visitar pessoas em hospitais?

Segundo os especialistas, cada hospital possui suas próprias diretrizes de visitação. Portanto, deve-se consultá-las com antecedência. Caso a visita seja permitida, crianças devem medir a temperatura corporal em casa e se assegurar que não apresentam sintomas, tais como tosse, coriza, diarreia e vômito.

Elas devem também seguir medidas básicas de prevenção de infecções, como, por exemplo, lavar as mãos e usar máscara de proteção antes de visitar um paciente.

Estas informações são referentes ao dia 16 de dezembro.

143. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (4)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desde a semana passada, nós temos perguntado a especialistas da Sociedade Japonesa de Pediatria e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil sobre como prevenir que crianças contraiam o novo coronavírus, já que a temporada de férias se aproxima.

Desta vez, na quarta parte, nossa pergunta é: É necessário levar as crianças ao médico imediatamente quando existe a suspeita de que os sintomas delas podem ter sido causados pelo novo coronavírus?

Os especialistas afirmam que, até o dia 1º de agosto, o número de crianças infectadas no Japão vinha aumentando. Segundo eles, na maioria dos casos, as crianças contraíram o vírus de seus pais ou responsáveis dentro de casa ou fora do lar, quando participavam de atividades grupais.

De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, pessoas que se mantiveram próximas de alguém que testou positivo posteriormente, ou que permaneceram durante muito tempo com tal pessoa, têm boa possibilidade de também estarem infectadas. Nesse caso, elas são chamadas de contato próximo. Autoridades sanitárias públicas locais analisam cada caso e determinam se a pessoa é mesmo um contato próximo.

Especialistas aconselham que, primeiramente, pais e responsáveis entrem em contato com o centro de saúde pública local quando crianças desenvolverem alguns sintomas ou possam ter tido contato próximo com alguém infectado.

Eles aconselham a não levar crianças suspeitas de estarem infectadas até clínicas ou prontos-socorros, pois elas podem não ser capazes de passar por testes para confirmar a infecção em tais locais.

Como e onde se submeter a testes PCR difere de acordo com as áreas de residência. Portanto, aconselha-se que as pessoas fiquem de olho em informações disponibilizadas pelos centros de saúde pública locais.

Alguns hospitais estabelecem cronogramas e entradas à parte para pacientes com sintomas que sugerem que eles podem estar infectados. Esse procedimento é adotado para evitar que outros pacientes sejam expostos ao vírus. Visitantes são aconselhados a verificar os procedimentos junto ao hospital com antecedência.

Quando crianças apresentarem febre por algum tempo sem nenhuma causa específica, tiverem dificuldade em respirar, não conseguirem comer ou beber, ou sentirem fadiga, existe uma enorme possibilidade de que elas estejam sofrendo algum tipo de doença, se não for a Covid-19. Nesse caso, especialistas aconselham os pais e responsáveis a entrarem em contato imediatamente com médicos especialistas.

Estas informações são referentes ao dia 15 de dezembro.

142. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (3)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desde a semana passada, especialistas da Sociedade de Pediatria do Japão e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil falam sobre meios de prevenir a infecção de crianças pelo vírus — em particular no caso do Japão, onde o inverno se aproxima.

Nesta terceira edição da série, a pergunta é “Que cuidados especiais deve-se ter com crianças que sofrem de asma ou outras enfermidades?”

Os especialistas dizem que, em geral, quando apresentam fatores de risco, as crianças estão sujeitas a ficar bastante enfermas por infecções respiratórias de origem viral. Sabe-se também, contudo, que é pequena a porcentagem de asmáticos infectada pelo coronavírus.

É recomendável consultar o médico, pois os riscos da existência de outras doenças, a chamada comorbidade, e medidas de prevenção a tomar dependem de cada caso específico. É essencial que familiares e outras pessoas próximas de quem tenha problemas de saúde sejam cuidadosos e evitem o contágio.

Esta informação é do dia 14 de dezembro.

141. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (2)

A NHK está respondendo a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, apresentamos a segunda parte da nossa série sobre medidas para prevenir que crianças sejam infectadas pelo coronavírus, levando em conta a aproximação das férias de inverno.

Falamos com especialistas da Sociedade de Pediatria do Japão e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil. Nesta segunda edição, perguntamos se tem havido casos de criança em estado grave após contrair a Covid-19.

Especialistas afirmam que têm sido registrados poucos casos de crianças em estado grave, em comparação com adultos. Entretanto, assim como adultos, elas podem desenvolver problemas respiratórios. As crianças com menos de 2 anos tendem a ter agravamento dos sintomas e devem ser monitoradas cuidadosamente.

Na Europa e nos Estados Unidos, há relatos de que crianças em torno de 10 anos tiveram problemas cardíacos após alguns dias de febre e subsequentes dores abdominais, diarreia e erupções cutâneas. Até agora, poucos casos do gênero foram registrados no Japão.

Esta informação é do dia 11 de dezembro.

140. Como prevenir o contágio do coronavírus por crianças (1)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, temos a primeira edição de uma série sobre medidas para prevenir infecção pela Covid-19 em crianças — em particular, no Japão, onde o inverno se aproxima.

Especialistas da Sociedade de Pediatria do Japão e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil falam sobre sintomas que as crianças podem desenvolver após um eventual contágio.

Os especialistas dizem ter descoberto que crianças são tão vulneráveis ao vírus quanto adultos, embora, até 1º de agosto, o número de casos fosse inferior ao de adultos.

No Japão, um grande número de crianças foi contagiado com o vírus no lar. Tiveram, então, febre e tosse seca. Contudo, um número comparativamente menor apresentou sintomas relacionados com o trato respiratório superior, como coriza e congestão nasal.

Assim como os adultos contagiados, as crianças sofrem febre de longa duração. Há relatos sobre casos de pneumonia em algumas delas. Certas crianças têm vômitos, dor de estômago, diarreia e diferentes sintomas relacionados com o sistema digestivo.

Apenas um número reduzido de crianças tem tido perda de olfato ou incapacidade de distinguir sabores, sintomas presentes com frequência em adultos. Mesmo assim, convém aos pais se manter em alerta para o surgimento de distúrbios semelhantes em seus filhos. Alguns adolescentes, em faixa etária capaz de expressar queixas, relataram sintomas deste tipo. Especialistas ressaltam que algumas crianças infectadas podem se manter assintomáticas. Recomendam aos pais um atento acompanhamento dos filhos, que podem ser incapazes de explicar sua própria condição de saúde.

Esta informação é do dia 10 de dezembro.

139. Máscaras podem afetar o desenvolvimento das crianças? (3)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Essa semana respondemos a questão “É verdade que as máscaras podem afetar o desenvolvimento das crianças?”. Esta é a terceira parte que trata do assunto.

Conforme informado nas duas partes anteriores, o uso de máscaras não é inconveniente apenas por esconder parte do rosto, mas também por ter uma possível influência no desenvolvimento cerebral das crianças.

Myowa Masako, professora da escola de pós-graduação e do departamento de Educação da Universidade de Kyoto, afirma que o uso da linguagem corporal como ferramenta de comunicação pode ser uma forma eficaz de combater o problema acarretado pelo uso de máscaras. Ela sugere que sejamos fisicamente mais expressivos quando estivermos felizes ou tristes, com a finalidade de compensar a incapacidade de observamos expressões faciais.

O crescimento das crianças é algo contínuo. Portanto, familiares devem expressar seus sentimentos de forma mais ativa e assegurar que estejam compensando qualquer distância emocional ou psicológica com as crianças.

138. Máscaras podem afetar o desenvolvimento das crianças? (2)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Esta semana, nós responderemos à questão: “É verdade que o uso de máscara pode afetar o desenvolvimento em crianças”? Hoje apresentamos a segunda edição desta série.

Escolas do ensino fundamental no Japão estão presenciando alguns efeitos colaterais das crianças estarem utilizando máscaras o tempo todo. Em uma escola, dois colegas de classe do segundo ano iniciaram uma briga dentro de sala de aula durante o intervalo. A briga teria começado porque uma das crianças teria batido na outra com a mão sem querer e, mesmo tendo se desculpado em seguida, o pedido de desculpas não foi ouvido pelo colega porque a máscara teria abafado sua voz. Segundo os professores, eles têm visto mais ocorrências de problemas de comunicação entre as crianças ultimamente.

Myowa Masako, professora da Escola de Pós-Graduação em Educação e da Faculdade de Educação da Universidade de Kyoto, é especializada no desenvolvimento psicológico e do cérebro humano. Ela disse que crianças entre quatro e dez anos de idade ainda estão desenvolvendo a capacidade mental de se colocar no lugar dos outros. Segundo Myowa, a habilidade de imaginar o que os outros pensam e como eles devem se comportar é estimulada nas crianças através da comunicação umas com as outras.

A professora explicou que, normalmente, crianças teriam diversas oportunidades na escola de se colocarem no lugar de outra pessoa. Disse que gostaria de conversar com os professores das escolas sobre como eles podem ajudar as crianças a terem tais vivências sob as atuais circunstâncias.

137. Máscaras podem afetar o desenvolvimento das crianças? (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. E a questão de hoje é: “É verdade que máscaras afetam o desenvolvimento das crianças?”

Máscaras agora fazem parte do novo estilo de vida. Mas muitas pessoas podem achar difícil interpretar expressões faciais e se sentem incomodadas. Sabe-se que as máscaras de proteção, além de serem consideradas incômodas, podem também vir a afetar o desenvolvimento cerebral das crianças.

Muitos cuidadores de crianças que usam máscaras no trabalho afirmam que é difícil criar uma relação de confiança, já que não podem mostrar expressões faciais aos pequenos. E dizem, por exemplo, que mesmo que elogiem as crianças com frases como “bom trabalho!” e “muito bem!”, a intenção não é transmitida por completo.

Myowa Masako, professora da escola de pós-graduação e do departamento de Educação da Universidade de Kyoto, é especialista em cérebro humano e desenvolvimento psicológico. Ela afirma que os adultos devem ser cuidadosos em como interagir com as crianças, especialmente, do momento do nascimento até completarem cerca de 1 ano de idade.

Nessa fase, os bebês observam o rosto de várias pessoas e seus movimentos, para estudar expressões faciais. E, para este aprendizado, os olhos, o nariz e a boca são elementos importantes.

Bebês se tornam capazes de identificar rostos quando essas três partes da face são evidentes. Em seguida, à medida que os meses passam, as crianças aprendem a distinguir rostos que expressam emoções diferentes, tais como alegria ou raiva.

Esta habilidade de distinguir rostos e expressões, mais tarde, forma a base para a capacidade de compreender os sentimentos das outras pessoas.

A professora Myowa explica que somente os adultos são capazes de se comunicar usando apenas os olhos. Ela diz que as crianças usam várias outras informações na expressão do interlocutor e gradualmente se tornam hábeis a ler as expressões e emoções das outras pessoas. Myowa afirma que é altamente provável que experiências deste tipo sejam perdidas de uma vez com a disseminação do coronavírus.

A professora afirma que apesar de adultos terem que continuar a usar máscaras, bebês devem ser expostos a mais chances de observar rostos de outras pessoas. Ela aconselha que os familiares tentem mostrar o rosto ainda mais do que antes para seus bebês dentro de casa.

136. Como evitar a disseminação do coronavírus dentro de casa? (5)

A NHK responde a perguntas sobre o novo coronavírus enviadas pelos ouvintes. Hoje, transmitimos a quinta parte da série que responde à questão: “Como evitar a transmissão do coronavírus em casa?”.

Perguntamos ao Dr. Terashima Takeshi, da Associação Japonesa de Doenças Infecciosas, como podemos evitar que o coronavírus entre em nossas casas.

Terashima nos disse que a chave é dividir a casa em diversas áreas, de acordo com os níveis de perigo. Ele sugere dividir a casa em três áreas. “Área de cautela”, que é a de risco mais alto e inclui o hall de entrada, onde as pessoas passam quando entram em casa; “área compartilhada”, espaço em que os membros da família compartilham e utilizam móveis ou objetos em comum; e “área pessoal”, que se refere a quartos de dormir e aposentos privados.

Hoje, damos enfoque à “área pessoal”, espaços onde as pessoas passam seu tempo para relaxar. Terashima diz que devemos tomar cuidado para não levar de maneira alguma o vírus a esta área.

Um objeto geralmente esquecido é o smartphone. Como nós tocamos o aparelho quando estamos fora de casa, podemos pegar o vírus ao tocar na tela do telefone e, eventualmente, levá-lo ao nosso quarto de dormir. É, portanto, importante limpar regularmente os dispositivos com tela de toque.

135. Como evitar a disseminação do coronavírus dentro de casa? (4)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje vamos apresentar a quarta parte da série que responde a seguinte questão: “Como prevenir a transmissão do vírus dentro de casa?”

O doutor Terashima Takeshi, da Associação japonesa de Doenças Infecciosas explica maneiras de evitar trazer o vírus para dentro da moradia. Ontem, Terashima explicou como criar uma “área de precaução” para manter a entrada da casa segura. Hoje vamos falar sobre as “áreas compartilhadas”, onde membros da família utilizam objetos e móveis em comum. Essas áreas incluem, por exemplo, os banheiros e salas de estar e de jantar.

Terashima recomenda que objetos como toalhas não sejam compartilhados entre os familiares. Além disso, superfícies que são tocadas com frequência - como interruptores de luz e controle remoto – devem ser desinfetadas diversas vezes.

Terashima também ressaltou que é possível evitar a disseminação do vírus ao modificar as formas de como se sentar à mesa e de servir os alimentos. Afirmou que deve-se evitar sentar frente a frente na mesa de jantar. Se possível, deve-se sentar na diagonal em relação à outra pessoa, para evitar contato muito próximo.

O médico também pede cautela em relação ao costume de comer alimentos de grandes pratos compartilhados. Ele diz que esse hábito deve ser evitado, já que compartilhar os utensílios de servir pode aumentar o risco de infecção. Recomenda que a comida seja dividida em porções individuais, para que cada pessoa coma de seu próprio prato.

134. Como evitar a disseminação do coronavírus dentro de casa? (3)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, trazemos a terceira parte da nossa série sobre a pergunta: Como prevenir a transmissão do vírus dentro de casa?

Nós perguntamos ao médico Terashima Takeshi, da Associação Japonesa de Doenças Infecciosas, sobre como nos prevenirmos para não trazer o coronavírus para dentro de casa.

Ele respondeu que a chave é dividir a casa em diversas áreas, de acordo com o grau de perigo.

Terashima propôs dividir a casa em três áreas. Com o maior grau de risco, a “área de cautela” inclui o hall de entrada, pelo qual as pessoas passam quando entram em casa. A “área compartilhada” é onde os membros da família compartilham e usam móveis e objetos em comum. A “área pessoal”, por sua vez, é a designação para quartos privados e de dormir.

Quando uma pessoa chega em casa, ela deveria parar na entrada – a “área de precaução”, e pendurar o casaco no gancho da parede e jogar a máscara de proteção descartável no lixo.

Terashima Takeshi afirmou que as pessoas deveriam evitar de trazer seus casacos e máscaras para dentro de casa, pois estes podem estar contaminados pelo vírus. Portanto, devem ser deixados na entrada.

133. Como evitar a disseminação do coronavírus dentro de casa? (2)

A NHK responde a dúvidas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje nós trazemos mais respostas para a pergunta feita ontem – “como podemos prevenir a transmissão do vírus dentro de casa quando um membro da família estiver infectado”?

Ontem apresentamos cinco pontos para se prestar atenção quando algum membro da família contrair o vírus. Dentre eles, está deixar a pessoa infectada em um quarto separado.

No entanto, às vezes é difícil alocar um quarto para apenas a pessoa infectada quando se vive em um apartamento pequeno.

Nós fizemos a pergunta a Nishizuka Itaru, que é responsável pelos centros públicos de saúde no distrito de Sumida, em Tóquio. Nishizuka disse que as pessoas devem tentar manter cerca de um metro de distância da pessoa infectada, como também evitar ao máximo conversar frente a frente e em grande proximidade, minimizando as chances de serem atingidas por gotículas de saliva. Ele também aconselha que os cômodos sejam ventilados com frequência e que se utilize umidificador de ar quando necessário, criando assim um ambiente no lar que dificulta a disseminação do coronavírus.

Nishizuka disse ainda que é melhor conversar de antemão com sua família sobre quais medidas serão tomadas caso um dos membros tenha a infecção confirmada no futuro. Tópicos a serem conversados incluem quem será responsável pelo cuidado das crianças quando os pais forem infectados, como também quem cuidará dos membros idosos da família quando a pessoa que assume tal responsabilidade contrair o vírus.

132. Como evitar a disseminação do coronavírus dentro de casa? (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é “como prevenir a transmissão do vírus dentro de casa quando um membro da família for infectado”?

No dia 19 de novembro, quando o número de novos casos diários na capital japonesa ultrapassou os 500 pela primeira vez, a governadora de Tóquio Koike Yuriko pediu às pessoas que adotassem medidas mais minuciosas em suas casas. Ela disse que, desde agosto, a principal fonte de infecções tem sido as residências e que uma vez que o vírus entra em uma casa, torna-se extremamente difícil conter a sua disseminação.

De acordo com o diretor de um centro público de saúde em Tóquio, em muitos casos são os adultos que saem com frequência que trazem o vírus para dentro de casa e acabam infectando crianças e idosos.

Especialistas em medidas de prevenção de infecções ofereceram algumas dicas sobre o que fazer caso um membro da família apresente sintomas.

Eles informaram que, se possível, a pessoa doente deve ficar em um quarto separado e que tanto ela quanto o responsável pelos seus cuidados devem usar máscaras.

Aconselham que todos lavem as mãos com frequência e que não dividam pratos durante as refeições. Os especialistas afirmam, ainda, que é importante desinfetar os locais que são tocados muitas vezes, como também ventilar os cômodos com frequência.

131. É realmente necessário arejar o ambiente a cada meia hora?

A NHK está respondendo perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Nossa pergunta de hoje é: “Nós realmente precisamos arejar nossos apartamentos a cada meia hora, mesmo no frio do inverno?”

O Ministério da Saúde do Japão recomenda abrirmos todas as janelas para arejar duas vezes por hora. Contudo, fazer isto em dias frios e com neve no inverno pode não parecer algo muito agradável. Hayashi Motoya, professor da Universidade de Hokkaido, tem algumas dicas sobre como arejar nossos apartamentos sem passar frio.

“Mantenha sua janela um pouco aberta mesmo quando o aquecedor estiver ligado. Assim você poderá manter seus cômodos constantemente arejados sem causar uma queda na temperatura. Além disso, alguns edifícios são equipados com sistemas de ventilação automática 24 horas por dia. O ar é circulado no interior desses edifícios sem que seja necessário abrir as janelas.”

“Contudo, não se esqueçam que a umidade do quarto vai cair se a janela estiver aberta. É importante manter um certo nível de umidade já que o vírus se propaga com mais facilidade em ambientes secos. Ainda não se sabe ao certo como a umidade afeta as atividades do novo coronavírus, mas em geral, baixa umidade enfraquece a função da membrana mucosa da garganta, por isso recomendo o uso de umidificadores para manter os níveis adequados de umidade.”

130. Como ventilar ambientes fechados no inverno?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: Como ventilar ambientes fechados sem passar frio?

Nós pedimos ao professor Hayashi Motoya, da Universidade de Hokkaido, que formulou propostas sobre métodos de ventilação junto a uma organização do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, que respondesse a questão. Aqui está a resposta dele.

Hayashi diz: “Realmente, faz muito frio caso você deixe o ar gelado entrar diretamente em espaços úteis e de convivência, tais como quartos de dormir de residências ou salas de aula. No entanto, existe um método simples, de duas etapas, que te poupa de passar por tal situação desagradável. Primeiramente, faça com que o ar frio e fresco entre em quartos ou corredores vazios, onde o calor proveniente de toda a construção faz com que o ar seja aquecido. Em seguida, abra as portas e janelas de quartos que você costuma usar. Isso deve fazer com que o ar aquecido entre nesses ambientes, permitindo que você ventile seu espaço de convivência sem passar frio.”

129. As razões por trás do alastramento do novo coronavírus em Hokkaido

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: Por que a infecção está se alastrando rapidamente em Hokkaido, no norte do Japão?

Tateda Kazuhiro, chefe da Associação Japonesa de Doenças Infecciosas e também professor da Universidade Toho, afirma que: “Há diversas razões para o aumento. As pessoas permanecem em ambientes fechados devido ao clima frio, e isso significa que elas estão passando mais tempo sob as seguintes condições: espaços fechados, locais aglomerados e situações de contato próximo. Como a pandemia tem continuado por muito tempo, as pessoas também têm baixado a guarda. Além disso, casos de influenza e gripe comum decorrentes do coronavírus aumentam quando as temperaturas caem. Algumas pesquisas sugerem que o mesmo também se passa com o novo coronavírus. Isso significa que nós devemos ter em mente que a infecção pelo coronavírus tende a se alastrar mais no inverno, e que devemos tomar medidas apropriadas para nos protegermos.”

O especialista acrescenta que: “Deveríamos ainda considerar a possibilidade de que a infecção em outras áreas à parte de Hokkaido, onde aparentemente a situação está calma, pode passar por um ressurgimento com a queda das temperaturas. Precisamos nos lembrar de evitar as condições que citei anteriormente: espaços fechados, locais aglomerados e situações de contato próximo. Também devemos sempre lavar as bem mãos e usar máscara de proteção. Além disso, é importante ventilar os ambientes regularmente. Eu sei, porém, que é difícil ventilar ambientes com frequência em regiões muito frias. Nesses lugares, espero que as pessoas sejam flexíveis, fazendo uso de uma combinação de diferentes medidas preventivas.

128. Visitas a santuários xintoístas e templos budistas em meio à pandemia de coronavírus

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: Eu ouvi dizer que muitas pessoas no Japão visitam santuários xintoístas e templos budistas no Ano-Novo. Como o alastramento de infecções pode ser evitado nesses casos?

Em uma reunião realizada no dia 12 de novembro, um painel de especialistas do governo japonês sobre o coronavírus discutiu medidas a respeito de visitas a santuários e templos durante o período de Ano-Novo. No encontro, o Secretariado do Gabinete apresentou medidas compiladas por ele com base em recomendações feitas por especialistas.

O documento pede que visitantes adotem meticulosamente medidas básicas de prevenção contra infecções, tais como usar máscaras de proteção e desinfetar as mãos. Diz que medidas deveriam ser tomadas para que as pessoas saibam a respeito do congestionamento em santuários e templos, além de exortá-las a não realizar visitas. De acordo com o documento, funcionários deveriam ser posicionados nesses locais para assegurar o cumprimento do distanciamento social entre os visitantes. Diz que eles deveriam se abster de ingerir alimentos e bebidas em santuários e templos e a levar comida para casa, além de não falar em voz alta.

Pede ainda a adoção de medidas visando prevenir a formação de locais congestionados, situações de contato próximo entre pessoas e espaços confinados em torno de santuários e templos. Inclui-se aí dispersar os visitantes para além de uma estação de trem e informá-los a respeito do congestionamento em santuários e templos.

Em uma coletiva de imprensa, o chefe do painel, Omi Shigeru, declarou que não existe grande risco de infecção ao realizar preces silenciosas em ambientes abertos em santuários e templos. Segundo o especialista, as pessoas deveriam estar cientes de que se reunir com amigos e parentes antes ou depois da visita para conversar, comer ou ingerir bebidas alcoólicas representa um risco maior. Ele também diz para as pessoas realizarem suas visitas de Ano-Novo no dia 4 de janeiro ou depois dessa data, caso seja possível, para evitar multidões.

127. Cinco circunstâncias de alto risco de contágio com o coronavírus (2)

A NHK está respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje vamos continuar falando sobre as cinco situações de alto risco que são muitas vezes mencionadas nos boletins de notícias.

O painel de aconselhamento sobre a pandemia de coronavírus do governo japonês advertiu recentemente sobre cinco situações de alto risco que resultam, frequentemente, em focos de infecções.

Entre elas estão:
Encontros sociais que envolvem o consumo de bebidas alcoólicas;
Grandes grupos de pessoas comendo e bebendo por várias horas;
Conversas sem o uso de máscara;
Convívio de muitas pessoas em espaço confinado; e
Socialização e fumo durante intervalos do trabalho.

Ontem nós falamos sobre as três primeiras situações, e hoje vamos cobrir as duas restantes.

Em primeiro lugar, vamos falar sobre várias pessoas morando ou compartilhando um espaço limitado. Até agora, já houve casos suspeitos de contágio em alojamentos e banheiros, que mostram que pessoas que compartilham um pequeno espaço por um longo tempo criam as condições que levam a um risco mais alto de contágio.

Em seguida, falamos sobre socializar e fumar durante pausas no local de trabalho. Houve casos suspeitos de contágio em locais de descanso, locais para fumantes e vestiários. Quando trabalhadores fazem uma pausa durante o expediente elas tendem a ficar mais descuidadas, e mudar de ambiente também é visto como algo que pode aumentar o risco de contágio.

O painel de aconselhamento do governo está exortando a população a tomar medidas preventivas durante encontros sociais. Se essas reuniões incluírem álcool, o painel pede às pessoas que mantenham grupos pequenos por curtos períodos de tempo, com pessoas com quem elas geralmente se encontram, e também evitem beber até tarde da noite e bebam em moderação.

Além disso, o painel recomenda que durante esses encontros, as pessoas se sentem do outro lado da mesa e em sentido diagonal, evitando sentar-se diretamente em frente ou ao lado de outra pessoa. O painel recomenda ainda que as pessoas usem máscara enquanto estiverem conversando e evitem usar protetores faciais ou bucais de plástico que parecem ser menos eficientes na prevenção do contágio.

O chefe do painel de aconselhamento do governo, Omi Shigeru, disse que os dados disponíveis até agora mostram que mudar a conscientização do nosso comportamento é extremamente importante para prevenir a propagação do vírus. Omi aconselhou o governo a disseminar a mensagem do painel de um jeito fácil de entender, para que o maior número possível de pessoas seja informado.

126. Cinco circunstâncias de alto risco de contágio com o coronavírus (1)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: “Quais são as cinco circunstâncias de alto risco citadas com frequência no noticiário em geral?”

A comissão de consultores sobre a crise viral formada pelo governo japonês fez recentemente um alerta para as cinco circunstâncias de alto risco capazes de causar, com frequência, concentrações de contágios. Trata-se de encontros sociais com consumo de bebidas alcoólicas; reuniões de pessoas em grande número, que comem ou bebem por longos períodos; conversas entre indivíduos sem máscara; convívio de muitas pessoas em espaço confinado; e socialização e fumo nos intervalos do trabalho.

Hoje vamos falar sobre as três primeiras situações. Primeiramente, encontros sociais com consumo de bebidas alcoólicas. Temos a tendência de nos animar e de falar em voz alta ao beber. E, nestes encontros, um grande número de indivíduos permanece em geral por algum tempo em espaços pequenos, confinados. Além disso, nestas circunstâncias, os participantes podem vir a compartilhar de copos e talheres. São atitudes que levam a um aumento do risco de contágio.

Agora quanto a reuniões de pessoas em grande número, que comem ou bebem por longos períodos. Em geral, em comparação com a realização de refeições rápidas, o risco de contágio é mais elevado em bares e estabelecimentos noturnos ou na frequente troca de bares à noite. Também se sabe que as pessoas costumam falar alto e lançar mais gotículas de saliva entre si quando cinco ou mais indivíduos se reúnem ao redor de uma mesa.

E falar com interlocutores sem máscara, a pouca distância, faz aumentar o risco de contágio pelo lançamento sobre os demais de gotículas ou microgotículas da salivação. Convém, além disso, ficar atento a conversas no interior de carros ou coletivos em trânsito.

Na próxima edição, as duas circunstâncias restantes: convívio de muitas pessoas em espaço confinado e socialização e fumo nos intervalos do trabalho.

123. Por que a Austrália não enfrentou uma dupla epidemia de gripe e coronavírus no inverno?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. E a questão de hoje é: “Por que na Austrália não houve uma dupla epidemia de gripe e do novo coronavírus neste inverno?”

O inverno na Austrália, que se localiza no hemisfério sul, vai de junho a agosto. Até o final de maio, o governo australiano havia assegurado 18 milhões de doses da vacina da gripe, 5 milhões a mais do que no ano passado. Autoridades pediram que a população se vacinasse para evitar que os centros de saúde pública ficassem sobrecarregados por uma epidemia dupla.

O estado de Nova Gales do Sul, onde está localizada a maior cidade do país, Sidney, estava em alerta máximo contra possíveis surtos de gripe em casas de repouso para idosos. Foi requisitado que todos os funcionários e visitantes, tais como familiares dos hóspedes, fossem vacinados.

Por meio desses esforços, o país não reportou nenhuma morte decorrente dos vírus da influenza entre maio e 20 de setembro. Desde o início do ano até 20 de setembro, houve 36 mortes causadas pela gripe, o que representa 5,1% do número registrado no mesmo período no ano anterior.

O médico Jeremy McAnulty, do Departamento de Saúde do estado australiano de Nova Gales do Sul, afirma que a taxa de vacinação contra a gripe foi muito alta este ano devido a preocupações de uma epidemia dupla, e ele acredita que isso tenha tido um papel significativo na redução dos casos gripais.

Também indicou que medidas de prevenção de infecção pelo coronavírus, tais como distanciamento social, restrições em grandes eventos e maior conscientização sobre desinfecção e lavagem das mãos foram extremamente eficientes em conter a disseminação da gripe.

122. Medidas contra a ameaça dupla de Covid-19 e influenza

A NHK está respondendo perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje a pergunta é: “Como as instituições médicas japonesas vão lidar com a possível contaminação simultânea do coronavírus e do vírus de influenza?”

A Covid-19 e a gripe sazonal têm sintomas parecidos, como febre e tosse, por isso há preocupações sobre clínicas regionais encontrarem dificuldades para atender aos pacientes no caso de um surto duplo. Para ajudar as clínicas a se prepararem para uma possível contaminação simultânea, a Associação Japonesa para Doenças Infecciosas criou diretrizes para o diagnóstico das doenças.

Em princípio, as diretrizes aconselham os pacientes em regiões onde há um surto de coronavírus a serem testados tanto para o vírus da influenza como do coronavírus, para que casos de Covid-19 não passem desapercebidos.

As recomendações das diretrizes são feitas com base em uma escala de quatro pontos para avaliar a situação da infecção em uma determinada área. No nível 1, quando não houver casos de coronavírus registrados na província, o teste para o mesmo é basicamente desnecessário, exceto para aqueles que tiverem estado em regiões com casos da doença nas duas semanas anteriores. No nível 4, quando um caso não rastreado de coronavírus tiver sido registrado no local nas últimas duas semanas, testes de coronavírus são recomendados para pacientes que tiverem febre.

Quanto às crianças, as diretrizes recomendam firmemente que elas sejam vacinadas contra a influenza neste inverno, já que elas tendem a pegar e a espalhar o vírus. As diretrizes dizem também ser importante que crianças sejam testadas para ambos os vírus ao mesmo tempo. Contudo, elas acrescentam que, se um teste de coronavírus não puder ser feito imediatamente, os pacientes poderão ser testados e tratados para a influenza primeiro e ser testados para o coronavírus dois dias depois, se não tiverem melhorado.

Segundo a associação, médicos de todo o Japão devem seguir as diretrizes para enfrentar o inverno do hemisfério norte. A associação diz ainda que as diretrizes serão atualizadas quando houver novas informações.

121. Qual é a diferença da vacina do coronavírus em comparação com as da gripe?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. E a questão de hoje é: “O quão diferentes são as vacinas do coronavírus que estão sendo desenvolvidas pela Pfizer e outras instituições em comparação com a vacina para o vírus da gripe (influenza)?”

Sabe-se que é difícil desenvolver vacinas para vírus que causam infecções no sistema respiratório. Acredita-se que vacinas contra influenza são as únicas do gênero a terem sido colocadas em uso. Fontes que incluem o ministério da Saúde afirmam que as vacinas da gripe não são capazes de nos proteger da infecção em si, mas o que se espera delas é que reduzam os riscos de desenvolver determinados sintomas. Ou mesmo que os sintomas venham a ocorrer, acredita-se que as vacinas evitam um quadro de agravamento das condições.

Diz-se que estudos realizados no Japão mostram que, em pessoas com idade de 65 anos ou mais, vacinas da gripe são eficazes em evitar a aparição de sintomas em 34% a 55% dos infectados e de evitar a morte em 82% dos casos. Além disso, alguns estudos também descobriram que em crianças abaixo dos 6 anos de idade, vacinas evitam o risco de desenvolver sintomas em cerca de 60% dos casos.

Por outro lado, em muitos casos, o desenvolvimento de vacinas do coronavírus é feito com o uso de tecnologias completamente diferentes das usadas nas vacinas convencionais para a gripe. Ainda não se sabe o quão eficazes podemos esperar que as novas vacinas sejam.

As vacinas para gripe são feitas com os próprios vírus, que são cultivados e então enfraquecidos com o uso de químicos para que não causem infecção. A vacina em desenvolvimento pela Pfizer usa um gene chamado RNA mensageiro, ou RNAm, que contém informação sobre o novo coronavírus. Assim que adentra o corpo, ele funciona como um diagrama para produzir partes do vírus, o que dá início a respostas por parte do sistema imunológico.

Nakayama Tetsuo, professor do projeto na Universidade Kitasato, é bem versado sobre o desenvolvimento de vacinas. Ele afirma que na vacina da Pfizer, o RNA mensageiro foi encapsulado em partículas de lipídio. Segundo ele, isso poderia impulsionar a produção de anticorpos.

120. Quais são os riscos enfrentados por gestantes que contraem o coronavírus?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: “quais são os riscos enfrentados por gestantes caso sejam infectadas?”

Um estudo conduzido até o final de junho pela Associação de Obstetras e Ginecologistas do Japão revela que a porcentagem de mulheres infectadas com o novo coronavírus que ficaram gravemente doentes aumentou, principalmente, para as que se encontravam mais próximas da etapa final da gestação. Os médicos afirmam que, apesar de os riscos de uma piora do quadro não aumentarem drasticamente para gestantes, as que se encontram nas semanas finais da gravidez devem ter mais cuidado.

A entidade observou de perto 58 mulheres que apresentaram sintomas, tais como febre. Tomografias computadorizadas mostraram que algumas delas desenvolveram pneumonia. Pesquisadores descobriram que, das 39 mulheres que estavam com menos de 29 semanas de gestação, quatro foram diagnosticadas com pneumonia, ou cerca de 10% do total.

Em comparação com as 19 mulheres que já estavam com 29 semanas de gravidez ou mais, dez foram diagnosticadas com pneumonia – o que representa 53% do total.

Ademais, três das mulheres com menos de 29 semanas chegaram a receber terapia de oxigênio, totalizando 8%. Em comparação, outras sete mulheres em estágios finais da gestação receberam a mesma terapia, representando 37% do total. Os dados mostram que a condição de gestantes em etapas finais tende a piorar.

Muitas das gestantes que se infectaram pelo vírus se recuperaram sem sofrer com sintomas persistentes. A entidade afirma que uma turista estrangeira morreu ao apresentar sintomas logo após ter chegado ao Japão.

Segundo a associação, não há relatos de recém-nascidos que tenham sido infectados.

O professor da Universidade Showa, Sekizawa Akihiko, que foi o responsável pela pesquisa, afirma que poucas gestantes contraíram o vírus - o que mostra que muitas delas foram bem-sucedidas em tomar medidas preventivas. Ele afirma que os resultados mostram que mulheres grávidas não enfrentam um risco excepcionalmente maior de se tornaram gravemente enfermas, mas acrescentou que devem continuar a ter cuidado já que gestantes mais próximas de dar à luz tendem a desenvolver sintomas mais sérios.

A Sociedade Japonesa de Doenças Infecciosas em Obstetrícia e Ginecologia publicou formas de prevenir a infecção pelo coronavírus em seu website para mulheres gestantes ou para as que estejam querendo ter filhos.

De acordo com o site, no Japão, a progressão da doença após a infecção não difere entre mulheres grávidas ou não. Contudo, existe a ressalva de que houve casos de gestantes que apresentaram sintomas graves e desenvolveram pneumonia.

Hayakawa Satoshi, professor do Departamento de Medicina da Universidade Nihon e quem compilou os pontos-chave da pesquisa, afirma que os pulmões de mulheres no final da gestação tendem a ser pressionados à medida que o feto cresce, e, caso venham a desenvolver pneumonia, os sintomas podem se tornar graves. Hayakawa afirma que os resultados da pesquisa confirmam o que a equipe já suspeitava. Ele acrescentou que houve poucos casos no Japão de mulheres grávidas que ficaram em estado grave, e que não há necessidade de ter receio em excesso. E concluiu que, no entanto, os devidos cuidados devem ser tomados para evitar infecções pelo vírus.

119. Com que frequência sintomas persistentes se manifestam?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: "Com que frequência sintomas persistentes se manifestam?"

Casos de sintomas a longo prazo, que permanecem por meses após a doença, já foram reportados no Japão e em todo o mundo em pacientes que testaram negativo e foram liberados do hospital. Muitas pessoas desenvolvem febre, fadiga, ou manifestam limitações em sua capacidade respiratória e de mobilidade, ao ponto de afetar seu dia-a-dia.

A NHK fez um levantamento com instituições médicas designadas para o tratamento de doenças infecciosas e com hospitais universitários em Tóquio sobre o estado físico de pacientes de coronavírus após seu tratamento ter sido completado. Responderam à pesquisa 18 das 46 instituições abordadas, das quais foram excluídos hospitais que não admitem pacientes de coronavírus.

De acordo com as instituições, até o final de maio, 1.370 pessoas haviam testado negativo e sido liberadas ou transferidas para outros hospitais após seus sintomas terem melhorado. Pelo menos 98 pessoas apresentaram problemas que dificultaram suas tarefas diárias, o que corresponde a 7% das pessoas que deixaram os hospitais.

Quarenta e sete pessoas apresentaram funções respiratórias limitadas devido a sequelas causadas por pneumonia e outras consequências do vírus. Seis precisaram de equipamento para inalar oxigênio em suas casas.

Quarenta e seis pessoas tiveram perda de força muscular ou funções motoras enfraquecidas em decorrência de uma longa estadia em hospitais. Vinte e sete pessoas apresentaram diminuição em suas capacidades cognitivas devido a idade avançada e outros fatores.

As instituições participantes reportaram que algumas pessoas apresentaram alteração no olfato e deficiência em funções cerebrais superiores.

Muitas das pessoas que sofreram com estes sintomas persistentes haviam sido tratadas com respiradores ou máquinas ECMO para auxiliar nas funções cardíaca e respiratória.

Uma das participantes respondeu que, em alguns casos, mesmo após pacientes terem testado negativo, eles precisaram ainda de um alto nível de cuidado de enfermagem e que hospitalizações para estes tipos de casos iriam sobrecarregar o sistema de saúde. A instituição disse que é necessário criar uma estratégia para escapar deste cenário, mas que leve em conta as necessidades de pessoas idosas.

Outra participante disse que é preciso aumentar o nível de conscientização sobre os diversos problemas que persistem após a liberação de pacientes de hospitais, como também aumentar a rede de suporte.

118. Sintomas persistentes após recuperação da Covid-19

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é sobre que tipo de pesquisas estão sendo conduzidas no Japão sobre sintomas persistentes após a recuperação inicial da Covid-19.

Tem havido um grande número de relatos, tanto no Japão quanto no exterior, de casos em que pacientes de coronavírus apresentam febre e fadiga ao longo de vários meses, bem como dificuldades na respiração e um declínio nas funções vitais – o que acaba impactando o cotidiano dessas pessoas mesmo após testarem negativo e terem recebido alta do hospital.

A Sociedade de Pneumologia do Japão começou a examinar o assunto e a conduzir pesquisas desde setembro, principalmente sobre a deterioração das funções do pulmão em pacientes de coronavírus. A entidade vem pedindo que médicos associados que trabalham em instituições médicas de todo o Japão enviem relatos de casos parecidos.

Yokoyama Akihito, presidente da entidade, afirma que houve muitos relatos de pacientes no exterior que não conseguiram recuperar totalmente as funções do pulmão, mesmo após terem recebido resultado negativo para o vírus. Segundo ele, também houve diversos casos parecidos no Japão. Ainda não está claro o percentual de infectados pelo vírus que sofrem desses sintomas persistentes. A entidade coleta dados para estudá-los e aplicar o que for aprendido em casos futuros.

117. Pacientes de coronavírus podem ter sintomas persistentes?

A NHK está respondendo às perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é se é verdade que algumas pessoas sofrem sintomas persistentes mesmo depois da recuperação inicial da Covid-19.

Uma equipe de pesquisadores do Centro Nacional de Saúde e Medicina Globais realizou uma pesquisa de acompanhamento de pacientes de coronavírus que se recuperaram e saíram do hospital. Eles descobriram que algumas pessoas tiveram queda de cabelos. Outros reclamaram de falta de ar e perda de paladar ou olfato, até quatro meses depois. Segundo a equipe os estudos continuarão a ser feitos numa tentativa de clarificar os fatores de risco para sintomas persistentes.

A perda de cabelo é um sintoma que também foi registrado entre sobreviventes de ebola e de dengue. Morioka Shinichiro, um médico que integra a equipe, disse ser possível também que a queda de cabelos tenha sido causada pelo estresse psicológico do tratamento prolongado.

116. Que medidas tomar quanto a reinfecções e vacinas?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Casos de reinfecção, em que indivíduos contraem a Covid-19 pela segunda vez, são registrados em várias partes do mundo. Especialistas falam da dificuldade de evitar completamente reinfecções e que a reincidência da doença pode acometer mesmo quem já esteja vacinado. Nesta última edição da série sobre reinfecções iniciada na semana passada, vamos falar sobre medidas contra reinfecção.

Esforços são realizados em todas as instâncias para tornar disponíveis vacinas em futuro próximo. Especialistas advertem, contudo, que convém se manter alerta. Ressaltam a necessidade de tomar continuamente medidas básicas de prevenção. Entre as medidas estão: lavar cuidadosamente as mãos, evitar circunstâncias de contato próximo e espaços fechados, confinados, e manter o distanciamento social.

Jornalistas da NHK que cobrem a crise do novo coronavírus falam da existência, ainda, de muitas coisas desconhecidas a respeito do vírus. Recomendam acompanhar atentamente avanços que ocorrem em relação a várias pesquisas em andamento. Todos, sem exceção, enfatizam ser da máxima importância para a população a observação rigorosa de medidas básicas.

115. Casos de reinfecções e vacinas, como lidar com o novo coronavírus?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje apresentamos mais uma parte da série sobre reinfecções e vacinas. Casos de pessoas que foram infectadas, se recuperaram e acabaram se contagiando uma segunda vez têm sido reportados em várias partes do mundo, há alguns meses. Isso tem levantado dúvidas se reinfecções realmente acontecem, e se as vacinas funcionam. Nesta série, temos abordado algumas dessas questões. Hoje examinamos formas de lidar com este vírus persistente, que tem dado sinais de não estar desaparecendo.

Matsuura Yoshiharu, professor da Universidade de Osaka e presidente da Sociedade Japonesa de Virologia, afirmou que temos que agir partindo do pressuposto de que reinfecções pelo novo coronavírus são possíveis, assim como acontece no caso do coronavírus que causa o resfriado comum, que provoca repetidas infecções.

O professor Matsuura ressalta que vírus que não causam reinfecções são muito mais raros. E também explicou que vírus não sobrevivem caso acabem matando seus hospedeiros. A longa história da coexistência da humanidade e dos vírus mostra um padrão em que à medida que repetidas infecções ocorrem, os sintomas se tornam mais leves. O professor afirma que não devemos temer o vírus de forma excessiva.

114. Novo tipo de vacina para o coronavírus (2)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, nós trazemos mais uma edição de nossa série sobre reinfecções e vacinas. Nos últimos meses, estão sendo reportados casos em todo o mundo de pessoas que foram infectadas, se recuperaram e voltaram a contrair o vírus. Isso levanta a questão da veracidade dos casos de reinfecção e da eficácia de uma vacina. Na edição anterior, nós reportamos sobre uma vacina aplicada através de spray nasal em fase de desenvolvimento. Hoje nós apresentaremos um outro tipo de vacina que também se mostra promissor.

Nós conversamos com o professor Sasaki Hitoshi da Universidade de Nagasaki, que está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina que induz a produção de anticorpos na membrana mucosa dos pulmões. Quando vírus se alojam na mucosa do pulmão, podem causar pneumonia. A vacina tem como objetivo prevenir a infecção viral em seu ponto de entrada.

Este tipo de vacina é feito de partículas minúsculas de RNA do novo coronavírus sintetizadas artificialmente. A vacina é inalada através da boca para que alcance diretamente a membrana mucosa dos pulmões. Pesquisadores acreditam que a vacina pode ser bastante eficaz, já que induz a produção de anticorpos exatamente no local onde os vírus atuam.

113. Novo tipo de vacina para o coronavírus (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje vamos continuar a série sobre reinfecções e vacinas. Casos de pessoas que foram infectadas, se recuperaram e se contagiaram uma segunda vez têm sido reportados em diversas partes do mundo ao longo dos últimos meses. Muitas pessoas tem se perguntado se reinfecções realmente acontecem e se as vacinas funcionam.

Em edições anteriores, informamos que casos de reinfecções são possíveis mesmo diante do desenvolvimento e do uso de vacinas. A pergunta de hoje é: "Já existe algum outro tipo de vacina eficaz contra o coronavírus?”

A maioria das vacinas são desenvolvidas para a criação de anticorpos na corrente sanguínea. Mas pesquisas estão em andamento para vacinas que ajudem o corpo a prevenir infecções.

O professor Katayama Kazuhiko, da Universidade Kitasato, está trabalhando em um novo tipo de vacina que funciona como um spray nasal. Ao aplicar um jato da vacina no nariz, acredita-se que anticorpos possam ser criados no trato respiratório superior, e que o vírus possa ser bloqueado já nas vias de entrada do corpo. Katayama afirma que pretende continuar as pesquisas ao longo dos próximos anos.

O professor acrescenta que, caso anticorpos do tipo imunoglobulina A (IgA) possam ser criados nas mucosas do nariz, a infecção pode ser interrompida antes mesmo que o vírus se multiplique em grandes quantidades, evitando, assim, sua chegada aos pulmões.

112. As vacinas funcionam em meio à ocorrência de reinfecções?

A NHK responde às perguntas sobre o novo coronavírus enviadas pelos ouvintes. Estamos transmitindo uma série sobre pessoas que foram infectadas e se recuperaram, mas voltaram a ser infectadas. Casos de reinfecção têm sido relatados em todo o mundo e muitas pessoas podem estar se perguntando se isso realmente acontece, ou se as vacinas funcionam. Hoje, na quarta parte desta série, vamos ver como poderemos entender a relação entre as incidências de reinfecção e a eficácia das vacinas atualmente em desenvolvimento.

É importante examinar as reinfecções sob o ponto de vista de como elas poderão influenciar o desenvolvimento de vacinas. As vacinas visam fornecer imunidade a doenças infecciosas através da administração do vírus em estado enfraquecido, estimulando, assim, o corpo a criar anticorpos. No entanto, existem questões em relação à eficácia das vacinas se as pessoas infectadas que já produziram anticorpos podem contrair o vírus novamente.

O professor Nakayama Tetsuo, virologista da Universidade Kitasato, adverte as pessoas a não chegarem a uma conclusão rápida de que as vacinas não funcionam somente porque há pessoas sendo reinfectadas. Nakayama diz que, embora haja possibilidade de reinfecção mesmo após as vacinas serem desenvolvidas e administradas, há méritos de se tomar vacinas.

O professor reforça que as vacinações não somente visam prevenir infalivelmente as infecções, como também evitam antecipadamente que os pacientes manifestem outros efeitos, tais como desenvolvimento de sintomas graves.

111. É possível prevenir reinfecções pelo coronavírus?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, apresentamos mais uma parte da série sobre casos de indivíduos que foram infectados pelo vírus, se recuperaram e foram contagiados pela segunda vez. Ocorrências deste tipo têm sido reportadas em diversas partes do mundo. Muitas pessoas têm se perguntado se a reincidência realmente acontece, ou se as vacinas são eficazes.

Hoje, na terceira parte sobre o assunto reinfecções averiguamos se é possível prevenir o contágio uma segunda vez.

O professor Katayama Kazuhiko, da Universidade Kitasato, afirma que é difícil prevenir reinfecções. Sabe-se que o coronavírus entra no corpo pelas mucosas do trato respiratório superior, ou seja, pelo nariz ou pela garganta. Em seguida, o anticorpo imunoglobulina A, ou IgA, é formado na mucosa para combater a entrada do vírus.

Katayama explica, no entanto, que o nível de IgA tende a cair em relativamente curto prazo após a pessoa ter sido infectada e já ter produzido anticorpos. Esse é o motivo pelo qual ele afirma que temos poucas chances de frear o vírus nas vias de entrada quando somos infectados uma segunda vez.

Katayama pretende lançar um projeto de pesquisa para descobrir o quanto de IgA é produzido no trato respiratório superior de um paciente infectado e por quanto tempo os anticorpos permanecem no organismo. O projeto poderá prover mais esclarecimentos sobre a pergunta sobre o quão frequentes são os casos de reinfecção.

110. Como são os sintomas de reinfecção pelo coronavírus?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, nós apresentamos mais uma parte da série sobre casos de indivíduos que foram infectados pelo vírus, se recuperaram e foram contagiados pela segunda vez. Ocorrências deste tipo têm sido reportadas em diversas partes do mundo, desde o verão japonês. Muitas pessoas têm se perguntado se a reincidência realmente acontece, ou se as vacinas são eficazes. Na segunda parte sobre o assunto reinfecções, abordamos se os sintomas, nesses casos, são leves ou não.

Acredita-se que no caso de muitos outros vírus, com exceção do coronavírus, os sintomas de reinfecções geralmente sejam leves ou até mesmo inexistentes.

Tomemos como o exemplo o vírus sincicial respiratório (RSV), que causa sintomas de resfriado, mas que pode ser mais perigoso quando infecta crianças, podendo levar, em alguns casos, a pneumonias ou a doenças mais sérias.

O professor Nakayama Tetsuo, virologista da Universidade Kitasato, estudou anticorpos de 91 crianças infectadas pelo RSV. Quando uma infecção viral ocorre, o organismo cria anticorpos para tentar expelir o corpo estranho. Acredita-se que quando uma quantidade suficiente de anticorpos é produzida, a infecção pode ser contida.

O estudo de Nakayama revelou que, quando uma criança de um ano de idade é infectada, somente uma pequena quantidade de anticorpos é produzida. Foi descoberto que a quantia de anticorpos aumentava após a criança ter sido infectada repetidas vezes.

O estudo também revela que, à medida em que houve aumento na produção de anticorpos pelo organismo, os sintomas se tornaram mais leves. Em muitos casos, o infectado apresentava somente uma simples coriza.

No caso da dengue, no entanto, uma segunda infecção pode significar a ocorrência de sintomas mais graves. A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e que pode causar febre alta e fortes dores de cabeça.

Então, como será a reinfecção no caso do coronavírus? O professor Nakayama afirma que existe a possibilidade de que algumas pessoas sejam assintomáticas e nem sequer percebam que foram infectadas pelo vírus novamente. Diz que deve-se observar a situação com cuidado, já que os sintomas de reinfecções ainda não foram esclarecidos.

109. Reinfecções

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, trazemos uma nova série sobre pessoas que foram infectadas, se recuperaram e novamente contraíram o vírus. Tais incidências de reinfecções vêm sido reportadas em todo o mundo. Muitas pessoas podem estar se perguntando se isso realmente acontece e se as vacinas funcionam. No primeiro episódio apresentado hoje, daremos uma olhada nos casos reportados de reinfecção.

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong foram os primeiros a reportar, em agosto, um caso de reinfecção. Eles afirmam terem confirmado que um homem de 33 anos de idade foi infectado pela primeira vez em março, tendo então se recuperado, mas posteriormente contraiu o vírus uma segunda vez, mais de quatros meses depois.

Os pesquisadores afirmam que a sequência genética dos vírus detectadas nas duas infecções eram parcialmente diferentes e que, portanto, este era o primeiro caso de reinfecção cientificamente comprovado em todo o mundo.

Após a publicação do relatório dos pesquisadores da Universidade de Hong Kong, outras equipes nos Estados Unidos, Índia e outros países fizeram anúncios similares. A revista científica "Nature" publicou um artigo sobre reinfecções e o interesse em tais tipos de casos está aumentando.

Nós perguntamos ao professor Nakayama Tetsuo, virologista da Universidade Kitasato, se pessoas podem realmente ser reinfectadas pelo novo coronavírus. Ele disse que reinfecções acontecem com vários outros vírus, então é possível que as pessoas também sejam infectadas mais de uma vez pelo novo coronavírus.

108. Informações sobre a campanha Go to Eat (4)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje continuamos nossa série sobre a campanha Go To Eat do governo japonês, a qual incentiva pessoas a comerem fora e apoiarem a indústria de restaurantes. Desde o dia 1º de outubro, clientes recebem pontos quando fazem reservas através de sites especializados. A pergunta de hoje é “apesar de ser divertido comer fora com desconto, devemos nos preocupar com a disseminação do vírus?”.

Restaurantes e outros estabelecimentos que fazem parte da campanha precisam adotar medidas minuciosas de prevenção. As medidas incluem oferecer desinfetante para as mãos na entrada e nos banheiros.

Áreas internas devem ser devidamente ventiladas com os equipamentos apropriados, abrindo regularmente portas e janelas e mantendo sempre um exaustor ligado. Mesas e cadeiras devem ser organizadas de forma que cada grupo de clientes esteja a pelo menos um metro de distância uns dos outros, mas se possível a dois metros de distância. Caso tal distanciamento não seja possível, painéis de acrílico ou divisórias similares devem ser colocadas entre as mesas.

No caso de balcões, os assentos devem ser espaçados de forma que uma distância apropriada seja mantida entre cada grupo de clientes. Caso diferentes grupos dividam uma mesa, eles não devem ser colocados frente uns aos outros. Caso não seja possível, divisórias devem ser colocadas na mesa.

Autoridades do Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão conduzem inspeções dos locais para averiguar se as medidas estão sendo seguidas de maneira apropriada. Afirmam que estabelecimentos que violarem as medidas podem ser removidos da campanha. Caso o vírus se espalhe, as províncias podem decidir pelo cancelamento do esquema.

107. Informações sobre a campanha Go to Eat (3)

A NHK está respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, apresentamos a terceira parte da nossa série sobre a campanha do governo japonês Go To Eat, destinada a incentivar a população a comer fora e apoiar o setor de restaurantes. A partir do dia 1º de outubro, as pessoas que comerem fora podem ganhar pontos se fizerem reservas por meio de sites com essa finalidade. A pergunta de hoje é: Como funciona o sistema de cupom de refeição?"

Em relação à campanha, 33 das 47 províncias do país tinham inicialmente decidido emitir cupons de refeição. No dia 1º de outubro, as 14 províncias remanescentes decidiram também emitir cupons para que todas as regiões pudessem estar participando da iniciativa.

A província de Niigata iniciou a campanha de cupom de refeição em 5 de outubro, seguida pela província de Yamanashi no dia 12 e a de Osaka no dia 14. A maioria das províncias vai iniciar a campanha em novembro.

Os cupons de refeição emitidos pelas respectivas províncias podem ser usados em estabelecimentos registrados. Eles podem ser adquiridos em lojas de conveniência e outras instalações dependendo da região, assim como pelo sistema online. Os cupons valem 25 por cento a mais que o valor da venda. Por exemplo, um cupom de 12.500 ienes pode ser comprado por 10 mil ienes.

Vale ressaltar que algumas províncias estão emitindo cupons de refeição somente para seus moradores.

Estas informações foram atualizadas no dia 16 de outubro.

106. Informações sobre a campanha Go to Eat (2)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, nós apresentamos a segunda parte da nossa série sobre a campanha do governo Go to Eat, cujo objetivo é estimular as pessoas a comer fora e apoiar a indústria de restaurantes. Desta vez, as perguntas são: Como fazer uma reserva online? Como e quando podemos ganhar pontos?

Desde o dia 1º de outubro, pode-se fazer reservas por meio de sites com essa finalidade. Para ganhar pontos, as reservas devem ser feitas para restaurantes que fazem parte do programa. Os pontos serão concedidos por volta de uma semana depois da refeição no restaurante. Eles valem 500 ienes, ou cerca de 4,7 dólares, por pessoa para o almoço e 1.000 ienes, ou aproximadamente 9,4 dólares, para o jantar. Os pontos podem ser resgatados quando uma reserva é feita pelo mesmo site.

O número máximo de reservas que podem ser feitas de uma só vez é para 10 pessoas. Os pontos ganhos são correspondentes ao número de reservas feitas, e serão concedidos à pessoa que se encarregou de fazê-las. Pode-se ganhar pontos sem limite de vezes até o final de janeiro de 2021. É preciso lembrar que o prazo de utilização dos pontos ganhos é até o final de março do próximo ano.

105. Informações sobre a campanha Go to Eat (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, nós apresentamos a primeira parte da nossa série sobre a campanha do governo Go to Eat, cujo objetivo é estimular as pessoas a comer fora e apoiar a indústria de restaurantes. Desde o dia 1º de outubro, as pessoas podem ganhar pontos ao efetuarem reservas por meio de sites com essa finalidade. Desta vez, vamos falar sobre o esboço do programa.

A campanha Go to Eat está dividida em duas partes. Na primeira parte, o participante ganha pontos ao efetuar reservas online. Quando reservas são efetuadas através de sites designados para essa finalidade, os participantes ganham pontos que podem ser utilizados nas refeições seguintes.

Já na segunda parte, o participante adquire antecipadamente cupons emitidos pelas respectivas províncias. Em algumas delas, as vendas desses cupons estão restritas aos moradores das próprias províncias.

104. Sabendo mais sobre o programa 'Go To Travel' (5)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Hoje, nós apresentamos a quinta parte da nossa série sobre a campanha Go to Travel, que visa estimular o turismo e impulsionar o consumo fortemente atingidos pelo alastramento de infecções. Desta vez, a pergunta é: Quais são as taxas de cancelamento para a iniciativa caso as infecções se propaguem novamente?

Caso determinadas regiões registrem um aumento nas infecções, o governo planeja consultar especialistas para considerar a exclusão dessas áreas da campanha. Autoridades dizem que, em tais casos, serão feitas considerações para que não haja cobrança de taxas de cancelamento. Estabelecimentos serão exortados para que não cobrem tais taxas, sendo que o governo os indenizarão por quaisquer perdas fazendo uso de fundos alocados para a campanha.

Por exemplo: caso hotéis ou outras instalações de hospedagem tenham arcado com despesas para a compra de alimentos, ou caso agências de viagem tenham pago taxas de manutenção para reservar passagens aéreas, eles receberão de volta o montante real.

103. Sabendo mais sobre o programa 'Go To Travel' (4)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Esta é quarta edição da série que trata das campanhas Go To, pelas quais o governo japonês pretende incentivar o consumo, gravemente afetado pela crise de saúde. Desde o dia 1º de outubro, Tóquio passou a fazer parte da iniciativa com o fim de incentivar o turismo. Aqui um resumo dos resultados esperados.

Calcula-se que a inclusão da capital japonesa venha a aumentar os gastos pessoais em aproximadamente 7,3 bilhões de dólares. Os cerca de 14 milhões de habitantes da metrópole, que correspondem a mais de 10% da população do Japão, poderão viajar com descontos a locais turísticos de várias partes do país.

Em todo o ano passado, 49,63 milhões de viajantes, excluindo turistas estrangeiros, fizeram estadas em hotéis e outras acomodações em Tóquio, perfazendo 10% da totalidade de hóspedes registrados em 2019 no Japão. A expectativa é de que aumente o número de pessoas que visitam a capital japonesa.

Se houver um aumento efetivo do total, mais pessoas vão se hospedar em hotéis e usar instalações turísticas, assim como bares e restaurantes. Além disso, vão utilizar meios de transporte.

O Instituto de Pesquisa Nomura estima que a participação de Tóquio na campanha Go To Travel venha a resultar em um aumento dos gastos pessoais em aproximadamente 7,3 bilhões de dólares. Se confirmado, corresponderá a cerca de 17,8% do total aproximado de 40 bilhões de dólares de aumento dos gastos pessoais projetado para a totalidade da campanha no Japão.

102. Sabendo mais sobre o programa 'Go To Travel' (3)

A NHK está respondendo a perguntas relacionadas ao novo coronavírus enviadas pelos ouvintes. Go To Travel, uma iniciativa do governo que visa incentivar o turismo, faz parte de campanhas para fomentar o consumo e a economia japonesas que foram duramente atingidos pela pandemia do coronavírus. Estamos levando a você uma série de como utilizar a iniciativa e, hoje, terceiro dia em que falamos dessa questão, vamos ver como você pode obter cupons de viagens que podem ser usados em lojas e instalações.

As pessoas que comprarem um pacote de turismo em uma agência de viagens podem receber cupons de papel no balcão.

Aquelas que fizerem reservas de acomodações ou de um pacote turístico online podem tanto receber cupons de papel no momento do check in no hotel em que vão se hospedar ou obter cupons preenchendo um formulário no website incluído no e-mail de confirmação da reserva.

Se você fizer uma reserva em uma pousada ou um hotel, poderá receber cupons de papel quando fizer o check in na instalação.

Os tipos de cupons ou a maneira dos mesmos serem emitidos podem variar dependendo da agência de viagens. Por favor, verifique os detalhes quando fizer as reservas.

101. Sabendo mais sobre o programa 'Go To Travel' (2)

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. A iniciativa Go to Travel é uma das medidas tomadas pelo governo do Japão para estimular o consumo e revigorar a economia do país, que tem sido bastante afetada pela crise viral. Esta semana temos uma série sobre formas de utilizar a iniciativa. Nesta edição vamos explicar o modo de obtenção de cupons da campanha para uso em lojas e diferentes estabelecimentos comerciais.

Desde o dia 1º de outubro, viajantes podem usar os cupons em pontos turísticos, lojas, restaurantes e em meios de transporte. Os cupons são válidos pelo tempo de duração de cada viagem. Por exemplo, alguém em viagem com uma diária de hotel pode usar os cupons na data da chegada e no dia seguinte.

Viajantes podem utilizar os cupons na província da sua estada ou em uma província vizinha. Em viagem a Hokkaido, no norte do Japão, é possível usar os cupons também em Aomori, província próxima. Do mesmo modo, uma estada em Okinawa, no sul, dá direito ao seu uso também em Kagoshima.

Adesivos e pôsteres identificam lojas e diferentes estabelecimentos que aceitam pagamentos com cupons, que estão disponíveis em forma impressa ou digital — no smartphone. Cada cupom tem o valor de 1.000 ienes — cerca de 9 dólares e 40 centavos. Os usuários não recebem troco.

100. Sabendo mais sobre o programa 'Go To Travel' (1)

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A partir de hoje trazemos uma série sobre a 'Go To Travel', uma iniciativa governamental para encorajar o turismo. Ela faz parte de campanhas públicas para promover o consumo e a economia japonesa, que foram fortemente impactados pela pandemia do coronavírus.

Inicialmente, Tóquio foi excluída da iniciativa devido ao número comparativamente alto de infecções em relação ao resto do país. Porém, viagens tendo a capital japonesa como ponto de origem ou destino foram adicionadas à campanha em 1º de outubro. Viajantes vindos do exterior não podem participar da campanha, mas estrangeiros que vivem no Japão, sim. Hoje daremos um esboço geral do programa.

No sistema da 'Go To Travel', o governo subsidia até 20 mil ienes, valor equivalente a cerca de 190 dólares, por noite de estada em um hotel, além de até 10 mil ienes ou cerca de 94 dólares por viagem de ida e volta no mesmo dia.

Os usuários podem receber um desconto de 35% no valor a ser pago em pousadas, hotéis ou agências de viagem registradas para a campanha, além de ganhar cupons que valem 15% do valor pago, que por sua vez podem ser usados em lojas e instalações turísticas da região. Se, por exemplo, um viajante for se hospedar em uma pousada que cobra 40 mil ienes, ele terá de pagar apenas 26 mil ienes graças ao desconto de 35%. O viajante também poderá receber cupons em valor equivalente a 15% do preço, ou seja, 6 mil ienes.

Desde 18 de setembro, agentes de viagem começaram a vender pacotes turísticos com o desconto tendo Tóquio como ponto de origem ou destino. Pessoas que fizeram suas reservas de viagens antes dessa data têm de pedir aos agentes de viagens ou hotéis para que sejam inclusos na campanha.

99. Como desinfetar meu smartphone?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Em nossa série sobre como se manter seguro em nosso dia-a-dia, a questão de hoje é: como desinfetar smartphones?

Nós fizemos esta pergunta a Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas. Ela é uma especialista em medidas de combate a infecções. Segundo Sakamoto, desinfetantes à base de álcool podem ser utilizados para limpar celulares.

Se você não tiver acesso a um desinfetante à base de álcool, ela disse que também é possível utilizar um detergente neutro para uso doméstico. Prepare uma solução misturando um litro de água com 5 a 10 mililitros de detergente. Imersa um pano de prato na solução, torça-o para tirar o excesso e use-o para limpar seu smartphone.

98. É possível ser infectado pelo coronavírus no consultório do dentista?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Na série sobre como nos mantermos sadios em nosso dia a dia, hoje temos a seguinte questão: é possível ser infectado no consultório do dentista?

A Associação de Odontologia do Japão afirma que consultórios de dentistas já possuem várias medidas preventivas em vigor para evitar contaminações e que, portanto, pessoas que não apresentam febre, tosse ou outros sintomas, podem ser examinadas seguindo os procedimentos de praxe.

Indivíduos que apresentam sintomas podem ser aconselhados a evitar consultas.

No entanto, a Associação afirma que alguns casos podem ser urgentes ou até mesmo colocar a vida do indivíduo em risco caso não receba tratamento. Assim a pessoa deve primeiro pedir orientação ao dentista.

97. É seguro viajar de trem ou avião?

A NHK está respondendo a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Na nossa série sobre como se manter seguro no cotidiano, a pergunta de hoje é sobre a segurança em um avião ou no trem-bala japonês Shinkansen.

É verdade que, nos vagões de trem ou cabines de avião, a ventilação não é tão boa como em um ambiente ao ar livre. Contudo, a maior parte dos passageiros a bordo não grita ou briga nesses locais.

Perguntamos a Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, em Tóquio, especialista em medidas contra infecção. Ela diz que não é necessário que as pessoas se preocupem em demasiado sobre a possibilidade de serem infectadas nesses locais, contanto que permaneçam quietas e mantenham distância em relação aos outros passageiros.

Contudo, Sakamoto acrescenta que, embora traslados ofereçam pouca possibilidade de infecção, o risco poderá ser maior caso haja festas em um espaço fechado no hotel em que se hospedar. Ela afirma que tais comportamentos podem levar a uma infecção em massa, por isso é necessário tomar bastante cuidado em relação a esses atos.

96. Qual o risco de contágio pelo coronavírus em piscinas e casas de banho?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Na série desta semana, sobre como nos mantermos sadios em nosso cotidiano, temos a seguinte questão: quais são as chances de contágio em piscinas e casas de banho públicas?

Quem responde é Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, especialista em medidas anti-infecção. Sakamoto afirma que não é necessário se preocupar sobre contágio em piscinas ou casas de banho. Segundo ela, mesmo que a água esteja contaminada com o vírus, a carga viral estaria altamente diluída. Sakamoto afirma que nadar em uma piscina ou frequentar casas de banho não representam muito risco.

Ela ressalta, no entanto, que existe risco de contágio ao tocar objetos e superfícies em vestiários, onde muitas pessoas encostam. Ela aconselha a não tocar o rosto, nariz, olhos e boca a não ser que tenha lavado bem as mãos.

95. Como se manter seguro contra o coronavírus – Parte 6: É seguro comer verduras ou legumes crus?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A série desta semana é sobre como nos mantermos sadios em nosso cotidiano. Hoje, temos a seguinte questão: é seguro comer verduras ou legumes vendidos nos supermercados sem cozinhá-los?

Quem responde é Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, especialista em medidas anti-infecção. Ela afirma que as chances são pequenas, com o que se sabe até agora, de que a pessoa possa vir a se infectar com o vírus por meio dos alimentos.

Pesquisadores cogitaram a hipótese de que pessoas foram infectadas pelo coronavírus em um mercado na China, por intermédio de animais vivos vendidos no local. Sakamoto afirma, no entanto, que isso não significa que as pessoas teriam se infectado ao comer a comida que compraram naquele mercado.

Ela garante que não é necessário se preocupar em excesso, desde que realizemos o consumo de alimentos vendidos em supermercados seguindo noções adequadas de higiene. Segundo a especialista, é suficiente lavá-los e consumi-los como geralmente fazemos.

94. Como se manter seguro contra o coronavírus – Parte 5: É preciso limitar o uso de espaços abertos?

A NHK está respondendo perguntas enviadas por ouvintes sobre o novo coronavírus. Na série sobre como ficar seguro no dia a dia, a pergunta de hoje é se precisamos ou não restringir também o uso de espaços abertos.

Fizemos esta pergunta a Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, em Tóquio. Sakamoto, uma especialista em medidas de prevenção de infecções, diz que o risco de contaminação é relativamente baixo em espaços abertos porque, ao contrário do que acontece num espaço interno e fechado, há um fluxo constante de ar.

Contudo, Sakamoto acrescenta que mesmo quando estivermos fora, o risco de infecção aumenta um pouco se conversarmos com alguém mantendo pouca distância. Em outros casos ela diz que não é necessário se preocupar muito.

Ela também nos aconselha a manter a distância uns dos outros quando estivermos comendo ao ar livre com um grupo de pessoas, por exemplo, num piquenique sob as flores das cerejeiras. Ela diz que o risco diminui ainda mais se uma pessoa que não estiver se sentindo muito bem não for a esse tipo de festas.

93. Como se manter seguro contra o coronavírus – Parte 4: O que fazer caso um membro da família contraia o coronavírus?

A NHK vem respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Na nossa série sobre como se manter sadio durante nosso dia-a-dia, a pergunta de hoje é “o que devemos fazer caso um membro da família seja infectado?”.

Uma equipe de especialistas em doenças infectocontagiosas, que conta com o professor Kaku Mitsuo da Universidade de Medicina e Farmácia de Tohoku, divulgou um manual que lista medidas específicas para ajudar a conter a transmissão do vírus.

De acordo com o documento, apenas uma pessoa deve ser responsável pelos cuidados ao membro infectado da família. O cuidador deve usar luvas, máscara e lavar as mãos com frequência. Deve ainda monitorar sua própria temperatura duas vezes ao dia, além de prestar atenção a sinais de que esteja desenvolvendo sintomas.

Para evitar a disseminação do vírus, o manual aconselha que as refeições não sejam servidas em travessas de uso coletivo e que os utensílios não devem ser compartilhados. Pratos devem ser deixados de molho em desinfetante por pelo menos cinco minutos antes de serem lavados. Roupas e roupas de cama que possam conter fluídos corporais devem ser deixadas de molho em água a 80º por pelo menos 10 minutos antes de serem lavadas.

O manual também afirma que é importante ventilar os cômodos, abrindo as janelas de 5 a 10 minutos a cada uma ou duas horas.

O professor Kaku informa que muitas pessoas podem não estar cientes do que deve ser feito caso elas ou membros de sua família apresentem sintomas. Portanto, ele espera que o manual seja útil em reduzir o risco de infecção e ajudar as pessoas a se sentirem seguras em seu dia-a-dia.

92. Como se manter seguro contra o coronavírus – Parte 3: Modo correto de lavar as mãos

A NHK responde às perguntas sobre o novo coronavírus enviadas pelos ouvintes e, nesta semana, vamos falar como você pode se proteger durante a pandemia. O tópico de hoje trata sobre a maneira adequada de lavar as mãos.

O coronavírus, assim como os vírus da influenza e outras gripes, se dissemina através de partículas expelidas na respiração, por exemplo, quando uma pessoa tosse ou espirra. Medidas preventivas contra o coronavírus recomendadas pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, incluem lavar as mãos e cobrir a boca e o nariz quando tossimos ou espirramos, que também são cuidados normalmente tomados contra outras doenças infecciosas.

Ao lavar as mãos, você deve fazê-lo usando sabão e água corrente, gastando, no mínimo, 20 segundos para esfregá-las completamente, inclusive entre os dedos e a parte interna das unhas. Se não contar com sabão ou água corrente, também é eficaz utilizar álcool e outros desinfetantes para mãos.

Os vírus que as mãos captam entram no corpo através dos olhos, boca e nariz. Então, por favor, não toque sua face até você ter lavado suas mãos completamente.

Perguntamos ao professor Kobayashi Intetsu, da Universidade Toho, especializado em controle de infecções, quais são os pontos chave na lavagem das mãos. Ele respondeu o seguinte:

“Em primeiro lugar, use sabonete em abundância, e esfregue cuidadosamente cada dedo. Lave até os punhos. Se você usar a quantidade correta de sabão, você ainda deverá ter espuma após esfregá-la todas as áreas das mãos. Você pode usar tanto água fria como água quente corrente para enxaguar as mãos. É melhor secá-las usando uma toalha de papel limpa e fechar a torneira sem tocar diretamente. Quando você não pode limpar as mãos com sabão e água, use desinfetantes ou higienizadores de mãos a base de álcool. A quantidade de desinfetante usada é importante. Assegure-se de pressionar o dispensador do frasco até o fundo.”

O professor Kobayashi diz também que é importante friccionar o desinfetante em todas as áreas das mãos enquanto ele não seque, e dar uma bombeada forte para garantir uma quantidade suficiente de desinfetante.

91. Como se manter seguro contra o coronavírus – Parte 2: O que fazer quando um morador do mesmo prédio residencial testar positivo para o vírus?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, nós falamos a respeito de como as pessoas podem se manter seguras durante a pandemia. O tema de hoje é: o que fazer quando um morador do mesmo prédio residencial que o seu testar positivo para o vírus?

Um caso desse tipo ocorreu em um prédio residencial em Asahikawa, uma cidade da província de Hokkaido, no norte do Japão. A associação de moradores do local perguntou a Mizushima Yoshihiro, vice-presidente da Zenkanren, como o prédio deveria ser desinfetado. A Zenkanren é uma organização sem fins lucrativos e também a federação nacional das associações de gestão de condomínios.

Mizushima foi a um centro de saúde pública local e perguntou se o órgão poderia enviar funcionários para desinfetar o prédio residencial. No entanto, o pedido foi rejeitado sob a alegação que o condomínio é uma propriedade privada e que não caberia ao centro realizar a desinfecção. Desse modo, o trabalho ficou a cargo dos próprios moradores.

Perguntamos ao centro de saúde pública de Asahikawa o que é preciso ter em mente ao desinfetarmos um prédio por conta própria. Primeiramente, é necessário desinfetar objetos em áreas comuns que as pessoas tocam frequentemente com as mãos. Isso inclui botões do teclado de dispositivo de travamento automático, botões de elevador, corrimões, objetos disponíveis em banheiros públicos, maçaneta da porta da escada de emergência.

O centro de saúde pública informou que não há necessidade de pulverizar desinfetante no ar, já que o vírus não deve pairar no ar por muito tempo. Os funcionários do centro aconselham os responsáveis pela limpeza a embeber folhas de papel toalha com uma solução de 0,05% de hipoclorito de sódio e limpar quaisquer superfícies meticulosamente.

Recomenda-se não borrifar a solução em papel toalha já que, caso isso ocorra, os responsáveis pela limpeza podem acabar inalando vapores nocivos. Além disso, a pulverização desigual pode deixar pequenos espaços não embebidos com desinfetante nas folhas, o que causa uma desinfecção imperfeita.

É necessário observar que o que dissemos aqui é válido para casos no Japão. Centros de saúde pública em outros países podem responder de maneira diferente.

90. Como se manter seguro contra o coronavírus – Parte 1: Crianças devem ou não usar máscaras de proteção?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, nós vamos falar a respeito de como as pessoas podem se manter seguras durante a pandemia. O tema de hoje é se as crianças devem ou não usar máscaras de proteção.

Takayama Yoshihiro, do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Okinawa Chubu, tem ajudado o governo japonês a delinear medidas contra o coronavírus. Ele pede precaução quanto ao uso de máscaras de proteção por parte de crianças, afirmando que elas podem tocar o rosto com mais frequência ao usar máscaras e que isso pode elevar o risco de infecção. Takayama diz que, quando se trata de crianças, medidas básicas como, por exemplo, lavar as mãos com frequência e medir a temperatura corporal delas ao sair e voltar para casa devem ter precedência.

A Sociedade Japonesa de Pediatria, por sua vez, recomenda que crianças com menos de dois anos de idade não devem usar máscara, pois isso pode causar dificuldades respiratórias para elas. Já o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social também afirma que não pede a todos os cidadãos que usem máscara porque algumas crianças têm dificuldade de colocar o dispositivo corretamente.

Takayama Yoshihiro alerta os pais sobre obrigar seus filhos a usar máscara simplesmente porque outras crianças o fazem. Ele exorta os pais a adotarem medidas básicas e levarem em conta os estágios de desenvolvimento de seus filhos ao decidirem sobre se elas devem ou não usar máscara.

89. Seis meses desde que a OMS anunciou a pandemia de coronavírus – Parte 4: Desenvolvimento de vacinas

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Mais de seis meses se passaram desde 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a disseminação das infecções como pandemia global. Nesta semana, temos uma série com informações sobre as mudanças ocorridas na situação da propagação do vírus nos últimos seis meses e novos conhecimentos que surgiram a seu respeito. Nesta edição, o tópico é o desenvolvimento de vacinas.

A criação de vacinas vem sendo realizada com uma rapidez sem precedentes desde que a OMS definiu como pandemia as infecções. O desenvolvimento de vacinas leva em geral cerca de dez anos pela necessidade de examiná-las cuidadosamente para garantir a sua segurança e a sua eficácia. Seis meses atrás, cientistas declararam que pelo menos vários anos seriam necessários para colocar em uso prático uma vacina contra o coronavírus.

Como o contágio assumiu proporções globais, teve início simultaneamente pelo mundo afora uma corrida pelo desenvolvimento de vacinas contra o novo vírus. Segundo a OMS, no dia 9 havia informes sobre o desenvolvimento em todo o mundo de nada menos de 180 vacinas potenciais, em uma corrida constantemente em aceleração.

Até agora teste clínicos têm sido realizados em pessoas com 35 das vacinas potenciais para verificar a sua segurança e a sua eficácia. Algumas destas vacinas estão até mesmo em fase final do processo de desenvolvimento.

Por que o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus vem sendo realizado com tanta pressa? As atenções se voltam para um novo tipo de vacina. Cientistas procuram agora aprimorar o sistema imunológico do ser humano por meio da introdução de genes do coronavírus no corpo para que se produzam no organismo as proteínas do próprio vírus, que passariam a atuar como anticorpos.

A Rússia aprovou formalmente em agosto uma vacina contra o coronavírus chamada Sputnik V. A vacina emprega um vírus diferente com segurança comprovada para introduzir os genes do coronavírus no organismo humano. O governo russo aprovou a vacina antes da conclusão da fase final dos testes clínicos.

O grande laboratório americano Pfizer desenvolve uma vacina com o uso do gene mRNA. A empresa está realizando a fase final de testes clínicos. Informa-se que solicitará aprovação governamental já antes do fim de outubro.

A companhia britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford também desenvolvem conjuntamente uma vacina que utiliza genes do coronavírus.

A expectativa é de que este tipo de vacina com o uso de genes seja desenvolvido em prazo menor que o de costume. No entanto, o seu desenvolvimento requer cautela especial porque se trata de um tipo nunca aplicado em seres humanos e pela necessidade de verificar cuidadosamente o risco de haver efeitos colaterais inesperados.

Também há relatos de casos segundo os quais a rotina do processo de verificação de novas vacinas foi ignorada em consequência da prioridade dada à rapidez.

O professor Ishii Ken, do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Tóquio, é especializado em desenvolvimento de vacinas. Ele destaca que esforços em curso pelo mundo afora para a criação de vacinas contra o coronavírus resultam de conquistas científicas passadas. Explica não haver dúvida alguma de que venha acontecendo uma inovação tecnológica na qual a tecnologia laboratorial é repentinamente guindada a um nível de tecnologia industrial.

O professor adverte, porém, que o desenvolvimento apressado poderá causar problemas imprevisíveis. Para ele, os cientistas deveriam ter em mente que a confirmação da segurança de novas vacinas exige tempo.

O governo do Japão faz negociações com algumas empresas farmacêuticas de outros países na expectativa de garantir o suprimento de suas vacinas. Além disso, prepara diretrizes para estabelecer a prioridade na vacinação da população japonesa.

88. Seis meses desde que a OMS anunciou a pandemia de coronavírus – Parte 3: Desenvolvimento de medicamentos contra Covid-19

A NHK vem respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Mais de seis meses já se passaram desde o dia 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde categorizou as infecções pelo vírus como uma pandemia global. Esta semana, trazemos uma série sobre as mudanças ocorridas ao longo dos seis últimos meses e as lições aprendidas desde então.

Hoje falamos sobre o progresso no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento da Covid-19.

Atualmente, não há nenhuma droga que possa ser considerada um tratamento milagroso para o coronavírus. No entanto, foram feitos progressos na busca de medicamentos desenvolvidos para tratar outras doenças que também se mostraram eficazes no tratamento da Covid-19. Muito mudou nos esforços de desenvolvimento de tratamentos para o coronavírus nos seis meses desde a declaração de pandemia.

Nos dias iniciais havia drogas que pareciam promissoras, mas cuja eficácia não era comprovada. Um desses exemplos era o de um medicamento que suprime sintomas da AIDS. Esperava-se que o mecanismo que evitava a reprodução do vírus do HIV também seria eficaz para o coronavírus. Entretanto, testes clínicos conduzidos na China e no Reino Unido mostraram que o medicamento não levou a uma queda da taxa de mortalidade em pacientes com sintomas graves.

Outro remédio que parecia ter potencial era a hidroxicloroquina, usada no tratamento de malária. No entanto, em junho a FDA, agência americana responsável pela aprovação de medicamentos nos Estados Unidos, revogou sua autorização que permitia o uso emergencial do medicamento no tratamento do coronavírus, afirmando que seus testes não demonstravam eficácia no combate à Covid-19.

Por outro lado, há remédios que tiveram sua eficácia contra o coronavírus confirmada. Eles incluem o remdesivir, que foi desenvolvido para o tratamento do Ebola. Testes clínicos nos EUA provaram que ele era eficaz no tratamento da Covid-19 e, em maio, ele se tornou o primeiro medicamento a ser aprovado para o combate ao coronavírus no Japão.

A eficácia do esteroide dexametasona na diminuição da taxa de mortalidade também foi confirmada em estudos no Reino Unido. O remédio também começou a ser usado em tratamentos no Japão.

Seis meses atrás não se conhecia um tratamento eficaz para a Covid-19. Agora, o Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Japão recomenda dois medicamentos em suas diretrizes para o tratamento do coronavírus. Há ainda outras drogas sendo desenvolvidas e que atualmente estão sendo testadas para comprovar sua eficácia.

A empresa farmacêutica japonesa que desenvolveu o medicamento contra a gripe Avigan, por exemplo, está conduzindo testes clínicos visando a aprovação governamental para seu uso no tratamento do coronavírus. Também estão sendo feitos testes com o Actemra, um remédio usado no tratamento de artrite reumatoide. Outros medicamentos promissores incluem o Alvesco, um esteroide para o tratamento de asma, e o Futhan, normalmente utilizado para pancreatite aguda. Caso a eficácia e segurança desses remédios seja comprovada, acredita-se que eles também sejam usados no tratamento da Covid-19.

O especialista em doenças infecciosas Morishima Tsuneo, da Universidade Médica de Aichi, afirma que os pesquisadores aprenderam sobre a natureza do coronavírus nos últimos seis meses e diversos tratamentos eficazes foram descobertos. Tais fatores contribuíram para a redução da mortalidade do vírus na segunda onda de infecções dentro do Japão.

87. Seis meses desde que a OMS anunciou a pandemia de coronavírus – Parte 2: Taxa de mortalidade e casos graves

A NHK vem respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Mais de seis meses já se passaram desde o dia 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde categorizou as infecções pelo vírus como uma pandemia global. Esta semana, trazemos uma série sobre as mudanças ocorridas ao longo dos seis últimos meses e as lições aprendidas desde então.

Muitos fatores foram descobertos sobre o novo coronavírus nos últimos seis meses. Alguns destes dizem respeito à taxa de mortalidade e a probabilidade de se desenvolver sintomas graves após contrair o vírus.

Em março, grande parte do conhecimento disponível sobre a doença vinha da China, onde o surto se originou. No final de fevereiro, especialistas da Organização Mundial da Saúde e autoridades chinesas analisaram dados de cerca de 56 mil casos confirmados. Descobriu-se então que 3,8% das pessoas infectadas morreram. A taxa de mortalidade era especialmente alta em Wuhan, na província de Hubei, onde o maior número de infecções foi reportado, chegando a 5,8%. Em outros locais, a taxa era de apenas 0,7%. A taxa para pessoas com mais de 80 anos chegava a 21,9% — o que significa que uma em cada cinco pessoas infectadas veio a falecer. 

Já a taxa encontrada no Japão era diferente. Em setembro, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas analisou dados de pessoas infectadas no Japão e apresentou um resultado, o qual chamou de taxa de mortalidade ajustada. A taxa para o período de um mês entre o final de abril e maio foi de 7,2%. As condições para análise entre os dois países eram tão diferentes que não é possível comparar os dados, mas a taxa parecia ser maior no Japão do que em Wuhan.

Dados japoneses mostram que, quanto mais velhos os pacientes, maior a taxa de mortalidade. Enquanto que a taxa para pessoas com menos de 70 anos era 1,3%, para pessoas acima dos 70 anos de idade era de 25,5%. A proporção é semelhante à uma análise feita pela OMS divulgada em fevereiro.

Entretanto, uma análise dos dados no Japão para o mês de agosto mostra uma taxa de mortalidade muito mais baixa. A taxa geral era de 0,9%. Para pessoas com menos de 70 anos de idade, era de apenas 0,2%, enquanto que para aqueles acima dos 70 anos chegava a 8,1%.

Qual foi a causa desta queda significativa? Pesquisadores do instituto nacional suspeitam que, na fase inicial do surto, médicos dão prioridade ao diagnóstico e tratamento de pacientes com quadro grave da doença, o que eleva a taxa de mortalidade. Afirmam que, conforme pessoas sem sintomas ou com sintomas leves passaram a ser testadas e incluídas nas análises, devido a uma expansão em testes como o PCR, a taxa de mortalidade foi diminuindo. 

Os pesquisadores afirmam que, no momento, não há nenhum sinal de que o vírus tenha se tornado menos fatal. Especialistas acreditam que os resultados das mais recentes análises oferecem os dados mais confiáveis sobre a taxa de mortalidade.

Especialistas citam ainda uma outra possibilidade para a diminuição na taxa de mortalidade — uma melhoria nos métodos de tratamento. Seis meses atrás, médicos davam prioridade ao tratamento do quadro de pneumonia e da Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda (SDRA).

Posteriormente, descobriu-se que existem dois outros fatores que levam à deterioração do quadro de infecção — coágulos de sangue e uma sobrecarga do corpo com citocinas. Quando pessoas são infectadas pelo coronavírus, pequenos coágulos de sangue tendem a se formar em seus vasos sanguíneos. Tais coágulos podem viajar para diversos órgãos e bloquear o fluxo sanguíneo, causando ataque cardíaco e derrame, além de outros problemas.

O sistema imune pode, por vezes, ficar fora de controle e começar a atacar o próprio corpo quando uma pessoa é infectada, condição conhecida por choque citocínico. Especialistas costumam alertar para os riscos desta sobrecarga de citocinas sempre que um novo tipo de doença infecciosa é reportado. Afirmam que muitos daqueles que morreram de falência múltipla dos órgãos após terem testado positivo para o coronavírus foram, muito provavelmente, vítimas de um choque citocínico.

Os conhecimentos aprendidos nos últimos seis meses, incluindo como pessoas infectadas desenvolvem sintomas graves, estão sendo utilizados por médicos para desenvolver novos tratamentos. Os novos métodos provavelmente contribuem para uma diminuição na taxa de mortalidade.

86. Seis meses desde que a OMS anunciou a pandemia de coronavírus – Parte 1: Quais são as circunstâncias atuais?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Mais de seis meses já se passaram desde o dia 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde reconheceu que as infecções pelo vírus se tratavam de uma pandemia global. Esta semana vamos apresentar uma série sobre as mudanças ocorridas ao longo dos seis últimos meses e as lições aprendidas desde então.

Uma das principais diferenças, naquela época, foi a disseminação do contágio. Até 11 de março, a OMS havia confirmado mais de 118 mil infectados em 117 países e territórios. Por país, segundo a organização, a China – onde os primeiros casos foram registrados – acumulava 80 mil infecções. A Itália passava por uma onda maciça de contágios pelo vírus e o sistema de saúde do país ficou sobrecarregado, com cerca de 10 mil casos. No Irã, foram registradas 8 mil infecções e na Coreia do Sul, 7 mil.

Por volta do mesmo período, mais de 4 mil e duzentas mortes foram registradas em diversas partes do mundo, sendo 3 mil e 100 delas na China, 600 na Itália, cerca de 300 no Irã e cerca de 60 na Coreia do Sul.

Quais são as circunstâncias agora que já se passaram seis meses?

A Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, relata que infecções foram confirmadas em 188 países e territórios, e que o vírus se espalhou para quase todos os cantos do mundo.

De acordo com a universidade, com dados de até 9h30 do dia 9 de setembro, mais de 27 milhões, 454 mil pessoas se infectaram com o vírus - número que é 230 vezes maior do que os registros de seis meses atrás. 

Os países que registraram grandes números de infecção também mudaram. Atualmente, os Estados Unidos contam com cerca 6 milhões e 325 mil casos; a Índia, com cerca de 4 milhões e 280 mil; o Brasil, com aproximadamente 4 milhões 147 mil e a Rússia, com cerca de 1 milhão e 32 mil. É evidente que o vírus se espalhou por amplas áreas em todo o mundo.

O número de mortes aumentou em mais de 210 vezes, chegando atualmente a 894 mil vítimas.

Por país, até agora, os Estados Unidos registraram cerca de 189 mil óbitos; o Brasil, cerca de 126 mil; a Índia, por volta de 72 mil; México, cerca de 67 mil e o Reino Unido, aproximadamente 41 mil.

85. Os preparativos do Japão para a vacinação contra a influenza

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, nós abordamos as medidas que o Japão vai adotar em antecipação à temporada de influenza que se aproxima. E a pergunta de hoje é: Como o Japão se prepara para a vacinação contra a influenza?

Teme-se que haja pouco estoque de vacinas em meio à vigilância intensificada contra a influenza durante a pandemia de coronavírus. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social decidiu pedir às pessoas que sejam vacinadas contra a gripe a partir de outubro. A prioridade deve ser dada àqueles que apresentam riscos mais altos de desenvolver sintomas graves, incluindo os idosos.

A pasta espera fornecer vacinas para cerca de 63 milhões de pessoas para a temporada que se aproxima a partir de outubro. No entanto, as pessoas estão se tornando mais cautelosas em relação à influenza, em meio à pandemia de coronavírus. As autoridades esperam por um aumento na demanda por vacinas contra a influenza.

O Ministério da Saúde organizou um painel de especialistas no dia 26 de agosto. Os participantes apresentaram um plano no qual exortam as pessoas a se vacinarem contra a gripe antecipadamente. O objetivo é fazer com que aqueles que apresentam riscos mais altos de desenvolver sintomas graves, como, por exemplo, os idosos, não se esqueçam de se vacinar antes que a quantidade de vacinas disponíveis se esgote.

O plano requer que pessoas com 65 anos ou mais de idade sejam vacinadas a partir do início de outubro. Posteriormente, da segunda metade de outubro em diante, trabalhadores da saúde, portadores de problemas respiratórios e outras condições pré-existentes, mulheres grávidas e crianças pequenas - de bebês com seis meses de idade até estudantes do segundo ano primário, ou de sete para oito anos de idade - serão encorajados a se vacinarem.

É difícil distinguir os sintomas entre o coronavírus e a influenza, pois eles são bem semelhantes. Caso instituições médicas tenham de lidar com uma quantidade enorme de testagem para o vírus, os serviços médicos podem ser afetados. O Ministério da Saúde diz que está pronto para ajudar a melhorar o processo de testagem.

84. Medidas de combate ao coronavírus durante a temporada de gripe no Japão

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: Quais medidas o Japão planeja tomar para lidar com o coronavírus durante a temporada de gripe que se aproxima?

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão está estabelecendo um novo sistema que posiciona clínicas locais no centro da realização de testes para o coronavírus, em preparação para a temporada de gripe no outono e inverno.

Atualmente, pessoas que desenvolveram febre ou outros sintomas associados à infecção pelo coronavírus são testadas normalmente de uma das seguintes formas. Ou elas contatam um escritório de consulta montado em centros de saúde pública para, então, serem encaminhadas para a realização de testes em uma instituição médica designada, ou vão até uma clínica local e, posteriormente, são testadas em um centro regional montado pela associação médica.

Contudo, há preocupações de que o número de pessoas com febre ou sintomas parecidos com os do coronavírus que pedem para serem testadas aumente consideravelmente durante a temporada de gripe no outono e inverno.

Portanto, o Ministério da Saúde decidiu ampliar o sistema de testes para o coronavírus. Assim, será possível que clínicas locais realizem exames médicos e também conduzam testes para o vírus.

A testagem será realizada por clínicas registradas junto aos governos locais. Na maioria dos casos, elas utilizarão kits de teste acessíveis que podem detectar antígenos de coronavírus e fornecem resultados mais rápidos. Caso uma pessoa teste positivo para o vírus, um centro de saúde pública indicará um hospital ou uma instalação de acomodação designada.

Em casos em que clínicas não sejam capazes de conduzir testes ou estejam fechadas devido ao final de semana, a pessoa deverá contatar o escritório de consulta em centros de saúde pública ou os centros de testagem locais.

O Ministério da Saúde planeja aumentar o número de clínicas capazes de realizar testes para o coronavírus e disponibilizar diariamente 200 mil kits de teste que podem detectar antígenos para o vírus.

83. Como prevenir a infecção pelo coronavírus dentro de um trem lotado

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: Como faço para prevenir a infecção em um vagão de trem lotado?

Como nós já informamos anteriormente, pessoas podem se infectar pelo coronavírus através de gotículas respiratórias e contato indireto. Algumas pessoas afirmam que, caso isso seja verdade, você não será infectado mesmo quando uma pessoa contaminada permaneça em pé ao seu lado dentro de um trem lotado, desde que ela não converse com você e nem te toque.

As pessoas produzem gotículas quando falam. No entanto, gotículas também podem ser produzidas por meio da respiração. Permanecer em silêncio não é garantia de que você não produza gotículas.

Mesmo assim, você pode reduzir enormemente a quantidade de gotículas produzidas mantendo a boca fechada. É por isso que é importante que nós nos abstenhamos de falar ou tocar, e devemos usar máscaras de proteção, além de lavar ou desinfetar as mãos com frequência.

82. Antes de mais nada, como acontece o contágio?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez a pergunta é: “Antes de mais nada, como acontece o contágio?”

O vírus é transmitido por contato indireto além de através de gotículas liberadas pela respiração.

É possível o contágio por contato indireto quando o indivíduo toca em algo que tenha sido tocado anteriormente por uma pessoa infectada. Na vida cotidiana, é frequente tocar no próprio rosto, incluindo o nariz e a boca. Se for realizado com mãos contaminadas, este ato pode levar ao contágio com o vírus. Como os olhos também são muito vulneráveis à transmissão, o indivíduo pode se infectar ao esfregá-los.

Acredita-se que transmitam igualmente o vírus as chamadas microgotículas. São gotas minúsculas, ainda menores do que gotículas, que ficam suspensas no ar em espaços com precária circulação de ar. Para evitar o contágio com microgotículas, recomenda-se evitar três circunstâncias: espaços pouco ventilados, aglomerações e conversas com interlocutores próximos demais. Afirma-se que, em geral, as gotículas caem no chão após um deslocamento aproximado de 2 metros — distância que, sendo mantida em relação aos demais indivíduos, é considerada segura.

Nem tudo se conhece sobre o modo de propagação do novo coronavírus. Por enquanto, porém, medidas são tomadas na suposição de que seja possível controlar o contágio ao evitar gotículas e o contato próximo entre as pessoas.

Com o fim de reduzir o risco de contágio em todo o Japão, autoridades solicitam a todos que usem máscara, para prevenir a disseminação de gotículas, e que guardem uma distância mínima de 2 metros dos demais sempre que houver gotículas no ar. As pessoas também são aconselhadas a lavar as mãos para que não se infectem ao tocar inadvertidamente, com as mãos contaminadas, a boca, o nariz ou os olhos.

81. Onde surgiu o novo coronavírus?

A NHK está respondendo perguntas enviadas pelo ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: "Onde e quando surgiu o novo coronavírus?"

Pesquisas continuam sendo feitas sobre onde e quando se originou o coronavírus. De acordo com as autoridades da cidade chinesa de Wuhan, o primeiro caso de Covid-19 foi registrado lá no dia 8 de dezembro de 2019. Como a China tem o costume de vender animais vivos, foi sugerido que o surto teria se originado num mercado de Wuhan, onde o vírus teria sido transmitido de animais selvagens para seres humanos.

No entanto, a origem do vírus permanece obscura. A fonte do vírus pode ter sido no mercado, ou então o vírus poderia já estar se espalhando por Wuhan naquela época, através dos comerciantes que estavam trabalhando no mercado.

Embora especialistas tenham sugerido que morcegos podem ter sido os primeiros portadores da Covid-19, o habitat desses morcegos ainda não foi confirmado.

Os morcegos portadores do vírus poderiam estar bem longe, nas montanhas, e podem ter transmitido o vírus para pessoas que visitaram a região por acaso. Essas pessoas podem então ter voltado a Wuhan e contaminado outras pessoas sem saber. A rota da infecção ainda não foi definida.

80. O que é o coronavírus?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é “Quantos tipos de coronavírus são transmissíveis entre seres humanos?”

Mais de 50 variantes de coronavírus foram descobertas. Sabe-se que são transmissíveis entre seres humanos seis delas — quatro das quais são, em geral, diagnosticadas como gripes.

Acredita-se que, na infância, a maioria das pessoas tenha sido infectada por um ou mais destes quatro tipos de coronavírus. Dois dos outros correspondem à Sars e à Mers — síndromes que, diferentemente dos quatro tipos, causam graves sintomas. Especialistas declararam, na época do seu primeiro surto, que vírus causadores de graves problemas haviam surgido.

Em dezembro, autoridades chinesas observaram casos de pneumonia em Wuhan. Foi então que se descobriu o sétimo tipo de coronavírus transmissível entre seres humanos, ao qual foi dada a qualificação de novo.

Um grande número de especialistas previa a emergência de uma nova variante de coronavírus, mas não antecipava que o vírus seria capaz de causar tantos transtornos.

Como dissemos antes, quatro tipos correspondem a modalidades comuns de gripe. A Sars foi contida com êxito por produzir sintomas de identificação relativamente fácil e a Mers não causou nenhuma pandemia. Assim, as pessoas ficaram desprevenidas. Acreditava-se que, mesmo em caso de surgimento de uma nova variante de coronavírus, o mal poderia ser contido ou não se propagaria demais.

Foram publicados livros que alertavam para o risco de uma pandemia surgir pela ação de uma nova variante. Contudo, poucos especialistas do mundo inteiro consideraram realista este prospecto.

79. Por que o novo coronavírus se dissemina tão rápido e de forma tão ampla?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A questão de hoje é: "Por que o novo coronavírus está se espalhando tão rápido e de forma tão ampla?"

Até o momento, não existe vacina disponível contra o novo coronavírus. A verificação de o quão contagioso o vírus é pode ser feita pela média de outras pessoas que contraem o vírus a partir de um indivíduo infectado. Por exemplo, se uma pessoa infectada passar o vírus para uma média de 0,5 pessoa, isso significa que ele não é muito contagioso e que é pouco provável que se espalhe amplamente. Com o novo coronavírus, acredita-se que uma pessoa infectada passe o vírus para cerca de 2,5 pessoas.

No entanto, um painel de especialistas que aconselha o governo japonês sobre o coronavírus acredita que a taxa não necessariamente significa que cada infectado esteja transmitindo o vírus a 2,5 pessoas. Os especialistas acreditam que, caso existam 10 portadores de coronavírus, oito têm baixa probabilidade de infectar mais alguém, enquanto que os outros dois chegam a disseminar o vírus para cerca de 10 pessoas, cada.

Outro problema é que não é tão fácil identificar portadores do coronavírus. Quando uma pessoa se infecta com o vírus da Sars, que é um outro tipo de coronavírus, ela começa apresentar sintomas quase que imediatamente, e portanto, saberá que se encontra infectada. Nesse caso, a pessoa infectada pode ser isolada para evitar que transmita o vírus aos demais.

Mas os portadores do novo coronavírus podem espalhar a doença mesmo sem apresentar nenhum sintoma, e isso é o que torna mais difícil o controle da disseminação.

78. Quais regras de etiqueta devemos observar ao tossir?

A NHK vem respondendo a questões dos ouvintes sobre o novo coronavírus. As perguntas de hoje são: "quais são as regras de etiqueta na hora de tossir?" e "ao que eu devo prestar atenção ao lavar minhas mãos?".

O coronavírus, como os vírus da influenza e gripe, se espalha através de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que as pessoas lavem suas mãos com frequência e que observem as regras de etiqueta na hora de tossir para evitar a disseminação do vírus. Elas não diferem dos cuidados que devem ser tomados para combater outras doenças contagiosas.

Ao lavar as mãos, use sabão e água corrente. Gaste pelo menos 20 segundos para limpar toda a superfície, incluindo entre seus dedos e em baixo das unhas. Quando sabão e água não estiverem disponíveis, use desinfetantes à base de álcool para esfregar as mãos.

Você pode ser infectado caso toque seus olhos, boca ou nariz com as mãos contaminadas. Tenha certeza de não tocar em seu rosto antes de lavar as mãos.

Quando você apresentar sintomas como tosse e espirros, tenha certeza de observar a etiqueta para tossir apresentada a seguir para que não infecte outras pessoas ao seu redor mesmo que você esteja infectado.

Cubra sua boca com um lenço ou com a parte interna de seu braço ao tossir ou espirrar. Quando utilizar um lenço, descarte-o imediatamente e lave suas mãos. Não cubra sua boca com as mãos, já que elas se tornarão contaminadas com o vírus.

77. Por que são realizados poucos testes PCR no Japão?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. A questão de hoje é: “Ouvi dizer que não é fácil realizar o teste PCR no Japão. Qual seria o motivo?”

Testes PCR detectam material genético de agentes patogênicos e determinam se uma pessoa se encontra infectada no momento do exame. É um teste bastante preciso, porém os resultados levam tempo. Diz-se que o Japão não vem conduzindo tantos testes PCR como em outros países. Isso porque o Japão teve menos oportunidades de realizar esse tipo de teste antes do surgimento do novo coronavírus.

Um dos motivos é que doenças como Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), que utilizam testes PCR para detecção, não chegaram a entrar no Japão. E, para casos de gripe comum, usa-se amplamente kits de testes simples. Dessa forma, o país quase nunca fazia uso de testes PCR.

Agora, o sistema de testagem está sendo expandido gradualmente, mas ainda não chegou a um ponto em que possa ser distribuído rapidamente, o que é considerado um desafio.

76. Como manter os aposentos ventilados?

A NHK responde a perguntas sobre o novo coronavírus enviadas pelos ouvintes. Hoje, a questão é “Como manter os aposentos adequadamente ventilados?”.

A empresa fabricante de janelas e portas, YKK AP, apresenta no seu website uma lista de sugestões sobre como ventilar adequadamente os aposentos com janelas em meio à disseminação do novo coronavírus.

A companhia sugere “abrir duas janelas ao invés de uma”, e abrir as janelas “diagonalmente, uma oposta à outra”. Em um apartamento que conta com somente uma janela, a YKK AP recomenda abrir as portas dentro da sala para criar um canal de ventilação e usar ventiladores para circular o ar.

Também sugere mover as janelas deslizantes para o meio de modo que haja aberturas em ambos os lados.

75. Como ventilar adequadamente ambientes com o ar-condicionado ligado?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez a pergunta é: “Como ventilar adequadamente ambientes com o ar-condicionado ligado?”

A grande fabricante Daikin informa que a maioria dos condicionadores de ar limita-se a fazer circular o ar ambiente, sem renová-lo. Assim, pede ao público que abra as janelas às vezes para refrescar o ar ambiente quando os aparelhos estiverem ligados.

Como algumas pessoas consideram a medida um desperdício de energia, um funcionário da fabricante explicou um modo de controlar o consumo de eletricidade durante a ventilação. Pelo fato de os condicionadores de ar consumirem muita energia no momento em que são ligados, convém não desligá-los ao abrir as janelas.

Em regiões de clima quente, o consumo de eletricidade sobe quando a entrada de ar externo provoca um aumento da temperatura ambiente. É importante, assim, colocar o ar-condicionado em temperatura ligeiramente superior antes de realizar a ventilação.

74. Há risco de se sofrer insolação por conta do uso de máscaras?

A NHK está respondendo às perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é “seria verdade que o risco de ter insolação aumenta quando se usa máscara?” Por meio da termografia, conduzimos um experimento para ver como a temperatura facial muda ao se colocar máscara.

O teste revelou que quando não se usa máscara, a temperatura da pele ao redor da boca é de aproximadamente 36 graus centígrados. A medição foi feita em um dia de começo de verão no distrito de Shibuya, em Tóquio, local em que se situa a NHK.

Ao usar-se máscara, no entanto, o experimento constatou que a temperatura ao redor da boca subiu em 3 graus, alcançando 39 ou 40 graus Celsius logo após sua colocação. Cinco minutos depois, a pele ao redor da boca começava a suar devido ao calor preso dentro da máscara. O participante sentia muito mais calor do que quando não a usava, ficando com a respiração mais ofegante com o passar do tempo.

Segundo Yokobori Shoji, professor da Faculdade de Pós-graduação da Faculdade de Medicina Nippon, nem sempre o uso de máscara faz com que o usuário fique mais suscetível a uma insolação. No entanto, ele chama a atenção para o fato de que há estudos que indicam que o uso de máscara pode levar à dificuldade em respirar, resultando em um aumento de cerca de 10% nos batimentos cardíacos e maior frequência na respiração. Ele afirma que, quando combinado a outros fatores como exercícios físicos e um súbito aumento da temperatura do ar, o uso de máscaras pode aumentar o risco de insolação.

Yokobori diz ser importante evitar o espalhamento de gotículas infectadas por meio do uso de máscara. No entanto, é igualmente importante que idosos e pessoas que vivem sozinhas tomem precauções suficientes para evitar insolação. Ele recomenda que, quando fora de casa, pessoas vulneráveis retirem a máscara e descansem um pouco em locais menos lotados, como sob a sombra de uma árvore, por exemplo. O professor sugere também que se troque de máscara de tempos em tempos, pois o fluxo de ar pode ser impedido quando a máscara fica úmida com o suor.

73. Diretrizes para atividades em fábricas durante surto de coronavírus

A NHK vem respondendo a questões dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Esta semana, damos continuidade à nossa série sobre ao que os diferentes ramos da indústria devem se atentar para alcançar um equilíbrio entre a prevenção contra a disseminação do vírus e a manutenção de atividades econômicas e sociais. Hoje apresentamos as diretrizes implementadas em fábricas nas quais a produção não pode ser feita remotamente.

A fabricante de caminhões Mitsubishi Fuso Truck and Bus Corporation estabeleceu diretrizes contra o coronavírus para os empregados trabalhando na linha de produção. Na fábrica da empresa na cidade de Kawasaki, nas proximidades de Tóquio, funcionários devem manter uma distância de pelo menos 1,5 metros entre si. Quando é necessário uma maior proximidade, como por exemplo quando carregam peças pesadas juntos, uma medida experimental determina que devem utilizar máscaras de acrílico para proteção facial por cima das máscaras regulares.

Todos os funcionários trocam de luvas na metade do dia de trabalho e os vestiários são desinfetados com frequência para evitar a disseminação da infecção.

Baba Takashi, representante da Mitsubishi Fuso, disse que é extremamente importante tomar medidas para prevenir a infecção em linhas de produção de caminhões, nas quais é difícil implementar um modelo automatizado e a maior parte do trabalho é feito manualmente. Ele disse que a luta contra o vírus deve continuar ainda por algum tempo e que ele gostaria de ouvir dos funcionários ideias para melhorar o ambiente de trabalho para que todos possam exercer suas atividades de forma segura e agradável.

No final de março, a Toyota Motor, principal montadora japonesa, atrasou o início do turno noturno em meia hora em 10 diferentes fábricas na província de Aichi, na região central do Japão. A medida proporciona 90 minutos no dia para as trocas entre os turnos diurnos e noturnos, reduzindo a chance de funcionários em diferentes turnos se encontrarem.

Em sua fábrica de motores de jatos na cidade de Mizuho em Tóquio, a fabricante japonesa de máquinas IHI Corporation dividiu seus funcionários em dois grupos, os quais se revezam semanalmente para ir trabalhar.

Para evitar aglomeração de seus funcionários, a Isuzu Motors, outra montadora de caminhões, triplicou o número de ônibus oferecidos durante o horário de entrada da manhã para sua fábrica na cidade de Fujisawa, na província de Kanagawa próxima à Tóquio.

72. Diretrizes para retomada das atividades do setor empresarial

A NHK responde a perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Essa semana damos continuidade à série que mostra as diretrizes a serem seguidas por diferentes setores, com o objetivo de alcançar um equilíbrio entre a contenção das infecções e a retomada das atividades sociais e econômicas.

Hoje vamos conhecer as diretrizes compiladas pela Federação das Empresas do Japão, Keidanren, voltadas às empresas que pretendem retomar suas operações por completo. As medidas são divididas em duas categorias: uma para escritórios e empresas, e a outra, para fábricas.

As diretrizes apresentam várias formas de operação, tais como implementação de trabalho remoto, horários diferenciados, e extensão do fim de semana para três dias, com o objetivo de reduzir a frequência do uso do transporte público.

Aconselha-se também que empresários considerem adiar viagens de negócios que não sejam urgentes, e que passem a realizar reuniões, trocas de cartões de visita e entrevistas de emprego on-line.

Diretrizes para fábricas incluem medidas para várias situações cotidianas do setor. Por exemplo, pede-se que o setor industrial realize reuniões matinais e chamadas de funcionários em pequenos números e, separadamente, em cada departamento.

A Federação notificou as empresas associadas sobre as diretrizes. E também as disponibilizou online em seu website, pedindo que o setor empresarial e industrial as implemente por completo.

71. Diretrizes de operação de setores ferroviário e aéreo em meio à pandemia

A NHK está respondendo perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Esta semana estamos divulgando as providências que estão sendo tomadas por diferentes setores para evitar infecções com o coronavírus e ao mesmo tempo manter as atividades socioeconômicas. Hoje vamos conhecer as diretrizes para a prevenção de contágio divulgadas pelos setores ferroviário e aéreo.

De acordo com as diretrizes comuns divulgadas por grupos ferroviários, incluindo a JR e importantes ferrovias privadas, as operadoras receberam recomendações para pedir que os passageiros usem máscaras, trabalhem remotamente para evitar trens lotados e evitem usar os transportes públicos em horários de pico.

As ferrovias também receberam a solicitação para desinfetarem cuidadosamente os trens e abrirem as janelas para melhorar a ventilação.

Além disso, assentos reservados em trens expressos serão organizados para que os passageiros mantenham um distanciamento social fixo.

Já as diretrizes uma associação de empresas aéreas recomendam que essas companhias peçam aos passageiros que usem máscaras e que os funcionários desinfetem o interior das aeronaves rotineiramente. Além disso, as empresas receberam a recomendação para servir bebidas em embalagens individuais nos aviões.

As diretrizes para operadoras de aeroportos pedem às empresas que encontrem maneiras de solicitar que os passageiros mantenham distanciamento social durante os procedimentos de check-in e verificações de segurança.

As operadoras também estão pedindo que locais frequentemente tocados pelos passageiros sejam cuidadosamente desinfetados.

Nos balcões de check-in, divisórias transparentes poderão ser instaladas quando necessário para prevenir a transmissão de gotículas. Será medida a temperatura de quaisquer passageiros que não estejam se sentindo bem.

Nos seis principais aeroportos do Japão, que incluem Haneda, Narita e Kansai, as temperaturas dos passageiros continuarão sendo monitoradas por termógrafos.

70. Diretrizes de operação da indústria hoteleira em meio à pandemia

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Essa semana, temos uma série sobre diretrizes voltadas a diferentes setores, com o objetivo de alcançar um equilíbrio entre a manutenção das atividades sociais e econômicas e a prevenção da disseminação de Covid-19. Hoje, vamos apresentar as diretrizes voltadas ao setor hoteleiro.

Grupos da indústria hoteleira e de pousadas no Japão estipularam as diretrizes para medidas antivírus. As diretrizes compiladas por três grupos – Associação de Pousadas Ryokan do Japão, Associação de Ryokan e Hotéis do Japão e a Associação de Hotéis Executivos do Japão – pedem que os estabelecimentos verifiquem se os hóspedes apresentam qualquer sintoma, tais como febre, logo na chegada, e peçam que desinfetem as mãos.

Além disso, também pede-se que a explicação aos hóspedes sobre a localização de seus quartos seja feita por escrito, em vez de deixar que os funcionários os acompanhem até o quarto.

Ademais, as medidas definem que em salões de jantar e em restaurantes, os hóspedes devem ser aconselhados a se sentar lado a lado, a não servir bebidas alcóolicas para terceiros – para evitar que mais de uma pessoa encoste na mesma garrafa, e a evitar passar um único copo entre os participantes.

As diretrizes também recomendam que pratos como ensopados e sashimi sejam servidos individualmente, quando possível, em vez de compartilhá-los entre várias pessoas. Além disso, apelam para que os estabelecimentos considerem suspender a oferta de refeições em estilo buffet. Caso optem por continuar a oferecer buffets, as diretrizes recomendam que funcionários sirvam os hóspedes, em vez de deixá-los se servir sozinhos, para evitar o compartilhamento de pegadores e outros utensílios.

O número de pessoas que adentram as premissas de águas termais e locais de banho também deve ser limitado, para que não fiquem lotados.

Os grupos da indústria hoteleira pretendem tornar as diretrizes amplamente conhecidas entre os estabelecimentos associados, e insistem que medidas apropriadas sejam tomadas de acordo com a circunstância enfrentada por cada um deles.

69. Quais são as diretrizes para operação de restaurantes durante a pandemia?

A NHK responde a perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, apresentamos uma série sobre as diretrizes voltadas a diferentes setores, com o objetivo encontrar um equilíbrio entre a manutenção das atividades sociais e econômicas e a prevenção da disseminação de Covid-19. Hoje, apresentamos as diretrizes para a operação de restaurantes.

Um grupo da indústria de restaurantes no Japão compilou diretrizes para a retomada completa das operações. As medidas requerem que gerentes de restaurantes garantam a segurança dos alimentos, bem como uma boa higiene, e tomem a iniciativa de manter distanciamento social nas premissas do estabelecimento.

Ainda mais especificamente, as diretrizes afirmam que os gerentes devem disponibilizar desinfetantes para os consumidores e colocar uma placa pedindo que pessoas com febre, tosse e outros sintomas evitem comer no local.

As medidas também insistem que os estabelecimentos limitem o número de clientes quando o local estiver lotado, e que disponha os assentos de maneira que as pessoas não se sentem frente a frente, e que, ao mesmo tempo, mantenham uma distância de, pelo menos, um metro uma da outra. Também deve-se evitar compartilhar a mesa com outros grupos de clientes.

Durante a pandemia, a indústria de restaurantes e de serviços alimentícios vem contando com pedidos para viagem ou entregas em domicílio. Portanto, as diretrizes pedem que as refeições sejam consumidas o mais rápido possível para evitar quaisquer intoxicações alimentares.

O presidente da Associação de Serviços Alimentícios do Japão, Takaoka Shinichiro, afirma que as diretrizes têm como objetivo encorajar que sejam realizados esforços por parte dos gerentes de restaurantes. Ele espera que medidas apropriadas sejam tomadas dependendo das circunstâncias de cada estabelecimento para que os consumidores possam voltar a comer fora com segurança.

68. Quais são as diretrizes de combate ao coronavírus para karaokês?

A NHK vem respondendo a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Esta semana, trazemos uma série sobre os fatores mais importantes a serem observados pelos diferentes ramos da indústria, visando encontrar um meio termo entre a prevenção contra a disseminação do vírus e a manutenção das atividades econômicas e sociais. Na segunda edição, apresentada hoje, iremos explicar as diretrizes implementadas por estabelecimentos de karaokê.

Três associações da indústria de karaokê do Japão se juntaram para estabelecer as diretrizes para medidas contra disseminação da infecção. As diretrizes pedem que os gerentes dos estabelecimentos mantenham um ventilador funcionando em cada sala; que limitem o número de clientes para a metade da capacidade normal; que arranjem as salas para que os clientes sentem lado a lado (ao invés de frente a frente) e com uma distância de pelo menos um metro, mas se possível dois; e que desinfetem microfones e controles com frequência.

Ainda segundo as diretrizes, os clientes devem usar máscaras, salvo quando estão comendo ou bebendo, e se manter a pelo menos dois metros de distância de pessoas que estiverem cantando.

Um representante da Associação de Salas de Karaokê do Japão, Kato Shinji, disse que o karaokê, enquanto uma expressão cultural, enfrenta uma crise que ameaça a sua própria existência. Segundo ele, a associação está considerando implementar medidas mais estritas caso as diretrizes atuais se mostrem aquém do necessário. Disse que estão trabalhando para oferecer um ambiente de karaokê seguro e livre de preocupações para os clientes.

As informações aqui apresentadas são do dia 28 de julho.

67. Quais são as diretrizes para os diferentes ramos da indústria de entretenimento no Japão?

A NHK vem respondendo a questões dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, trazemos uma série sobre os fatores mais importantes a serem observados pelos diferentes ramos da indústria, visando encontrar um meio termo entre a prevenção contra a disseminação do vírus e a manutenção das atividades econômicas e sociais. Hoje, na primeira parte, explicamos as diretrizes que o governo estabeleceu para três diferentes tipos de negócios no ramo de entretenimento. Entre eles estão operadoras de casas noturnas ou bares nos quais os funcionários atendem os clientes pessoalmente, além de boates e casas de show ao vivo.

Em junho, o ministro da Revitalização Econômica do Japão, Nishimura Yasutoshi, divulgou medidas que os estabelecimentos da indústria de entretenimento devem seguir. Elas incluem:
- Manter uma distância de pelo menos um metro, ou se possível dois, entre as pessoas;
- Instalar painéis de acrílico em mesas e balcões;
- Encorajar os funcionários e clientes a usarem máscaras ou visores de proteção;
- Solicitar aos clientes que registrem seu nome e número para contato, por ora, guardando as informações por certo tempo.

As operadoras de casas de show ao vivo estão sendo requisitadas a tentar manter uma distância de dois metros entre os artistas e o público. Caso não seja possível, devem tomar medidas para garantir que partículas de saliva não se espalhem. O governo recomenda que a venda de ingressos seja feita inteiramente online ou através de métodos digitais de pagamento.

Casas noturnas ou bares nos quais os funcionários atendem os clientes pessoalmente foram requisitados a não permitir, por enquanto, os clientes a cantar em karaokês ou a dançar lado a lado. Também devem aconselhar os clientes que não compartilhem suas bebidas.

Boates devem manter o volume da música o mais baixo possível e proibir as pessoas de falarem muito alto, visando conter a disseminação de gotículas de saliva.

As informações aqui apresentadas são do dia 27 de julho.

66. Cuidados que devem ser tomados quando crianças servem almoço na escola

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: "Que cuidados devem ser tomados quando crianças servem almoço na escola?"

Nós conversamos com o professor Kunishima Hiroyuki, da Escola de Medicina, da Universidade Santa Mariana, que é especialista em doenças infecciosas. Ele afirma que é importante para todas as crianças, incluindo as que servem as refeições, que lavem as mãos adequadamente com sabão antes do almoço.

Kunishima diz que deve-se prestar atenção ao utilizar utensílios de servir, tais como pegadores e conchas. A NHK e o especialista realizaram um experimento em conjunto para verificar como um vírus é capaz de se disseminar em um bufê. Uma pessoa que fez o papel de um paciente infectado passou tinta fluorescente nas mãos e continuou fazendo sua refeição. Em 30 minutos, a tinta havia se espalhado dos pegadores, tampas de recipientes e outros itens utilizados por todos, para as mãos de todas as dez pessoas que faziam parte da refeição.

O risco de infecção em almoços servidos nas escolas pode ser reduzido, caso todos lavem as mãos adequadamente, utilizem máscaras de proteção e que somente as crianças encarregadas de servir as refeições utilizem pegadores ou conchas.

Durante a refeição, as janelas da sala de aula devem ser abertas e as crianças não devem estar próximas umas das outras. Espaços fechados, lugares cheios e contato próximo devem ser evitados.

Kunishima Hiroyuki afirma que crianças não podem usar máscaras durante as refeições, mas podem se aproximar mais umas das outras do que quando estivessem em uma aula. Ele diz esperar que as autoridades escolares sejam especialmente cuidadosas para assegurar que medidas, tais como ventilação e lavagem das mãos, sejam cumpridas.

Estas informações são referentes ao dia 21 de julho.

65. O vírus é transmissível antes que um contagiado exiba qualquer sintoma, como febre ou tosse?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez a pergunta é “O vírus é transmissível antes que um contagiado exiba qualquer sintoma, como febre ou tosse?”

Em Cingapura, uma equipe de pesquisadores diz acreditar que isso tenha acontecido em alguns casos. Os pesquisadores rastrearam as rotas de infecção de casos ocorridos em Cingapura e divulgaram suas descobertas em um relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Ao fim de detalhada análise, eles encontraram ocorrências em sete casos de infecção em grupo nas quais o contágio interpessoal teria tido origem em indivíduos assintomáticos.

As pessoas sem sintomas apenas passaram a ter febre, tossir e ter coriza vários dias após o contato com indivíduos que viriam a ser diagnosticados com o vírus em data posterior às interações. Os pesquisadores acreditam que portadores assintomáticos disseminam o vírus no período de incubação por intermédio de gotículas ou outros meios.

Alguns dos casos de infecção em grupo ocorreram em aulas de canto. Os pesquisadores explicam que, mesmo sem tosse, a pessoa pode transmitir o vírus por intermédio de gotículas ao cantar em voz alta ou de outras maneiras.

A conclusão dos pesquisadores é de que as ocorrências comprovariam a possibilidade de transmissão ainda no período de incubação. Advertem que não basta isolar indivíduos já com sintomas e enfatizam a importância de evitar aglomerações e multidões.

Informação de 20 de julho.

64. Medidas a serem tomadas em abrigos de emergência durante a pandemia

A NHK está respondendo perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Esta semana damos início a uma série de cinco episódios sobre os cuidados que devemos ter ao sair de nossas casas por conta de um desastre durante a pandemia. A pergunta de hoje é sobre as medidas tomadas por operadores de abrigos de emergência para evitar a propagação do vírus.

Kanbara Sakiko, professora da Universidade de Kochi, aconselha operadores de abrigos a medir a temperatura das pessoas antes delas entrarem nos edifícios, e também para verificar se há algum sintoma, como febre, tosse ou sensação de corpo pesado.

Kanbara diz também que um quarto separado deveria ser reservado exclusivamente para pessoas consideradas como de alto risco de contaminação com o vírus. Por exemplo, se o abrigo de emergência for no ginásio de esportes de uma escola fundamental, salas de aula deveriam ser utilizadas para separar pessoas com sintomas das outras.

Kanbara salienta ainda que operadores de abrigos também precisam criar medidas de prevenção contra a disseminação de gotículas de tosse e espirros. Ela disse que se for difícil assegurar uma distância considerável entre as pessoas que estão no abrigo, partições podem ser utilizadas através do uso de caixas de papelão para prevenir a disseminação das partículas. Contudo, é preciso não tocar nas partições para evitar ao máximo a transmissão pelo contato físico.

Kanbara salienta também a importância de lavar as mãos com frequência e usar desinfetante. Locais comumente utilizados por várias pessoas necessitam de cuidados especiais, já que as infecções podem facilmente espalhar-se a partir dessas áreas. Elas incluem, por exemplo, maçanetas de banheiros, interruptores elétricos e corrimãos.

Segundo a professora, é importante também desinfetar e lavar as próprias mãos antes e depois de tocar qualquer coisa nesses locais, e que é essencial que as pessoas sempre pensem sobre si mesmas como sendo possíveis portadoras do vírus, e tomar cuidado para não passá-los para outras pessoas desinfetando as próprias mãos, principalmente antes de tocar nesses lugares.

Kanbara diz que produtos desinfetantes à base de álcool deveriam ser colocados tanto na entrada do abrigo como perto das entradas dos banheiros, para que as pessoas desinfetem suas mãos com frequência. Ela acrescenta que as pessoas deveriam desinfetar suas mãos ao tocar em objetos utilizados por todos, como suprimentos de assistência e mantimentos.

Esta informação foi atualizada no dia 17 de julho.

63. Gotículas de espirros ou tosse representam risco por permanecer no ar?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, oferecemos orientação para eventuais situações de desastre e outras emergências que forcem a pessoa a se refugiar em abrigo temporário. Desta vez, temos esta pergunta de um ouvinte: “É verdade que gotículas de espirros permanecem no ar, perto do chão?”

Sekine Yoshika, professor da Universidade de Tokai, é um especialista em ambientes fechados. Com a supervisão dele, a NHK realizou um experimento relacionado a gotículas. Em ambiente que foi simulado como um abrigo de emergência, sem ventilação, avaliou-se o impacto de gotículas produzidas por espirros ou tosse neste tipo de confinamento.

Usou-se um aparelho especial capaz de criar gotículas em quantidade similar à resultante de um espirro, enquanto câmeras de alta definição filmavam o experimento. O vídeo final mostrou que a maioria das gotículas veio a cair em uma porção específica do piso, a cerca de 1,5 metro de distância.

Verificou-se, além disso, que a poeira impregnada de gotículas elevava-se do piso e passava a flutuar sempre que pessoas caminhavam no chão. E, com o ar agitado ainda que levemente por espirro ou tosse, a poeira umidificada era lançada a cerca de 20 centímetros de altura no ar.

O professor cita informes de alguns cientistas segundo os quais o coronavírus pode sobreviver por longo tempo, particularmente em superfícies lisas, com pouca fricção, como pisos de ginásios esportivos — em geral utilizados como abrigos temporários. Sekine considera importante tratar deste problema de gotículas no que se refere a abrigar-se em locais semelhantes.

A reportagem também ouviu sobre o mesmo assunto a professora Kanbara Sakiko, da Universidade de Kochi, que se especializou em medidas de prevenção de doenças infecciosas em abrigos de emergência. Ela adverte que dormir no chão juntamente com um grande número de pessoas no ambiente de abrigos pode aumentar o risco de contágio. Como medida de prevenção, assinala a eficácia de dormir em cama provisória de papelão, que fica a certa distância do chão.

Estas informações estão na página oficial da NHK no Facebook. Pode ser útil compartilhar com familiares e amigos caso eles habitem áreas afetadas pelas recentes chuvas torrenciais no Japão.

62. O que fazer quando se está em um abrigo?

A NHK vem respondendo às perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, estamos apresentando uma série dividida em cinco partes sobre os cuidados a serem tomados caso seja necessário deixar sua casa para buscar abrigo em meio à pandemia devido a um desastre natural. Hoje, falaremos sobre o que se deve ter em mente quando se está em um abrigo.

Quando se está em um abrigo, a maior prioridade é evitar as três condições seguintes: espaços fechados, locais lotados e situações de contato próximo. O que você pode fazer é manter o espaço bem ventilado, manter uma distância de cerca de 2 metros das demais pessoas e evitar conversas com outros de maneira próxima. Pode-se também sentar de costas um para o outro, em vez de cara a cara, usando partições feitas com papelão. Tais medidas ajudam a evitar que perdigotos gerados ao tossir e ao espirrar cheguem a outras pessoas.

Outra coisa que se pode fazer é lavar e desinfetar as mãos. Certifique-se de lavar as mãos ou desinfetá-las com álcool em gel antes de comer e depois de usar o banheiro. Faça o mesmo depois de tocar algo que muitas outras pessoas geralmente tocam, tais como maçanetas e corrimões.

Enquanto estiver em um abrigo, meça sua temperatura e verifique suas condições de saúde regularmente. Informe os operadores do abrigo ao notar que há algo de errado com sua saúde, de forma que possam, juntos, discutir o que fazer.

Doenças infecciosas tendem a se espalhar rapidamente dentro de abrigos durante situações de desastres. Após o terremoto seguido por tsunami em 2011, dezenas de pessoas tiveram influenza em um abrigo na província de Iwate. Depois do terremoto na província de Kumamoto em 2016, por sua vez, diversas pessoas foram infectadas com influenza e norovírus em um abrigo de Minami-Aso e suas cercanias.

As informações aqui disponíveis foram atualizadas em 15 de julho.

61. O que devo preparar antes de procurar abrigo em caso de desastre durante a pandemia?

A NHK vem respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. Nesta semana, estamos apresentando uma série dividida em cinco partes sobre os cuidados a serem tomados caso seja necessário deixar sua casa para buscar abrigo em meio à pandemia devido a um desastre natural. Hoje, na segunda parte, falaremos sobre as preparações necessárias antes de se dirigir a um abrigo.

Abrigos de emergência costumam ficar cheios com um grande número de pessoas quando existe um risco iminente de desastre. Isso significa que há um alto risco de que ocorra uma disseminação da infecção. Ao se dirigir a um abrigo, confira se está levando consigo máscaras, desinfetante a base de álcool e um termômetro clínico.

Caso você não tenha máscaras, pode utilizar uma toalha ou pano grande o suficiente para cobrir sua boca e nariz. Se você não tiver desinfetante a base de álcool, é possível utilizar como alternativa lenços desinfetantes. Existe uma escassez de máscaras no Japão e alguns governos locais não possuem número suficiente para oferecer àqueles que procuram abrigo. Portanto é melhor levar sua máscara se você puder.

É importante avaliar a sua própria condição física continuamente para evitar a disseminação da infecção. Tire sua temperatura com frequência. Febre, tosse e uma forte sensação de cansaço são alguns dos indicadores de que você pode estar infectado com o coronavírus.

Amanhã, nós iremos falar sobre o que se deve tomar cuidado ao chegar em um abrigo de emergência.

As informações aqui disponíveis foram atualizadas no dia 14 de julho.

60. Que cuidados tomar ao procurar abrigo em meio a um desastre natural durante a pandemia?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. E a questão de hoje é: “Que cuidados devo ter ao procurar abrigo em meio a um desastre natural durante a pandemia?”

O coronavírus pode se disseminar caso muitas pessoas se abriguem em um centro temporário na ocasião de um desastre. Então, a partir de agora, será importante que pessoas de uma comunidade afetada se dirijam não somente aos centros de evacuação, mas também que procurem abrigo na casa de parentes, conhecidos ou em hotéis. Também há opção de permanecer em casa ou se refugiar no próprio carro.

Caso possa contar com parentes ou amigos que residam em áreas seguras, você deve considerar a possibilidade de se hospedar com eles para evitar que os centros de abrigo temporário fiquem lotados.

Outra opção é permanecer em seu próprio domicílio, caso more em um andar alto de um prédio ou em construção com estrutura robusta, que não seja localizada em região perigosa, como perto de rios, em áreas de baixada ou na encosta de montanhas.

Dormir temporariamente no carro também pode ser uma opção, caso sua região não esteja sob risco de inundações, na encosta de montanhas ou perto de edifícios danificados. Caso opte por se abrigar em seu carro, você deve se lembrar de se exercitar com regularidade e de ventilar o interior do veículo.

No entanto, caso esteja preocupado com a situação ao seu redor, você deve ir direto para um abrigo temporário, sem hesitar.

Informações de 13 de julho.

59. Desinfetantes de aerosol usados em tecidos podem ser usados para higienizar as mãos?

A NHK e especialistas respondem às perguntas enviadas pelos ouvintes a respeito do novo coronavírus. A questão de hoje é: “Desinfetantes de aerosol usados em tecidos servem para higienizar as mãos?"

Perguntamos a duas grandes empresas desse mercado, a Kao Corporation e a Proctor & Gamble Japan, ou P&G Japan, que produzem e vendem desinfetantes para uso em tecidos. Ambas dizem que os usuários devem evitar usá-los para higienizar as mãos.

A Kao diz que os produtos desinfetantes são desenvolvidos para diversas finalidades, e que aqueles feitos para tecidos não devem ser usados em contato com a pele.

Por sua vez, a P&G Japan diz que esses produtos visam dezodorizar e higienizar tecidos usados nos lares. A companhia acrescentou que os usuários devem evitar usar nas mãos produtos de aerosol que são feitos para a utilização em superfícies duras, tais como maçanetas e mesas.

A informação foi atualizada no dia 10 de julho.

58. Viseiras de proteção facial podem substituir máscaras?

A NHK e especialistas respondem a perguntas feitas por ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez a pergunta é: "Para prevenir o contágio, no lugar de máscara, convém o uso de viseira ou queixeira de proteção facial, normalmente usadas por médicos e enfermeiros?"

As viseiras ou queixeiras de proteção são usadas para cobrir a totalidade do rosto ou apenas a parte inferior da face. A finalidade principal é impedir que o vírus ingresse no organismo por via ocular. Profissionais em instituições médico-hospitalares no Japão usam sempre máscara e viseira de proteção facial.

Sugawara Erisa, professora de pós-graduação da Universidade de Medicina Assistencial de Tóquio, diz que, assim como a máscara de pano, a viseira é útil quando as pessoas conversam com uma grande proximidade entre si. Explica que o artefato impede que o usuário lance gotículas de saliva em direção aos demais.

Ela adverte, porém, que a viseira não protege suficientemente de contágio quem a utiliza. É eficaz ao impedir o usuário de tocar com as mãos o nariz ou a boca, mas não impede que o vírus ingresse no organismo por via de membranas nasais ou bucais.

A professora explica que, ao usar a viseira facial, o indivíduo deve evitar qualquer toque na superfície externa da proteção, que poderá estar contaminada com o vírus. Após o uso, deve-se limpá-la com álcool ou lavá-la com sabão.

Sugawara acrescenta que o modo mais eficaz de prevenir infecções é reduzir ao mínimo possível os contatos pessoais e lavar as mãos com frequência.

Informações de 9 de julho.

57. O uso de máscara de proteção sem cobrir o nariz

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: "Algumas pessoas usam máscara de proteção sem cobrir o nariz. O que os especialistas pensam a respeito?"

O objetivo principal de usar uma máscara de proteção é prevenir a disseminação de gotículas respiratórias e para bloquear gotículas grandes emitidas por uma pessoa infectada. Caso seu nariz esteja exposto, gotículas de espirro vão se espalhar. Além disso, quando uma pessoa inspira, 90% da entrada de ar ocorre pelo nariz. Portanto, não cobrir seu nariz aumenta o risco de infecção.

Ao remover sua máscara de proteção, é necessário ter certeza de que há distanciamento físico suficiente. Fala-se que gotículas respiratórias podem cobrir uma distância de quase dois metros. Como uma medida para prevenir insolação, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão recomenda remover a máscara de proteção quando se está a uma distância de pelo menos dois metros de outra pessoa.

A especialista em doenças infecciosas Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, do Japão, afirma que as pessoas não precisam usar máscara de proteção todo o tempo, mas somente quando necessário. Sakamoto diz que o uso contínuo de máscara pode levar ao risco de insolação.

Escolher o material da máscara de proteção também é importante, especialmente nos meses quentes. Muitas pessoas confeccionam suas próprias máscaras fazendo uso de diferentes materiais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) fornece informações sobre a eficácia de diferentes tipos de materiais para máscaras em termos de qualidade de respiração e eficiência de filtragem, que é a capacidade do material de filtrar gotículas. Segundo a OMS, o nylon proporciona alta eficiência na filtragem, mas pouca qualidade de respiração. Já o algodão para gaze facilita a respiração, mas sua eficiência de filtragem é baixa. A entidade diz que o algodão deve ser combinado com outros materiais para aumentar a eficiência de filtragem.

Um grupo de médicos especializados em pediatria afirma que máscaras de proteção não devem ser usadas em crianças com menos de dois anos de idade por causa do risco de sufocamento.

Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, diz que não apenas o uso de máscara de proteção, mas a adoção de medidas preventivas básicas, tais como desinfetar as mãos e evitar espaços fechados, lugares cheios e contato próximo, é o mais importante.

Estas informações são referentes ao dia 8 de julho.

56. Como lavar máscaras de pano?

A NHK vem respondendo a questões dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: “Como devem ser lavadas as máscaras de pano?” O governo japonês distribuiu tais máscaras, afirmando que elas podem ser reutilizadas.

O ponto principal é não esfregar a máscara.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão informa que a primeira etapa é colocá-la de molho em uma bacia com água e sabão por cerca de 10 minutos. A quantidade de sabão dependerá do produto, mas, de forma geral, pode ser necessário 0,7 grama – ou meia colher de chá – para cada dois litros de água. A seguir, a máscara deve ser lavada pressionando-a gentilmente com as mãos. Deve-se então enxaguar apenas com água em quantidade abundante na bacia.

Se preferir, a lavagem pode ser feita em máquina de lavar, desde que a máscara seja colocada em uma redinha própria para lavagem de roupas delicadas que tenha um tamanho próximo ao da máscara.

Retire todo o excesso de água da máscara com uma toalha limpa e deixe-a pendurada para secar à sombra.

De acordo com o ministério, é bom lavar as máscaras de pano uma vez por dia e a recomendação é que elas devem ser descartadas caso se desgastem e percam a sua forma.

As informações aqui apresentadas são do dia 6 de julho.

55. Máscaras são eficazes na prevenção de infecção por coronavírus?

A NHK responde a pergunta dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: "Apesar de profissionais da saúde estarem usando máscaras, vejo notícias sobre médicos e enfermeiros sendo infectados. As máscaras são realmente eficazes na prevenção do contágio?"

Não se sabe claramente se as máscaras podem, de fato, evitar infecções. Entretanto, as máscaras descartáveis, que hoje estão sendo amplamente utilizadas, não bloqueiam totalmente o vírus, por isso acredita-se que sua eficácia na prevenção do contágio seja restrita.

No setor da saúde, os profissionais usam máscaras junto com vários outros meios de proteção, com base nas informações de especialistas. Contudo, dizem que as máscaras, por si só, não oferecem tanta proteção.

As do tipo N95 são máscaras médicas de alta qualidade que muitos profissionais de saúde utilizam em unidade de terapia intensiva. Elas podem filtrar vírus, mas tornam difícil a respiração dos usuários. Para o uso adequado da máscara N95, é necessário aprender de antemão o modo correto de colocar no rosto, assim como sua utilização.

Independentemente do tipo de máscara que for usar, o risco de infecção aumenta se tocar o rosto antes de desinfetar as mãos. Por outro lado, se for usada por alguém infectado pelo vírus, as máscaras poderiam reduzir significativamente o risco de contaminar outras pessoas.

Até agora, sabe-se que o novo coronavírus é transmitido basicamente por gotículas do sistema respiratório. Sabe-se, também, que uma pessoa infectada libera uma grande quantidade do vírus cerca de dois dias antes de começar a ter sintomas até o momento imediatamente após a apresentação dos mesmos. Acredita-se que o uso de uma máscara diminui consideravelmente a dispersão de gotículas geradas ao tossir ou espirrar, assim como microgotículas, que são minúsculas partículas emitidas ao conversar com alguém.

Falando a repórteres em maio, Omi Shigeru, vice-chefe de um painel do governo formado por especialistas, disse que quer que todos, independentemente de terem sintomas ou não, usem a máscara para reduzir o risco de disseminação do vírus. Ele afirmou que, embora haja várias opiniões sobre a utilização das máscaras, está havendo um consenso nessa questão em outros países e na Organização Mundial da Saúde.

Estas informações são do dia 3 de julho.

54. Existe alguma relação entre 'ter e não ter anticorpos' e 'testar positivo ou negativo no teste PCR'?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: "existe alguma relação entre 'ter e não ter anticorpos' e 'testar positivo ou negativo no teste PCR'?"

Primeiramente, vamos observar o teste de anticorpos. Trata-se de um teste para checar se uma pessoa possui um tipo de proteína chamado de "anticorpo", que é criado por células imunes no sangue quando elas combatem vírus que infectam o organismo. No teste, algumas gotas de sangue são retiradas e a amostra coletada é colocada em um kit de teste. No entanto, é preciso ter em mente que a criação de anticorpos leva tempo e eles não podem ser detectados imediatamente após uma pessoa ter sido contagiada.

Em seguida, vamos observar o teste PCR. Ele determina com um alto grau de precisão se uma pessoa está infectada ou não com o vírus. Caso uma pessoa teste positivo, isso significa que ela tem vírus em seu organismo.

Contudo, costuma ser frequente que anticorpos não sejam detectados, já que eles ainda não foram criados. Por outro lado, se uma pessoa testa negativo no teste PCR, isso significa que provavelmente ela não está infectada. Ou pode significar, então, que o vírus foi extirpado do organismo da pessoa após a infecção. Nesse último caso, é possível que ela tenha testado positivo no teste de anticorpos.

Enquanto isso, um novo tipo de teste está sendo desenvolvido. Espera-se que ele detecte um outro tipo de anticorpo que, conforme é sabido, surge no sangue, imediatamente após o organismo ter sido infectado com o vírus. Existe muita esperança de que, caso seja colocado em uso prático, esse novo teste possa substituir o teste PCR. Ainda existem, porém, alguns obstáculos a serem superados em termos de precisão.

Estas informações são referentes ao dia 2 de julho.

53. Como funciona o sistema imunológico e qual é a sua importância?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: “como funciona o sistema imunológico e qual é a sua importância?”

O sistema imunológico dos seres humanos e de outras criaturas defende o hospedeiro ao detectar, atacar e remover vírus, bactérias e outros organismos estranhos.

Células imunes, que são um tipo de células sanguíneas brancas, exercem um papel primordial ao combater uma infecção viral. Elas produzem uma grande quantidade de proteínas chamadas de anticorpos, que impedem a multiplicação do vírus dentro do organismo. Isso previne que o hospedeiro fique doente.

No entanto, quando um vírus desconhecido para o hospedeiro, como no caso do novo coronavírus, penetra o organismo, as células imunes não são capazes de produzir anticorpos a tempo para impedir a propagação do microorganismo estranho. É desse modo que o hospedeiro fica doente.

Seres humanos, porém, possuem outros mecanismos imunológicos, além da produção de anticorpos. Há outros tipos de células imunes no sangue e, caso eles trabalhem em conjunto, podem ser capazes de prevenir que o hospedeiro fique seriamente enfermo ou acelerar a sua recuperação.

O professor Motohashi Shinichiro, da Escola de Pós-Graduação de Medicina, da Universidade de Chiba, é especialista em imunologia. Segundo ele, uma dieta balanceada e sono suficiente são necessários para nutrir células imunes. Motohashi diz que nós deveríamos ter em mente que eles são essenciais para o funcionamento correto das células imunes.

Estas informações são referentes ao dia 24 de junho.

52. Mosquitos podem transmitir coronavírus?

A NHK responde a perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: "Mosquitos podem transmitir o coronavírus?"

O site da Organização Mundial da Saúde (OMS) na internet diz claramente que: "o novo coronavírus não pode ser transmitido por picadas de mosquito". O texto explica que, até o momento, não há informações ou evidências que sugiram que o vírus possa ser transmitido por mosquitos.

A OMS diz: "o novo coronavírus é um vírus respiratório que se alastra principalmente através de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, ou por meio de gotículas de saliva ou secreção nasal."

A entidade aconselha o seguinte: "Para se proteger, limpe as mãos frequentemente com álcool em gel ou lave-as com sabão e água. Além disso, evite manter contato próximo com qualquer um que esteja tossindo ou espirrando."

Estas informações são referentes ao dia 30 de junho.

51. Escovar os dentes ajuda a prevenir a disseminação do vírus?

Especialistas ouvidos pela NHK respondem a perguntas feitas por ouvintes a respeito do novo coronavírus. Desta vez a pergunta é “Escovar os dentes ajuda a prevenir a disseminação do vírus?”.

Tonami Kenichi, professor da Universidade de Medicina e Odontologia de Tóquio, foi consultado pela reportagem. Ele afirma que, no caso de gripe comum, entende-se que a saliva desempenhe um papel na prevenção do contágio por conter o vírus no interior da boca.

A proliferação de bactérias orais aumenta, porém, quando as pessoas deixam de escovar os dentes. As bactérias liberam enzimas que criam condições favoráveis ao contágio.

Acredita-se, assim, que a eliminação de bactérias por meio da higiene bucal ajude a prevenir as infecções.

Conforme o professor, embora não esteja claro que escovar os dentes tenha efeito idêntico no caso do coronavírus, a expectativa é de que seja em geral uma medida de prevenção.

Informações de 29 de junho.

49. A gripe espanhola e o novo coronavírus

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é: “eu ouvi dizer que a pandemia de gripe espanhola teve três ondas. Gostaria de saber mais a respeito.”

A pandemia de influenza de 1918, também chamada de gripe espanhola, foi provocada por uma nova cepa do vírus da influenza. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 500 milhões de pessoas, ou aproximadamente um quarto da população mundial da época, foram infectados, e 40 milhões acabaram morrendo.

A gripe espanhola se disseminou globalmente da primeira vez a partir da primavera de 1918, tendo diminuído no verão. Contudo, uma segunda onda ocorreu no outono do mesmo ano e, posteriormente, uma terceira onda foi registrada no início de 1919. Pensa-se que a segunda onda tenha sido a mais letal, além de responsável por pelo menos 20 milhões de mortes ao redor do mundo.

No Japão, a pandemia de gripe espanhola ocorreu em três ondas, entre o outono de 1918 e a primavera de 1921. Registros mantidos pelo Ministério do Interior mostram que, ao todo, cerca de 23,8 milhões de pessoas foram infectadas e 390 mil perderam a vida.

O Japão registrou o maior alastramento na primeira onda iniciada no outono de 1918, com 21,2 milhões de infectados e 260 mil mortos. A partir do outono de 1919, a segunda onda desencadeou uma epidemia de menores proporções, com 2,4 milhões de casos e 130 mil mortes. No entanto, a taxa de mortalidade foi a mais alta na segunda onda.

Atualmente, especialistas advertem que a nova pandemia de coronavírus pode ocasionar uma segunda e terceira ondas, como no caso da gripe espanhola.

Estas informações são referentes ao dia 24 de junho.

48. Em quais circunstâncias o coronavírus se reproduz?

A NHK responde às perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. A questão de hoje é: "Em quais circunstâncias o coronavírus se reproduz? O vírus só se multiplica dentro do nosso corpo?"

Quem responde é o professor Kunishima Hiroyuki, da escola de Medicina da Universidade Santa Mariana e especialista em doenças infecciosas. Kunishima explica que vírus e bactérias são alguns dos micro-organismos que causam doenças.

Bactérias são uma forma primitiva de vida compostas por uma única célula, e podem se reproduzir sozinhas.

Vírus são muito menores que bactérias e consistem em genes, ou ácido nucleico, e uma cobertura protetora. Vírus não possuem células e portanto, não podem se reproduzir sozinhos. Só conseguem se replicar dentro da célula de um ser vivo após infectá-lo.

Isso significa que o novo coronavírus não se multiplica em paredes ou em outras superfícies que venha a contaminar. No entanto, sabemos que o vírus preserva sua capacidade de infectar seres vivos mesmo estando em uma superfície por um certo tempo.

O professor Kunishima explica que as pessoas tendem a tocar áreas contaminadas ao sair de casa, como por exemplo, maçanetas e apoios para as mãos. Ele afirma que, para prevenir a infecção, você deve lavar as mãos ou esfregá-las com desinfetante à base de álcool ao chegar em casa, no escritório, ou antes de comer.

Informações referentes ao dia 24 de junho.

47. O coronavírus é transmissível através de dinheiro?

A NHK vem respondendo a questões dos nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: "é possível contrair o vírus através de dinheiro?"

De acordo com Mikamo Hiroshige, especialista em controle de infecções e professor da Universidade de Medicina de Aichi, a resposta depende do volume do vírus. Segundo ele, é melhor considerar que o vírus irá permanecer em notas e moedas por algum tempo caso alguém que tenha o vírus em suas mãos as toque. Para evitar contrair o vírus, após o manuseio de notas ou moedas, é importante lavar as mãos com sabão ou desinfetá-las com álcool ou outros produtos higienizadores antes de tocar na sua boca ou nariz. O professor recomenda ainda que essas medidas sejam tomadas após você tocar em qualquer coisa que tenha acabado de comprar.

As informações aqui disponíveis são referentes ao dia 23 de junho.

44. É possível eliminar o vírus de embalagens ao aquecê-las no micro-ondas?

NHK responde às perguntas dos ouvintes sobre o novo coronavírus. E a questão de hoje é: "Se a embalagem de um alimento estiver infectada com o vírus, é possível eliminá-lo ao esquentar a comida no micro-ondas?"

Aparelhos de micro-ondas utilizam ondas eletromagnéticas para movimentar as moléculas de água de um alimento e esquentá-lo.

A professora Sugawara Erisa, da escola de pós-graduação da Universidade de Cuidados de Saúde de Tóquio, é especialista em prevenção de infecções. Ela afirma que caso seja aquecido de maneira suficiente em um micro-ondas, o alimento, por si só, é seguro para comer. Mas aponta que não há evidência para saber se o aquecimento da superfície de uma embalagem é suficiente para eliminar o vírus.

Sugawara diz que é importante lavar as mãos com frequência, antes e depois de cozinhar ou de comer.

Informações referentes ao dia 18 de junho.

45. O que acontece com o coronavírus quando ele é congelado?

Especialistas da NHK respondem às perguntas sobre o novo coronavírus enviadas por seus ouvintes. A pergunta de hoje é “O que acontece com o coronavírus quando ele é congelado”?

Conversamos com Sugawara Erisa, professora da Escola de Pós-Graduação da Universidade Tokyo Healthcare, especializada em prevenção de infecções.

Embora ainda existam muitas dúvidas sobre as características do novo coronavírus, estudos sobre o vírus da síndrome respiratória aguda grave, conhecida como SARS, um outro tipo similar do coronavírus, já têm sido realizados a nível internacional.

De acordo com essas pesquisas, o vírus da SARS morreu quando testado em um ambiente com uma temperatura relativamente alta de 56º Celsius, mas foi capaz de sobreviver a temperaturas de congelamento de 80º Celsius negativos por cerca de três semanas. O estudo indica que o novo coronavírus pode ser fraco em relação ao calor, mas relativamente forte a baixas temperaturas.

Sugawara Erisa diz que, por exemplo, se o novo coronavírus for encontrado na superfície de alimentos, pode se supor que ele sobreviverá no refrigerador ou no congelador por um certo período de tempo. Portanto, ela aconselha a desinfetar a embalagem externa do produto antes de colocá-lo no refrigerador ou congelador, e lavar bem as mãos antes e após cozinhá-los. Sugawara diz que a maioria dos produtos pode ser consumida com segurança após aquecê-los.

Esta informação é do dia 19 de junho.

46. Por quanto tempo o coronavírus sobrevive na superfície de objetos?

A NHK responde às perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. E a questão de hoje é: “Por quanto tempo o vírus sobrevive na superfície de objetos?”

Um relatório de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e outras organizações afirma que o vírus desaparece significativamente da superfície de objetos com o passar do tempo. Por exemplo, o coronavírus não pôde ser detectado em superfícies de cobre após 4 horas, e desapareceu da superfície de caixas de papelão após 24 horas. No entanto, o vírus permaneceu em plásticos por 72 horas e em aço inoxidável, por 48 horas.

Informações referentes ao dia 22 de junho.

43. A vacina BCG é eficaz contra o coronavírus?

A NHK responde a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: é verdade que nos países em que a vacina BCG contra a tuberculose é usada, há menos incidência de mortes por coronavírus?

A vacina BCG é feita a partir de uma cepa enfraquecida de bactéria que causa tuberculose em vacas e é semelhante à bactéria que causa a doença em humanos. No Japão, todos os bebês tomam a vacina BCG antes de completarem um ano de vida. Políticas de vacinação pelo BCG variam de país para território. Os Estados Unidos e a Itália estão entre os países que não possuem um programa de vacinação universal pelo BCG.

Segundo alguns pesquisadores de fora do Japão, lugares com programas de vacinação permanente pelo BCG registram menos mortes em decorrência do coronavírus. Testes clínicos estão sendo realizados na Austrália e nos Países Baixos para estudar se o BCG está vinculado à prevenção de infecção pelo coronavírus e à prevenção na piora dos sintomas.

No dia 3 de abril, a Sociedade Japonesa de Vacinologia apresentou seu parecer sobre a questão. De acordo com a entidade, a eficácia do BCG contra o vírus ainda precisa ser confirmada cientificamente e, no momento, a vacinação como uma medida de prevenção não é recomendável.

A Sociedade Japonesa de Vacinologia afirmou que algumas pessoas idosas que não receberam a vacinação pelo BCG estão pedindo para ser vacinadas como uma forma de proteção contra o coronavírus. No entanto, a entidade disse que o BCG é uma vacina para crianças e que sua eficácia e segurança em idosos ainda não foram confirmadas.

Ainda de acordo com a Sociedade Japonesa de Vacinologia, é necessário evitar o aumento no emprego do BCG fora de sua aplicação planejada, já que isso pode provocar uma interrupção no suprimento estável da vacina para crianças.

Estas informações são referentes ao dia 17 de junho.

42. O que acontece com o coronavírus na pele humana?

NHK responde às perguntas dos ouvintes sobre o coronavírus. As questões de hoje são: "O que acontece com o vírus na pele humana?" e "O vírus permanece no corpo mesmo sem a pessoa apresentar sintomas?"

Quem responde é o professor Kunishima Hiroyuki, especialista em doenças infecciosas da Escola de Medicina da Universidade Santa Mariana. Ele afirma que o vírus não é capaz de se multiplicar a não ser que entre e infecte as células de um ser vivo.

O novo coronavírus é conhecido principalmente por infectar pessoas por meio das membranas nasal ou bucal, e se multiplicar nas células da garganta, pulmão ou em outros órgãos. O vírus não se multiplica se estiver somente na superfície das mãos da pele da pessoa.

Mas se uma pessoa tiver o vírus nas mãos e, então, tocar os olhos, nariz ou a boca, ela pode se infectar. O vírus na pele da pessoa pode ser eliminado ao ser lavado com sabão. Portanto, as pessoas devem manter uma boa higiene, lavando bem as mãos ou usando desinfetantes, como álcool em gel, antes de encostar no rosto.

Alguns vírus, tais como o herpes, que causa catapora, permanecem no corpo mesmo após a pessoa se recuperar. Mas, de forma geral, o coronavírus é diferente. Por isso, caso a pessoa esteja infectada e apresente sintomas, o sistema imune é ativado e o vírus desaparece do corpo.

Estas informações são precisas referentes ao dia 15 de junho.

41. Os raios ultravioleta do sol ou o ozônio, usado para esterilização, são eficazes contra o novo coronavírus?

A NHK responde perguntas enviadas pelos ouvintes sobre o Coronavírus. A pergunta de hoje é: "Os raios ultravioleta do sol ou o ozônio, usado para esterilização, são eficazes contra o novo coronavírus?"

Conversamos com Ohge Hiroki, professor da Universidade de Hiroshima especializado em doenças contagiosas. Segundo Ohge, há expectativas de que a exposição à raios ultravioleta de alta intensidade e de um comprimento de onda específico contra vírus e bactérias que causam várias doenças seja eficaz para diminuir sua capacidade de infecção.

Aparelhos que emitem raios ultravioleta altamente eficazes já são utilizados na prática, e há expectativas de que eles serão eficazes no combate do novo coronavírus. Um aparelho está sendo utilizado no Hospital da Universidade de Hiroshima, depois de pacientes de coronavírus receberem alta, emitindo raios ultravioleta para esterilizar todo o quarto.

Por outro lado, acredita-se que a luz do sol não seja eficaz para destruir vírus similares que podem ser destruídos com o aparelho de luz ultravioleta. Isso é porque a luz do sol tem vários raios, incluindo raios ultravioleta. Além disso, os raios ultravioleta emitidos pelo sol não são da mesma intensidade daqueles criados pelos aparelhos.

Por outro lado, de acordo com um relatório divulgado em maio por um grupo de pesquisadores de universidades no Japão, foi descoberto que a capacidade de contágio do novo coronavírus diminui após a exposição do mesmo a altas concentrações de ozônio por cerca de uma hora. Segundo Ohge, o ozônio utilizado na experiência tinha uma concentração entre 1 e 6 ppm, que é considerada prejudicial a seres humanos.

Aparelhos que usam ozônio para esterilização e desodorização, vendidos para uso geral, não usam o gás num nível tão alto de concentração, e não foi confirmado se o ozônio em concentrações tão baixas seria eficaz no combate ao novo coronavírus.

A Agência de Assuntos relacionados ao Consumo do Japão está pedindo aos usuários que confirmem com os fabricantes se eles têm embasamento científico para dizer que seus produtos, incluindo aqueles que incluem ozônio, são realmente eficazes contra o coronavírus.

40. Quais cuidados devemos ter ao usar máscara de proteção durante o verão?

A NHK responde a perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: quais cuidados devemos ter ao usar máscara de proteção durante o verão?

O Hemisfério Norte está prestes a enfrentar o calor intenso do verão. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão afirma que é necessário tomar mais cuidado com a insolação este ano, já que muitas pessoas estão usando máscaras de proteção contra o coronavírus.

A pasta aconselha que as pessoas tirem suas máscaras, caso mantenham um distanciamento social suficiente (dois metros, pelo menos). Pede ainda que as pessoas evitem trabalhos ou exercícios extenuantes quando estiverem usando máscaras. O Ministério da Saúde também recomenda que as pessoas bebam água com frequência, mesmo quando não estejam com sede.

O professor Yokobori Shoji, da Escola de Pós-Graduação da Escola de Medicina Nippon, é especialista em insolação. Segundo ele, usar uma máscara não faz com que uma pessoa se torne necessariamente suscetível à insolação. Contudo, Yokobori diz que usar máscara dificulta a respiração. Existem dados mostrando que batidas cardíacas e a taxa de respiração aumentaram 10% com o uso de máscaras. O professor aponta que a carga adicional de exercício físico ou o aumento da temperatura do ar eleva o risco de insolação.

Yokobori Shoji afirma que é importante prevenir uma possível transmissão por via aérea, mas idosos e pessoas que moram sozinhas devem ter ainda mais cuidado com a insolação. Quando estiverem em um ambiente externo, ele aconselha que as pessoas tirem suas máscaras e descansem em locais não congestionados, como, por exemplo, sob uma árvore. Ele recomenda ainda trocar de máscara ao suar, já que uma quantidade menor de ar passa por máscaras úmidas.

Estas informações são referentes ao dia 11 de junho.

39. Quais cuidados devemos ter ao usar o aparelho de ar-condicionado?

Especialistas da NHK respondem a perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta desta vez é: quais cuidados devemos ter ao usar o aparelho de ar-condicionado?

Com o início do verão no Hemisfério Norte, algumas pessoas podem estar preocupadas quanto a ventilação no espaço coberto pelo ar-condicionado. Boa parte dos aparelhos de ar-condicionado domésticos recirculam o ar interno e não possuem funções de ventilação. Muitas pessoas, provavelmente, mantêm as janelas fechadas ao utilizarem o ar-condicionado.

O professor associado Yamamoto Yoshihide, da Universidade Politécnica de Tóquio, também é membro do Instituto Japonês de Arquitetura. Sua principal área de estudos inclui ventilação em edifícios. Ele propõe a combinação de ar-condicionado e ventilação natural.

Em regiões com quatro estações do ano bem definidas, Yamamoto recomenda abrir um pouco as janelas para fazer com que o ar externo entre no início do verão, quando o calor não é tão intenso. Quando o ambiente ficar muito quente, o ar deve ser refrigerado fechando-se brevemente as janelas ou estreitando-se a abertura.

Já no meio do verão, quando aumenta o risco de insolação, o professor associado recomenda o uso ativo de ventiladores em espaços de casa, tais como o banheiro e a cozinha, em vez de abrir as janelas. O mesmo também vale para regiões tropicais.

Grande parte das casas são projetadas para que o ar externo entre quando ventiladores são usados. Isso criaria um fluxo de ar entre os lados interno e externo de uma construção, mesmo com as janelas fechadas. Consulte um especialista para saber como funciona a ventilação em sua casa.

Estas informações são referentes ao dia 10 de junho.

38. Dúvidas de residentes estrangeiros – Parte 2

Especialistas da NHK respondem a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. As perguntas de hoje são feitas por estrangeiros que residem no Japão. A primeira pergunta é "Se eu sofrer ou observar discriminações relacionadas à Covid-19, quem devo procurar?"

Consulte o centro multilíngue Yorisoi Hotline em seu website: http://www.moj.go.jp/content/001319592.pdf
*Você está saindo do site da NHK WORLD-JAPAN

O telefone é 0120-279-338 (ligação gratuita).

Para as províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, o número é 0120-279-226.

Ou por meio da página no Facebook: www.facebook.com/yorisoi2foreign
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Também poderá obter informações em:
Bastidores: Multilingual coronavirus hotlines in Japan
www.nhk.or.jp/nhkworld/en/news/backstories/1019/

A próxima pergunta é "Estou sofrendo abusos do meu parceiro. A quem devo pedir ajuda?"

Vítimas da violência doméstica podem recorrer a vários recursos, como pedir ajuda por telefone e redes sociais. Também podem obter serviços de intérprete no local e informações sobre abrigos.

Consultas através de redes sociais, disponíveis 24 horas, em 11 línguas
https://soudanplus.jp/pt/index.html
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Centro de apoio e orientação para casos de violência doméstica

O telefone é 0570-0-55210, e o serviço é disponível somente em japonês. Irá encaminhar a pessoa ao centro de apoio mais próximo.

Consultas sobre violência doméstica Plus

O telefone é 0120-279-889, e o serviço é disponível somente em japonês.

A terceira pergunta é "Estou grávida. Devo me preocupar com o coronavírus?"

Evidências indicam que gestantes não correm maiores riscos de ter agravamento do quadro em comparação com adultos saudáveis. A infecção pelo coronavírus no terceiro trimestre pode provocar o mesmo avanço e gravidade dos sintomas, como em mulheres que não estão grávidas.

Os dados mostram que não há necessidade de ficar extremamente preocupada com Covid-19 durante a gravidez. Contudo, deve adotar medidas preventivas, tais como evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e cuidar de condições físicas e emocionais diariamente.

Link multilíngue para maiores informações:
https://share.or.jp/english/news/for_pregnant_womencovid-19_countermeasures.html
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Versão em japonês simplificado do programa Heart Net TV, da NHK, transmitido no Japão.
www.nhk.or.jp/heart-net/article/339
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37. Dúvidas de residentes estrangeiros – Parte 1

Especialistas da NHK respondem a perguntas dos nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Estrangeiros que se encontram no Japão estão recebendo uma extensão de três meses ao pedir renovação de seus vistos, seja para pedidos de mudança de status de residência ou extensões do período de permanência.

A pergunta de hoje é de um estrangeiro residente no Japão: “Eu posso continuar trabalhando durante este período de extensão de três meses, mesmo se meu visto tiver vencido?”

A resposta é “sim”. Você pode continuar trabalhando sob certas condições. A Agência de Serviços de Imigração informou à NHK World no dia 2 de junho que, durante este período especial de extensão, você tem permissão para continuar trabalhando sob exatamente as mesmas condições do seu status de residência anterior. Contudo, se você precisar mudar quaisquer detalhes, como o tipo de trabalho ou o empregador, terá de, antes, fazer uma consulta na Agência de Serviços de Imigração.

A próxima pergunta é “Se eu não puder trabalhar ou estudar, eu vou perder meu atual status de residência como trabalhador ou estudante com permissão limitada de trabalho?”

A resposta é “não”. Seu status não será cancelado se você não tiver condições de trabalhar ou estudar devido ao impacto do coronavírus, mas terá de provar que foi afetado de uma das seguintes formas:

1. Seu empregador ou sua própria empresa tiveram que suspender temporariamente as operações.
2. Você se aposentou e está procurando trabalho online, ou tem uma posição garantida, mas não pode ir à empresa.
3. A instituição educacional onde você está matriculado está fechada, incluindo casos onde você tem data para começar as aulas, mas a instituição continua fechada.
4. Se a instituição onde você estava matriculado fechar e não puder cumprir os procedimentos necessários para sua admissão em outra instituição.
5. Se a hospitalização por alguma doença, incluindo a Covid-19, for longa e você precisar pedir para faltar.

Confira as informações (apenas em japonês) nesta página ou, se tiver dúvidas, entre em contato com a Agência de Serviços de Imigração.

http://www.moj.go.jp/content/001319592.pdf
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Estas informações foram fornecidas no dia 5 de junho.





36. Perguntas sobre visto feitas por estrangeiros no Japão

Especialistas da NHK respondem a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, duas perguntas, feitas por estrangeiros que moram no Japão. A primeira é “O que acontecerá se expirar o meu visto temporário, estando sem possibilidade de retorno ao meu país?”

Neste caso, o estrangeiro obterá uma prorrogação do visto pelo período de 90 dias. Ver detalhes em: www.moj.go.jp/content/001316293.pdf.

A segunda pergunta é “Em caso de expiração do visto entre março e julho, a autorização de permanência será automaticamente prolongada pelo período de três meses?”

A resposta é “Não”. Contudo, está sendo concedida a estrangeiros uma extensão do visto por três meses na ocasião de renová-lo tanto em caso de alteração da condição de residente como em caso de prolongamento do período de permanência. O objetivo da medida é ajudar a reduzir o congestionamento nos guichês da Imigração. Estando qualificados apenas estrangeiros com expiração de visto entre março e julho deste ano, é concedida uma prorrogação de três meses no período de permanência. Ou seja, se o seu visto expirou em 11 de maio, você terá até 11 de agosto para solicitar renovação.

Informações multilíngue estão disponíveis em: www.moj.go.jp/content/001316300.pdf.

Dados de 4 de junho

Os procedimentos de solicitação de visto estão sujeitos a alterações, principalmente nesta crise do coronavírus.

Como há situações específicas para cada caso, convém esclarecer dúvidas em contato direto com a Imigração.

35. A que temperatura o novo coronavírus resiste e o cozimento de alimentos é capaz de eliminá-lo?

Especialistas da NHK respondem a perguntas de ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é “A que temperatura o novo coronavírus resiste e o cozimento de alimentos é capaz de eliminá-lo?”.

Cientistas afirmam que o novo coronavírus é capaz de sobreviver por um dia a até 37 graus, mas que o seu aquecimento a uma temperatura de 56 graus é suficiente para destruí-lo em 30 minutos. Descobriram que o vírus se torna indetectável dentro de cinco minutos quando submetido à temperatura de 70 graus.

Sugawara Erisa, da Sociedade Japonesa de Controle e Prevenção de Infecções, diz não haver casos confirmados de contaminação de alimentos, independentemente de terem ou não sido aquecidos. Esclarece que o cozimento sob calor suficiente destrói o vírus.

Dados de 1º junho

34. O que fazer diante da dificuldade em pagar aluguel?

Especialistas da NHK respondem às perguntas de nossos ouvintes sobre o coronavírus. A questão de hoje é: o que fazer diante da dificuldade para pagar aluguel?

Pessoas que perderam seus empregos ou sofreram redução salarial devido à pandemia podem solicitar ajuda de custo para pagar aluguel. A eligibilidade é determinada com base na avaliação de renda domiciliar e poupança.

A ajuda de custo está disponível apenas para cobrir aluguéis. Empréstimos imobiliários não podem ser cobertos. Os fundos podem cobrir 3 meses de aluguel, até um limite máximo de 9 meses, caso as condições sejam mantidas.

A ajuda de custo para aluguel não terá que ser devolvida.

Antes de solicitar o montante, no entanto, é necessário realizar uma consulta telefônica com o centro de apoio municipal. As consultas são feitas somente no idioma japonês.
O call center está disponível todos os dias das 9h00 às 21h00. O número é 0120-23-5572.

Para maiores informações entre nos seguinte sites:
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Português: www.mhlw.go.jp/content/000630862.pdf
Espanhol: www.mhlw.go.jp/content/000633665.pdf 
Inglês: www.mhlw.go.jp/content/000630855.pdf
Coreano: www.mhlw.go.jp/content/000630856.pdf
Chinês: www.mhlw.go.jp/content/000630857.pdf 
Vietnamita: www.mhlw.go.jp/content/000630861.pdf

As informações aqui disponíveis são do dia 25 de maio."

33. Programas de empréstimos disponíveis para estrangeiros

Especialistas da NHK respondem perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é sobre como se inscrever para os programas de auxílio financeiro do coronavírus no Japão.

Os conselhos de bem estar social de cada província criaram um sistema de fundos de empréstimo para lares que estão passando por dificuldades financeiras por interrupção de trabalho. Trata-se de empréstimos que precisam ser reembolsados.

O “pequeno fundo de emergência” destina-se principalmente a lares que sofreram uma queda no rendimento devido a interrupções temporárias de trabalho. O valor disponível é de até 200 mil ienes.

Já o “fundo geral de apoio” é destinado principalmente a lares cujos membros encontram-se desempregados ou tiveram sua renda reduzida. O limite máximo para empréstimos a lares com duas ou mais pessoas é de 200 mil ienes por mês. Para pessoas que moram sozinhas o valor é de 150 mil ienes por mês.

O período dos empréstimos é de três meses, em princípio.

Há um centro de atendimento por telefone disponível (apenas em japonês) diariamente das 9h00 às 21h00. O número do telefone é 0120-46-1999.

Esta informação foi fornecida no dia 22 de maio.

Para maiores informações entre nos seguinte sites:
*Você está saindo do site da NHK WORLD-JAPAN
Português: www.mhlw.go.jp/content/000621225.pdf
Espanhol: www.mhlw.go.jp/content/000621226.pdf 
Inglês: www.mhlw.go.jp/content/000621221.pdf
Coreano: www.mhlw.go.jp/content/000621222.pdf
Chinês: www.mhlw.go.jp/content/000621223.pdf 
Vietnamita: www.mhlw.go.jp/content/000621224.pdf
Japonês simplificado: www.mhlw.go.jp/content/000621849.pdf 

Os dados aqui apresentados são de 13 de maio.

32. Infecção de pets pelo novo coronavírus

Especialistas da NHK respondem a perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é sobre a infecção de pets pelo coronavírus. Pessoas têm procurado informações a respeito, desde a divulgação de um relato de que o novo coronavírus pode ser transmitido entre gatos.

O professor Kawaoka Yoshihiro, do Instituto de Ciências Médicas, da Universidade de Tóquio, e outros especialistas da Universidade de Winsconsin, infectaram três gatos com o coronavírus e os colocaram junto a gatos não infectados.

Segundo os pesquisadores, os gatos infectados não apresentaram sintomas, mas o vírus foi detectado em todos os animais por meio de esfregaço nasal. Dois dos três gatos continuaram a testar positivo por seis dias.

O grupo afirmou que os três animais não infectados foram colocados junto a os gatos infectados e acabaram testando positivo de três a seis dias mais tarde, indicando o alastramento do vírus.

A equipe declarou que os resultados sugerem que o coronavírus pode se multiplicar rapidamente em órgãos respiratórios e é capaz de se proliferar facilmente entre gatos.

Os pesquisadores disseram que, como gatos podem não apresentar nenhum sintoma e são capazes de disseminar o vírus sem o conhecimento de seus donos, é recomendável que estes mantenham seus pets dentro de ambientes fechados.

Os dados apresentados aqui são referentes a 21 de maio.

31. Perda de paladar

A especialista em doenças infecciosas Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, no Japão, responde a perguntas frequentes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é sobre o que fazer quando surgir a perda de paladar.

Segundo Sakamoto, fala-se que cerca de até 30% dos pacientes de coronavírus apresentaram sintomas de perda de paladar e de olfato. Caso tais sintomas sejam detectados, existe a possibilidade de que a pessoa esteja infectada pelo vírus. No entanto, sintomas semelhantes também podem surgir quando se está com outra doença infecciosa. Após observar os sintomas por determinado tempo, a pessoa deve considerar se consultar com um médico, caso continue tendo febre ou dificuldade de respirar.

30. É arriscado deixar crianças brincarem juntas fora de casa?

A especialista em doenças infecciosas Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, no Japão, vem respondendo a perguntas frequentes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é sobre os riscos sofridos pelas crianças ao brincar com seus amigos fora de casa durante a pandemia.

Algumas escolas do ensino fundamental abriram seus pátios escolares para permitir que as crianças passem o tempo durante o prolongado fechamento das escolas em todo o país. Muitos pais devem se perguntar qual o risco de infecção, apesar de querer que seus filhos passem tempo com seus amigos de forma a reduzir o estresse causado pela permanência em casa por muitos dias seguidos.

Segundo Sakamoto, atualmente não há grandes problemas com isso se os pais prestarem atenção em alguns pontos tais como reduzir o número de crianças com quem seus filhos interagem, limitando a interação a curtos intervalos. Também deve-se pedir que eles lavem as mãos quando chegarem em casa.

Os dados aqui apresentados são de 13 de maio.

29. Como e por que o governo japonês revisou os critérios para o teste de coronavírus?

Repórteres da NHK respondem a perguntas de nossos ouvintes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é: como e por que o governo japonês revisou os critérios para o teste de coronavírus?

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão revisou seus critérios para que as pessoas sejam testadas para o coronavírus. Os critérios anteriores recomendavam que pessoas com febre igual ou superior a 37,5 graus centígrados que persistisse por quatro dias deveriam contatar um centro de saúde pública.

Os novos parâmetros não indicam uma temperatura específica. Em vez disso, eles dizem que pessoas que “tenham dificuldade de respirar, fadiga séria ou febre alta” e “que estejam tossindo, tenham febre e outros sintomas leves de gripe por quatro dias ou mais” devem buscar ajuda.

Especialistas estavam preocupados que os parâmetros anteriores eram muito restritivos e resultavam em um pequeno número de testes. O Ministério da Saúde afirma ter capacidade para realizar mais de 17 mil testes por dia. Contudo, o número de testes realizados, na verdade, é bem menor: em torno de nove mil por dia.

Nishimura Hidekazu, diretor do Centro de Pesquisas Virológicas, pertencente ao Centro Médico de Sendai, declarou que os novos critérios serão úteis. Ele disse: “Os novos parâmetros farão com que os médicos deixem de ignorar pacientes com sintomas leves de pneumonia, que podem acabar se agravando.”

“Existe o risco de que não haja testes em quantidade suficiente, especialmente em áreas urbanas como Tóquio, onde o número de infectados é alto. Isso significa que é mais necessário do que nunca determinar corretamente quais pacientes precisam mais de testes”, acrescentou ele.

Os dados apresentados aqui são correspondentes a 12 de maio.

28. Caminhar ou correr em ambientes externos

A especialista em doenças infecciosas Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, no Japão, vem respondendo a perguntas frequentes sobre o novo coronavírus. Desta vez, a pergunta é sobre os riscos ao caminhar ou correr em ambientes externos.

Ao declarar estado de emergência durante uma coletiva de imprensa em abril, o primeiro-ministro japonês Abe Shinzo pediu para a população que se abstivesse de realizar saídas não essenciais ou sem urgência. Ele disse ainda que não havia problema em caminhar ou correr em ambientes externos. Isso pode ter soado como uma contradição para nós.

No entanto, Sakamoto afirma que nós não devemos nos esquecer de que o objetivo principal da declaração é fazer com que as pessoas mantenham certa distância umas das outras. Caso você corra ao mesmo tempo em que conversa com alguém, gotículas de saliva podem se espalhar para ambos. Isso é algo que precisa ser evitado. Por outro lado, correr sozinho em ambientes externos, sem que haja ninguém por perto, é o desejável, pois não aumentaria os riscos de infecção.

27. Que cuidados tomar ao fazer compras no supermercado?

A especialista em doenças infecciosas Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, do Japão, vem respondendo a perguntas feitas com frequência a respeito do novo coronavírus. Desta vez, a indagação é “Que cuidados tomar ao fazer compras no supermercado?”.

Sakamoto afirma que não se deve deixar de desinfetar as mãos — incluindo a palma, a ponta dos dedos e o pulso — com soluções desinfetantes disponíveis à entrada dos supermercados antes do ingresso nos estabelecimentos. Acrescenta que esta medida é preferível à providência de fazer compras nos horários menos movimentados.

NHK responde às dúvidas sobre o novo coronavírus

25. Cuidados a tomar quando se pratica golfe

A especialista sobre doenças infecciosas, Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, responde perguntas frequentes sobre o novo coronavírus. A questão de hoje é que cuidados devemos tomar quando jogamos golfe.

Sakamoto diz que algumas pessoas pensam que o golfe não causa riscos de infecção por ser um esporte praticado ao ar livre. Contudo, jogar golfe com muitas pessoas é um grande perigo. Os campos de golfe em si são espaços abertos. Mas, a utilização de vestiários ou refeitórios nesses lugares com um grande número de pessoas eleva o risco. Além disso, devemos ter cuidado para não nos infeccionar tocando, sem querer, a face, com as mão que tocaram locais onde várias pessoas o fizeram.

24. Casas compartilhadas e coronavírus

A especialista sobre doenças infecciosas, Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, responde perguntas frequentes sobre o novo coronavírus. E a pergunta de hoje é como lidar com a situação em que uma pessoa infectada pelo vírus resida em uma casa compartilhada com outros moradores.

Geralmente em uma casa compartilhada, cada inquilino possui um quarto privado, no entanto, os moradores dividem áreas comuns como a cozinha e os banheiros. Sakamoto afirma que o mais importante a fazer é desinfetar os lugares mais tocados, tais como torneiras e botões para acender e apagar as luzes. A limpeza deve ser feita com detergente diluído ou, caso esteja disponível, com desinfetante a base de álcool.

23. Como agir nos elevadores

A especialista sobre doenças infecciosas, Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional São Lucas, responde perguntas frequentes sobre o novo coronavírus. A pergunta de hoje é sobre o que deveríamos fazer ao usar um elevador.

Sakamoto diz que o que podemos fazer para evitar o contágio é não usar o elevador com muitas pessoas e tentar não conversar com outras pessoas se tivermos que usar, já que não dá para subir dez ou vinte andares de escadas. Tais medidas podem diminuir a possibilidade de contágio. Sakamoto acrescenta que é importante não tocar a face com as mãos depois de apertar os botões do elevador. Depois de tocá-los é importante também lavar a mão com água e sabão assim que for possível.

22. A eficácia de máscaras contra o coronavírus

Sakamoto Fumie do Hospital Internacional São Lucas, especialista em doenças infecciosas, explica sobre a eficácia de máscaras descartáveis e as feitas de algodão que são laváveis e reutilizáveis.

Segundo Sakamoto, vários experimentos estão sendo realizados visando comprovar a eficácia de máscaras contra o vírus. Experimentos mostram que ambos os tipos de máscara são eficazes até certo ponto para conter as gotículas emitidas durante a tosse ou o espirro.

Contudo, a especialista diz que, em quaisquer dos casos, a eficácia não é perfeita e que uma pequena quantidade de gotículas pode acabar se espalhando. Portanto, é mais seguro deixar de sair de casa quando se está tossindo ou espirrando.

21. Pacientes de coronavírus que não apresentam sintomas

Sakamoto Fumie do Hospital Internacional São Lucas, especialista em doenças infecciosas, explica sobre pacientes de coronavírus que não apresentam nenhum sintoma, mesmo que tenham testado positivo para o vírus.

Segundo Sakamoto, alguns pacientes são capazes de se recuperar por conta própria, sem apresentar quaisquer sintomas. Uma equipe de pesquisa da China informou que metade de pacientes monitorados não desenvolveu nenhum sintoma, ou só teve sintomas muito leves. Contudo, a especialista diz que é preciso observar pacientes por cerca de uma semana porque alguns deles podem apresentar um quadro clínico muito grave gradualmente.

20. Posso usar bebidas com alto teor alcoólico como desinfetante?

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão decidiu autorizar o uso de bebidas com alto teor alcoólico como desinfetante alternativo para fazer frente à escassez de produtos convencionais causada pela propagação do coronavírus. A decisão foi tomada em atendimento a pedidos de instituições médico-hospitalares e estabelecimentos assistenciais que enfrentam dificuldades para obter desinfetantes à base de álcool.

Em abril, a pasta comunicou às instituições que bebidas com alto teor alcoólico produzidas por destilarias podem ser utilizadas quando é impossível encontrar os desinfetantes propriamente ditos.

São utilizáveis bebidas com teor alcoólico entre 70% e 83%. Estão incluídos nesta categoria alguns tipos de vodca.

Funcionários do ministério assinalam que bebidas com teor alcoólico superior têm menor efeito desinfetante, sendo necessário diluí-las para o uso.

Os funcionários da pasta enfatizam que se trata de medida excepcional para enfrentar a escassez de desinfetantes, principalmente em instituições médico-hospitalares. Pedem à população que continue a lavar cuidadosamente as mãos em casa para prevenir o contágio.

Dados de 27 de abril

18. Como a declaração de estado de emergência afeta nossas vidas? - Parte 2

Primeiramente, abordamos as máscaras cirúrgicas, que se tornam cada vez mais difíceis de encontrar no Japão.

Segundo a legislação de medidas especiais para o coronavírus, os governadores podem pedir a negócios que vendam máscaras e outros bens essenciais ao governo local. Caso eles se neguem a atender o pedido, os governadores têm o poder de expropriar tais itens.

O governo central já comprou e entregou máscaras à população em Hokkaido e em instituições médicas. Para isso, utilizou uma outra legislação, a Lei de Medidas de Emergência para a Estabilização das Condições de Vida da População de 1973, promulgada em resposta a crise mundial do petróleo.

Uma declaração de estado de emergência também permite aos governadores tomar algumas medidas de força legal. Eles podem utilizar terrenos e edifícios para a criação de instalações hospitalares temporárias mesmo sem o consentimento dos proprietários. Também podem pedir a empresas para estocar suprimentos médicos, alimentos e outros bens essenciais.

Caso os negócios não cumpram as ordens e, por exemplo, esconderem ou descartarem os produtos, pode-se enfrentar uma sentença de até 6 meses de prisão ou até 2.800 dólares de multa. Estas são as duas únicas medidas que envolvem penalização.

A declaração emergencial japonesa inclui poucas medidas que podem ser aplicadas com o rigor de lei e não implementa o tipo de confinamento imposto em outros países. No entanto, ela visa levar a população e as empresas a cooperarem nos esforços para a contenção do surto.

Como a declaração afeta os serviços médicos no país?

Instituições médicas não estão inclusas na lista de instalações para as quais os governadores podem pedir fechamento e, logo, permanecem abertas. Além disso, visitas à instalações hospitalares são consideras saídas essenciais e não serão restringidas mesmo em caso de pedido do governo para que se fique em casa.

Entretanto, governos locais irão fazer preparativos para uma situação de ápice do surto, tal como decidir quais instalações irão se voltar principalmente ao tratamento de pacientes com o coronavírus, fazendo com que os demais pacientes sejam transferidos para outras instituições.

O ministério da Saúde do Japão também está planejando facilitar as condições para consultas médicas pela internet. Atualmente, consultas online só podem ser feitas após ao menos um encontro direto com o médico. Neste caso, no entanto, o ministério permitirá o tratamento pela internet desde o princípio.

Como o setor de cuidados de idosos será afetado?

Os governadores das províncias inclusas na declaração do estado de emergência podem pedir o fechamento ou a diminuição dos serviços prestados em instalações que fornecem serviços diários ou de curta permanência. Os provedores de tais serviços em instalações fechadas serão requisitados a oferecer serviços necessários de maneira alternativa, tal como pelo envio dos funcionários às casas dos pacientes.

Os governadores não podem pedir o fechamento de instalações de cuidado com pacientes residentes ou de instalações de atendimento a domicílio. Tais provedores têm de continuar a fornecer seus serviços ao mesmo tempo em que tomam medidas extensas para evitar infecções pelo vírus.

O que acontecerá com creches?

Os governadores podem limitar o uso de creches caso seja necessário para evitar a propagação do vírus, o que pode levar a um fechamento temporário de tais locais.

Mesmo que não haja um pedido do governador, cada municipalidade das áreas designadas pode avaliar a necessidade de diminuir o número de crianças a serem aceitas. Pede-se que pais trabalhando em casa ou que estejam afastados do trabalho evitem usar creches. As municipalidades também têm a opção de fechar temporariamente as creches se uma das crianças ou funcionários for infectado, ou se houver um aumento significativo no número de casos na região.

No entanto, municipalidades irão estudar outras formas de fornecer serviços de creche a trabalhadores do setor de saúde ou de outras áreas que são consideradas essenciais para o funcionamento da sociedade. Também serão consideradas opções para mães e pais solteiros que não possam deixar de trabalhar.

A seguir, informamos quanto a escritórios de inspeção trabalhista e centros de busca de emprego.

Em princípio, tais instalações relacionadas a preocupações trabalhistas continuarão abertas, como sempre. No entanto, centros de busca de emprego podem reduzir suas operações dependendo da situação do surto em cada local.

O que acontecerá com os serviços de transporte público?

Em 7 de abril, antes do primeiro-ministro Abe Shinzo declarar estado de emergência, o ministro dos Transportes, Akaba Kazuyoshi, declarou à imprensa que mesmo no caso da declaração, transporte público e serviços logísticos seriam obrigados a manter suas operações.

Os dados aqui apresentados são de 8 de abril.

17. Como a declaração de estado de emergência afeta nossas vidas? - Parte 1

Em primeiro lugar, sobre sair de casa. Os governadores das províncias designadas podem pedir que os residentes de determinadas regiões não saiam para fazer algo não essencial durante um certo período de tempo. Estão excluídas visitas a hospitais, compras de alimentos e saídas para trabalhar. O pedido não é obrigatório, mas os cidadãos devem cooperar e se esforçar ao máximo.

A seguir, escolas. Os governadores podem pedir ou obrigar escolas a fecharem. Isto é com base numa legislação especial que entrou em vigor no mês passado. Os governadores têm competência para fechar escolas provinciais do ensino médio. Eles podem pedir que escolas particulares e escolas do ensino fundamental que estiverem sob a jurisdição dos municípios fechem. Eles podem ordenar o fechamento se as escolas não obedecerem, mas elas não serão punidas.

Sobre instalações e lojas. A lei permite aos governadores pedir a limitação do uso de instalações para evitar a propagação do vírus. Eles também podem pedir para limitar ou proibir a operação de instalações de grande porte com área de mais de mil metros quadrados. Instalações menores também poderão receber tais pedidos, caso seja considerado necessário.

A seguir, uma lista das instalações que se enquadram nesta categoria: teatros e cinemas, locais de eventos, lojas de departamentos, supermercados, hotéis e estalagens, academias de ginástica e piscinas, museus, bibliotecas, casas noturnas, autoescolas e cursinhos.

Seções de produtos essenciais, como, por exemplo, alimentos, remédios e produtos de higiene, poderão continuar funcionando em supermercados.

Os governadores provinciais poderão ordenar o fechamento de instalações que não cumprirem o pedido, além de divulgar publicamente o nome das empresas responsáveis.

Sobre eventos e exposições. Sob a nova legislação os governadores poderão pedir a organizadores de eventos que não os realizem. Se um organizador não obedecer, os governadores poderão dar ordens para que o faça. Os governadores poderão divulgar os nomes dos organizadores que receberem tais ordens em sites da província ou outros meios de comunicação.

Sobre instalações essenciais. A declaração de estado de emergência não afeta instalações essenciais. Será pedido a provedores de eletricidade, gás e água que implementem medidas garantindo um suprimento estável. Operadores de serviços de entregas, telefone, internet e correios também deverão continuar em funcionamento.

A legislação não vai limitar a operação dos transportes públicos. O primeiro-ministro e os governadores poderão tomar medidas para manter os sistemas de transporte funcionando dentro dos parâmetros mínimos.

Esta resposta foi dada no dia 7 de abril.

16. Até que ponto o Avigan é eficaz?

Também conhecido como Favipiravir, o Avigan é um remédio para influenza desenvolvido seis anos atrás por um laboratório farmacêutico japonês. Como efeitos colaterais têm sido registrados em testes laboratoriais com animais, o governo japonês não aprova o uso por algumas pessoas — por exemplo, gestantes. A prescrição do Avigan para pacientes infectados pelo novo coronavírus somente será feita em casos autorizados pelo governo.

Atualmente, não se conhece nenhum outro medicamento capaz de tratar de maneira eficaz portadores do novo coronavírus, mas a expectativa é de que o Avigan seja eficaz contra o vírus, que se multiplica de modo semelhante aos da influenza. Pesquisas sobre os efeitos do remédio são realizadas em diversas partes do mundo.

O governo da China anunciou os resultados de experimentos clínicos realizados em duas instituições médicas. Um dos experimentos foi feito na cidade de Shenzhen, da província de Guangdong, com 80 pacientes. No caso de pacientes aos quais não foi ministrado o Avigan, levou em média 11 dias para que exames do novo coronavírus passassem de resultado positivo para resultado negativo.

Foi quatro o número médio de dias correspondente aos pacientes aos quais foi ministrado o remédio. Exames de raios X dos pacientes mostraram que melhorou a condição dos pulmões de 62% dos indivíduos aos quais não foi ministrada a droga, enquanto que 91% dos pacientes aos quais o medicamento foi ministrado apresentaram melhora.

O governo chinês anunciou que, com base nos resultados, incluiu oficialmente o Avigan entre os medicamentos autorizados para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

No Japão, desde março, experimentos clínicos com 80 pacientes que apresentam leves sintomas ou que se mostram assintomáticos vêm sendo realizados em várias instituições, como o Hospital Universidade de Saúde Fujita, da província de Aichi.

Os pesquisadores fazem comparações para determinar a dosagem medicamentosa capaz de reduzir a gravidade da infecção pelo vírus.

Uma fabricante japonesa do Avigan anunciou o início de experimentos clínicos para obter autorização governamental. O laboratório pretende solicitar aprovação do governo se conseguir confirmar a eficácia da droga e a segurança do seu uso.

Dados correspondentes a 6 de abril

15. O coronavírus está sofrendo mutações?

No início de março, uma equipe de pesquisa da China analisou os genes de coronavírus retirados de mais de 100 pacientes infectados com o vírus ao redor do mundo. A equipe encontrou diferenças nos genes que caracterizam o coronavírus em dois tipos: o tipo L e o tipo S.

A equipe descobriu que o tipo S possui uma formação genética próxima à do coronavírus encontrado em morcegos. O vírus tipo L foi observado predominantemente nos pacientes dos países europeus e acredita-se que seja uma forma mais nova do vírus em comparação ao tipo S.

O professor Ito Masahiro, da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade Ritsumeikan, que está estudando as características do vírus, diz que o coronavírus muda facilmente. Acredita-se que o vírus esteja sofrendo mutação através das muitas pessoas infectadas e repetidas disseminações do vírus.

E quanto à possibilidade do vírus mudar para se tornar mais facilmente transmissível, Ito diz que o vírus ainda se encontra em uma fase em que sua formação genética não se transformou o suficiente. Mesmo que existam diferenças nos genes dos tipos L e S, ainda faltam informações para determinar qual tipo leva a sintomas mais graves.

Segundo o professor Ito Masahiro, a gravidade da doença e as taxas de mortalidade variam entre os países, mas acredita-se que essas variações sejam causadas pelos próprios seres humanos, incluindo as diferenças na taxa de população idosa, cultura e hábitos alimentares de cada país.

Os dados apresentados são do dia 3 de abril.

14. Jovens podem desenvolver condições graves devido ao coronavírus?

Especialistas vinham dizendo que idosos e pessoas com outras pré-condições de saúde tendem a desenvolver sintomas graves quando infectados. Mas no mês passado, a imprensa divulgou o caso de uma jovem de 21 anos no Reino Unido, e de uma menina de 16 anos na França, ambas saudáveis, e que morreram devido à infecção. Casos recentes mostram que jovens também podem acabar desenvolvendo condições graves da doença.

O Japão também registrou casos de pessoas relativamente jovens que se tornaram gravemente enfermas. Kutsuna Satoshi, do Centro Nacional para a Saúde e Medicina Global, afirmou que, entre os mais de 30 pacientes que tratou, um homem na casa dos 40 anos de idade, sem pré-condições de saúde, também desenvolveu sintomas graves.

Kutsuna disse que o homem apresentou apenas febre e tosse nos primeiros dias, mas que após uma semana, desenvolveu pneumonia aguda grave e precisou da ajuda de um aparelho respirador devido à rápida deterioração das condições de respiração. O médico afirmou que, após um tempo, o homem se recuperou. Kutsuna afirmou que jovens não devem considerar que estão a salvo, já que mesmo pessoas mais novas e saudáveis podem chegar a ficar gravemente doentes.

A Organização Mundial da Saúde alertou para muitos casos de pessoas abaixo dos 50 anos de idade que foram hospitalizadas. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos divulgaram que de 2 a 4 por cento dos infectados entre 20 e 44 anos se encontram hospitalizados em Unidades de Terapia Intensiva.

Os dados divulgados são de 2 de abril.

13. O novo coronavírus também se propaga por ralos, a exemplo do vírus da Sars?

O novo coronavírus e o da Sars pertencem a uma mesma linhagem viral. Sabe-se que o coronavírus causador da Sars se multiplicava não apenas na garganta e nos pulmões, como também nos intestinos. Quando o vírus da Sars se propagou entre pessoas de diferentes partes do mundo, em 2003, noticiou-se o contágio em massa em um edifício de apartamentos de Hong Kong. Suspeitava-se que o contágio em massa tivesse sido causado pelo vazamento de gotas de águas servidas contendo o vírus em encanamento velho.

O professor Kaku Mitsuo, da Universidade de Medicina e Farmácia de Tohoku, especialista em medidas de prevenção de infecções, considera baixo o risco de propagação do novo vírus por encanamentos de águas servidas em países com condições de higiene de nível relativamente elevado. Ressalta, porém, o risco de impregnação do vírus na superfície do vaso sanitário ou em áreas em torno e diz ser possível o contágio quando a pessoa toca com as mãos uma superfície contaminada. Adverte que as pessoas devem fechar a tampa do vaso antes de puxar a descarga e lavar sem falta as mãos com todo o cuidado após o uso do sanitário. Conclui que a população precisa manter hábitos higiênicos na vida diária — por exemplo, desinfetar completamente torneiras, lavatórios e maçanetas.

Os dados apresentados neste informe são de 1º de abril.

11. Sabonete é tão eficiente quanto álcool?

Sakamoto Fumie, do Hospital Internacional de São Lucas, em Tóquio, especialista em controle de infecções, afirma que, em certa medida, sabonetes são eficientes.

Ela afirma que isso ocorre porque o sabonete para as mãos geralmente contém surfactantes, que destroem a membrana de lipídio que envolve o coronavírus. Ela afirma que isso, de certa forma, pode matar o vírus.

Sakamoto afirma que álcool também é eficiente, mas que caso suas mãos estejam sujas, às vezes é difícil para que os químicos desinfetantes atinjam o interior do elemento de contágio.

Sakamoto insiste que as pessoas lavem as mãos regularmente com sabonete.

10. Em que circunstâncias podemos dizer que a infecção chegou ao fim?

Omi Shigeru é vice-presidente do painel de especialistas formado pelo governo para lidar com o novo coronavírus e presidente da Organização Japonesa de Cuidados da Saúde de Comunidades, e também já lidou com medidas contra doenças infecciosas na Organização Mundial da Saúde, a OMS. Ele diz que o fim da infecção significa que a corrente de infecções foi interrompida e não há pessoas infectadas.

As autoridades do setor de saúde podem declarar o seu fim caso novas infecções não sejam confirmadas por um certo período de tempo determinado com base nas normas da organização.

Por exemplo, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) se disseminou principalmente na China e em outras partes da Ásia em 2003. A OMS declarou seu fim oito meses depois que o primeiro paciente foi confirmado.

Por outro lado, a propagação da infecção pode ser levada sob controle por um certo período de tempo em uma área específica ou país tomando-se medidas tais como pedir às pessoas que evitem sair de suas casas.

No entanto, a infecção pode se expandir novamente nessa área a partir de vírus trazido de outros lugares. Por exemplo, a influenza sazonal se propaga no inverno e se acalma temporariamente, mas ainda não chegou ao fim.

As vacinas e medicamentos são efetivos para evitar que a infecção se expanda e se agrave. Contudo, Omi diz que a disponibilidade de vacinas e medicamentos e o fato de se a infecção pode chegar a um fim são duas questões distintas.

Omi diz que as autoridades do setor de saúde permanecerão comprometidas em fazer mais esforços objetivando eliminar completamente a infecção.

Os dados apresentados são do dia 27 de março.

8. Há medicamentos que combatem o coronavírus?

Infelizmente, não há medicamentos que tenham eficácia claramente comprovada contra o coronavírus, como ocorre com o Tamiflu ou Xofluza para o tratamento de influenza. Como em outros países e regiões, médicos no Japão estão tentando tratar os sintomas, colocando, por exemplo, pacientes em respiradores com oxigênio e fornecendo soro intravenoso em caso de desidratação.

Apesar de ainda ser necessário desenvolver uma droga que combata o vírus, médicos no Japão e em todo o mundo estão utilizando medicamentos existentes voltados ao tratamento de outras enfermidades pois eles podem, talvez, funcionar contra o coronavírus.

Um desses remédios é o Avigan, medicamento contra a influenza desenvolvido por uma companhia farmacêutica japonesa há seis anos. Autoridades chinesas afirmam que tal remédio foi eficaz no tratamento de pacientes com o coronavírus.

O Centro Nacional para a Saúde e Medicina Global declarou ter administrado um antiviral utilizado no combate à AIDS a um paciente infectado pelo coronavírus. Segundo funcionários da instituição japonesa, a febre do paciente foi controlada e houve melhoras na fadiga e na respiração.

A busca por terapias eficazes está sendo empreendida em diversos países. Um grupo contando com pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos afirma ter utilizado um medicamento antiviral desenvolvido para o tratamento de Ebola em um homem que tinha pneumonia em decorrência do coronavírus. Segundo os pesquisadores, os sintomas do paciente começaram a melhorar no dia seguinte à utilização do medicamento e ele foi retirado dos respiradores, com sua febre baixando.

O ministério da Saúde da Tailândia afirmou que uma combinação de medicamentos usados nos tratamentos de influenza e AIDS levou à melhora das condições de um paciente. Mais tarde ele foi declarado como curado.

Apesar disso, especialistas afirmam que, em todos os casos, maiores estudos clínicos são necessários para determinar a segurança e eficácia dos medicamentos.

Os dados aqui apresentados são de 25 de março.

7. Crianças tendem a desenvolver sintomas graves?

Não há registros de que, na China, crianças tenham tendência a desenvolver sintomas graves ao serem infectadas pelo novo coronavírus.

Segundo a análise de uma equipe de especialistas do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, de 44.672 pessoas infectadas até 11 de fevereiro, nenhuma criança de até nove anos de idade morreu por causa da doença. Houve somente o registro de morte de um paciente adolescente.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Wuhan e de outras instituições relataram que, até 6 de fevereiro, nove bebês, entre um e 11 meses de idade, tinham testado positivo para o coronavírus na China continental. Nenhum deles ficou em estado grave.

O professor Morishima Tsuneo, da Universidade de Medicina de Aichi, é um especialista em doenças infecciosas pediátricas. Ele afirma que, de determinada maneira, o novo vírus é semelhante a cepas de coronavírus existentes e que crianças, que geralmente pegam resfriado comum, podem ter uma certa imunidade contra o vírus.

No entanto, Morishima acrescenta que nós devemos estar cientes de que a infecção tende a se disseminar rapidamente em escolas e creches. De acordo com o professor, pais e responsáveis devem ter certeza de que crianças lavem bem as mãos e mantenham os locais onde se encontram bem ventilados.

Os dados apresentados aqui são de 24 de março.

6. Quem tende a desenvolver sintomas graves?

A Organização Mundial da Saúde diz que muitas mortes causadas pelo vírus ocorreram com pessoas que apresentam condições que debilitam o sistema imunológico, incluindo alta pressão sanguínea, diabetes e doenças cardíacas.

Para falar com mais clareza, pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos devem ter especial cuidado, não somente em relação ao novo coronavírus, como também contra infecções comuns como influenza sazonal. Entre elas, incluem-se pessoas que apresentam condições como alta pressão sanguínea, diabetes e doenças cardíacas, aquelas que tomam medicamentos imunossupressores, para tratar, por exemplo, de reumatismo, e pessoas idosas.

Os pesquisadores ainda não concluíram como a gravidade das condições crônicas de saúde está relacionada à severidade dos seus sintomas.

No caso das mulheres grávidas, não há dados que indiquem que elas se enquadram na categoria de alto risco em relação ao coronavírus. Contudo, falando de uma forma geral, elas tendem a ser vulneráveis ao vírus e, caso fiquem com pneumonia, são as que mais facilmente desenvolvem sintomas graves.

Não há, também, dados sobre os tipos de sintomas manifestados pelas crianças infectadas com o coronavírus. Mas, uma vez que elas não podem tomar medidas preventivas, tais como lavar as mãos e evitar multidões, por sua própria conta, os pais e responsáveis devem fazer tudo o que podem para protegê-las.

5. Sintomas desenvolvidos por pacientes infectados

Existe um relatório sobre esta questão publicada por uma equipe formada por especialistas, incluindo aqueles da Organização Mundial da Saúde. A equipe conduziu uma análise detalhada sobre os sintomas apresentados por 55.924 pessoas confirmadas com infecção até o dia 20 de fevereiro na China.

Segundo o relatório, 87,9% dos pacientes tiveram febre, 67,7%, tosse, 38,1% reclamaram de cansaço, e 33,4% tiveram catarro. Outros sintomas incluíam falta de ar, dor de garganta e dor de cabeça.

Aqueles que estavam infectados apresentaram tais sintomas por cinco a seis dias, em média.

Aproximadamente 80% dos infectados mostraram sintomas relativamente leves. Alguns não desenvolveram pneumonia. De todas as pessoas infectadas, 13,8% se tornaram gravemente enfermas, com dificuldade na respiração.

Pessoas com 60 anos ou mais de idade e aquelas com outros problemas de saúde, tais como pressão alta, diabetes, problemas cardíacos, doenças respiratórias crônicas e câncer, mostraram-se mais vulneráveis em desenvolver sintomas graves ou fatais. Havia poucos informes de crianças que se tornaram infectadas ou se tornaram seriamente doentes. Somente 2,4% de todos os pacientes infectados tinham 18 anos ou menos de idade.

Dr. Kutsuna Satoshi, do Centro Nacional para a Saúde e Medicina Global, tratou pacientes que testaram positivo para o vírus no Japão. Kutsuna disse que os pacientes que ele observou tinham corrimento nasal, dor de garganta e tosse. Ele disse que todos sentiam cansaço e tinham febre de 37 graus ou superior que durou por cerca de uma semana. O doutor disse que algumas pessoas desenvolveram febre mais alta após uma semana. Acrescentou que os sintomas tendem a permanecer mais tempo que nos casos de influenza sazonal ou outras enfermidades de infecção viral.

Os dados apresentados aqui foram atualizados no dia 19 de março.

4. Como desinfetar roupas?

Sugawara Erisa, da Sociedade Japonesa de Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas, afirma que não há necessidade de usar álcool desinfetante nas roupas. Ela explica que a maioria dos vírus são eliminados pelo simples ato de lavar as roupas de maneira convencional, apesar de ainda não ter sido confirmado que isso também ocorre com o novo coronavírus.

Já para objetos ou itens que podem ser classificados especialmente como em risco de contaminação, tais como toalhinhas usadas para cobrir o rosto ao tossir ou espirrar, Sugawara recomenda mergulhá-las em água fervente por 15 a 20 minutos.

3. Cuidados a serem tomados por grávidas quanto ao coronavírus

Com o surto de coronavírus, a Sociedade Japonesa para Doenças Infecciosas em Obstetrícia e Ginecologia publicou um documento oferecendo recomendações a gestantes e mulheres que estejam tentando engravidar.
Segundo ela, até o momento não há informações de que mulheres grávidas tenham maior probabilidade de desenvolver sintomas graves devido ao coronavírus. Também não há informações quanto ao vírus causar problemas no feto.

No entanto, o grupo avisa que, em geral, gestantes podem ficar em situação grave caso desenvolvam pneumonia.

Ele recomenda a mulheres grávidas que tomem precauções como lavar bem as mãos com sabão e água corrente, principalmente após terem saído de casa e antes de refeições. Também recomenda o uso de desinfetantes contendo álcool.

Outras precauções incluem evitar entrar em contato com pessoas que tenham febre e tosse, usar máscaras de proteção e evitar tocar nariz e boca com as mãos.

O professor Hayakawa Satoshi, da Faculdade de Medicina da Universidade Nihon, redigiu o documento e diz que entende a ansiedade sentida pelas gestantes. No entanto, ele as exorta a agir com base em informações confiáveis e corretas, pois há todo o tipo de informações errôneas circulando durante um surto de uma doença infecciosa.

2. Formas de infecção pelo coronavírus e como preveni-la

Especialistas acreditam que o novo coronavírus é transmitido por gotículas ou contato com superfícies contaminadas, da mesma forma como na gripe sazonal ou no resfriado comum. Isso significa que o vírus se espalha por meio de gotículas produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. Também é possível ser infectado ao entrar em contato com maçanetas e alças em vagões de trens e depois tocar no nariz ou boca com a mão contaminada. Acredita-se que o coronavírus tenha o mesmo nível de infecciosidade da gripe sazonal.

As medidas básicas de prevenção contra o coronavírus são as mesma da gripe, ou seja, lavar as mãos e respeitar a etiqueta ao tossir.

Ao lavar as mãos, é aconselhável que se use sabão para limpar todas as partes da mão até o pulso com água corrente por pelo menos 20 segundos. É também possível utilizar produtos de limpeza para as mãos a base de álcool. A etiqueta ao tossir é uma forma importante de controlar a disseminação da infecção. Aconselha-se que as pessoas cubram o nariz e a boca com lenços ou com a manga da roupa para prevenir lançar gotículas contaminadas sobre os outros. Uma medida também eficiente é evitar aglomerações, e quando estiver em ambientes fechados, abrir janelas com frequência e manter o local ventilado.

No Japão, cada companhia ferroviária deve decidir se abrem ou não as janelas de vagões lotados. Especialistas dizem que vagões já são ventilados em um certo nível uma vez que as portas se abrem quando o veículo para nas estações e passageiros desembarcam ou embarcam.

1. O que é o coronavírus?

O coronavírus é um vírus que infecta humanos e outros animais. Em geral, ele se espalha entre pessoas e causa sintomas similares àqueles de um resfriado comum, tais como tosse, febre e corrimento nasal. Alguns tipos, como o que causou a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, ou Mers, primeiramente confirmado na Arábia Saudita em 2012, podem levar a pneumonia ou outros sintomas graves.

O coronavírus que causou a pandemia global é de uma nova variedade. Pessoas infectadas desenvolvem sintomas como febre, tosse, fadiga, catarro, falta de ar, dor de garganta e dor de cabeça.

Cerca de 80% dos pacientes se recuperam após sentir sintomas leves. Quase 20% desenvolvem um quadro sério como de pneumonia ou até mesmo falência múltipla de órgãos. Pessoas acima dos 60 anos ou que tenham outras condições como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias ou câncer têm maior probabilidade de ter um quadro grave ou até mesmo morrer. Poucas infecções foram observadas em crianças e seus sintomas são relativamente leves.
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